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CLEITON XAVIER ANOTA O TAL DO “GOL QUE O PELÉ NÃO FEZ”

Cleiton Xavier especializou-se em marcar golaços.

Quando não é de falta, rola gol escorpião no melhor estilo Zico de ser. Mas em seu variado arsenal a maior contagem é de gols de longa distância. Quem não se lembra daquele petardo salvador de fora da área e que colocou o Palmeiras nas 8ª´s de final da Libertadores de 2009?

Pois agora ele mandou o tal do gol que o Pelé não fez, mas que o Rivaldo e o Fred já.

Se liga na trama, na esperteza e na conclusão da jogada que virou um golaço.

http://www.youtube.com/watch?v=tAJC6xE-ZJA&feature=player_embedded

metalist-kharkiv

O GOL ESCORPIÃO DE CLEITON XAVIER

Cleiton Xavier saiu do Palmeiras em um momento de baixa. Foi para a Ucrânia jogar pelo ascendente, mas ainda pouco conhecido, Металлист (Харьков), ou Metalist, como preferir. Lá desandou a jogar bem, virou ídolo local e passou a meter golaços, dentre os quais um de bicicleta pela Uefa Europa League, contra a Sampdoria. E ontem inovou, talvez inspirado no goleiro Higuita, Xavier mandou ver um golaço no estilo escorpião. Só vendo pra entender. Inclusive, o jogo contra Dnipro foi recheado de golaços, sobretudo os dois marcados pelo camisa 10 “Xhabhsbnsc,msa&%4r6r4hejd” so Dnipro. Confira:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=L9EAkcNafoY[/youtube]

 

Chazinho de Coca – A Esperança é Verde

Com Cleiton Xavier o Palmeiras é outro, definitivamente. Com ele em campo, Diego Souza joga como Diego Souza. O ataque rende como ataque de time candidato a título e o Palmeiras volta a jogar como Palmeiras. Como o Palmeiras que liderou o BR09 por 19 rodadas. Longe do Palmeiras que desandou e despencou da ponta para a 4ª colocação.

Muricy mandou muito bem ao escalar o time com 3 armadores. A bola foi bem tratada e Vágner Love a recebia sempre em boas condições.

“Queria trocar tudo que tenho por esse título do Palmeiras”

Com Mauricio Ramos ao lado do ótimo Danilo, ainda que a falta de ritmo de Maurício tenha atrapalhado no início, a postura é outra. O time não saiu atrás do placar como vinha acontecendo. Não se desesperou como com acontecia sistematicamente.

O gol do maestro Cleiton Xavier logo no 1º minuto de jogo, deu mostras de que aquele seria um Palmeiras diferente.

Goiás e Santo André ajudavam , e nem o gol de empate de Tardelli assustou o, até a rodada passada, assustado Palmeiras.

O gol antológico de Diego Souza do meio campo foi tão fora do comum que levou alguns segundos para crer no que se via. A rede balançando não era prova suficiente de que aquilo estava acontecendo de fato.

De desacreditado, apedrejado, de time humilhado em público e por parte do público, o Alviverde chega a última rodada do BR09 com chances de ter o título que esteve em suas mãos por mais tempo do que de qualquer outro.

Ainda que a combinação necessária para isso seja complicada. Ainda que tenhamos alguns times desonrando a própria tradição com a estampada e descarada falta de combatividade.

Com a descarada e desavergonhada possibilidade de se lesar o campeonato mandando-se times reservas para jogos decisivos. Ainda assim, sobrevive o verde. Ressurge o alviverde.

Veja os lances do jogaço e tente mensurar o tamanho do gol de Diego Souza:
http://video.msn.com/?mkt=pt-br&playlist=videoByUuids:uuids:4d9c0a18-c0ea-44be-8c72-fc5ca8997500&showPlaylist=true&from=IV2_pt-br_lancenet&fg=lancenet

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Embalado e embalando a feitura do post, tive como “companhia” o ótimo Muse, do não tão ótimo último disco dos figuras (tendo como base o padrão Muse de qualidade), mas com a centelha de genialidade de Matt Bellamy na sua “United States Of Eurasia”.

Cheers,

Chazinho de Coca – Wonderwall

“I don’t believe that anybody feels the way I do about you now”

Diga você, amigo palmeirense. Existe alguém nesse mundo que sinta pelo seu time, o mesmo que você? Sim, claro que existe. Existe o seu camarada palmeirense que hoje transborda de emoção, e mesmo que ele não consiga transcrever o que sente, tem dentro de si um sentimento do tamanho do Universo. O que não quer dizer que o seu não seja maior que o dele. No seu mundo ele é. Esse universo de paixões e sentimentos é inerente a cada um e cada um dá a ele o tamanho e a dimensão que bem entender.

Combalidos corações palestrinos devem ter se extinguido ontem. Saudáveis corações palmeirenses, certamente estiveram a ponto de explodir. Todos os corações alviverdes atravessaram a tênue linha entre a tristeza e a alegria extrema. E todos eles, aposto, não mudariam uma vírgula sequer no dramático roteiro da peça palmeirense de ontem.

E que peça, hein amigo? Digna de estatuetas de ouro. Ainda que ela tenha quase se tornado uma peça muito da ingrata. Tortuosa peça. Com altos e baixos ao longo de sua trama. Mas com um final apoteótico.

Final? Bem, final do 1º de mais 4 capítulos que, esperam os palestrinos, essa trama ainda possa render.

Alguns detratores da paixão pela bola dizem que o futebol é um ópio para as massas. Se esse ópio provoca o delicioso entorpecimento sentimental provocado com aquele gol na bacia das almas, Senhor, que sejam então distribuídos pombos sem asas a toda população. A carranca matinal não mais existirá, garanto.

Almas, corações, emoções, paixões, uma enorme paixão. Os adjetivos que descrevem essa história são quentes, são efervescentes, são Palmeiras.
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-Luxa surpreendeu entrando com Wendell na lateral direita, sem Williams e mais ainda com o garoto Souza como 2º volante. Fora o 3-5-2 que é sempre temerário. Não gostei logo de cara, mas tive de dar o braço à torcer. Souza, o “Ferrugem” fez uma belíssima partida. Seguro, com boa saída de bola e firmeza na marcação. Jumar? Mozart? Vale a aposta em Souza.

-O 1º tempo foi muito bom para o Palmeiras. Com 2 bolas na trave e uma certa tranquilidade, mas que não foram suficientes para reverter em gol. Torres deixou o jogo contundido, tornando o Colo-Colo acéfalo e isso ajudou demais o Palmeiras.

-No 2º o time verde voltou com Williams no lugar de Wendell e voltou pior. Williams parecia claramente fora de ritmo e o Colo-Colo dominou a partida.

-Aos poucos a situação tornava-se mais e mais dramática e os jogadores que fazem a diferença, foram caindo um após o outro. 1º Pierre, que até tentou voltar, mas não deu. Depois Diego Souza, que bateu a cabeça ao tentar dar uma bicicleta e foi a nocaute. Para piorar, Marcão, que vinha fazendo boa partida, foi expulso. A vaga parecia estar mesmo destinada ao time chileno.

-Cleiton Xavier era, na minha opinião, o jogador mais apagado do time. No 1º tempo não acertou quase nenhum passe e no 2º estava mal como todo o time. Mas futebol é aquela coisa, não dá pra você enrolar a bandeira e desistir antes do apito final. Aos 42 da etapa final, Cleiton recebeu bola na intermediária, sassaricou pra lá, pra cá – o time chileno todo fechado, não haviam opções para fazer a jogada – ele trouxe para a perna direita, clareou e fez a única coisa que poderia ter feito. Mandou a bola no único lugar onde o goleiro não conseguiria defende-la. Fez o que quase ninguém mais esperava, salvo o torcedor do time. Classificou o quase desclassificado Palmeiras. Salvou a lavoura, engrandeceu o futebol brasileiro ao colocar o 5º time do país na próxima fase e fez a quinta-feira surgir com tonalidades esverdeadas.

Acompanhe o Pombo sem asa de Cleiton Xavier:

O pombo, na voz de José Silvério (O Pai do Gol):
http://www.radiobandeirantes.com.br/audios/col0%20X1palcleitonxavier.mp3

Despeço-me da nobreza com o clássico Wonderwall, do Oasis.

Cheers,