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A ‘PEGADINHA’ DO BOWIE CANTANDO JOY DIVISION

A internet, voluntaria ou involuntariamente, é capaz de criar confusões e induzir as pessoas ao erro. Para os fãs de música, é incrível se deparar com alguma gravação rara, disponibilizada em algum obscuro blog ou site. Foi assim que circulou pelas redes sociais uma suposta reunião de David Bowie com os ex-integrantes do Joy Division Bernard Sumner e Peter Hook, para executarem uma versão lo-fi de “Love will tear us apart”, da seminal banda. Curiosos que somos, nós do Ferozes FC fomos conferir o link da inusitada sessão tão propagandeada.  No tal link, que você confere ao final do post, há a descrição do tal ‘encontro’, no qual, em meio a cervejas, os artistas teriam combinado uma jam session, e quando deram por si, já estavam reunidos tocando a música.

"Rá! Pegadinha!"
“Rá! Pegadinha!”

Todo muito bonito, exceto pelo fato de que a tal jam nunca aconteceu. Não bastasse o fato de que pelo áudio pode-se reconhecer que o vocal não é genuinamente de Bowie, Peter Hook apareceu no Twitter para confirmar que a versão divulgada é falsa.

Pelo Twitter, Hook desmentiu a existência da tal versão.
Pelo Twitter, Hook desmentiu a existência da tal versão.

É isso.

“ROCKIN’ THE CHRISTMAS”

A equipe do Ferozes Futebol Clube deseja a todos um Feliz Natal e, sempre com o espírito do portal a todo vapor, fazemos questão de celebrar a grande data com um pouco do melhor que cancioneiro do mundo do Rock já produziu sobre a referida festividade.

 

Mick "Santa Claus" Jagger
Mick “Santa Claus” Jagger

1) HAPPY XMAS (WAR IS OVER)

John & Yoko The Plastic Ono Band with The Harlem Community Choir

Em 1971, John Lennon escreveu,Yoko Ono produziu e o Coral da Comunidade do Harlem participou de Happy Xmas, originalmente como uma canção protesto contra a Guerra do Vietnã no auge do ativismo pacifista do casal. Logo, a canção tornou-se hino sazonal natalício.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=XPm3CWvDmvc[/youtube]

 

2) THE LITTLE DRUMMER BOY/PEACE ON EARTH

Bing Crosby & David Bowie

Dois ícones de universos diversos encontrar-se-iam em 1977 para a gravação do especial de Natal para a TV Bing Crosby Marrie Old Christmas.

Bing Crosby, cantor e ator, ídolo dos anos dourados de Hollywood e David Bowie, figura ícone do mundo rock-pop-indie-alternativo fizeram dueto para The little drummer boy (escrita por Katherine Kennicott Davis em 1941 e popularizada apenas na década seguinte) com inserções de Peace on Earth.

O especial de TV ganharia ares nostálgicos com o falecimento de Crosby pouco tempo após a gravação.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=DiXjbI3kRus[/youtube]

 

3) DO YOU KNOW IT’S CHRISTMAS?

Band Aid

Antes da empreitada estadunidense USA for Africa, o outro lado do Atlântico, por iniciativa de Bob Geldof (The boomtown rats) e de Midge Ure (Ultravox), mobilizou-se com propósito idêntico: o combate à fome na Etiópia, tendo o período de Natal como época de gravação e lançamento.

Do you know it’s Christmas contou com verdadeiro batalhão de estrelas do rock pop britânico e irlandês. Entre eles, David Bowie surge pela segunda vez na nossa lista. Sem dúvida, o eterno Camaleão possui inclinações sentimentais para as festas de fim de ano. Além de Geldof e Bowie, o Band Aid contou ainda com a presença de Bono Vox, Adam Clayton, Sting, Phil Collins, Simon Le Bon, George Michael, Boy George, entre outros.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=eYDEh-mhijc[/youtube]

 

4) CHRISTMAS (BABY PLEASE COME HOME)

U2

O U2 não poderia ficar de fora e os irlandeses participam da lista com a regravação da clássica sazonal Christmas (Baby please come home) de 1963 escrita por Ellie Greenwich, Jeff Barry e Phil Spector.

O remake entrou na compilação A very special Christmas de 1987, ano em que o U2 atingiu o topo na América e no mundo com o álbum The Joshua tree.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=mmZBC92pgrE[/youtube]

 

5) MISTRESS FOR CHRISTMAS

AC/DC

Natal, época de presentes, desejar o melhor para os semelhantes, certo? Pode ser, mas o único desejo que Brian Johnson, Angus Young e companhia é ter uma gata ao lado para passar o referido feriado. Nada mal!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=utj7MgslLOs[/youtube]

 

6) BACK DOOR SANTA

Clarence Carter

Em 1968, Clarence Carter lançou o álbum Soul Christmas. Entre as faixas escolhidas está Back door Santa, escrita por Carter e Marcus Daniel.

Trata-se de outra canção natalina sem o tal espírito de Natal na sua letra. Diversão garantida!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=yfVg1MnUQkI[/youtube]

 

7) THE BEACH BOYS

Little Saint Nick

Sim, os californianos dos Beach Boys deixaram as pranchas, o sol e o mar de lado em 1964 para compor Christmas Album com a contribuição de Brian Wilson em cinco canções. Confira uma delas, Little Saint Nick.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=aSynDh_K0EE&list=PL06DFFD43E128A7D2&index=1[/youtube]

 

 

QUAL É A MÚSICA DE SUA VIDA?

Minhas memórias musicais também estão ligadas a uma imagem. Talvez quem tem a minha idade também se lembre dela, que reproduzo logo ali abaixo. Mas para mim, e talvez para outros em minha situação, ela seja um pouco mais especial. A ilustração do cãozinho em frente ao gramofone, supostamente ouvindo a voz do próprio dono, me remete à lembrança do meu saudoso pai, que trabalhou desde antes de eu nascer até a aposentadoria, quando eu tinha cerca de nove anos, como prensista de LPs na RCA-Victor, cujos selos possuíam a imagem do simpático cachorrinho, Nipper.

"A voz do dono"
“A voz do dono”

Agraciado com brindes mensais e retiradas de discos para desconto no pagamento, meu pai trazia para casa uma infinidade de títulos, dos mais diversos gêneros musicais. Some-se a isso os discos que meus irmãos, já adolescentes, começavam a comprar, e a minha primeira infância, acostumada com os Bozos e Topo Gigios, começava a ampliar o leque de opções para formar meu gosto musical. Em se tratando de rock, é bem provável que os Beatles tenham tocado o primeiro acorde de guitarra de que me recordo, talvez com “Help” ou “She Loves You”, “Ticket to Ride”, “Day Tripper”, quem é que vai saber? Minha lembrança mesmo é de um disco de David Bowie, Pin ups, em que o chamado “camaleão do rock” interpretava covers. É engraçado como aquilo me soava visceral, e como hoje nem parece tão pesado assim. Mas eu era criança.

Os anos foram passando, eu ainda criança acompanhava nos anos 80, pelo rádio, as passagens de The Cure, The Smiths, as bandas de heavy metal e hard rock, a explosão do rock nacional, sob o efeito do Plano Cruzado, e a valorização do poder de compra que fez coisas não tão relevantes venderem milhões de discos.

Mais alguns anos, e a década de 90 chegava com camisas de flanela, os meus primeiros fios de barba, em forma de cavanhaque e o grunge de Seattle, fazendo o volume subir nos alto-falantes do meu toca-discos (que já não era a vitrolinha em que Topo Gigio cantava “Meu limão, meu limoeiro”), acoplado a um cd-player e um tape-deck. 4 em 1. E ali fazíamos as nossas coletâneas, gravando músicas de LPs, de CDs, de K-7s para K7s ou até do rádio, com os dedos a postos pra começar e terminar a música que ia tocar, tendo o cuidado de calcular o tempo restante e se preparar para virar o lado sem perder nada da gravação de um especial. Rebobinar fita cassete com caneta bic, quem nunca? E a fita a gente levava pra ouvir no walkman. Trabalhando como office-boy, foram algumas longas viagens de trem com o walkman preso ao cinto, companheiro de jornadas.

 

Este ratinho já teve seus compactos rodando nas vitrolinhas de todo o Brasil.
Este ratinho já teve seus compactos rodando nas vitrolinhas de todo o Brasil.

E os anos 2000 foram um pouco pulverizadores do formato. Surgiram os mp3-players, e não importava mais o suporte em que a música chegava, ela tinha que ser convertida para ser encaixada no pequeno aparelho. Ou baixada. Hoje os discos já não vendem tanto, muitos artistas já disponibilizam seus sons diretamente para download, capas de discos viraram um raro prazer (foram diminuindo, até se transformarem em pdf – quando existem).

Um dos meus discos prediletos, no entanto eu nunca o tive em mãos.
Um dos meus discos prediletos, no entanto eu nunca o tive em mãos.

Eu fiz toda essa linha do tempo para dizer que possuo uma prática que considero uma das coisas que mais gosto: compartilhar música. Eu e uma amiga – a minha melhor amiga – sempre nos presenteamos com as nossas descobertas e lembranças musicais, através de nossas playlists e sugestões. No meio de uma destas playlists, a constatação daquela que é a que considero a música mais bonita da história, a minha predileta de todos os tempos, e a qual surpreendentemente nunca ouvi em seu suporte original, aliás em suporte algum que não fosse o rádio, e mais recentemente o mp3: “God only knows”, dos Beach Boys. Do disco Pet Sounds, aquele significativo disco cujas letras amarelas em fundo verde estampam camisetas pelo mundo afora. Significativo porque é um dos álbuns mais influentes da história da música pop. Que se tornou até certo ponto uma roda de influências entre os Beach Boys e os Beatles, começando pelo disco Rubber Soul do quarteto de Liverpool, que impulsionou a criação de Pet Sounds, cuja “God only knows” foi alvo do apreço de Paul McCartney, que quis fazer algo semelhante em “Here, there and everywhere” no disco Revolver dos Beatles, e a história foi se seguindo.

Fato é que só recentemente me dei conta de que é minha música favorita. Uma bela constatação. E para você, qual é a música da sua vida?

A minha é essa:

Mão-de-obra especializada

O “operário-padrão” Alessandro (foto: r7.com)

Falta mão de obra especializada no Brasil. Especialmente no futebol. Pergunto a você, torcedor corintiano com menos de 30 anos: qual foi o último grande lateral-direito que tivemos? Que eu me lembre, deve ter sido Rogério, vindo do nosso arquirrival, onde jogava como volante. Fez bons jogos, fez parte de um time vencedor, mas também ficou marcado pelas pedaladas de Robinho em 2002. Saiu do clube para jogar no Sporting, de Portugal. Atualmente, joga na minha cidade natal, no Grêmio Osasco, sob o comando do ex-companheiro, o fanfarrão Vampeta. Não me lembro de outro lateral-direito razoável nestes últimos dez anos fora o nosso esforçado atual dono da posição, Alessandro. Mas também já fomos campeões tendo Índio ou Coelho como laterais.

Rogério, originalmente volante, foi o lateral-direito que manteve maior regularidade no time nos últimos dez anos.

Fato é que Alessandro está suspenso para o próximo jogo, o primeiro da final do Paulistão, contra o Santos. Tite faz suspense quanto ao possível substituto, mas sabemos que as opções que ele tem não são nada animadoras. O reserva do “guerreiro” é Moacir, que coleciona más atuações e que inúmeras vezes arrancou xingamentos da Fiel, devido à sua falta de habilidade para defender. A outra opção, mais provável, é a improvisação do volante Moradei, que já não é grande coisa em sua posição original. A escolha se dá por ser um jogador de marcação. Resta saber se conseguirá parar o rápido ataque do Peixe. Para o Brasileirão, até o momento, o Timão fechou com Weldinho, do Paulista de Jundiaí. Outra jovem promessa. Mas não dá pra saber se vai vingar. Aguardemos.

André, ex-Santos, pode fechar com o Timão (foto: Terra)

Outra função carente de revelações é a de centroavante. Quem são os jovens promissores do ataque? Hoje temos Liedson, 33 anos, e Adriano, 29, que mal chegou e já está de férias (forçadas, é verdade, mas não estréia tão cedo). O pretendido André, ex-Santos, que já estaria apalavrado com o Corinthians, só teve mesmo boa fase jogando ao lado de Neymar e Ganso, foi até convocado para a Seleção de Mano Menezes, mas desapareceu no futebol europeu. Negociado com o Dínamo de Kiev e emprestado ao Bourdeaux, não tem empolgado por lá. Pelo time atual, ainda não marcou gols. Willian, talismã da equipe, não é de área, atua mais como segundo atacante. Dentinho, mais interessado em estudar botânica do que jogar, idem. O Timão investiu e contratou para a base o jogador Douglas, de 17 anos, junto ao Guarani. Dizem que o filósofo Adenor Bacchi já o observa. Mas é uma aposta. Pouco provável que possa despontar tão cedo na equipe principal.

 ***

Neste próximo domingo, temos o primeiro confronto da final contra o Santos. Para incentivar uma possível atuação heróica da equipe, deixo vocês com David Bowie cantando “Heroes”. Abraços.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Tgcc5V9Hu3g [/youtube]