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GANHAR BEM É SINÔNIMO DE JOGAR BEM?

Por Thiago Medeiros

Caros leitores do Ferozes FC. Hoje abordarei um assunto interessante e que faz refletir sobre a relação custo e benefício entre times e jogadores. A última greve da NBA teve como tema justamente os altos salários pagos aos atletas e mostrou que os donos das franquias queriam economizar para ganhar mais. Após intensas negociações, hoje o lucro que a NBA proporciona está dividido em 51,15% para os jogadores e o restante para os donos das franquias, praticamente metade para cada lado. O acordo que foi firmado em 2005 e expirou em 2011 garantia uma fatia de 57% aos jogadores, ou seja, os patrões alcançaram o objetivo.

Muitos acreditam que o fato de se pagar salários absurdamente altos no passado recente pode ter contribuído para que os times da NBA estivessem à beira da falência, algo que forçou os donos a pleitear uma maior fatia do lucro gerado.  E se analisarmos alguns negócios, fica claro que não é só culpa dos jogadores quando pedem quantias que, por vezes, tornam-se surreais em relação ao desempenho que acompanhamos em quadra. Os donos das franquias também tem sua parcela, porque não costumam analisar as situações com visão de negócio e despejam caminhões de dinheiro em contratações ou renovações um tanto quanto duvidosas.

A seguir, veremos os 10 maiores salários da NBA na atualidade. Peço que olhem com atenção e analisem se vocês, como detentores do negócio, fariam esses contratos ou achma que é justo o valor recebido pelos atletas, se condiz realmente com a tal relação custo e benefício:
10 – Joe Johnson, Atlanta Hawks – U$18,038,573;
9 – Amar’e Stoudemire, New York Knicks – U$ $18,217,705;
8 – Carmelo Anthony, New York Knicks – U$18,520,000;
7 – Pau Gasol, Los Angeles Lakers – U$18,714,150;
6 – Dirk Nowitzki, Dallas Mavericks – U$19,092,873;
5 – Gilbert Arenas, ex-Orlando Magic – U$19,269,308;
4 – Kevin Garnett, Boston Celtics – U$21,200,000;
3 – Tim Duncan, San Antonio Spurs – U$21,300,000;
2 – Rashard Lewis, Washington Wizards – U$22,152,000;
1 – Kobe Bryant, Los Angeles Lakers – U$25,244,000.

Após analisar estes números, sei que vocês devem se perguntar, Rashard Lewis é o 2° maior salário da NBA? Isso mesmo! Trata-se de um bom jogador, mas que nunca foi uma superestrela da Liga. Sendo assim, como se explica ele ganhar tão bem assim? Na minha humilde opinião, má conduta administrativa e falta de análise do mercado. Lewis fez ótimos campeonatos pelo antigo Seattle Sonics (hoje OKC Thunder), mas nada que justificasse o Orlando Magic propor este contrato para tirá-lo do Sonics em 2007 pelo valor de U$118 milhões por 6 anos. Outro caso semelhante é o de Gilbert Arenas, ex-armador do Orlando Magic (eis que surge o Orlando novamente). Mas antes, para não ser injusto, este contrato que paga a Gilbert mais de 19 milhões de dólares neste ano, e com mais dois anos garantidos mesmo se não jogar no valor de U$43 milhões, não foi feito pelo Magic, e sim pelo Washington Wizards, time em que hoje joga Lewis! Arenas teve flashes de brilhantismo com o Washington, mas nunca conseguiu desenvolver um basquete a altura das expectativas, tanto que hoje está encostado, com interesse de alguns times é verdade, mas ainda sem qualquer iminência de fechar com uma nova equipe. Talvez isto explique a frustração de Dwight Howard e sua vontade de sair da equipe do Magic. Joe Johnson do Atlanta Hawks também pode ser considerado um mau negócio. Mesmo sem o time do Atlanta conseguir avançar nos Playoff’s, com seguidas eliminações nas semifinais de conferência, o Hawks renovou seu contrato por 5 anos pela bagatela de U$107 milhões. A má impressão ficou pelo fato de que, assim que fechou a renovação, seu desempenho em quadra caiu drasticamente. Se continuar assim, será o novo Lewis ou Arenas dos próximos anos.

Outros casos precisam ser analisados com maior profundidade. Tim Duncan, Kevin Garnett e Pau Gasol renovaram seus vínculos no auge do desempenho, além do mais, quando um jogador tem histórico positivo, é válida a aposta. Mesmo com idade avançada, falando especificamente de Garnett e Duncan, estes jogadores são símbolos de suas equipes, e ainda mantém o nível de boas atuações, não tanto quanto na época da renovação, mas isso é algo natural pela ação do tempo. Gasol é um jogador experiente, não um veterano ainda, pois tem 31 anos e é mais novo que Duncan e Garnett, ambos com 35 anos, e mesmo que não esteja no nível que atingiu quando ganhou o bi-campeonato com o Lakers, é um jogador que tem talento e já provou do que é capaz.

Carmelo Anthony e Amar’e Stoudamire quando foram contratados receberam quantias aceitáveis pelo desempenho anterior, e são relativamente jovens, mas tudo isso depende do sucesso do Knicks nos próximos anos, dependerá deles fazer e acontecer em quadra para valer o investimento realizado. Dirk Nowitzki foi campeão da NBA no último ano com o Dallas e, mesmo com os insucessos em anos anteriores, sempre foi um jogador confiável e considerado uma estrela da Liga, logo, Mark Cuban, dono do Mavericks, paga o que é justo.

E o que falar de Kobe Bryant? Ele pode não ser o melhor jogador atualmente, pois temos um Lebron James voando e o atual MVP Derrick Rose jogando tudo e mais um pouco, mas não dá para negar que vale cada centavo pago pelo Lakers por tudo que já fez, por tudo que faz e por tudo que representa para sua equipe, é uma lenda viva.

Agora, faça o exercício, analise estes contratos e deixe sua opinião sobre o assunto.

Até a próxima, fãs do melhor basquete do mundo!

A volta de Odom à L.A. e as últimas do Oeste!

A conferência Oeste segue movimentada e pode ficar mais forte futuramente. Dwight Howard do Orlando Magic pediu uma troca para a direção do time antes do início da temporada, informando inclusive que não iria renovar contrato com a equipe da Flórida. Oficialmente, o pivô do Magic deixou através de seu agente três times como opções para que o negócio acontecesse que seriam o Lakers, Mavericks ou Nets. Esta semana ele teria adicionado mais uma equipe no mix, e trata-se do Los Angeles Clippers.

Segundo os rumores, ele estaria curioso sobre a possibilidade de jogar junto com o armador Chrys Paul e o ala Blake Griffin. A boa campanha do time da Califórnia, com 7 vitórias e 3 derrotas também seria um fator fundamental para o desejo de atuar por lá. Entretanto, o gerente geral do Orlando Otis Smith disse aos jornais locais que não foi procurado por nenhum representante do jogador com esta possibilidade de expandir a lista. Questionado sobre o caso, Howard continua com o discurso de que está concentrado em sua atual equipe. “No momento, eu sou Magic”, disse ele. “E isso é o que importa”, resumiu.

Por falar em jogador trocando de lado, ontem tivemos um encontro especial na rodada. O Dallas Mavericks foi à Los Angeles enfrentar o Lakers, e Lamar Odom, ex-jogador do L.A. agora com o Mavs, foi ovacionado pela torcida no Staples Center ao entrar no jogo. O jogador acenou e agradeceu a homenagem visivelmente emocionado, porém, o ponto negativo foi que a partida não ajudou em nada o clima que antecedeu o tip-off. O placar final de 73 a 70 para o Lakers mostrou a dificuldade que os times tiveram de converter arremessos. “As duas equipes proporcionaram um jogo horrível”, disse Dirk Nowitzki, estrela do Dallas. Apenas nos últimos segundos que a emoção do placar apertado deixou o jogo mais atrativo. Com uma cesta de Jason Terry da cabeça do garrafão, o Dallas empatou o placar em 70 pontos, mas o predestinado Derek Fisher mais uma vez salvou o Lakers, com uma bomba de três com pouco mais de 3.1 segundos para acabar o jogo. Vince Carter do Mavs não conseguiu fazer o mesmo no último arremesso e o L.A. venceu a partida. “É isso que eu faço”, disse Fisher, confiante. “Quando oportunidades assim aparecem, eu confio na minha habilidade de assumir o risco e fazer a jogada certa. Tenho tido sorte na minha carreira de converter algumas cestas como esta”, explicou.

Lamar Odom reencontrou Kobe Bryant e seu ex-time em Los Angeles

O San Antonio Spurs venceu o Phoenix Suns ontem à noite, e, apesar do nome do time adversário, quem parece renascer das cinzas é o ala de força do Spurs Tim Duncan. O veterano jogador de 35 anos vem atuando bem e ajudou o San Antonio a manter-se invicto em seus domínios. “Especialmente neste verão, eu trabalhei muito para ampliar o meu aproveitamento nos arremessos de longa distância”, disse ele. Quem diria hein, duas vezes MVP da Liga, 13 vezes All-Star e ainda trabalhando em seu jogo. Um exemplo.

Sobre negócios, o Thunder tem até o dia 25 de janeiro para assinar uma extensão contratual com o armador Russell Westbrook, e fontes dizem que a coisa não está tão fácil assim. O time de Oklahoma também tem a preocupação de preservar espaço na folha salarial para renovar com o reserva sensação James Harden e o titular Serge Ibaka para o próximo ano.  Dependendo de suas atuações, inclusive se for considerado o melhor armador da Liga, Westbrook pode demandar uma extensão de até U$94 milhões por 5 anos. O Thunder espera fechar negócio pelo mesmo período, porém, por “apenas” U$80 milhões.

Por falar em Thunder, uma pesquisa sobre a disputa pelo MVP desta temporada foi divulgada esta semana. De acordo com este trabalho, foi perguntado aos gerentes gerais das franquias da NBA em qual jogador votariam no prêmio. Kevin Durant foi o preferido, com 55,6% dos votos, enquanto que Lebron James do Heat foi o segundo com 44.4%. Se fosse para escolher um jogador para começar uma reestruturação na franquia, houve empate entre Durant e James, com 37% cada.  O time ideal dos gerentes seria Derrick Rose na armação junto com Dwyane Wade, nas alas Lebron James e Dirk Nowitzki e no centro Dwight Howard.

Você concorda?? Comentem FEROZES! Até o próximo Post!