Ele deixou o Arsenal para ser campeão no Manchester United.
E cumpriu a meta nesta segunda-feira em Old Trafford. E com chave de ouro!
Robin Van Persie teve desempenho apoteótico de gala contra o Aston Villa ao marcar três vezes e presentear os fãs de futebol mundo afora com belíssimo gol, o segundo da partida terminada em 3×0.
Lançamento perfeito de Wayne Rooney e voleio fulminante dos campeões ingleses da temporada 2012-2013. Confira.
Com hat trick anotado em 33 minutos de jogo, o atacante Robin Van Persie conduziu o Manchester United FC ao 20º título nacional inglês ao bater o Aston Villa FC por 3×0 em Old Trafford.
Tudo depunha a favor dos Red Devils, afinal o principal perseguidor, o arquirrival Manchester City, havia sido derrotado na abertura da 34ª rodada da English Premier League por 3×1 pelo Tottenham Hotspur em Londres e a diferença de pontos entre ambos poderia alcançar abissais 16 pontos restando apenas quatro rodadas para o término do campeonato.
Entre os gols do pacote preparado pelo artilheiro holandês do United, destaque para o segundo, resultado de lançamento perfeito de Wayne Rooney com conclusão de voleio de Van Persie.
Título do Manchester United que coroa temporada repleta de contrastes para a equipe de Alex Ferguson.
Por um lado, o grande destaque ficou por conta do êxito finalmente atingido por Robin Van Persie: ser campeão. Saído do Arsenal FC por estar cansado de trabalhar em clube que não primava pela fome de ser campeão, Van Persie arriscou seu prestígio em termos de identificação com camisas de peso na Inglaterra.
Além de Van Persie, Alex Ferguson mandou buscar o japonês Shinji Kagawa no Borussia Dortmund. Se, por um lado, a temporada pareceu frustrante para o atleta e para os torcedores Red Devils, Ferguson pede calma ao afirmar que Kagawa será grande nome nas futuras campanhas da equipe.
No outro lado da balança, não há dúvida que a grande decepção ficou por conta da eliminação na UEFA Champions League contra o Real Madrid na polêmica partida de Old Trafford marcada pela expulsão de Nani.
Outro ponto negativo na campanha Red Devil foi a perda de espaço de Javier “Chicharito” Hernández, levando o mexicano a verdadeiro ostracismo no United e fazendo-o cogitar possível saída estratégica pela esquerda à Leão da Montanha por parte do atacante.
Entre altos e baixos, fato é que o United veio para a atual temporada disposto a tirar a hegemonia do rival em âmbito doméstico, além de ter querido lutar pelo título europeu e ter visto a trajetória interrompida por fatores “além-mar” dentro de campo.
Título mais que merecido para o time do longevo Alex Ferguson.
Outro destaque da rodada ficou por conta do encontro entre Liverpool e Chelsea em Anfield.
Vários foram os motivos para os holofotes terem sido apontados para Liverpool além da boa partida com resultado final em 2×2.
O retorno de Rafael Benítez a Anfield levou a torcida local a prestar tributo ao treinador ídolo do clube que não pisava em solo que o consagrara desde 2010.
Em seguida, no desenrolar do jogo, lance inusitado causou nova polêmica envolvendo o uruguaio Luis Suárez que teria mordido o Blue Branislav Ivanovic reacendendo as emoções que giram ao redor do jogador do Liverpool.
Já o Arsenal parece ter encontrado o caminho da próxima edição da UCL ao vencer o Fulham fora de casa por 0x1. Os Gunners alcançam a 3ª posição na classificação da EPL.
Foi uma das melhores partidas da atual temporada da English Premier League, terminada em empate em 2×2 entre Manchester City e Liverpool em Manchester.
E, para um grande jogo, um grande gol.
O autor do golaço foi o experiente Steven Gerrard que acertou chute perfeito, no canto, sem chances para Joe Hart. Confira.
É o maior clássico do futebol inglês, a rivalidade mais efervescente. Na verdade, rivalidade de clubes que expõe rivalidade entre cidades. Mas, hoje, a distância técnica entre Manchester United FC e Liverpool FC é flagrante e no clássico de Old Trafford não poderia ter havido outro vencedor além dos anfitriões por 2×1 em partida válida pela 22ª rodada da Premier League.
E foi exatamente isso. Tratou-se de confronto onde a rivalidade esteve mais aflorada que aspectos técnicos, dada a dimensão do jogo.
O motivo? Basta recordar que, de um lado, estava em campo equipe super gigante, liderando a liga mais badalada do mundo com folga e com treinador que já tem sua história confundida com o clube que dirige. Eis o Manchester United de Alex Ferguson. Do outro lado, um Liverpool em reconstrução nas mãos do técnico Brendan Rodgers. O maior campeão inglês da Champions League paga o preço da entressafra.
O quesito de maior equilíbrio no clássico ficou por conta dos artilheiros Robin Van Persie (16 gols) pelo lado do United e o polêmico Luis Suárez (15 gols) do Liverpool.
Item do pacote que tratou de ser vencido por Van Persie que abriria o placar aos 18 minutos de jogo. Impressionante a capacidade do craque holandês em marcar. Já são 17 gols na atual temporada da Premier (apenas 1 gol de pênalti).
Nemanja Vidic ampliou no 2º tempo, mas o recém chegado do Chelsea, Daniel Sturridge, recolocaria os visitantes no jogo em apenas 3 minutos.
Sturridge ganhou a oportunidade de voltar a viver na sua cidade natal e teve chance de ouro de consagrar-se na nova casa ao receber bola na área para concluir, mas arrematou acima do gol a 5 minutos do final.
Manchester United líder na mesma condição confortável.
A vitória Red Devil no clássico colocou pressão no arquirrival Manchester City que também precisou encarar um clássico na rodada. Em missão ainda mais difícil, os Citizens foram a Londres enfrentar o Arsenal no Emirates Stadium.
E os Gunners voltaram a exibir limitações e sucumbiram em casa perante adversário de envergadura.
É bem verdade que os visitantes encontraram maior facilidade após expulsão de Laurent Koscielny ao cometer penalidade em Edin Dzeko que perderia a cobrança.
Assim, O City utilizou-se da vantagem numérica de jogadores para definir o placar no 1º tempo.
O Arsenal somente teria oportunidade de jogar em igualdade a 15 minutos do final da partida quando Vincent Kompany também foi expulso por entrada em Jack Wilshere.
A equipe de Arsène Wenger até demonstrou espírito de luta, mas foi pouco para reverter quadro desfavorável perante os atuais campeões nacionais.
Os campeões europeus do Chelsea FC recuperaram a 3ª posição do campeonato ao bater o Stoke City graças a ótimo 2º tempo dos Blues e dois gols contra marcados pelo desafortunado Jonathan Walters em vitória por 4×0. Foi a primeira derrota do Stoke como anfitrião na atual temporada da Premier League.
Além da goleada imposta fora de casa, o Chelsea foi ajudado pelo empate entre Queens Park Rangers e Tottenham Hotspur por 0x0. Empate conquistado pelo QPR graças a forte sistema defensivo montado pelo técnico Harry Redknapp, além de duas magníficas defesas do goleiro brasileiro Júlio César. Confira.
Em outra partida de maior relevância na rodada, o Everton do treinador David Moyes recebeu os galeses do Swansea City. Apesar da expectativa, ficaram sem gols.
Rodada que manteve a distância abissal do Manchester United sobre o rival City, recolocou o Chelsea no 3º posto à frente do Tottenham e provocou pequeno distanciamento do Everton sobre o Arsenal. Ambos ainda sonham com vaga na próxima edição da UEFA Champions League.
Contratado de maneira provisória para dirigir o Chelsea FC apenas até o final da temporada atual, o técnico espanhol Rafael Benítez desembarcou em Londres sob fortíssima pressão em novembro após derrota dos Azuis frente aos campeões italianos da Juventus por 3×0, em partida válida pela UEFA Champions League, seguida pela demissão de Roberto Di Matteo do comando da equipe.
Pressão, principalmente, pelo fato de Benítez ter seu nome fortemente atrelado ao rival Liverpool, além da simpatia que Di Matteo gozava entre os torcedores do Chelsea.
De fato, mal começava seu trabalho e Rafa Benítez já tinha sobre suas costas recepção mais que hostil em Stamford Bridge por parte dos fãs. Cartazes com dizeres como “Fora Rafa” eram vistos pelas cadeiras do estádio do clube.
Mas, contra tudo e contra todos, Benítez iniciava as atividades e, não à toa, repetia à imprensa que sua maior preocupação era fazer o ataque do time funcionar. Era claro sinal de que as características defensivas do Chelsea do ítalo-suíço Roberto Di Matteo estavam com os dias contados.
Se o que tirava o sono de Benítez era a ineficiência ofensiva, agora o espanhol pode começar a dormir em paz. A vitória de hoje, de virada, por 2×1 sobre o Everton em Goodison Park marcou a sétima vitória do Chelsea sob o comando do treinador com 29 gols marcados e 9 sofridos em 11 jogos.
Neste domingo, em jogo eletrizante, Steven Pienaar abriu o placar para os anfitriões logo a 1 minuto de jogo. Mas, Frank Lampard marcaria duas vezes para decretar a virada dos campeões europeus.
Justamente Frank Lampard, 34 anos, que poderia ser dispensado pelo clube ao final da temporada, segundo rumores da imprensa inglesa.
De qualquer modo, com Lampard, Rafa Benítez já obteve feitos nada desprezíveis na sua até agora curta passagem pelo Chelsea. São três goleadas, contra Nordsjaelland, Aston Villa e Leeds United (6×1, 8×0 e 1×5) e a recuperação do 3º lugar na classificação da Premier League, deixando em aberto as possibilidades de alcançar os líderes de Manchester, United e City.
Goleadas sobre adversários frágeis? Sim, pode ser, mas, fato é que sequer isso os Blues conquistavam antes. Goleadas inclusas, o Chelsea de Rafa Benítez tem 7 vitórias, 2 empates e duas derrotas (uma delas na final do Mundial de Clubes para o Corinthians).
Falando sobre os times de Manchester, pela mesma 20ª rodada da EPL, o United venceu em casa o West Bromwich por 2×0, com gol decisivo de Robin Van Persie nos acréscimos. Agora, o United chega aos 49 pontos, mantendo-se tranquilo na liderança, e Van Persie soma 14 gols no campeonato.
Após surpreendente derrota para o Sunderland, o vice-líder City teve compromisso mais difícil fora de casa contra o bom Norwich City e teve que tomar todos os cuidados para garantir vitória por 4×3. Os anfitriões do Norwich revelaram-se tinhosos e não permitiram que os Citizens se descolassem no placar com Russell Martin marcando duas vezes, assim como Edin Dzeko que teve início arrasador marcando dois gols em 5 minutos de partida. O City alcança 42 pontos na tabela.
Outro que obteve grande resultado foi o Tottenham Hotspurs de André Villas Boas que derrotou, de virada, o mesmo Sunderland, que havia derrotado o Manchester City, por 2×1.
Os Black Cats saíram na frente com John O’Shea aos 39 minutos. Antes do intervalo os Hotspurs empataram de pênalti com Carlos Cuéllar e obtiveram o gol da vitória na etapa final com Aaron Lennon. O Tottenham é o 4º colocado com 36 pontos.
Já o 5º colocado Arsenal aplicou espantoso placar de 7-3 sobre o Newcastle com destaque para Theo Walcott, que marcou duas vezes e teve grande atuação, em momento de difícil relacionamento entre o jovem atleta de 23 anos e o clube. O problema é não sinalização de renovação de contrato de Walcott, que expira no próximo verão setentrional, por parte do Arsenal até o momento.