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FECHANDO A JANELA

Finalizado o período legal de transferências europeu e muitas foram as novidades de última hora na movimentação dos clubes para formação dos respectivos elencos visando as disputas já iniciadas da temporada 2013-2014, além das contratações já efetuadas previamente ao longo do período estival de férias no Velho Continente.

Gareth Bale, Mesut özil, Ricardo Kaká e Marouane Fellaini, entre outros, movimentaram o mercado da bola no encerramento do período de transferências na Europa
Gareth Bale, Mesut özil, Ricardo Kaká e Marouane Fellaini, entre outros, movimentaram o mercado da bola no encerramento do período de transferências na Europa.

O mercado fechava as portas no último dia 3, segunda-feira (tardiamente, diga-se de passagem). Especulações voavam por todas as partes e, desde as compras milionárias, passando pelo grupo de jogadores insatisfeitos nos seus empregos, até os sem nenhum lugar ao sol onde estavam, enfim, todos se movimentavam às pressas para resolver a vida.

Iniciando com o esbanjador Real Madrid, que havia elegido o mais novo sonho de consumo: o galês Gareth Bale do Tottenham Hotspur. Digno de telenovela estilo dramalhão, a aquisição recorde do mercado da bola foi resolvida somente no apagar das luzes da janela de transferências e Bale transforma-se na grande esperança madridista de se tornar companheiro histórico de ataque do português Cristiano Ronaldo.

Já a vida de Ricardo Kaká, antigo objeto de desejo de Florentino Pérez que o tirou do Milan, nunca foi fácil como merengue.Para piorar as coisas, além de amargar a reserva durante quase todo o tempo em que esteve por Madri, não viu luz no fim do túnel sequer ao lado de Carlo Ancelotti (treinador do brasileiro no Milan campeão europeu de 2007). Para levar a vaca para o brejo em definitivo, Kaká viu nomes como o também ex-são-paulino e desacreditado Casemiro ganharem prestígio com o técnico italiano. Resumo da ópera: chega de esperar 2015, ano do término do vínculo contratual, a solução para Kaká foi forçar a situação e fazer o caminho de volta para o Milan. Resta agora saber como jogará no esquema tático de Massimiliano Allegri com Stephan El-Shaarawy e Mario Balotelli à frente.

Kaká era reserva de jogadores como o alemão Mesut Özil no Real Madrid, portanto a saída do brasileiro era lógica. Até certo ponto surpreendente foi a partida do próprio Özil, no último momento, e criticada por muitos em Madri e na Alemanha como o técnico da Seleção Joachim Löw o fez. Melhor para o Arsenal de Arsène Wenger, que possui justíssima fama de econômico no mercado da bola, e, finalmente, concretizou negociação de peso. Özil poderá ter papel preponderante em equipe que começou a temporada desacreditada, mas que recuperou-se a tempo e traz grandes esperanças aos torcedores Gunners.

Falando de times ingleses, esperava-se que o “lanterna” no quesito contratações seria o próprio Arsenal, mas parece que o troféu da categoria ficou por conta do poderoso Manchester United que, ao apagar das luzes, conseguiu apenas trazer o único bom reforço do belga Marouane Fellaini junto ao Everton.

O Everton ficou sem Fellaini e teve que se contentar com outro belga nos seus quadros para a temporada atual. Trata-se de Romelu Lukaku, ex-jogador do Chelsea, que pode ter decretado sua saída por empréstimo após perda de penalidade contra o Bayern na Supercopa da Europa.

Sim, o Chelsea, que trouxe de volta seu técnico ídolo, José Mourinho, e foi buscar o brasileiro Willian Borges da Silva, ex-Corinthians, que se destacara no Shakhtar Donetsk ucraniano com passagem pelo Anzhi russo.

Outro que saiu por falta de espaço como titular foi o alemão Mario Gómez que mudou-se em busca de ares renascentistas na Toscana ao assinar com a Fiorentina, um dos italianos que buscam exatamente um renascimento do futebol no país ao lado do Napoli, que supriu a saída do técnico Walter Mazzarri para a Internazionale com o espanhol Rafa Benítez e no ataque o franco-argentino Gonzalo Higuaín, outro debandado do Real Madrid.

Uns chegam e outros partem da Itália. Foi o caso de Kevin Prince Boateng que deixou o Milan e fechou com o Schalke 04 de Gelsenkirchen. Grande perda para os milanistas, ainda que Boateng tenha tido uma última temporada apagada.

E o Atlético Madrid, bem treinado pelo argentino Diego Simeone, foi buscar revelação holandesa do Ajax. Toby Alderweireld de 24 anos esteve a um passo do Liverpool, mas o clube inglês chegou atrasado na negociação bem sucedida dos espanhóis.

Agora é esperar e conferir quem acertou e quem errou nos reforços de elencos.

ENTRE CLÁSSICOS E POLÍTICA

Super clássico Barça-Madrid encerra com chave de ouro semana agitada e repleta de fatos de relevância política mundo afora.

Cores da Catalunha preenchem todos os aneis do Estádio Camp Nou

Tudo começou na América. Sim, os Estados Unidos realizaram seu primeiro e tradicional debate presidencial com chocante vitória do candidato republicano, Mitt Romney, a ocupar a Casa Branca nos próximos quatro anos. Surpresa, pois, após gafes públicas cometidas pelo postulante oposicionista, a reeleição do Presidente Barack Obama parecia favas contadas. Ledo engano. Obama saiu-se mal, sem ação frente ao desenvolto ex-governador de Massachussets. Agora, terá que suar para reverter o quadro a favor dos Democratas.

Mas, o prato principal estava reservado para o domingo.

Sem mencionar as eleições municipais brasileiras, a Venezuela reelege o controvertido Hugo Chávez para novo mandato presidencial ao conquistar mais de 54% dos votos e derrotar o adversário no pleito, Henrique Capriles. São 14 anos de chavismo bolivariano que poderão se converter em 19 no país sul americano.

A favor, contrário ou indiferente a qualquer das vertentes políticas nesses países, o prato principal de engajamento (seja isso positivo ou negativo) viria de Barcelona.

Sim, de Barcelona, já que, apesar de não ter havido qualquer processo eleitoral por lá na semana que passou, mais uma vez o futebol foi utilizado como ferramenta de protesto para que o mundo tomasse conhecimento dos sentimentos do povo local, os catalães.

Tudo mundo simples, porém ruidoso e visível.

Em mais um Superclásico, desta vez válido pela 7ª rodada da Liga, Barcelona e Real Madrid enfrentaram-se no Estádio Camp Nou de Barcelona. O público não poderia ser outro além dos cerca de 95 mil pessoas.

Até aí, tudo dentro da normalidade de um Barça-Madrid.

Quando os expectadores presentes exibem gigantesco mosaico formando a bandeira da Catalunha no momento da entrada das equipes em campo.

Era o início da mais nova sequência de protestos catalães contra Madri e a Espanha. Clamores de independência que ecoavam pelo estádio e transmitidos para o mundo.

Para reforçar o protesto, antes que os gols surgissem, exatamente aos 17 minutos e 14 segundos de jogo, grito em uníssono de independência surgia no Camp Nou.

O porquê dos exatos 17:14? Referência histórica a algo não esquecido pelos catalães: a Guerra de Sucessão.

A grosso modo, em 1700, o Rei Carlos II da Espanha falecia não deixando herdeiros. Vacância de trono assumida pelo francês Felipe de Anjou (Felipe V), neto do Rei Luís XIV da França. Era o fim da dinastia dos Habsburgos na Espanha e o advento dos Bourbons.

O francês Felipe Anjou que se tornou o Rei Felipe V da Espanha

Tudo estava bem com Felipe no comando ao decidir-se por respeitar os foros locais de administração, algo que desagradava outros reinos europeus.

Era o começo da Guerra de Sucessão em 1702.

Para complicar o quadro, em 1704, outro Carlos, de Habsburgo, invade a península ibérica reivindicando o trono. Confusão política que duraria por alguns anos.

Quando Felipe V reconquista Valência, tirando-lhe autonomia, os catalães revoltam-se.

Em 1713, é assinada a Paz de Utrecht, armistício que confirmaria Felipe V como rei e traria prejuízos territoriais para a Espanha tais como a perda de suas possessões europeias (Flandres, Nápoles, Sardenha e Milão). Em compensação, Madri não queria perder suas terras ibéricas. Aragão e Catalunha foram dominadas, exceto a cidade de Barcelona, que resistiu até 1714 graças às classes populares.

Orgulho, cultura e conscientização política que levaram os torcedores do Barcelona à manifestação dos 17 minutos e 14 segundos.

Contudo, qualidades louváveis à parte, o que os catalães querem é independência total e absoluta da sua região perante Madri. Mas, seria tal ato o mais coerente nos dias atuais de sombria crise europeia?

Por um lado, a Catalunha é a Região Autônoma mais próspera da Espanha. A população local sabe bem disso e utiliza-se do argumento a seu favor. Entretanto, a abastada Catalunha pediu socorro financeiro ao governo central de Madri recentemente, fragilizada pela crise financeira da Eurozona.

Voltando ao futebol, o que sobraria de uma Catalunha absolutamente independente? Se a Liga Espanhola já é considerada um campeonato disputado por duas equipes com condições de vencer, quiçá uma Liga Catalã. Tudo isso, sem mencionar a rivalidade Real Madrid-Barcelona que ficaria reduzida a esporádicos confrontos de Champions League.

Se, por um lado, todos possuem pleno direito à autodeterminação, como seria o desmembramento, sobretudo no âmbito desportivo?

A propósito, o parlamento catalão votou a favor da realização de referendo de autodeterminação. Madri já disse que vetará a iniciativa. A confusão política permanecerá pelos lados do Reino de Espanha.

Voltando aos 17 minutos e 14 segundos, seriam necessários mais 5 minutos de jogo para que Cristiano Ronaldo abrisse o placar.

Sem utilizar-se de lugar comum midiático mais manjado que chuva em Ubatuba nos feriados, Lionel Messi viraria o placar para o Barça e Cristiano Ronaldo voltaria a empatar, polarizando o duelo entre os dois ídolos.

Cristiano Ronaldo e Lionel Messi

Os 2×2 de Barcelona refletem a redução do abismo técnico outrora existente entre ambas as equipes, além de expor um Barcelona mais fixo, consequentemente mais previsível para as marcações adversárias. Por outro lado, é a certeza da competência técnica de José Mourinho na armação de suas equipes, ainda que este Madrid tenha-se revelado por vezes muito dependente de Cristiano Ronaldo.

De quebra, a favor de Tito Vilanova contam as ausências de Gerard Piqué e Carles Puyol, forçando-o a preparar a equipe para jogar com três zagueiros. Ademais, no Madrid, Ricardo Kaká, prestes a retornar à Seleção Brasileira, entrou no 2º tempo e começa a ameaçar de participar dos jogos de maior envergadura na Europa.

Atenções voltadas para Barcelona e o Superclásico, mas o restante da rodada também se desenrolou no final da semana.

Sem dúvida, o segundo principal jogo da 7ª rodada ficou por conta de Atlético Madrid e Málaga no Estádio Vicente Calderón de Madri. Basta lembrar que um é o campeão da Liga Europa e outro lidera seu grupo na Champions League.

Radamel Falcao García abriu o placar logo aos 5 minutos de jogo. O ótimo Málaga empatou com o experiente Roque Santa Cruz aos 35 minutos, mas erro defensivo do time do técnico Manuel Pellegrini custou o empate em Madri. Welington marcou contra aos 44 minutos do 2º tempo. Mais um sucesso para o Atlético Madrid do treinador Diego Simeone que agora alcança o Barcelona em pontos ganhos com 19 pontos e abrindo 5 pontos do próprio Málaga, terceiro colocado.

Resultados e classificação:

Celta 2×0 Sevilla

Rayo Vallecano 2×1 Deportivo La Coruña

Zaragoza 0x1 Getafe

Valladolid 1×1 Espanyol

Betis 2×0 Real Sociedad

Levante 1×0 Valencia

Mallorca 1×2 Granada

Athletic Bilbao 1×0 Osasuna

Barcelona 2×2 Real Madrid

Atlético Madrid 2×1 Málaga

 

Times

P

J

V

E

D

GP

GC

SG

%

1   Barcelona   19 7 6 1 0 19 7 12 90
2   At. Madrid   19 7 6 1 0 18 8 10 90
3   Málaga   14 7 4 2 1 11 4 7 66
4   Betis   12 7 4 0 3 12 13 -1 57
5   Real Madrid   11 7 3 2 2 14 7 7 52
6   Mallorca   11 7 3 2 2 8 6 2 52
7   Sevilla   11 7 3 2 2 8 7 1 52
8   Valladolid   10 7 3 1 3 11 7 4 47
9   Getafe   10 7 3 1 3 8 10 -2 47
10   Rayo Vallecano   10 7 3 1 3 9 14 -5 47
11   Levante   10 7 3 1 3 8 13 -5 47
12   Celta de Vigo   9 7 3 0 4 9 8 1 42
13   Real Sociedad   9 7 3 0 4 8 11 -3 42
14   Valencia   8 7 2 2 3 8 9 -1 38
15   Granada C.F   8 7 2 2 3 6 10 -4 38
16   Athletic de Bilbao   8 7 2 2 3 9 14 -5 38
17   Zaragoza   6 7 2 0 5 5 9 -4 28
18   Deportivo de La Coruña   6 7 1 3 3 9 14 -5 28
19   Osasuna   4 7 1 1 5 7 11 -4 19
20   Espanyol   2 7 0 2 5 8 13 -5 9

 

 

SERIE A: INTER LEVA O DERBY

Tamanho era o gigantismo acerca do Barça-Madrid que o Derby milanês Della Madonnina do crítico futebol italiano ficou relegado a segundo plano no final de semana.

Cruzamento de Cambiasso e gol de Samuel. Obra argentina para a Inter

O gol prematuro do argentino Walter Samuel logo aos 3 minutos de jogo após cruzamento do compatriota Esteban Cambiasso acabaria por definir o clássico.

O Milan tentaria lançar todos os expedientes para buscar o empate, entre elas o futebol de Robinho.

Massimiliano Allegri reclama de gol anulado no Derby de Milão

Ainda na 1ª etapa, Riccardo Montolivo acertaria potente chute de longa distância na rede, mas as comemorações milanistas foram por água abaixo com a marcação de falta sobre o goleiro Samir Handanovic.

O técnico do Milan Massimiliano Allegri, cuja situação não é das melhores entre a cúpula rossonera, tratou de se agarrar na questão da arbitragem para justificar a derrota.

O Milan tentaria e desperdiçaria chances até o momento derradeiro, mas a Internazionale confirmou a vitória e evitou o desgarramento de Juventus e Napoli.

Falando em Juventus, os atuais campeões foram à Toscana e derrotaram o Siena por 2×1.

O Napoli teve compromisso em casa contra a Udinese e fez 2×1 e manteve-se nos calcanhares da Juve.

Resultados e classificação após sete rodadas:

Chievo 2×1 Sampdoria

Genoa 1×1 Palermo

Roma 2×0 Atalanta

Catania 2×0 Parma

Fiorentina 1×0 Bologna

Pescara 0x3 Lazio

Siena 1×2 Juventus

Torino 0x1 Cagliari

Milan 0x1 Internazionale

Napoli 2×1 Udinese

 

Times

P

J

V

E

D

GP

GC

SG

%

1   Juventus   19 7 6 1 0 17 4 13 90
2   Napoli   19 7 6 1 0 14 3 11 90
3   Lazio   15 7 5 0 2 12 6 6 71
4   Inter de Milão   15 7 5 0 2 11 6 5 71
5   Roma   11 7 3 2 2 14 11 3 52
6   Fiorentina   11 7 3 2 2 8 6 2 52
7   Catania   11 7 3 2 2 9 11 -2 52
8   Sampdoria   10 7 3 2 2 9 8 1 47
9   Genoa   9 7 2 3 2 8 8 0 42
10   Torino   8 7 2 3 2 9 5 4 38
11   Milan   7 7 2 1 4 7 7 0 33
12   Bologna   7 7 2 1 4 9 10 -1 33
13   Pescara   7 7 2 1 4 6 14 -8 33
14   Udinese   6 7 1 3 3 7 11 -4 28
15   Parma   6 7 1 3 3 6 10 -4 28
16   Chievo   6 7 2 0 5 6 14 -8 28
17   Palermo   5 7 1 2 4 6 11 -5 23
18   Atalanta   5 7 2 1 4 5 11 -6 23
19   Cagliari   5 7 1 2 4 4 11 -7 23
20   Siena   2 7 2 2 3 8 8 0 9

 

LIGUE 1: LÍDER E VICE-LÍDER DUELAM EM MARSELHA

Encerrando a sessão grandes clássicos pela Europa na rodada, Olympique Marseille e Paris Saint Germain, líder e vice-líder da Ligue 1, jogaram no Estádio Velodrome de Marselha.

Ibrahimovic e Gignac ao fundo

Se Messi e Ronaldo foram os nomes e autores dos gols em Barcelona, André Gignac e Zlatan Ibrahimovic fizeram o mesmo na França.

Gignac abriria o placar aos 16 minutos de jogo, mas Ibrahimovic viraria o jogo em dois minutos de bola rolando (22 e 24 minutos de jogo). Ainda no 1º tempo, Gignac empataria para os anfitriões.

Ao final, 2×2 em Marselha e os três pontos de vantagem do OM foram mantidos em relação ao PSG após oito rodadas disputadas.

Resultados e classificação:

Saint-Etienne 4×0 Nancy-Lorraine

Montpellier2x3 Evian Thonon Galliard

Sochaux 0x1 Stade Rennais

Lille 2×0 Ajaccio

Bastia 3×2 Troyes Aube Champagne

Stade de Reims 3×1 Nice

Toulouse2x2Valenciennes

Stade Bretois 29 1x1Bordeaux

Lorient1x1 Olympique Lyon

Olympique Marseille 2x2ParisSaint Germain

 

Time PG J V E D GP GC SG (%)
1 Olympique 19 8 6 1 1 12 7 5 79
2 PSG 16 8 4 4 0 14 5 9 67
3 Lyon 15 8 4 3 1 13 8 5 63
4 Lorient 14 8 3 5 0 14 9 5 58
5 Reims 14 8 4 2 2 11 6 5 58
6 Bordeaux   14 8 3 5 0 10 6 4 58
7 Toulouse   13 8 3 4 1 11 9 2 54
8 Valenciennes   12 8 3 3 2 13 8 5 50
9 Saint-Etienne   11 8 3 2 3 14 6 8 46
10 Lille   10 8 2 4 2 10 10 0 42
11 Rennes   10 8 3 1 4 10 11 -1 42
12 Brest 10 8 3 1 4 8 13 -5 42
13 Bastia 10 8 3 1 4 12 20 -8 42
14 Ajaccio* 9 8 3 2 3 6 9 -3 38
15 Montpellier 8 8 2 2 4 11 12 -1 33
16 Nice 8 8 1 5 2 11 12 -1 33
17 Evian 8 8 2 2 4 10 11 -1 33
18 Sochaux 6 8 2 0 6 7 13 -6 25
19 Nancy 4 8 1 1 6 2 14 -12 17
20 Troyes 2 8 0 2 6 8 18 -10 8

*Clube punido em 2 pontos por distúrbios da torcida

 

Bundesliga: Bayern alarga vantagem

Tudo dentro da normalidade na 7ª rodada da Bundesliga alemã. O grande destaque ficou por conta da derrota do Eintracht Frankfurt, maior perseguidor do líder Bayern Munique, por 2×0 contra o Borussia Mönchengladbach for a de casa.

Com isso, o Bayern, que venceu o Hoffenheim em casa por 2×0, abriu 5 pontos de vantagem na tabela.

Ainda pior para o Eintracht Frankfurt foi a vitória por 3×0 do Schalke 04 sobre o Wolfsburg em casa. O Schalke se aproxima da vice-liderança do campeonato.

Resultados e classificação:

Augsburg 3×1 Werder Bremen

Bayern 2×0 Hoffenheim

Schalke 04 3x0Wolfsburg

Freiburg 3x0Nuremberg

Mainz1x0 FortunaDusseldorf

Greuther Fürth 0x1Hamburg

Borussia Mönchengladbach 2×0 Eintracht Frankfurt

Stuttgart2x2 BayerLeverkusen

Hannover 96 1×1 Borussia Dortmund

 

Times

P

J

V

E

D

GP

GC

SG

%

1   Bayern de Munique   21 7 7 0 0 21 2 19 100
2   Eintracht Frankfurt   16 7 5 1 1 16 10 6 76
3   Schalke 04   14 7 4 2 1 15 7 8 66
4   Borussia Dortmund   12 7 3 3 1 17 9 8 57
5   Hannover 96   11 7 3 2 2 15 10 5 52
6   Bayer Leverkusen   11 7 3 2 2 11 9 2 52
7   Fortuna Düsseldorf   10 7 2 4 1 6 3 3 47
8   Hamburgo   10 7 3 1 3 9 10 -1 47
9   Mainz 05   10 7 3 1 3 7 8 -1 47
10   Borussia M´gladbach   9 7 2 3 2 9 12 -3 42
11   Freiburg   8 7 2 2 3 11 10 1 38
12   Werder Bremen   7 7 2 1 4 10 13 -3 33
13   Hoffenheim   7 7 2 1 4 10 14 -4 33
14   Nuremberg   7 7 2 1 4 7 14 -7 33
15   Stuttgart   6 7 1 3 3 7 14 -7 28
16   Augusburg   5 7 1 2 4 5 11 -6 23
17   Wolfsburg   5 7 1 2 4 2 13 -11 23
18   Greuther Fürth   4 7 1 1 5 2 11 -9 19

 

 

EPL: FAVORITOS VENCEM NA RODADA

Sem novidades também pelos lados da Inglaterra. Todos os favoritos venceram seus jogos, exceção feita ao Everton que empatou fora de casa, com destaque para a contundente vitória do Manchester United por 3×0 contra o Newcastle em St. James Park. Nem mesmo o artilheiro Demba Ba pôde parar os Red Devils em Newcastle.

Apagão da defesa do Newcastle e dois gols de cabeça do United logo de saída

O técnico André Villas Boas parece dar a volta por cima na Premier League. Nova vitória do Tottenham e G4 à vista para a equipe de Londres após sete rodadas.

Resultados e classificação:

Manchester City 3×0 Sunderland

SwanseaCity2x2Reading

West Bromwich3x2 Queen’s Park Rangers

WiganAthletic 2×2 Everton

West Ham 1×3 Arsenal

Southampton2x2 Fulham

Liverpool0x0 Stoke City

Tottenham 2×0 Aston Villa

Newcastle0x3ManchesterUnited

 

Times

P

J

V

E

D

GP

GC

SG

%

1   Chelsea   19 7 6 1 0 15 4 11 90
2   Manchester United   15 7 5 0 2 17 9 8 71
3   Manchester City   15 7 4 3 0 15 8 7 71
4   Everton   14 7 4 2 1 14 8 6 66
5   Tottenham Hotspur   14 7 4 2 1 13 8 5 66
6   West Brom   14 7 4 2 1 11 7 4 66
7   Arsenal   12 7 3 3 1 13 5 8 57
8   West Ham United   11 7 3 2 2 8 8 0 52
9   Fulham   10 7 3 1 3 15 11 4 47
10   Newcastle United   9 7 2 3 2 8 11 -3 42
11   Swansea   8 7 2 2 3 12 11 1 38
12   Stoke City   8 7 1 5 1 6 5 1 38
13   Sunderland   7 6 1 4 1 5 7 -2 38
14   Liverpool   6 7 1 3 3 9 12 -3 28
15   Wigan Athletic FC   5 7 1 2 4 7 13 -6 23
16   Aston Villa   5 7 1 2 4 6 12 -6 23
17   Southampton   4 7 1 1 5 12 20 -8 19
18   Reading   3 6 0 3 3 8 13 -5 16
19   Norwich City   3 7 0 3 4 5 17 -12 14
20   Queens Park R   2 7 0 2 5 6 16 -10 9

OS ÊXITOS DE DIEGO SIMEONE

Mais do que significar a vitória do campeão da Liga Europa, a competição internacional menos expressiva do Velho Continente, contra o badalado campeão da Champions League, o supra sumo dos torneios de clubes, os contundentes 4-1 do Atlético Madrid sobre o Chelsea, na decisão da Supercopa Europeia, trazem à tona o bom trabalho não apenas do artilheiro hat tricker do jogo, Radamel Falcao García, mas sobretudo do técnico argentino Diego Simeone.

 

Diego Simeone levanta a taça da Supercopa Europeia

Em tempo, para que não haja dúvida a respeito da importância do atacante colombiano na conquista espanhola em Mônaco, é importante informar que já surgem os primeiros rumores de interesse do próprio Chelsea pelo seu algoz.

Voltando a Diego Simeone, o argentino tem extenso histórico no futebol não somente como jogador, mas já também como treinador. Basta lembrar que o ex-volante atuou em clubes pelo circuito Argentina-Espanha-Itália tais como Vélez Sarsfield, Pisa, Sevilla, o próprio Atlético Madrid por duas ocasiões, Internazionale, Lazio e Racing Club, além da Seleção Argentina com 106 participações.

Além de grande marcador, Simeone personificava aquele jogador argentino das antigas, pelo menos sob o ponto de vista brasileiro do jogo. Haja vista, os episódios de expulsões que o argentino provocou sobre Romário e David Beckham em jogos entre Barcelona x Valência e Inglaterra x Argentina. Relembre a seguir.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=9osUAHdtQbA[/youtube]

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=0Rsc-7TZ9T8[/youtube]

 

Simeone penduraria as chuteiras em 2006 quando jogava pelo Racing Club argentino. Imediatamente, toparia o desafio de assumir o comando técnico do próprio Racing onde teve começo ruim, mas recuperou-se encerrando bem o campeonato local.

O bom trabalho o levaria ao Estudiantes de La Plata onde conseguiria seu primeiro grande feito como treinador: o título nacional, o primeiro do clube em 23 anos. Não é à toa que Diego Simeone seria aclamado o melhor treinador argentino daquele ano pelo jornal desportivo Olé.

No ano seguinte, o Estudiantes começaria mal o campeonato, mas a exemplo do que ocorrera com o Racing, a equipe teria reação avassaladora atingindo 9 vitórias consecutivas nas rodadas finais do torneio.

No ano seguinte, glória ainda maior para Simeone. O título nacional do Clausura com o gigante River Plate.

De inexpressiva, apenas sua passagem pelo San Lorenzo. Isso pouco importava, o caminho e a reputação estavam pavimentados e viria a Europa.

Em 2011, o argentino assumiria o modesto Catania. Lá teve o mérito de manter o clube longe do rebaixamento.

Após rápido retorno ao Racing argentino, Diego Simeone assumiria, ao final de 2011, seu ex-clube, o Atlético Madrid.

A partir daí, a história é mais cristalina na cabeça do fã do futebol. Menos de um ano completo de trabalho e o argentino consegue incutir o espírito de raça no time, contando no elenco com nomes de expressão como Miranda, Diego Ribas e, principalmente, Radamel Falcao García.

Os títulos vieram com a goleada por 4×0 sobre o Athletic Bilbao, comandado pelo compatriota Marcelo Bielsa, valendo a Europa League e na última sexta-feira a Supercopa Europeia em novo placar elástico, os 4×1 de Mônaco contra o Chelsea campeão europeu. Resultados que requerem maior atenção ao trabalho realizado pelo jovem treinador Diego Simeone.

Caberia a Simeone o emprego de técnico da Seleção Argentina no futuro? E com seu estilo, a Argentina poderia, ao menos em parte, readquirir seu velho estilo viril aliado à técnica refinada de seus jogadores? Veremos a longo prazo.

LIGA EUROPA PARA O ATLETICO MADRID E O CONTRASTE DE SENTIMENTOS DA FINAL

O Atletico Madrid é o campeão da UEFA Europa League, o segundo torneio de clubes do Velho Continente em importância, com atuação decisiva do colombiano Radamel Falcao, que fez dois gols da vitória por 3×0 sobre o Athletic Bilbao, em Bucareste, Romênia.

Alegria de um lado e desolação do outro

Se os espanhóis fracassaram em alcançar a final da Champions League, ao menos conseguiram fazer a final da Liga Europa. Madrilenhos e bascos estavam lá, na Arena Nationala de Bucareste, perfilados para a grande final.

E não era somente a Espanha com presença maciça na final. Ambas as equipes contam com treinadores argentinos em seus quadros técnicos. No Madrid, o consagrado ex-atleta Diego Simeone que tem trazido força ao time da capital espanhola. Já no Bilbao, Marcelo Bielsa, ex-técnico da seleção de seu país, chegou para trazer maior refinamento no futebol dos bascos.

Mas era dia dos comandados de Diego Simeone, que começaram a definir o título logo aos 7 minutos de jogo em belo gol de Falcao em chute colocado e angulado.

O Bilbao repetia o que fizera em toda a temporada ao impor toque de bola na criação e desenvolvimento de suas jogadas.

A demonstração de dia de fortuna para o Atletico teve prosseguimento aos 34 minutos quando Arda Turan anula saída de bola do adversário ao roubá-la e servir Falcao, o colombiano aplicou corte nos zagueiros e bateu para ampliar.

Na 2ª etapa, o que se viu foi enorme esforço e superação do time basco na sua tentativa de buscar o resultado adverso. Várias foram as chances de gol, mas, ora o goleiro Thibaut Courtois fazia grandes defesas, ora a trave fazia o papel de goleiro e ora a defesa do time de Madri abafava. Definitivamente, não era dia do time de Bielsa.

O golpe de misericórdia nas pretensões do Athletic veio através dos pés de Diego Ribas em contra-ataque fatal. O ex-santista deixou dois zagueiros para trás e bateu para finalizar os 3×0. Atletico Madrid campeão da UEFA Europa League.

Atmosfera emocional em Bucareste com o contraste escancarado no gramado e na arquibancada.

De um lado, a joia da alegria dos jogadores e comissão técnica do Atletico Madrid com especial destaque ao jovem treinador Diego Simeone que mostra ter competência e espírito de campeão.

Do outro, a dor e frustração da derrota. Afinal, o que talvez fosse pouco para uns (e foi, de fato, como, por exemplo, para a dupla de Manchester que não deu a devida importância ao torneio após eliminações na UCL), significava muito para outros, como o Athletic Bilbao. Equipe de pequena para média do País Basco, que admite apenas jogadores oriundos da região em seus quadros, vencer um torneio europeu seria a glória.

Mas veio a derrota. E com a derrota a tristeza, a dor, a amargura.

Espírito de luta não faltou, o Bilbao até merecia melhor sorte no placar. Bielsa, apesar dos apelidos portenhos de El loco, é sujeito sério, conhecedor do futebol e articulador de boas equipes de futebol.

Os 3×0 finais expuseram o contraste da alegria e da tristeza. Não que seja inédito no esporte.  Nada disso, obviamente. Mas, o que mais chamou a atenção talvez tenha sido o fato de o derrotado em questão ter sido alguém que lutou, e muito, para vencer.

O comportamento antagônico e natural em tal circunstância, o do vencedor e aquele do derrotado, talvez seja um grande retrato da vida. Afinal, no modo, por vezes perverso, de vida que as sociedades criaram, para alguém vencer, outros tantos perderam, foram deixados para trás, tiveram seus sonhos alijados, claro, por diversas razões.

Mais uma vez o futebol representa uma faceta da vida, um aspecto da sociedade, uma pintura de todos os nossos sonhos que, por vezes, transformam-se em pesadelo na jornada humana por este planeta.

 

DEL PIERO 700

É antigo e notório debate filosófico indagar se a vida e o futuro consistem em fatos e acontecimentos previamente traçados por algum poder superior dos quais é absolutamente impossível fugir ou se o ser humano constrói sua trajetória a cada segundo que corre no relógio da vida.

Alessandro Del Piero e sua 700ª participação no time da Juventus com gol decisivo

Exercícios mentais abstratos à parte, eis que, às vezes, surge o futebol para pôr abaixo qualquer corrente não experimental (que renega a ideia que para tudo há uma causa pré-determinada) e ratificar o determinismo como algo de fato presente em nossa existência.

Desta vez, o esporte bretão, na sua vertente filosófica, deu as caras em Turim, Itália.

Mais exatamente na partida entre Juventus e Lazio. Embate importante da Série A que colocava frente a frente os líderes anfitriões contra os terceiros colocados da capital que lutam por lugar ao sol da UEFA Champions League da próxima temporada.

Tudo isso porque na terça-feira o maior perseguidor da Juve, o Milan, havia vencido o Chievo Verona por 1×0 no Veneto, sem fazer grande apresentação e graças a chute de longa distância de Sulley Ali Muntari. Resultado que recolocava os rubro-negros na liderança do campeonato.

Tudo isso porque, na sua partida, a Juventus apenas empatava contra a Lazio (gols de Simone Pepe para a Juve e Stefano Mauri para a Lazio).

Até que surge o predestinado.

Antonio Conte, técnico da Juve, lança o veterano Alessandro Del Piero na etapa final.

Falta para os anfitriões aos 38 minutos. E lá estava ele na sua 700ª participação com a camisa da Juve, Alessandro Del Piero, para bater, guardar e garantir o 2×1 e a liderança do time de Turim na Série A.

Delírio no Juventus Stadium, mais uma vez o líder garantia a alegria da parte alvinegra de Piemonte.

Agora a Juventus fica com 68 pontos na liderança e o Milan está com 67 na cola.

 

La Liga

Bem que o Barcelona, a imprensa local e o resto da Catalunha tentaram pôr pressão sobre o arquirrival Real Madrid após grande vitória dos campeões do mundo contra o Getafe no Camp Nou por 4×0.

Esqueceram de avisar Cristiano Ronaldo.

O gajo estava em noite inspirada para o clássico madrilenho contra o Atlético Madrid no Estádio Vicente Calderón.

Os anfitriões renasceram na Espanha com a chegada do argentino Diego Simeone na direção técnica do time.

Só que o Madrid respondeu bem à pressão e o craque português fez 3 gols na vitória merengue por 4×1 fora de casa.

Os 4 pontos de vantagem madridista permanecem. O Madrid sobe para 82 pontos contra os 78 do Barça.

 

Bundesliga

A sensação é que o campeonato acabou em termos de título, já que o líder Borussia Dortmund fez 1×0 no vice-líder Bayern em casa com gol do polonês Robert Lewandowski em grande fase.

Clima de decisão no Iduna Park Stadium e mais de 80 mil fãs estiveram presentes no Estádio de Dortmund para o jogo mais importante do futebol doméstico alemão na temporada.

Dia para Arjen Robben esquecer, já que o holandês teve a chance de empatar a partida em cobrança de penalidade. O goleiro Roman Weldenfeller defendeu cobrança ruim do jogador do Bayern.

Não bastasse o pênalti perdido, Robben perderia nova chance debaixo das traves.

Agora o Dortmund vai a 69 pontos contra os mesmos 63 do Bayern que terá que priorizar a Champions, o que não é pouco, e pensar no Real Madrid. Tudo isso com a ressaca da derrota interna para o maior competidor. Durma com esse barulho Bayern!

 

English Premier League

Parecia que não mais, porém hoje dá para dizer: “temos um campeonato!” na Inglaterra.

Graças ao Wigan, ameaçado de rebaixamento, que aprontou para cima do poderoso Manchester United ao fazer 1×0 em casa.

Para completar o dia negativo dos Red Devils, o arquirrival Manchester City fez 4×0 no West Bromwich em Manchester e reduziu a diferença na classificação para 5 pontos com o confronto da dupla da cidade se aproximando.

Campeonato novamente em aberto pelas terras inglesas.

 

Vida longa e próspera às ligas nacionais!