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A AMÉRICA VESTIDA DE BRANCO E PRETO

Enfim !

Após 48 anos de espera a taça da Libertadores da América está de volta ao seleto repertório de conquistas alvinegras.
Convenhamos, ela já estava com saudades do Santos !

Três títulos em 1 ano e meio já eram suficientes para eternizar a geração atual de meninos da Vila, mas repetir um feito conseguido ”apenas” por Pelé e Cia foi a consagração de um grupo de jogadores que nunca sairá da memória dos santistas. As dificuldades enfrentadas ao longo da competição, a desconfiança que tomou conta após o sofrimento da fase de grupos, a arbitragem conivente com a pancadaria imposta pelos rivais, tudo isso foi superado na base da união, afinal de contas, Libertadores é isso !

Deve se exaltar muitos nomes responsáveis por essa conquista: a diretoria que soube manter na medida do possível as principais peças do elenco, o técnico Muricy que deu padrão tático e equílibrio aos seus jogadores, mas principalmente as defesas milagrosas de Rafael, a eficiência de Durval e Edu Dracena, a raça de Léo, o vigor de Adriano, a experiência de Elano, a classe de Ganso, a qualidade de Arouca, a velocidade de Maikon Leite, a superação de Zé Eduardo e a alegria e ousadia de Neymar. Fora as participações de Jonanthan, Alex Sandro, Possebon, Bruno Rodrigo, Bruno Aguiar, Pará, Keirrison, Diogo, Felipe Anderson e Alan Patrick. Todos tiveram sua parcela nessa conquista.

A partida de n°100 da equipe santista em Libertadores confirmou a superioridade de um time sobre o outro explicitada ao longo da competição. O Peñarol se credenciou a final com menos gols marcados do que sofridos, além de 5 derrotas, sendo 2 por goleadas e por isso seria muito injusto prevalecer tanta instabilidade.

Méritos o nosso adversário teve, derrubou 2 gigantes do continente durante o mata-mata (Inter e Velez) além da Universidade Católica, todos fora de seus domínios, mas infelizmente pra eles quando viram aquele mar branco que tomou conta do Pacaembu foram impotentes para sequer chutar uma bola no gol. Como nem sempre ocorre em Libertadores, dessa vez o talento prevaleceu sobre a catimba e depois de 6 decepções (Palmeiras 2000, São Caetano 2002, Santos 2003, Grêmio 2007, Fluminense 2008 e Cruzeiro 2009) contra nossos rivas sul-americanos, enfim o futebol brasileiro pôde levantar uma taça em cima deles.

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Abaixo alguns depoimentos de figuras emblemáticas desse Tri Campeonato:

“É um sonho se tornando realidade. Reunimos funcionários, jogadores, diretoria, torcida, todos com a mesma vibração, por um sonho que exigia muita energia positiva. Na minha vida, costumo sonhar e acredito que ir atrás do sonho faz a gente crescer, mas eu nunca pude acreditar que pudesse ser do jeito que foi”- Presidente Luis Alvaro.

“Esse é o dia mais feliz da minha vida” – Neymar

“Estou muito contente de poder me despedir com esse título e levando mais três (Paulistas e Copa do Brasil). Queria muito poder jogar o Mundial, mas o que mais vou levar daqui é a família que a gente formou” – Zé Eduardo

“Estamos marcando a nossa história na equipe do Santos. Muita alegria por poder me superar, voltar nessa final e ajudar Peixe a levar a Libertadores” – PH Ganso

“Torcida santista, vocês merecem muito, vocês foram fundamentais” – Arouca

” OBRIGADO SANTOS FUTEBOL CLUBE POR NOS FAZER TÃO FELIZES E ORGULHOSOS” – Nação Alvinegra



CARÊNCIA DE INTELIGÊNCIA

Sinceramente, depois de tantos tropeços da equipe santista eu fico me perguntando: Por que será que esse time não engrena?

Díficil encontrar respostas para o desempenho tão negativo dos últimos jogos, talvez a ausência de algumas peças importantes que sofrem com lesões pode ser o fator decisivo, mas mesmo sem elas o time vinha se apresentando bem no começo da temporada.

Resolvi postar um dia após o jogo para não falar pelas emoções pós jogos e sim pela razão. A partida em si não foi o que os santistas esperavam, poucos relampejos de bom futebol e muita ineficiências nas poucas chances criadas. O Cerro não fugiu da sua proposta e se manteve fechado explorando a velocidade de Iturbe para investir nos contra-ataques, infelizmente para nós, os paraguaios foram coroados com um penâlti aos 46 minutos do 2° tempo e roubaram a liderança da equipe da Vila.

O título do post foi a única resposta que encontrei para definir a atual fase do Santos. Realmente falta inteligência em muitos setores da equipe não só dentro das quatro linhas.

Diretoria/Planejamento 2011: Faltou inteligência no planejamento para 2011, o erro maior não foi a demissão precoce de Adilson e sim, a contratação do mesmo. Apostar num técnico que já vinha acumulando maus resultados nos últimos dois clubes que passou foi uma aposta sem muita convicção, já que para Libertadores precisaríamos de um técnico experiente e em alta, porém também concordo que as opções eram escassas e talvez manter o Dorival Jr., apesar de tudo, seria mais prudente. Não vou ficar aqui crucificando a diretoria, até porque ela tem créditos conquistados em sua gestão, além disso muitos podem achar o técnico Adilson Batista um bom técnico e não concordar com nada do que disse. Portanto quero frizar que isso é uma opinião minha e obviamente eu não sou o dono da verdade.

Jogadores: Focar a culpa apenas no técnico Adilson Batista é no mínimo injusto, já que alguns jogadores estão devendo bom futebol. Vou citar aqui dois fatos que comprovam a falta de inteligência de alguns atletas do clube e com certeza isso não é exclusividade do Santos. Os dois últimos penâltis cometidos pelo Santos (Adriano em cima de Dentinho no clássico contra o Corinthians e o Edu Dracena em cima do J.dos Santos frente ao Cerro) foram decisivos para que a equipe não alcançasse a vitória e certamente poderiam ser evitados. Nos dois lances os jogadores que sofreram os penâltis não estavam em situações claras de gol e não evoluiriam em suas jogadas. Portanto, também falta inteligência dos jogadores em determinadas situações.

Preço dos ingressos: Absurdamente caros e fora dos padrões econômicos do cidadão comum, nesse caso não só a falta de inteligência é evidente, mas também a falta de bom senso, já que é muito melhor 18 mil pessoas pagando metade do extratosférico preço dos ingressos do jogo contra o Cerro (100,00) do que 6 mil pagando o valor integral.

Pura questão de lógica, além disso, 18 mil gritos a favor do time exercem um pressão muito maior, não é mesmo ?

Para finalizar… Uma frase dita pelo diretor santista Pedro Luis Nunes Conceição durante a semana, após a demissão de Adilson e que serve de alerta para o Santos: ”O FUTEBOL NÃO PERDOA NINGUÉM”

VAMOS ACORDAR !