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SÃO PAULO E OS SEUS GIGANTES.

Em sua homenagem ao aniversário da cidade de São Paulo, Tiago Pimentel passa pelas características enraizadas de cada um dos grandes clubes, incluindo o Santos.

Por Tiago Pimentel

Uma breve reflexão sobre os gigantes da cidade (bem, minha visão particular)

Corinthians e Palmeiras são clubes de raízes populares, cada um ao seu jeito.

O Corinthians, um clube fundado por operários, que tem a cara da gente de todo o país que vai tentar a vida em São Paulo.

O Palmeiras, por seu turno, traz consigo a força da família, as tradições passadas de pai para filho.

O São Paulo representa uma cidade-locomotiva.  É a São Paulo desenvolvida (ainda que esse desenvolvimento seja caótico).

Um não é nada sem os outros.

E embora essa reflexão se refira aos clubes da capital aniversariante, há que se fazer um bate-volta (que os paulistanos gostam tanto) até o litoral pra se falar do gigante praiano. O santos é o guardião da chama, uma certa maneira de jogar futebol, quase romântica, e representa a saudade de uma época mais simples.

CONTINUO SEGUINDO CONTIGO.

Uma relação de amor e ódio. De zelo e desleixo. De trocas muitas vezes mutuas, outras vezes mudas.

Eu que a amo tanto, hoje pouco tenho a comemorar. Nunca foi tão cinza, tão esquálida, tão pálida. Nunca foi tão disfarçadamente mal cuidada.

Nunca tratou tão mal sua gente. E não falo de suas enchentes, indecentes. Nem de suas vias entupidas, desgraçadamente esculpidas.

Gigante sempre foi. Sempre será. E problemas todas tem. Umas mais, outras menos. Mas em raras ocasiões foram eles maiores que suas oportunidades, suas válvulas de escapes.

Ainda assim é o meu berço. É o lar das minhas paixões em verde e branco. Minhas paixões de vida, da vila, de esquina, pela vida. De sangue, de alma e de estirpe.

Ainda quando penso em trocá-la, volto meus olhares para o que deixaria por aqui. Nada nesse mundo pode pagar pelo que nela vivo a sorrir.

Por que se hoje não a acho digna de receber meus parabéns. Quanta vontade não me falta de que volte a dignar-se a recebê-lo. Que volte ao menos ser o meu porto seguro de esperanças.

De tudo o que amo, foi você quem me deu. De tudo o que eu preciso e quero amar, pretendo que possa ti num futuro abrigar.

Continuo seguindo contigo, minha cara São Paulo.

 sao-paulo41