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O PALMEIRAS DE BARCOS.

-No Palmeiras de Barcos, a bola parada de Marcos Assunção é somente mais uma das opções do time.

-No Palmeiras de Barcos, Maikon Leite tornou-se a flecha de mão dupla que atormenta a retaguarda adversária. Levar a bola do meio ao ataque acontece em segundos. Se conseguir ser menos afoito e pouca coisa mais inteligente e ML poderá melhorar ainda mais essa dupla de ataque.

Acho que nesse atual esquema Luan perdeu completamente seu espaço, até por que Juninho vem cumprindo muito bem a função de ala esquerda. Vide a jogada do 3º gol palmeirense. O lateral destaque do Figueirense no BR11 joga de cabeça erguida e tem grande visão de jogo. Repare que antes de cruzar ele pede ajuste de posicionamento a Daniel Carvalho que de cabeça anotou o gol, após cruzamento milimétrico de Juninho.

Juninho e Daniel Carvalho, dois dos novos contratados do time. Gol do Palmeiras. Gol de Felipão. Gol da direção.

A corneta soou solta aqui ao longo de 2011, mas até aqui comissão técnica e direção mostram grande serviço em 2012. Então sejamos justos.

-No Palmeiras de Barcos e Daniel Carvalho, fica difícil até mesmo pensar em como levar Valdívia de volta ao time titular. Felipão sinaliza usar o chileno no jogo contra o São Caetano. Mas no lugar de quem? Bah, o velho Bigode que se vire com essa dor de cabeça que todo técnico gostaria de ter.

-O 1º tempo do Palmeiras de Barcos e cia beirou o primor. Compacto, atacando em bloco e se defendendo sem maiores transtornos e sem ceder espaços para contra-ataque. Tudo bem, foi o Linense. Mas quem anda passeando contra os times do interior? O Santos e olhe lá.

-O Palmeiras ganha a marca da eficiência e a eficiência nesse início de temporada se chama Barcos. Cinco gols em seis jogos, dos quais dois foram verdadeiras pinturas. No de ontem , o 2º da vitória contra o Linense, Barcos recebeu lançamento no meio de campo e com o domínio já caiu na faixa de campo que lhe dava uma avenida para atacar. São nesses detalhes que você ganha se o cara tem qualidade ou não. De cabeça erguida, conduziu a bola sem deixá-la desgarrar de seu domínio até aplicar o drible certo, na hora certa, concluindo a jogada da mesma maneira, sem preciosismo, mas com extrema categoria e precisão. Um golaço construído a partir da transparência de todos os meandros da jogada.

-Este é o Palmeiras de Barcos. Mas já fora de Kleber, de Vagner Love e de tantos outros que chegaram para conduzir o time aos bons tempos, mas que naufragaram por diversas razões. Portanto, todo cuidado é pouco ao bancar alguém como o “novo Evair” ou novo ídolo.

Barcos parece entender essa situação. Parece entender também desse negócio de fazer gols.

Cheers,

BOMBADO!

No autodestrutivo Palmeiras, Daniel Carvalho chegou acima do peso, não negou, mas deu uma justificativa polêmica. Segundo ele, anabolizantes aplicados na época em que atuou pelo CSKA são os responsáveis pelo seu “enronaldamento”.

Percebendo o tamanho da “bomba” que havia aplicado, voltou atrás e desmentiu o fato. Tarde demais.

O assunto foi o mais tweetado pelos microblogs esportivos, o mais compartilhado pelos “facers” do mundo da bola, o mais ouvido pelas ondas esportivas e o mais sistematicamente frisado pelas caras nas telas do esporte bretão.

Barcos, recém contratado, vem chamando a atenção nos treinamentos. Mas disso pouca gente fala. Daniel Carvalho, bom jogador, ainda que fora do peso, fez boa estréia como único cérebro no meio campo alviverde no último domingo, mas para isso duas ou três linhas foram destinadas em alguns cantos noticiosos. São apenas suplementos perto da bomba que viria a seguir.

Hoje já chegaram aos dirigentes russos para esclarecer o dito pelo não dito de Daniel Carvalho. Vem bomba atômica por aí!

E se você que está lendo acha que eu vou criticá-los por isso, esqueça. Não por isso.

O jogador deu pateticamente a notícia e cabe a eles comprová-la, buscar envolvidos, colocar tudo em seu devido lugar, entender essa bomba.

Hoje a notícia palmeirense que vende é a da polêmica, da piada, do encolhimento institucional.

O estancamento da fonte da maledicência alviverde tem que vir de dentro. Do lado de fora a voracidade alheia para levar o quadro de desgraça ao público é intenso.

SERÁ QUE É DISSO QUE EU NECESSITO?

Aposentar a Camisa 12 do Palmeiras.

Impressionante a comoção em torno da aposentadoria do goleiro Marcos. Com o anúncio feito há mais de uma semana, as homenagens continuam aparecendo aos borbotões. Eu particularmente nunca presenciei uma movimentação dessa envergadura com aposentadoria de um jogador. Não sei se tem alguma relação, mas desde o anúncio do goleirão que o Michel Teló sumiu das redes sociais. BBB12 que começou essa semana, até o presente momento não gerou 5% do transtorno que costuma causar. Milagres de São Marcos.

“É justo.É muito justo. É justíssimo”, como bem diria um personagem de Zé Wilker de um passado já bem distante. Como é justo sim aposentar a camisa 12 eternizada por ele.

Ontem escutei muita gente se dizendo contra. “Que isso é um desrespeito a outros ídolos do clube”. “Que pode desmotivar um garoto que sonha um dia jogar com a camisa 12 do santo goleiro”.

Besteira!

Quando Marcão diz que a maior motivação que teve em sua carreira foi um dia poder ser titular do Palmeiras, ele mata todas essas argumentações dos que são contra a aposentadoria da camisa 12. Oras, a motivação de qualquer pretendentea jogador profissional é envergar a camisa de um grande clube, não de uma numeração específica.

O futebol brasileiro infelizmente não tem por costume realizar jogos festivos e homenagens mil quando algum ídolo para de jogar. Ademir da Guia parou em 1977, mas seu jogo de despedida veio somente em 1984. Isso para citar o mais próximo em termos de idolatria e focando apenas em Palmeiras. Embora isso ocorra em todos os clubes brasileiros.

E não é por que o clube errou por todo esse tempo com seus antigos ídolos, que agora precisa também errar com o maior de todos eles. Já bastam os erros de administração de B1 e B2.

Marcão merece a 12 só pra ele e muito mais. Fora que aposentar a 12 é bem mais tranqüilo que a 1. Aproveitem mais essa molezinha proporcionada pelo goleirão. Vocês necessitam disso.

Adriano, Daniel Carvalho, Carlos Alberto. A volta dos que não foram.

Quem é que precisa tomar cuidado com o que diz?
Quem é que precisa tomar cuidado com o que faz?
Será que é isso o que eu necessito?
Será que é isso o que eu necessito?

“Esse é o ano do Adriano”. Tem sido essa a frase adotada pelos esperançosos fãs do futebol do “Imperador”.

Não há argumentação técnica alguma que sustente esse apontamento. É puro “achismo”. É muito mais torcer do que de fato achar. E é justo, diga-se de passagem. O torcedor vive de sonhos. Na cabeça do torcedor o improvável é bem tangível.

Como foram tangíveis os sonhos dos flamenguistas que esperavam que 2010 fosse “ao ano do Adriano” na Libertadores. Não foi.

Ano de Copa, a conversa girava também em torno do “se o Adriano colocar na cabeça que vai ser o titular da seleção na África, não tem pra ninguém”. Ano de Copa, senhoras e senhores. Mesmo assim, nada aconteceu.

Depois foram também tangíveis as esperanças descabidas dos torcedores e dirigentes do Roma, que apostaram no centroavante mesmo após todo o papelote que ele promoveu para sair da Inter em 2009. Saiu de lá sem marcar um golzinho sequer.

Como já foram tangíveis os sonhos corintianos de que o “Impera” fosse o fator de desequilíbrio na reta final do BR11. Não foi. E não me venham com o gol contra o Atlético MG, pois mesmo sem aquele gol o Corinthians levantaria o caneco.

A análise mais correta é olhar para o que ele tem feito. A se considerar as últimas temporadas (quase todas, exceto no BR09) e a esperança em torno de Adriano em 2011 geram apenas sono. Um caso policial aqui, outro acolá. Uma festa com anões aqui e outra ali.

E não, não tenho medo de queimar minha língua. Ele não me dá nenhum argumento para pensar diferente. Qualquer coisa que aconteça diferente disso será uma clamorosa surpresa.

Como será uma clamorosa surpresa se Daniel Carvalho der certo no Palmeiras. Jogador que surgiu como craque no Inter. Teve um momento muito bom no CSKA e depois nada mais. Além de ter se apresentado bem acima do peso.

Que me desculpe qualquer entusiasmado, mas ele não me ajuda a bancar qualquer esperança.

Os amigos corintianos que querem sonhar, sonhem. É justo e gratuito. Mas é mais correto depositarem suas esperanças em Liedson, William, Sheik, Alex e Cia.

Aos amigos palmeirenses, não sonhem. Ao contrário do time corintiano, o alviverde já mostrou que não tem nenhum porto seguro no qual ancorar o sonho esmeraldino de dias melhores. Tem, em tese, no chileno da camisa 10. Mas Valdívia é mais um que se não fizer por onde em 2012, entrará em 2013 para o time do Imperador, Daniel Carvalho, Carlos Alberto e tantos outros.

Aproveitando o ensejo, despeço-me da camaradagem com um perspicaz som do Titãs. Aliás, de uma época em que se esperava sempre o melhor dos caras. O que também não ocorre mais nos dias de hoje.

Cheers,