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ESPANTANDO A ZEBRA NA COPA AMÉRICA: ARGENTINA x URUGUAI NAS QUARTAS-DE-FINAL

Ressurgindo das cinzas como fênix, a Argentina finalmente venceu e convenceu na Copa América.

Jogando em Córdoba, os anfitriões derrotaram a seleção convidada da Costa Rica sub-22 por 3 a 0 com domínio total de posse de bola na partida. Mas, não se engane. Se o domínio argentino foi total, o primeiro gol surgiria somente no final do 1º tempo.

Após dois inesperados e decepcionantes empates (1 a 1 contra a Bolívia e 0 a 0 contra a Colômbia), os argentinos entraram em campo sob dúvidas e questionamentos por parte dos fãs. Sergio Batista, Lionel Messi, Ezequiel Lavezzi, enfim, muitos nomes postos em xeque. Algo que traria carga pesada para a atmosfera do jogo decisivo contra a Costa Rica.

Higuaín e Messi. Antes do gol, stress total.

Sufoco e apreensão no Estádio Mário Kempes até os 45 minutos de jogo. Sergio Aguero pôs fim ao desespero aproveitando rebote e, finalmente, colocando na rede.

O gol que desafogou a seleção argentina fez com que o futebol da equipe fluísse naturalmente. Logo aos 7 minutos da 2ª etapa Sergio Aguero novamente marca. O jogo, que já tinha o controle dos donos da casa, tornou-se fácil. Lionel Messi jogava à vontade, driblava em velocidade e assistia os companheiros com maestria. Em uma das assistências, o melhor do mundo serve Antonio di Maria para fechar o placar aos 18 minutos.

Apesar do adversário limitado, apenas um convidado da CONMEBOL para a Copa América, a vitória serviu para trazer de volta o bom futebol da Argentina. De sobra, trouxe também de volta o bom futebol de Lionel Messi e, mais importante, classificou os porteños para a próxima fase do torneio em 2º lugar no grupo A com 5 pontos, logo atrás da Colômbia que somou 7 pontos após vencer a Bolívia por 2 a 0 em Santa Fé.

Pelo grupo B, o time da CBF enfrentou o sempre difícil Paraguai e apenas empatou por 2 a 2 em Córdoba em partida disputada. Os brasileiros largaram na frente, permitiram a virada e conseguiram o empate no apagar das luzes dos 44 minutos do 2º tempo. Como a Argentina, Brasil e Paraguai precisarão de vitórias contra Equador e Venezuela, respectivamente. A propósito, Venezuela, ex-saco de pancada sul-americano, que lidera o grupo com 4 pontos após derrotar o Equador por 1 a 0 em Salta. Nem Hugo Chávez esperava tanto.

Álvaro Pereira, autor do gol da classificação uruguaia

Já o Uruguai, melhor sul-americano na última Copa do Mundo (4º lugar na África do Sul em 2010), ganhou do ”México cover-convidado-remendado” por 1 a 0 em La Plata com gol de Álvaro Pereira. A classificação uruguaia em segundo lugar foi sofrida até o fim. Tudo isso porque o time de Diego Forlán e companhia vinha de dois míseros empates. Após o 1 a 1 contra o Peru, a Celeste apenas repetiu o placar contra um Chile superior em campo em estádio repleto de chilenos na cidade de Mendoza. Claro, a proximidade geográfica da capital argentina do vinho com a fronteira e a cordilheira facilitaram a logística dos fãs. Só que a situação uruguaia havia ficado ainda pior após vitória peruana sobre os mexicanos (1 a 0). O Chile, novamente na acolhedora Mendoza, garantiu o primeiro lugar do grupo C ao vencer o Peru também por 1 a 0.

Resultado parcial de todas as surpresas decepcionantes da Copa América: Argentina e Uruguai se enfrentam já nas quartas-de-final em Santa Fé, desmontando o objetivo prévio dos cruzamentos da tabela montada para esta edição da Copa América. Leia-se: cruzamento entre Brasil e Uruguai nas semifinais e Argentina pegando talvez um Paraguai ou Colômbia. Lógico, se todos tivessem confirmado a lógica, algo que não passou nem perto de acontecer.

Salve Solo!

Hope Solo detonando em Dresden

E rola em terras alemãs a Copa do Mundo feminina. Aliás, já na reta final. No final de semana, o Japão, com gol na prorrogação eliminou as anfitriãs por 1 a 0. A Suécia bateu a Austrália por 3 a 1. Em jogo emocionante, a França eliminou a Inglaterra nos pênaltis após empate por 1 a 1. E em partida controvertida, os Estados Unidos venceram o Brasil nos pênaltis. Empate por 1 a 1 nos 90 minutos, outro 1 a 1 na prorrogação e 5 a 3 nas penalidades.

Em jogo de heroínas e vilãs, Daiane marcou contra logo no primeiro minuto de jogo. O Brasil empataria na 2ª etapa em pênalti duvidoso de Rachel Buehler (que seria expulsa) em Marta. Começaria a brilhar a estrela da goleira Hope Solo. Cristiane cobra e Solo defende. A arbitragem invalidou a cobrança, aparentemente pela goleira americana ter se adiantado. A única irregularidade encontrada na repetição foi invasão de área. Marta bateu e não desperdiçou.

Hope Solo, além de gata, pegou tudo e foi pra galera após jogo contra o Brasil

Prorrogação à vista e o Brasil em vantagem numérica de jogadoras marcou belo gol com a artilheira Marta, apesar de jogada nascida em lance fora de jogo pela ponta esquerda. Nos acréscimos do 2º tempo da prorrogação, Abby Wambach fez de cabeça. Festa total das americanas e do público presente em Dresden que, ciente dos erros da arbitragem, àquela altura torcia pelos Estados Unidos.

Nas penalidades, consagração total para Hope Solo que pegou a cobrança de Daiane e garantiu as estadunidenses nas semifinais.

Hope Solo para presidente!

Dia para Daiane esquecer. Autogol e pênalti desperdiçado na contabilidade pessoal. Dia para consagrar Hope Solo que, além de bela, é competente debaixo das traves e demonstrou personalidade perante as adversidades do jogo. Medo zero para todo o time americano. Já as brasileiras, sem apoio, sem profissionalização do esporte, contam com a craque Marta. Insuficiente para encarar seleções de países de chamado Primeiro Mundo onde preconceitos e falta de estrutura são coisa rara em comparação ao Brasil.

As semifinais da Copa do Mundo ficam entre Estados Unidos x França e Suécia x Japão. Quem vê as seleções hegemônicas do futebol feminino e as compara com quem dá as cartas no masculino acha que são modalidades esportivas completamente diferentes. Parece, mas não é. Trata-se do velho e bom esporte bretão em ambos os casos.

Gol olímpico

E não é que o veterano David Beckham ainda apronta das suas! A última foi em Los Angeles, em partida válida pela Major League Soccer. O marido de Victoria, a eterna Spice Girl, bate escanteio, a bola faz aquela curva malandra, passa pelas pernas do goleiro e caixa. Seria o gol que faria o Los Angeles Galaxy derrotar o Chicago Fire por 2 a 1. É só conferir abaixo.

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