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EURO: A ESTRADA ATÉ AS SEMIFINAIS

Definidas as semifinais da Eurocopa, as expectativas do Velho Continente voltam-se para os confrontos vindouros entre Espanha e Portugal, fazendo o clássico ibérico, e Alemanha e Itália, nada menos que sete títulos mundiais reunidos em uma única partida.

 

Cristiano Ronaldo desperta no Euro

E foi assim que as quatro seleções chegaram até a fase aguda do torneio europeu de nações.

 

República Tcheca 0X1 Portugal

Varsóvia, Polônia

Cristiano Ronaldo despertou de vez para o torneio europeu e isso é problema sério para os adversários.

O artilheiro da Ilha da Madeira conduziu sua seleção às semifinais fazendo o gol decisivo da partida, despachando os tchecos do goleiro do Chelsea Petr Cech.

O jogo começou com ambas as equipes relutantes em se arriscar no ataque, tanto que a melhor chance do 1º tempo ficou reservada somente para os acréscimos quando Cristiano Ronaldo acertou a trave tcheca.

Já na 2ª etapa, Portugal retornou com mais agressividade e se lançou ao ataque.

A equipe de Paulo Bento criaria diversas oportunidades, encurralando a equipe tcheca no seu campo, limitando-os a jogar defensivamente. Petr Cech teria trabalho.

O gol era questão de tempo, ainda que ele passasse rapidamente e a prorrogação já despontava como possível.

Até que a 11 minutos do final João Moutinho executa cruzamento e Cristiano Ronaldo cabeceia no chão com a bola entrando no alto do gol tcheco após quique no gramado. Portugal na frente para não mais perder a classificação. Vitória justa.

 

Alemanha 4×2 Grécia

Gdansk, Polônia

Mais uma vez, a Alemanha mostra força de favorita e elimina a Grécia em confronto repleto de ingredientes políticos e econômicos dentro do cenário de crise pelo qual passa a chamada Eurozona, ou os países da União Europeia que adotaram o Euro como moeda corrente.

 

Marco Reus

A Grécia, que começara mal a competição, chegava às quartas-de-final com moral renovada, mas não suficiente para deixar de ser considerada um azarão perante a fortíssima Alemanha.

Some-se a isso a grave crise econômica que assola a Grécia sobretudo.

Refém da política monetária do Banco Central Europeu, praticamente controlado pelos alemães, os gregos vivem cenário de humilhação, desemprego e estagnação, ampliando a dependência do país helênico da poderosa Alemanha, que capitaliza com a economia europeia atrelada à moeda única.

Economia à parte, os alemães foram a campo dispostos a resolver a disputa o mais rapidamente possível.

Os comandados de Joachim Löw iniciaram executando belo jogo com Andre Schurrle marcando, mas tendo seu gol anulado por impedimento.

Os gregos não tinham criatividade sequer eficiência ofensiva. A única chance viria com chute de Grigoris Makos defendido por Manuel Neuer.

De resto, somente a Alemanha atacou. Marco Reus ameaçava o gol grego a todo instante.

O gol inaugural viria com belo chute de longa distância de Philipp Lahm aos 39 minutos.

Quando esperava-se a confirmação da vitória alemã no 2º tempo, os gregos surpreenderiam aos 10 minutos com gol de Georgios Samaras.

Alegria grega que durou exatos seis minutos quando Jerome Boateng consegue efetuar bom cruzamento e Sami Khedira conclui com belo chute. Alemanha na frente.

Daí em diante foi o favoritismo alemão prevalecendo em campo.

Aos 68 minutos, Miroslav Klose ampliaria e em mais quatro minutos seria a vez de Marco Reus ter seu esforço recompensado com o quarto gol alemão.

Os gregos ainda teriam oportunidade de diminuir, justificando o espírito de luta, em cobrança de penalidade com Dimitris Salpingidis. Era o segundo gol da Grécia que tinha despedida honrosa do Euro.

Alemanha na semifinal.

 

Espanha 2×0 França

Donets’k, Ucrânia

Eis a partida das quartas-de-final mais aguardada.

Não era para menos, afinal os campeões europeus e do mundo recebiam a renascida França de Laurent Blanc.

 

Xabi Alonso

Na Roja, Vicente Del Bosque escalava Cesc Fábregas no ataque e detrimento de Fernando Torres.

Laurent Blanc vinha com preocupações defensivas e começaria a partida com Mathieu Debuchy atrás e próximo a Anthony Reveillere. Samir Nasri era banco, algo que teria causado certo mal estar entre o atacante e o treinador.

A verdade é que a França pouco ameaçaria os espanhóis, senhores do jogo, que tiveram, para variar, maior posse de bola, mas que criava poucas chances claras de gol.

Aos 19 minutos de jogo, Andrés Iniesta lança Jordi Alba que trabalha a bola no flanco onde Laurent Blanc havia dado mais atenção defensiva e cruza para Xabi Alonso concluir de cabeça. Espanha na frente.

Na 2ª etapa viu-se uma França mais combativa e marcando saída de bola adversária.

Na melhor jogada francesa, em jogada pela esquerda, Debuchy cabeceou com perigo.

Blanc ainda tentaria forçar o jogo com Jeremy Menez e Samir Nasri, sem sucesso.

No final, a Espanha definiria o placar através de penalidade cobrada por Xabi Alonso.

A França de Laurent Blanc progrediu, mas ainda não o suficiente para fazer frente aos espanhóis campeões do mundo.

 

Inglaterra 0 (2) x (4) 0 Itália

 

A Itália classificou-se com justiça, mas, como sempre, sofreu. Melodrama italiano à prova de chantagem emocional de qualquer mamma de plantão.

Andrea Pirlo contra Joe Hart

Cesare Prandelli iniciou a partida com Leonardo Bonucci no lugar de Giorgio Chiellini lesionado e promoveu o retorno de Mario Balotelli como titular para enfrentar seus conhecidos colegas ingleses de Premier League.

Os primeiros minutos foram frenéticos com Daniele de Rossi acertando belo chute na trave e troco inglês com arremate dentro da área de Glen Johnson para incrível defesa de Gianluigi Buffon.

E os 15 primeiros minutos de jogo foram os melhores que a Inglaterra conseguiria produzir em todo o jogo. De resto, para os ingleses, os destaques restringir-se-iam a atuações defensivas, principalmente John Terry, gigante na zaga.

Na Itália, Andrea Pirlo era o grande maestro. Verdadeira aula de futebol do meia da Juventus.

Na 2ª etapa, a posse de bola continuou italiana.

De Rossi novamente tentaria de voleio com a bola passando perto do gol de Joe Hart.

O goleiro Citizen teria mais trabalho com chute de Alessandro Diamanti.

Após 90 minutos sem gols, o jogo partiu para a prorrogação e a Itália manteve a iniciativa do jogo.

Balotelli tentaria novamente, mas seu companheiro de Manchester City, Joe Hart, interveio.

No final, Antonio Nocerino teria gol corretamente anulado em posição fora de jogo, após jogada de Diamanti.

E lá foram ingleses e italianos para as cobranças de tiro livre direto.

Pela Itália, Riccardo Montolivo chutaria para fora.

Já na Inglaterra, os Ashleys, Cole e Young, desperdiçaram seus tiros, selando o destino inglês na competição.

Classificação italiana justa, porém sofrida novamente. Pior, agora os italianos estarão mais desgastados para enfrentar a favorita e descansada Alemanha, ainda que o retrospecto italiano seja positivo no clássico.

EURO – GRUPO C: ESPANHA IMPLACÁVEL. ITÁLIA, A MESMA DE SEMPRE

ITÁLIA 1×1 CROÁCIA

Poznan, Polônia

 

Após bom empate contra a Espanha na estreia, a Seleção Italiana falhou e deixou escapar vitória contra a Croácia em Poznan, Polônia.

Disputa feroz pela bola entre italianos e croatas

Fazendo bom 1º tempo, os italianos dominaram as ações tendo sempre como maestro o meia Andrea Pirlo da Juventus.

De fato, foram várias chances criadas pela Azzurra nos primeiros 45 minutos de jogo.

Mas, o gol chegaria somente em lance de bola parada através de cobrança de falta de Pirlo. O goleiro Stipe Pletlkosa ainda voou na bola tentando interceptá-la, mas era tarde demais. Itália na frente.

O gol abria perspectiva de vitória para o time de Cesare Prandelli.

Impressão que ficou no 1×0 parcial.

Na 2ª etapa, os croatas, após sofrerem pressão, começaram a gostar do jogo e criaram oportunidades. O empate amadurecia.

E ele veio após cruzamento na área concluído com chute de Mario Mandzukic e falha na marcação de Giorgio Chiellini que não acompanhou de perto o autor do gol croata.

Resultado ruim para a Itália que teve todas as oportunidades de liquidar o jogo ainda no 1º tempo. Nada de muito diferente do que acontece com a Azzurra em Copas do Mundo e Eurocopas. Ao melhor estilo melodrama, sempre mergulhada no limite do perigo e do sufoco.

 

ESPANHA 4×0 IRLANDA

Gdansk, Polônia

 

Com ótima atuação de Fernando Torres, os atuais campeões europeus e do mundo não tomam conhecimento e provocam a primeira eliminação do Euro. Irlanda fora.

Fernando Torres foi destaque espanhol contra a Irlanda

A Espanha não deixou a Irlanda respirar desde o início. Prova foi o gol inaugural de Torres marcado logo aos 4 minutos de jogo.

Xabi Alonso e Xavi controlavam completamente o meio de campo e o Citizen David Silva à frente dava mais dinâmica aos campeões.

Resultado dos arranjos de Vicente Del Bosque: total posse de bola e pressão na saída de jogo irlandesa.

Não havia nada que Giovanni Trapattoni poderia fazer. Faltava-lhe qualidade para poder trabalhar.

Ainda assim, os irlandeses conseguiam levar a partida em 1×0 até o final do 1º tempo.

Mas, sem ilusões, David Silva trataria de ampliar aos 4 minutos da 2ª etapa.

Mais tarde, Torres faria belo gol e, no final, Césc Fábregas finalizaria os 4×0 com chute cruzado potente.

A Espanha relembrou o continente a respeito de seu poder de fogo.

Agora a Espanha lidera com 4 pontos, a Croácia também foi a 4 pontos, a Itália fica com 2 e a Irlanda está sem pontos.

Na rodada final, Itália x Irlanda com obrigação de boa vitória para a Itália e Espanha x Croácia.

EURO – GRUPO C: CLÁSSICO LATINO ELETRIZANTE. CROÁCIA LÍDER.

ESPANHA 1×1 ITÁLIA

Gdansk, Polônia

Em grande partida inaugural do grupo B da Eurocopa, Espanha e Itália, os dois últimos campeões do mundo, empataram em 1×1 na PGE Arena de Gdansk, Polônia, em partida digna da tradição de ambos os países no mundo da bola.

 

Espanhóis e italianos disputaram com vontade partida inaugural do grupo C

O favoritismo era espanhol, afinal o time de Vicente Del Bosque, além de atual campeão do mundo é o atual campeão do Euro e tem como base estrutural o poderoso time do Barcelona.

Já na combalida Itália, em plena crise técnica e sob fogo cruzado proveniente dos escândalos de manipulação de resultados e apostas envolvendo jogadores, treinadores e dirigentes de futebol, o Calcioscomesse, o técnico Cesare Prandelli havia decidido por sistema de jogo cauteloso com três zagueiros para tentar parar a eficiência dos passes da Roja.

Surpreendentemente, os italianos tiveram desempenho ligeiramente superior aos adversários espanhóis no 1º tempo.

Com defesa instransponível, os italianos detiveram a tentativa dos espanhóis de envolver o adversário com grande trabalho de Daniele De Rossi no auxílio a Giorgio Chiellini, Leonardo Bonucci e Christian Maggio.

No ataque italiano, Antonio Cassano dava as cartas e Mario Balotelli, apesar da presença de área, fez faltas e se irritou em lances que comprometeram sua continuação na partida, já que foi advertido com cartão amarelo.

Outro grande duelo ficou reservado para os goleiros, Iker Casillas, que trabalharia um pouco mais nos primeiros 45 minutos, e Gianluigi Buffon.

Casillas faria algumas defesas importantes, com destaque para o cabeceio de Thiago Motta.

Final de 1º tempo com sensação de surpresa pelo bom futebol apresentado pelos italianos contra os campeões europeus e mundiais.

Já na 2ª etapa os espanhóis lembraram-se dos títulos que sustentam e impuseram-se sobre a Azzurra.

Surgia, em grande parte, o futebol de toques rápidos do Barça com auxílio de jogadores de peso como David Silva e Xabi Alonso. A Roja lembrou-se de finalizar mais.

Xavi começava a testar a reputação de Buffon.

A Itália só conseguiu levar perigo graças a falha de Sergio Ramos que perderia bola para Balotelli na ponta direita do ataque italiano. O siciliano teve verdadeiro corredor em direção ao gol para fazer, mas demorou demais para definir, permitindo a Sergio Ramos recuperar-se e roubar a bola de volta para a Espanha.

Seria a última participação do temperamental jogador do Manchester City, substituído preventivamente por Prandelli, antes que levasse cartão vermelho e comprometesse o jogo para seu time.

Quando os espanhóis já dominavam claramente a partida, Andrea Pirlo faz bela jogada e lança o atacante substituto Antonio Di Natale para concluir. Itália na frente.

Alegria azzurra que duraria apenas três minutos.

Se um lado tinha Pirlo na assistência, o outro tinha David Silva. O também citizen serviu Cesc Fábregas que concluiu.

Empate justo em Gdansk.

No restante do jogo, os espanhóis dominaram as ações.

Em nova oportunidade, o recém promovido ao jogo, Fernando Torres, teve oportunidade ao livrar-se de linha de impedimento italiana e tentar concluir, forçando Buffon a sair do gol e ganhar disputa com os pés.

No final, empate com sabor de alívio para a Itália e frustração para a Espanha, flagrantemente melhor em todo o 2º tempo.

 

IRLANDA 1×3 CROÁCIA

Poznan, Polônia

Em jogo equilibrado, a Croácia obtém importante vitória sobre a Irlanda que lhe dá a liderança parcial do grupo C.

 

Mario Mandzukic comemora e Giovanni Trapattoni reclama

Gols croatas em momentos pontuais e decisivos, além de defesa claudicante do time de Giovanni Trapattoni foram cruciais para a definição do resultado que colocam pressão sobre os favoritos espanhóis e italianos.

Se Trapattoni havia algum plano de jogo especial para enfrentar os croatas, tudo foi por água abaixo logo aos 3 minutos de jogo quando o atacante Mario Mandzukic abriu o placar em Poznan.

Os irlandeses até que reagiram bem ao empatar a partida aos 19 minutos com gol de Sean St. Ledger.

E “a sorte do irlandês” estava reinstaurada.

De fato, tudo caminhava bem até o final do 1º tempo. Mas, em sobra de bola, Nikica Jelavic, desmarcado, marca o segundo da Croácia.

Mais um gol sofrido pela Irlanda em momento chave da partida. Lá iam os irlandeses para começar do nada na 2ª etapa.

O problema é que, dessa vez, a sorte irlandesa não daria as caras na Polônia.

As oportunidades aconteceriam, porém, mal recomeçando o trabalho de reconstrução do time verde, veio o golpe de misericórdia dos croatas. E mais uma vez com Mandzukic após serviço de Ivan Perisic. Croácia 3×1 e água mais que gelada na cabeça dos irlandeses.

A torcida irlandesa reclamaria ainda de penalidade não anotada em cima de Gordon Schildenfeld.

Do outro lado, os croatas começaram a fazer o tempo passar de forma inteligente.

Vitória croata e liderança do grupo C.

ESPETÁCULO EM MILÃO E BARCELONA GARANTE 1º LUGAR

 

Messi e Ibra se cumprimentam após o final

Não foi uma ópera no legendário Teatro La Scala da capital lombarda. Foi sim um confronto de gigantes no Estádio San Siro da mesma Milão.

Em partida em que os campeões italianos do AC Milan ousaram jogar de fato, o FC Barcelona venceu por 3×2 na 5ª rodada da UEFA Champions League e, de quebra, garantiu a liderança definitiva do grupo H na fase de grupos do torneio europeu.

No Milan, a grande dúvida de Massimiliano Allegri era Robinho ou Alexandre Pato no ataque ao lado de Zlatan Ibrahimovic. Robinho iniciou a partida.

No Barcelona, a surpresa na escalação de Josep Guardiola era a ausência do Sr. Shakira, Gerard Piqué, cedendo lugar a Eric Abidal na defesa. O grande Andrés Iniesta era desfalque.

E a partida começou com a “blitz” do adversário do Barça. Nada de novo nos jogos do campeão europeu. Tudo sempre acaba quando os catalães põem a bola no chão e começam seu espetacular trabalho.

Contudo, havia algo de diferente na noite desta quarta-feira em Milão.

Sim, é verdade que o Barça, ao obter a posse de bola, fazia o jogo fluir com maestria, mas o Milan manteria sua relativa pressão, principalmente no 1º tempo.

O gol inicial surgiu aos 14 minutos quando Lionel Messi, caindo pela direita, achou e lançou Seydou Keita na esquerda que, livre, cruzou rasteiro visando Xavi. Mark Van Bommel, na marcação, fez contra. Barcelona na frente.

Robinho teve tudo para empatar aos 19 minutos ao desperdiçar chute na cara do gol após jogada de Ibrahimovic. Robinho sempre perdendo gols na equipe milanista, apesar de ter adquirido status de importante jogador de equipe.

Aos 20 minutos, o empate dos anfitriões. Belíssimo passe de Clarence Seedorf para Ibrahimovic que colocou rasteiro na saída de Víctor Valdez.

O Milan fazia grande partida, mas enfrentar o melhor time do mundo requer atenção em tempo integral.

Aos 23 minutos, Messi perdeu chance incrível a exemplo de Robinho.

O segundo gol catalão surgiu em penalidade duvidosa de Alberto Aquilani sobre Xavi após lançamento de Messi.

 

Messi para fazer o segundo gol do Barça

O supercraque argentino bateu com paradinha. Lance invalidado pelo árbitro alemão Wolfgang Stark. Na sequência, batida perfeita no canto esquerdo de Christian Abbiati. Barça na frente mais uma vez.

Neste momento, o Barcelona ensaiou dominar a partida em definitivo ao exibir toda sua técnica de passes rápidos e precisos.

Mas, com certa surpresa, o Milan voltou à carga e pressionou nos minutos finais da etapa inicial. Primeiro tempo excelente no San Siro.

Na 2ª etapa, Allegri coloca Alexandre Pato no lugar de Robinho. Perder gols clamorosos custa caro à reputação de qualquer jogador. Com Pato, o técnico “rossonero” apelava ao grande histórico do brasileiro contra a dupla Barça-Madrid na Champions.

Mas não bem isso que ocorreu. Pato seria figura apagada.

Se o Milan mostrou determinação e força na etapa inicial, na retomada do jogo o afinco não foi o mesmo. E nem poderia. Afinal, manter a concentração por rigorosos 90 minutos, além do esforço físico decorrente da marcação forte que deve ser imposta, não é tarefa fácil.

Ainda assim, o Milan conseguiu se nivelar ao adversário novamente aos 9 minutos, quando Kevin Prince Boateng fez grande jogada pela direita sobre Eric Abidal e bateu cruzado no canto esquerdo de Valdez. Novo empate e delírio no San Siro.

Repetições textuais à parte, o adversário era o melhor time do mundo. Funciona assim: a equipe aspirante a fazer frente faz esforço hercúleo para conseguir equiparar-se e tudo vai para o espaço em jogada que não passa de trivial para quem carrega com justiça a reputação de melhor.

Foi o que ocorreu aos 20 minutos. Cesc Fábregas e Messi tramaram jogada perfeita, o argentino faz passe em profundidade com precisão para Xavi marcar. Outra pintura de gol na partida.

Em seguida, esperava-se nova reação milanista que não aconteceu. Somente um par de chances para cada lado com o Milan apelando para faltas mais ríspidas e o Barça, respeitando os italianos, também parando algumas tentativas de armação de jogadas com faltas.

Ao final, vitória do Barça por 3×2 em grande espetáculo que valeu a pena, seja pelo comportamento ousado do Milan (ousadia que fez com que a porcentagem de posse de bola do Barça caísse da estratosférica média de 70% para 60%), seja pela genialidade de Lionel Messi.

Com o resultado, a equipe de Guardiola assegurou o 1º lugar do grupo H com 13 pontos. Posição que trará, pelo menos em teoria, um caminho menos tortuoso a partir das oitavas-de-final da UCL para os defensores do título continental. Guardiola poderá também poupar o time na próxima rodada para o superclássico contra o Real Madrid pelo campeonato espanhol.

Para o Milan fica o gosto amargo da derrota, apesar do esforço. Contudo, a classificação na 2ª posição com 8 pontos está garantida e traz alento pela competitividade apresentada pela equipe.

Cumprindo tabela, o Viktoria Plzen derrotou o BATE Borisov em Minsk, Bielorrússia, por 1×0 e somou 4 pontos. O BATE permanece nos 2 pontos.

Virada do Bayer Leverkusen sobre o Chelsea

Em rodada de confrontos entre clubes alemães e ingleses, o Bayer Leverkusen recebeu o Chelsea pelo grupo E.

O Chelsea teve as melhores chances de gol por todo o 1º tempo sem sucesso de anotar. Didier Drogba era o melhor em campo.

Na 2ª etapa, sem nenhum lado demonstrando superioridade, o Chelsea continuou a criar as melhores chances de gol até os 3 minutos com o gol inaugural de Drogba.

O empate dos alemães viria somente aos 28 minutos com Eren Derdiyok.

Quando o resultado final caminhava mesmo para o empate, Manuel Friedrich desempatou nos acréscimos.

Castigo para a equipe de André Villas Boas que terá que vencer o Valencia em Londres na última rodada, uma vez que os espanhóis trataram de fazer gols em casa contra o fraco Genk da Bélgica. O placar de 7×0 deu a vantagem do empate para a equipe do artilheiro Roberto Soldado que marcou 3 gols. Valencia e Chelsea estão com 8 pontos.

O Leverkusen lidera com 9 pontos e, na outra ponta, está o Genk com 2.

 

Robin van Persie não passa em branco

Mais um grande resultado para o Arsenal. Vitória por 2×1 sobre o Borussia Dortmund no Emirates Stadium de Londres.

Vitória que selou a liderança do Arsenal no grupo F com 11 pontos. Vitória que selou a condição de grande ídolo do clube para Robin Van Persie que marcou ambos os gols dos “Gunners”.

O japonês Shinji Kagawa reduziu para os campeões alemães nos acréscimos.

Nada mal para quem começou desastrosamente a temporada. O leitor há de se lembrar dos 8×2 sofridos contra o Manchester United pela Premier League. Pois bem, agora é recuperação em campo doméstico e classificação em 1º lugar em seu grupo da Champions, enquanto os co-irmãos ingleses sofrem na competição.

Quem decepcionou foi o Olympique Marseille. Os franceses receberam os gregos do Olympiakos e perderam por 1×0, embolando o grupo.

Com a derrota, o Olympique fica nos mesmos 7 pontos, mas com a cola incômoda do Olympiakos que somou 6. O Borussia Dortmund é decepção. Está em último com 4 pontos.

Na rodada final, o Olympiakos recebe o classificado Arsenal e o Borussia Dortmund, quase eliminado, recebe o Olympique Marseille. Rodada que promete emoções na disputa pela vaga restante.

E eis que chegamos ao famoso grupo G, aquele que tem cara de Europa League. E eis que o atípico grupo da Champions está emboladíssimo entre três dos quatro participantes.

Hulk faz o seu Porto ter esperanças

Em São Petersburgo, o Zenit ficou no 0x0 com o APOEL do Chipre. Com o resultado, o APOEL soma 9 pontos e torna-se a primeira equipe do país a avançar para as oitavas-de-final da UCL.

Já em Donets’k, o Shakhtar fracassou e não conseguiu repetir a boa campanha da edição anterior da Champions. Derrota de 2×0 para o FC Porto e as esperanças de classificação para o time português permanecem.

O Zenit está em 2º lugar com 8 pontos e o Porto tem 7. Na próxima rodada, Porto e Zenit disputam a vaga restante do grupo em confronto direto em Portugal. O APOEL recebe o Shakhtar.

A rodada derradeira desta fase de grupos da UCL acontece nos dias 6 e 7 de dezembro.

MESSI 200

Lionel Messi: 202 gols no Barça

Em início de rodada emblemática da UEFA Champions League, Lionel Messi não perdoa, faz seu segundo “hat trick” consecutivo e atinge a impressionante marca de 200 gols marcados com a camisa do FC Barcelona na fácil vitória da equipe catalã sobre o Viktoria Plzen por 4×0 na República Tcheca.

 E foi mais do mesmo. Só que um mesmo poucas vezes visto na história do futebol graças à fantástica equipe comandada por Josep Guardiola.

 O referido “mesmo” teve início com o adversário tentando impor respeito, forçando o jogo, marcando forte e ameaçando subverter a ordem das coisas.

 No entanto, as coisas duram até o Barça conseguir dominar a bola pela primeira vez e mostrar ao oponente a dura realidade.

 Até que desta vez o oponente em questão, o Viktoria Plzen, resistiu por mais tempo, uns 20 minutos de jogo ou o dobro de tempo que a maioria suporta.

 Toda a estratégia do técnico Pavel Vrba foi por água abaixo aos 24 minutos de jogo quando Marian Cisovsky cometeu pênalti em Lionel Messi e recebeu cartão vermelho.

 Daí em diante seria passeio em terras tchecas.

 E eis o momento simbólico da partida. Messi bate e faz seu 200º gol com a camisa do Barça.

 Messi ainda faria aos 47 minutos após rápida e tradicional troca veloz de passes do ataque catalão.

 A 2º etapa tornara-se jogo treino.

 Cesc Fábregas, que ainda provoca sentimentos de nostalgia nos fãs do Arsenal, fez o terceiro.

 Para concluir, Messi alcança seu segundo “hat trick” na semana ao marcar o quarto na partida.

 São impressionantes os números do argentino. Fora os mais de 200 gols pelo Barcelona, são 22 gols marcados na temporada em todas as competições.

 Ainda insatisfeito?

 Messi já é o segundo maior artilheiro do clube. O cidadão já superou o ex-vice-campeão no quesito, o húngaro Ladislao Kubala, que tem 194.

 Alguém duvida que não supere o maior artilheiro do clube?

 Seguramente não há dúvida. Messi está a 33 gols de Cesar Rodriguez, que jogou em terras catalãs entre 1939 e 1955.

 

Ibra lutando em Minsk

Quem falhou feio nesse grupo H foi o AC Milan.

 A equipe de Silvio Berlusconi foi a Bielorrússia e conseguiu somente empatar com o BATE Borisov.

 Jogando sob forte comoção, em virtude dos acontecimentos envolvendo Antonio Cassano (voltando de Roma, o atacante sentiu-se mal no aeroporto em Milão, foi hospitalizado e, até agora, não há nenhuma declaração oficial do clube sobre o que o acometeu), o Milan foi a campo com Kevin Prince Boateng no meio e com Robinho no ataque ao lado de Zlatan Ibrahimovic.

 E o time do técnico Massimiliano Allegri entrou com vontade de definir a fatura no 1º tempo.

 O renovado meio de campo milanista mostrava serviço com força e velocidade, alimentando o ataque.

 O gol chegou aos 22 minutos em jogada pela direita entre Ibrahimovic e Robinho com gol do sueco.

 Falando em Robinho, o brasileiro tem se revelado importante jogador de time, mas falha em fundamentos como a conclusão a gol.

 Para variar, o defeito mor do ex-santista veio à tona em Minsk ao puxar rápido contra-ataque, driblar o goleiro Aleksandr Gutor e conseguir a proeza de concluir para fora.

 Imperfeições que o impedem de ser unanimidade na Itália.

 Fato é que o Milan poderia ter liquidado a fatura no 1º tempo.

 Não o fez e sofreu o castigo na 2ª etapa quando os anfitriões voltaram melhor e chegaram a sufocar o time italiano.

 Apesar da melhora, o empate do BATE Borisov chegou através de penalidade duvidosa aos 10 minutos.

 O brasileiro Renan Bressan bateu e garantiu o empate para os locais que celebraram o resultado, já visualizando vaga na Liga Europa.

 Pior para o Milan, que acompanhava o Barcelona na classificação do grupo H sempre com a mesma pontuação. Agora terá que vencer os campeões em San Siro se quiser terminar a fase de grupos como líder. São 10 pontos para o Barça, 8 para o Milan, 2 para o BATE Borisov e só 1 para o Viktoria Plzen.

 

Roberto Soldado

O Valencia ressurgiu das cinzas no grupo E ao derrotar o Bayer Leverkusen por 3×1 em casa com gol aos 11 segundos de jogo do brasileiro Jonas.

 Stefan Kiessling empatou, recolocando os alemães de volta ao jogo, mas Roberto Soldado e Adil Rami encarregaram-se de garantir a sobrevivência dos espanhóis na Champions.

 Já na Bélgica, o Chelsea empatou com o Genk após ter a vitória nas mãos em penalidade desperdiçada por David Luiz.

 Ramirez marcou aos 26 minutos e Jelle Vossen empatou aos 16 do 2º tempo.

 

Ramires e David Luiz

Com os resultados, o grupo embolou. O Chelsea manteve-se na liderança com 8 pontos. O Bayer Leverkusen continua em segundo com 6, mas agora com a presença incômoda do Valencia com 5 pontos. O Genk tem 2 e vai tentar a Liga Europa.

 O Olympique Marseille viajou a Londres para ter sua chance de revanche contra o Arsenal após derrota em casa por 1×0 com gol sofrido no final.

 Não conseguiu, mas passou perto.

 Os franceses foram destemidos em Londres, partindo para o ataque, encurralando os anfitriões e mantendo a posse de bola na maior parte do tempo.

 

Aaron Ramsey contra o Marseille

Já Arsene Wenger inventou das suas ao deixar Robin Van Persie no banco. As fichas foram depositadas em Aaron Ramsey.

 Estratégia ineficaz. Van Persie entrou no 2º tempo sem alterar o panorama. Final sem gols.

 O empate de 0x0 entre Arsenal e Olympique Marseille no Emirates Stadium serviu para renovar as esperanças do Borussia Dortmund no grupo F.

 Os alemães receberam o Olympiakos no Signal Iduna Park de Dortmund e, jogando para mais de 65 mil pessoas, fizeram o mínimo necessário para vencer por 1×0 com gol de Kevin Grosskreutz aos 7 minutos.

 

Kevin Grosskreutz marcando contra o Olympiakos

Com os resultados, o grupo F ficou com o Arsenal na liderança com 8 pontos, o Olympique Marseille na cola com 7, o Dortmund sobe para 4 pontos e o Olympiakos fica com 3.

 Como o leitor já sabe, o grupo G é aquele com cara de Liga Europa. Pois é, as peculiaridades do grupo não param por aí. Afinal, quem apostaria no APOEL do Chipre como líder?

 Tudo porque os cipriotas fizeram 2×1 no Porto, curiosamente atual campeão da Liga Europa.

 Os gols foram brasileiros.

 Ailton de pênalti aos 42 minutos de jogo abriu o placar para o APOEL. Hulk empatou também de pênalti aos 44 minutos do 2º tempo.

 Fatura encerrada? Não foi bem assim. Graças a Gustavo Manduca (ex-Grêmio e Benfica) que desempatou em cima da hora.

 Se a aposta era no FC Porto, a surpresa é grande. Mas se a aposta também era no Shakhtar Donetsk, a surpresa aumenta exponencialmente.

 O time ucraniano viajou a São Petersburgo e perdeu para o Zenit local por 2×1 transformando em pesadelo as esperanças que alimentava.

 Tudo isso porque o Shakhtar Donetsk amarga a lanterna do grupo com apenas 2 pontos. O APOEL lidera com 8, o Zenit tem 7 e o Porto somente 4 pontos.

 Nesta quarta-feira rola o encerramento da quarta rodada da fase de grupos da UCL.

 Para encerrar, nada melhor que comemorar os 60 anos do Sr. Gordon Matthew Sumner, mais conhecido pela alcunha Sting.

 O cara consagrou-se como baixista, vocalista e compositor de uma das bandas mais legais de todos os tempos, o primeiro e único The Police.

 Na verdade, bem antes do “mainstream”, sua formação jazzística na noite inglesa o ajudou a se tornar um dos baixistas mais espertos do rock. Tudo isso com o adicional de assumir os vocais.

 Juntar-se ao baterista Stewart Copeland e ao guitarrista Andy Summers fez do Police uma autêntica revisita new wave das bandas power trio clássicas como o The Cream.

 Para encerrar, nada melhor que curtir o primeiro hit policial com a assinatura do aniversariante Sting: Roxanne, do álbum Outlandos d’amour de 1978 em versão ao vivo nos Estados Unidos em 1986.

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