É o maior clássico do futebol inglês, a rivalidade mais efervescente. Na verdade, rivalidade de clubes que expõe rivalidade entre cidades. Mas, hoje, a distância técnica entre Manchester United FC e Liverpool FC é flagrante e no clássico de Old Trafford não poderia ter havido outro vencedor além dos anfitriões por 2×1 em partida válida pela 22ª rodada da Premier League.
E foi exatamente isso. Tratou-se de confronto onde a rivalidade esteve mais aflorada que aspectos técnicos, dada a dimensão do jogo.
O motivo? Basta recordar que, de um lado, estava em campo equipe super gigante, liderando a liga mais badalada do mundo com folga e com treinador que já tem sua história confundida com o clube que dirige. Eis o Manchester United de Alex Ferguson. Do outro lado, um Liverpool em reconstrução nas mãos do técnico Brendan Rodgers. O maior campeão inglês da Champions League paga o preço da entressafra.
O quesito de maior equilíbrio no clássico ficou por conta dos artilheiros Robin Van Persie (16 gols) pelo lado do United e o polêmico Luis Suárez (15 gols) do Liverpool.
Item do pacote que tratou de ser vencido por Van Persie que abriria o placar aos 18 minutos de jogo. Impressionante a capacidade do craque holandês em marcar. Já são 17 gols na atual temporada da Premier (apenas 1 gol de pênalti).
Nemanja Vidic ampliou no 2º tempo, mas o recém chegado do Chelsea, Daniel Sturridge, recolocaria os visitantes no jogo em apenas 3 minutos.
Sturridge ganhou a oportunidade de voltar a viver na sua cidade natal e teve chance de ouro de consagrar-se na nova casa ao receber bola na área para concluir, mas arrematou acima do gol a 5 minutos do final.
Manchester United líder na mesma condição confortável.
A vitória Red Devil no clássico colocou pressão no arquirrival Manchester City que também precisou encarar um clássico na rodada. Em missão ainda mais difícil, os Citizens foram a Londres enfrentar o Arsenal no Emirates Stadium.
E os Gunners voltaram a exibir limitações e sucumbiram em casa perante adversário de envergadura.
É bem verdade que os visitantes encontraram maior facilidade após expulsão de Laurent Koscielny ao cometer penalidade em Edin Dzeko que perderia a cobrança.
Assim, O City utilizou-se da vantagem numérica de jogadores para definir o placar no 1º tempo.
O Arsenal somente teria oportunidade de jogar em igualdade a 15 minutos do final da partida quando Vincent Kompany também foi expulso por entrada em Jack Wilshere.
A equipe de Arsène Wenger até demonstrou espírito de luta, mas foi pouco para reverter quadro desfavorável perante os atuais campeões nacionais.
Os campeões europeus do Chelsea FC recuperaram a 3ª posição do campeonato ao bater o Stoke City graças a ótimo 2º tempo dos Blues e dois gols contra marcados pelo desafortunado Jonathan Walters em vitória por 4×0. Foi a primeira derrota do Stoke como anfitrião na atual temporada da Premier League.
Além da goleada imposta fora de casa, o Chelsea foi ajudado pelo empate entre Queens Park Rangers e Tottenham Hotspur por 0x0. Empate conquistado pelo QPR graças a forte sistema defensivo montado pelo técnico Harry Redknapp, além de duas magníficas defesas do goleiro brasileiro Júlio César. Confira.
Em outra partida de maior relevância na rodada, o Everton do treinador David Moyes recebeu os galeses do Swansea City. Apesar da expectativa, ficaram sem gols.
Rodada que manteve a distância abissal do Manchester United sobre o rival City, recolocou o Chelsea no 3º posto à frente do Tottenham e provocou pequeno distanciamento do Everton sobre o Arsenal. Ambos ainda sonham com vaga na próxima edição da UEFA Champions League.
Contratado de maneira provisória para dirigir o Chelsea FC apenas até o final da temporada atual, o técnico espanhol Rafael Benítez desembarcou em Londres sob fortíssima pressão em novembro após derrota dos Azuis frente aos campeões italianos da Juventus por 3×0, em partida válida pela UEFA Champions League, seguida pela demissão de Roberto Di Matteo do comando da equipe.
Pressão, principalmente, pelo fato de Benítez ter seu nome fortemente atrelado ao rival Liverpool, além da simpatia que Di Matteo gozava entre os torcedores do Chelsea.
De fato, mal começava seu trabalho e Rafa Benítez já tinha sobre suas costas recepção mais que hostil em Stamford Bridge por parte dos fãs. Cartazes com dizeres como “Fora Rafa” eram vistos pelas cadeiras do estádio do clube.
Mas, contra tudo e contra todos, Benítez iniciava as atividades e, não à toa, repetia à imprensa que sua maior preocupação era fazer o ataque do time funcionar. Era claro sinal de que as características defensivas do Chelsea do ítalo-suíço Roberto Di Matteo estavam com os dias contados.
Se o que tirava o sono de Benítez era a ineficiência ofensiva, agora o espanhol pode começar a dormir em paz. A vitória de hoje, de virada, por 2×1 sobre o Everton em Goodison Park marcou a sétima vitória do Chelsea sob o comando do treinador com 29 gols marcados e 9 sofridos em 11 jogos.
Neste domingo, em jogo eletrizante, Steven Pienaar abriu o placar para os anfitriões logo a 1 minuto de jogo. Mas, Frank Lampard marcaria duas vezes para decretar a virada dos campeões europeus.
Justamente Frank Lampard, 34 anos, que poderia ser dispensado pelo clube ao final da temporada, segundo rumores da imprensa inglesa.
De qualquer modo, com Lampard, Rafa Benítez já obteve feitos nada desprezíveis na sua até agora curta passagem pelo Chelsea. São três goleadas, contra Nordsjaelland, Aston Villa e Leeds United (6×1, 8×0 e 1×5) e a recuperação do 3º lugar na classificação da Premier League, deixando em aberto as possibilidades de alcançar os líderes de Manchester, United e City.
Goleadas sobre adversários frágeis? Sim, pode ser, mas, fato é que sequer isso os Blues conquistavam antes. Goleadas inclusas, o Chelsea de Rafa Benítez tem 7 vitórias, 2 empates e duas derrotas (uma delas na final do Mundial de Clubes para o Corinthians).
Falando sobre os times de Manchester, pela mesma 20ª rodada da EPL, o United venceu em casa o West Bromwich por 2×0, com gol decisivo de Robin Van Persie nos acréscimos. Agora, o United chega aos 49 pontos, mantendo-se tranquilo na liderança, e Van Persie soma 14 gols no campeonato.
Após surpreendente derrota para o Sunderland, o vice-líder City teve compromisso mais difícil fora de casa contra o bom Norwich City e teve que tomar todos os cuidados para garantir vitória por 4×3. Os anfitriões do Norwich revelaram-se tinhosos e não permitiram que os Citizens se descolassem no placar com Russell Martin marcando duas vezes, assim como Edin Dzeko que teve início arrasador marcando dois gols em 5 minutos de partida. O City alcança 42 pontos na tabela.
Outro que obteve grande resultado foi o Tottenham Hotspurs de André Villas Boas que derrotou, de virada, o mesmo Sunderland, que havia derrotado o Manchester City, por 2×1.
Os Black Cats saíram na frente com John O’Shea aos 39 minutos. Antes do intervalo os Hotspurs empataram de pênalti com Carlos Cuéllar e obtiveram o gol da vitória na etapa final com Aaron Lennon. O Tottenham é o 4º colocado com 36 pontos.
Já o 5º colocado Arsenal aplicou espantoso placar de 7-3 sobre o Newcastle com destaque para Theo Walcott, que marcou duas vezes e teve grande atuação, em momento de difícil relacionamento entre o jovem atleta de 23 anos e o clube. O problema é não sinalização de renovação de contrato de Walcott, que expira no próximo verão setentrional, por parte do Arsenal até o momento.
Começou nesta semana a fase de grupos da badalada UEFA Champions League com os tradicionais 32 times espalhados por 8 grupos.
Competição que reúne o que há de melhor no futebol mundial, a UCL, logo de saída, dá verdadeiro tapa na cara do futebol praticado atualmente por terras brasileiras (salvo raras exceções) ao apresentar jogo dinâmico, veloz, plena ocupação de espaços e marcações fortes, tudo isso com poucas faltas durante os 90 minutos de peleja.
Triste, porém verdade. A qualidade do jogo tupiniquim regrediu e ficou para trás na roda implacável do tempo. Os motivos? Êxodo maciço de jogadores brazucas para o Velho Continente? Medo de perder instaurado no País na esteira do trauma pós-derrota na Copa do Mundo de 1982? A qualidade no ensino dos fundamentos na base piorou? O surgimento da figura do emparesário/procurador no futebol? Calendário ruim atendendo a interesses políticos? Tudo isso tem sido incansavelmente discutido ao longo do tempo, portanto sem novidades maiores. Talvez um pouco de cada item levantado provocou a decadência técnica e tática do futebol praticado por aqui.
De qualquer maneira, o ponto é que o Brasil precisa reencontrar seu rumo e aprimorar a qualidade do jogo praticado por estas bandas no planeta.
Sim, é verdade, nem tudo são flores na grife vendida pelos ricos (só que nem tanto atualmente) e educados europeus.
Afinal, o que se esperar de partidas envolvendo equipes como Dinamo Zagreb, Nordsjaelland ou Braga?
Sim, é possivel que alguns disputassem com certa competitividade a Série A brasileira, mas não representam a fina flor do que o Velho Continente deseja vender ao mundo. Tal filão do pacote, pelo menos na rodada inicial da UCL, ficou por conta de Real Madrid e Manchester City, Chelsea e Juventus, além do novo rico Paris Saint Germain.
Filosofias de boteco à parte, aí vão os resultados dos jogos iniciais da fase de grupos.
GRUPO A
Paris Saint Germain 4×1 Dynamo Kiev
Paris, França
Após início de temporada claudicante e preocupante pelos investimentos injetados, o PSG obteve maiúscula vitória em casa contra o Dinamo Kiev.
De quebra, as “caríssimas” estrelas do time mostraram serviço. Zlatan Ibrahimovic de pênalti, o estreante Thiago Silva, além de Alex e Javier Pastore fizeram os gols parisienses, enquanto que o português Miguel Veloso fez para os ucranianos.
Foi um 1º tempo avassalador por parte dos anfitriões. A linha de quatro defensores levada a campo por Carlo Ancelotti, formada por Silva, Alex, Maxwell e Christophe Jallet mostrou, além de consistência defensiva, enorme capacidade de apoio ofensivo. Adiante, não somente o medalhão Ibrahimovic, em excelente atuação ora como definidor, ora como pivô, ora como suporte à defesa, se destacou. Merece atenção o trabalho do italiano Marco Verratti, trazido do modesto Pescara.
O PSG deixa seu recado para a Europa, os franceses podem entrar no circuito vencedor em se tratando de Champions League.
Dinamo Zagreb 0x2 FC Porto
Zagreb, Croácia
Eis o lado obscuro da força. Jogando na Croácia para pouco público, o Porto derrotou o limitado Dinamo Zagreb por 2×0 com gols marcados no final de cada tempo. Lucho González e Steven Defour marcaram para o time português.
GRUPO B
Montpellier 1×2 Arsenal
Montpellier, França
Apesar de ser o atual campeão francês, o Montpellier entrou enfraquecido para a UCL. Não, o novo endinheirado Paris Saint Germain é exceção à regra francesa.
De qualquer modo, os anfitriões saíram na frente com gol de Younes Belhanda em cobrança de pênalti.
Nada que tenha abalado os Gunners que, em dez minutos pós gol sofrido, tratou de virar o placar com Lukas Podolski e Gervinho.
Mesmo sem Robin Van Persie, o Arsenal é apontado como dono de uma das vagas em disputas para as oitavas de final no grupo B.
Olympiakos 1×2 Schalke 04
Piraeus, Grécia
Cerca de 30 mil fãs foram ao Estádio Georgios Karaiskáki para empurrar a equipe local do Olympiakos contra o Schalke 04 alemão, retornando à competição europeia de clubes.
Após 1º tempo de cautela de ambas as partes, somente pouco antes do seu final que o Schalke anotou com Benedikt Howedes.
Na etapa final, os locais empatariam com Djamel Abdoun, mas, para desespero da torcida, no minuto seguinte, Klaas Jan Huntelaar faria o gol vitorioso do Schalke 04, favorito para avançar ao lado do Arsenal.
GRUPO C
Málaga 3×0 Zenit
Málaga, Espanha
O Málaga atravessa crise financeira, mas mantém ótimo desempenho na temporada ao vencer com autoridade a equipe russa do Zenit que já contou com o atacante brasileiro Hulk. Foram dois gols de Isco e um de Javier Saviola.
Milan 0x0 Anderlecht
Milão, Itália
Um Milan pobre, enfraquecido. Foi o que se viu no Estádio San Siro.
Além das perdas irreparáveis de Zlatan Ibrahimovic e Thiago Silva, o time de Silvio Berlusconi não contou com Robinho e Alexandre Pato.
Não poderia ter terminado de outra forma: empate sem gols. Momentos de emoção? Ironicamente, os aplausos dos milanistas para os gols de Ibrahimovic e Thiago Silva anotados em Paris e anunciados pelo placar do San Siro.
Temporada sem grandes perspectivas para os rossoneri e, para variar, pode sobrar para o treinador. Sim, Massimiliano Allegri já está ameaçado no cargo.
GRUPO D
Borussia Dortmund 1×0 Ajax
Dortmund
No grupo dos campeões nacionais, o Borussia Dortmund tenta apagar a má impressão deixada na última edição da UCL quando foi eliminado na fase de grupos.
O ínicio, por pouco, não foi ruim. Graças ao gol de Robert Lawandowski aos 87 minutos de jogo, os anfitriões derrotaram os visitantes holandeses em casa.
Real Madrid 3×2 Manchester City
Madri, Espanha
Eis uma verdadeira aula de futebol apresentada ao mundo em Madri.
José Mourinho havia sacado jogadores como Mesut Ozil do time titular em sinal de revolta a uma possível falta de dedicação de alguns atletas ao trabalho. A equipe teve um 1º tempo avassalador contra os campeões ingleses do Manchester City que se limitaram à timidez defensiva, ainda assim o placar ficaria no 0x0.
No 2º tempo, os Citizens se soltariam um pouco. Em contra ataque puxado por Yayá Touré, Edin Dzeko abriria o placar aos 68 minutos de jogo.
Contudo, o bombardeio madridista continuaria e a recompensa viria poucos minutos depois com o gol de Marcelo que já tentara em outras duas ocasiões contra o gol de Joe Hart.
Aleksandar Kolarov desempataria de falta para os visitantes, mas a resposta viria rapidamente com belo gol de Karim Benzema.
Antes do apito final, Cristiano Ronaldo contaria com erro de Vincent Kompany que dificultaria a vida de Joe Hart. Seria o gol da vitória do Madrid ao apagar das luzes.
Foram impressionantes 30 chutes a gol do Real Madrid ao gol do Manchester City. Vitória comemorada por Mourinho e sentida por Roberto Mancini.
GRUPO E
Chelsea 2×2 Juventus
Londres, Inglaterra
Muita expectativa para o jogo do atual campeão europeu contra o campeão italiano ausente da UCL nos últimos três anos.
Teria sido a noite de total consagração para Oscar, escalado como titular desta vez por Roberto Di Matteo, após ter marcado duas vezes no 1º tempo utilizando-se de sorte (bola desviada em Leonardo Bonucci no primeiro gol) e talento (ao livrar-se com categoria de Andrea Pirlo e concluir com perfeição).
Mas, antes do final da 1ª etapa, a Juventus mostrou porque foi campeã italiana invicta quando Arturo Vidal dez o primeiro gol do time.
O Chelsea teve a chance de matar o jogo na primeira metade do 2º tempo. Não fez o terceiro gol e a Juve cresceu em campo na metade final, até que Claudio Marchisio serviria Fabio Quagliarella para empatar.
Mesmo sem a vitória, Oscar apresentou seu cartão de visitas ao mesmo tempo que sobre a Juventus estão depositadas todas as esperanças italianas na UCL.
Shakhtar Donets’k 2×0 Nordsjaelland
Donets’k, Ucrânia
O Shakhtar tornou-se velho frequentador de Champions League e, com time repleto de brasileiros, venceu tranquilamente o pequeno Nordsjaelland da Dinamarca com dois gols do armênio Henrik Mkhitaryan.
GRUPO F
Lille 1×3 BATE Borisov
Talvez tenha sido o resultado mais surpreendenteda rodada. Mas vale lembrar, é a segunda participação em sequência dos bielorrussos do BATE Borisov na competição.
E parece que a equipe visitante tem aprendido muito sobre Champions League. Sem acanhamento, o BATE terminou o 1º tempo com sonoros 3×0 sobre os anfitriões atordoados.
O gol de honra do time da casa viria aos 15 minutos do 2º tempo, mas a reação pararia por aí.
FC Bayern 2×1 Valencia
Munique, Alemanha
Vitória da eficiência alemã em Munique.
Ainda decepcionado pela derrota em casa na última final da competição frente ao Chelsea, o Bayern dominou a partida.
Bastian Schweinsteiger abriu o placar aos 38minutos de jogo, Tony Kroos ampliaria na 2ª etapa e o paraguaio Haedo Valdéz diminuiria no final. O goleiro Diego Alves ainda defenderia penalidade de Mario Mandzukic.
GRUPO G
Barcelona 3×2 Spartak Moscou
Barcelona, Espanha
As boas atuações de Cristian Tello de Lionel Messi salvaram o Barcelona de surpreendente derrota em casa na estreia do time catalão na UCL.
Tello abriria o plcar com belo chute, mas o Barça levaria um autogol de Daniel Alves. Rômulo colocaria os Spartak em vantagem, deixando os anfitriões em dificuldades.
Aí surgiu o melhor do mundo para marcar duas vezes com bom trabalho de Tello. Quem tem Messi tem tudo.
Celtic 0x0 Benfica
Glasgow, Escócia
Em jogo truncado na Escócia, Celtic e Benfica ficaram sem gols, deixando a liderança isolada do grupo para o Barcelona.
GRUPO H
Manchester United 1×0 Galatasaray
Manchester, Inglaterra
Após a eliminação precoce na temporada passada, Alex Ferguson preferiu apostar na força máxima do United na fase de grupos da Champions. Ainda assim, a vitória foi curta com gol único logo aos 7 minutos de jogo de Michael Carrick. Desta vez, nada de grandes atuações de Robin Van Persie ou Shinji Kagawa.
Braga 0x2 Cluj
Braga, Portugal
O Braga está na fase de grupos graças à incompetência italiana da Udinese na pré-Champions. O modesto Cluj romeno agradece e marca duas vezes com Rafael Bastos, ironicamente ex-Braga, e leva a liderança do grupo como bônus.
Começou neste final de semana a nova temporada da liga nacional de futebol mais importante do mundo: a English Premier League (EPL).
Reputação que não existe a esmo, afinal se trata da mais organizada, profissional e endinheirada competição de futebol de um país.
E nesta segunda-feira teve encerramento a rodada inaugural da EPL com a partida entre Everton e Manchester United com vitória dos Blues de Liverpool por 1×0 sobre os Red Devils. Tudo por conta e obra de gol de Marouane Fellaini após cobrança de escanteio aos 57 minutos de jogo.
Resultado que quebra sequência histórica positiva do United em aberturas oficiais da EPL e ofusca as estreias do japonês Shinji Kagawa, campeão alemão pelo Borussia Dortmund, e, principalmente, do holandês Robin Van Persie. O ex-Arsenal entraria somente na metade da 2ª etapa de jogo.
Não foi boa estreia do Manchester United, nem de Robin Van Persie. De quebra, os Red Devils, teriam que amargar ainda as más atuações de Nani e Wayne Rooney. O melhor por parte do time de Alex Ferguson ficaria por conta do bom desempenho de Shinji Kagawa.
Início perturbador para o Manchester United.
Antes disso, a rodada inicial da temporada 2012-2013 da EPL apresentaria como destaques duas goleadas no final de semana.
O Fulham receberia o Norwich e aplicaria sonoros 5×0 com o detalhe da ausência do estadunidense Clint Dempsey, aparentemente em litígio com o treinador Martin Jol. Em compensação, a apresentação do croata Mladen Petric renderia dois dos cinco gols dos anfitriões.
Outra goleada, e pelo mesmo placar foi aplicada pelo Swansea City fora de casa contra o Queens Park Rangers.
O maior destaque do jogo foi a estreia do técnico e ex-jogador dinamarquês Michel Laudrup no comando do Swansea.
Já o Arsenal tenta tocar a vida após a chocante saída de Robin Van Persie para o concorrente Manchester United, mas esbarrou em forte sistema defensivo do Sunderland armado pelo treinador Martin O’Neill.
Os melhores momentos Gunners da partida ficaram por conta de Olivier Giroud, campeão francês pelo Montpellier na temporada passada. Outra estreia oficial ficou por conta do polaco-alemão Lukas Podolski, ex-Colônia.
Quem teve início preocupante foi o Liverpool que, apesar dos sonoros 3×0 sofridos frente ao West Bromwich fora de casa, teve bom 1º tempo. No ataque, estavam Fábio Borini, além de Luiz Suárez.
No West Bromwich, a estreia da vez ficou por conta do treinador Steve Clark.
Naquele que talvez tenha sido o jogo mais esperado da rodada, o bom Newcastle recebeu o não pior Tottenham e não decepcionou sua torcida.
Demba Ba marcou belo gol inaugural e os anfitriões venceram por 2×1.
O campeão europeu Chelsea iniciou sua temporada oficial visitando o Wigan Athletic e vencendo por 0x2, agora com Roberto Di Matteo efetivado como técnico da equipe.
O placar definiu-se logo no início da partida com Branislav Ivanovic aos 2 minutos e Frank Lampard, de pênalti, aos 7.
O Chelsea foi a campo com duas novidades: o ótimo Eden Hazard, ex-Lille e, na 2ª etapa Roberto Di Matteo lançou Oscar, ex-Internacional, que também causou boa impressão.
Se os campeões europeus venceram, o mesmo fizeram os campeões ingleses do Manchester City ao receber e bater o Southampton por 3×2.
Carlos Tevez abriu o placar no 1º tempo. O Southampton surpreendeu e virou na etapa complementar. Situação que exigiu esforço extra por parte dos Citizens para conseguir a virada definitiva com Edin Dzeko e Samir Nasri. Assim, o City inicia a nova temporada exatamente como terminou a anterior: vencendo no limite, de forma emocional.
A nota negativa ficou por conta da lesão de joelho de Sergio Kun Aguero. De qualquer forma, as informações são de que é menos grave do que aparentava.
A vitória sobre a equipe do Everton por 2×1 em casa garantiu a grandiosa terceira colocação parcial do Newcastle na Premier League inglesa.
Grandiosa, pois trata-se de clube que se viu rebaixado para a Football League Championship, a segundona inglesa, na temporada 2008-2009. Algo raro na história do Newcastle United Football Club.
Fundado em 1892, o NUFC sempre esteve na divisão principal inglesa (exceto por duas temporadas). Mas, passou por mudanças e turbulências nos últimos anos.
A começar pelo novo proprietário, o empresário Mike Ashley, que adquiriu o clube em 2007.
As mudanças não passaram despercebidas no campo técnico. Em 2009, viria o rebaixamento.
O sofrimento duraria pouco. Já em 2010, o NUFC alcançaria o retorno à elite local.
Na temporada passada, sob comando do técnico Alan Pardew, o time alcançaria o 12º lugar. Modesto, mas sem riscos de novo rebaixamento.
Agora, sob o comando do mesmo Pardew, o NUFC atinge o melhor início de temporada do clube na história. São 7 vitórias, 4 empates e invencibilidade ainda mantida. De quebra, o 3º lugar com 25 pontos, na cola do Manchester United com 26.
Neste final de semana, novo momento de festa para os mais de 50 mil fãs no St. James’ Park de Newcastle proporcionado pelos “Magpies”, um dos apelidos da equipe.
A vitória foi construída logo no 1º tempo com os gols de John Heitinga contra e Ryan Taylor. Jack Rodwell descontaria para o Everton.
Quem passou em branco foi o artilheiro do time anfitrião: Demba Ba. O franco-senegalês tem 8 gols na temporada.
Mas não foi somente de Newcastle que a rodada da Premier viveu.
O líder Manchester City suou, mas venceu fora de casa o Queens’ Park Rangers por 3×2.
Edin Dzeko (destaque da partida), David Silva e Yayá Touré justificaram a condição de astros do time e fizeram os gols.
No QPR, destaque para o esforço de Heidar Helguson que marcou um, além do gol inicial de Jay Bothroyd.
Em Old Trafford, ambiente de festa no Manchester United para celebrar os 25 anos de direção técnica de Alex Ferguson.
Os “Red Devils” venceram, é verdade, mas sofreram e tiveram que contar a ajuda de Wes Brown para fazer contra. No final, 1×0 para o Man U.
Alex Chapman Ferguson, britânico escocês, de Glasgow, ganhou nada menos que 12 Premier Leagues, 5 FA Cups, 4 League Cups, duas UEFA Champion Leagues, além de um título Intercontinental e outro Mundial de Clubes da FIFA. É por isso que o cara manda e desmanda pelos lados de Old Trafford.
O Chelsea foi a Blackburn e sofreu para vencer os locais por 1×0 com gol de Frank Lampard no 2º tempo.
A vitória serviu para pôr fim na má fase. Contudo, o jogo da equipe de André Villas Boas continua aquém do esperado na Premier. Os azuis continuam em 4º lugar com 22 pontos.
Outra surpresa positiva é o Tottenham Hotspur. Venceu o Fulham por 3×1 fora de casa e mantém-se na cola do Chelsea com os mesmos 22 pontos.
A decepção da rodada ficou novamente a cargo do Liverpool. Nada além do 0x0 contra o Swansea City. É terceiro empate consecutivo em Anfield e problemas à vista para o técnico Kenny Dalglish. São apenas 19 pontos para os “Reds”.
Já o Arsenal continua na ascendente após aquele começo desastroso já comentado.
Vitória maiúscula por 3×0 sobre o West Bromwich em casa com nova boa atuação de Robin Van Persie e Thomas Vermaelen. A equipe de Arsene Wenger continua em 7º lugar com 19 pontos. No entanto, são 9 vitórias em 11 jogos para os “Gunners”. Nada mal para quem levou aquele 8×2 do Manchester United lá atrás.
Se o destaque ficou para Newcastle, que tal curtir som clássico genuíno da terra?
Pois bem, o Dire Straits, banda de Mark Knofler, tem suas origens na própria.
Se a banda tornou-se sucesso mundial absoluto em meados dos anos 80 com o álbum “Brothers in arms”, as origens estão na segunda metade da década de 70, especialmente com a canção “Sultans of swing”. Início que chamou a atenção de muita gente como o legendário Bob Dylan.
Em1988, abanda se reuniu em Wembley para o mega concerto “Free Mandela”. Os caras encerraram a noite e, de quebra, contaram com o reforço de Eric Clapton na guitarra. Vale registrar o momento.