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O GIGANTE ROMARINHO

Aos 3 minutos de jogo no Pacaembu, a escrita parecia consolidada. Foi o momento em que Mazinho, o jovem jogador do Palmeiras, que vem fazendo boas atuações desde que chegou, vindo do Oeste, acertou o gol de Julio César, após vacilo generalizado da defesa corintiana. Mas a tarde era de outro homônimo de jogador da seleção campeã do mundo de 1994. Romarinho (filho de Ronaldo e neto de Mário, ele não deixa de frisar) foi a estrela do time reserva que enfrentou o arquirrival na fria tarde de domingo, dia de São João. Foi a estrela e teve estrela pra fazer dois belos gols. O primeiro de letra, após cruzamento de Liedson, que também foi um gigante na partida, apesar da nítida falta de forma. O levezinho ainda teve a chance de fazer o gol que seria sua redenção, numa bicicleta que só não foi certeira por capricho do destino, que deve ter arrastado a trave por alguns centímetros para que a bola batesse nela. Ainda perdeu uma chance frente a frente com o goleiro Bruno. Uma pena.

Mas Tite acertou ao confiar na velocidade do “Little Romário” e desenhar um esquema de jogo à sua volta. Serviu até pra neutralizar um pouco a habitual apatia de Douglas e os muitos erros de passe do lateral Ramon. De ponto negativo, a insistência do treinador em improvisar o zagueiro Marquinhos como volante. O garoto não parece ter o cacoete nem o porte físico para jogar à frente dos zagueiros.

O segundo gol de Romarinho, usando um inevitável clichê para descrever, “foi uma pintura”. O jogador parou na frente de seu marcador, o lateral Cicinho, gingou, dominou a bola e acertou um chute no ângulo, consolidando a virada.

Com dois gols, Romarinho foi o nome do jogo.

É claro que a vitória do time B do Corinthians sobre o time A do Palmeiras (desfalcado de Marcos Assunção) se deve não só à atuação do jovem meia-atacante. Vamos lembrar que nos demais jogos do Brasileirão, o time vinha jogando com o inexperiente Antonio Carlos na zaga e com o inoperante Elton no ataque. Ao contrário de Liedson, que mesmo sendo centroavante não se limita a ficar parado na área, Elton atua fixo, e geralmente conta com que a bola bata nele e entre no gol.

Além disso, talvez tenha havido entre os jogadores do alviverde uma inconsciente preocupação em se pouparem para a final da Copa do Brasil, contra o Coritiba. Mesmo que isso tenha significado a perda do clássico e a lanterna do campeonato, que antes era do Timão.

Com a lição de casa feita pelos reservas, hora de pensar no primeiro jogo contra o tradicionalíssimo em Libertadores, Boca Juniors. Para o confronto, Tite tem o retorno de Emerson ao time titular, depois de cumprir suspensão. Ou seja, nenhum desfalque para a semana mais importante do ano até o momento.

#VaiCorinthians!

Fiquem com a faixa-título do recém-lançado álbum dos Beach Boys, “That´s why god made the radio”. Abraços!

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TERRA BRASILIS

POR: MAGNO DA ADIDAS

Eurocopa
(reafirmando as previsoes)

Espanha 2×0 França
todo jogo da espanha é insuportavel os nanicos vao fica trocando passe infinitamente ate os frances dormirem pra faze gol

Inglaterra  1×1  Itália
o tradicional english team que so ganho uma copa em casa robada pega o futebol mais envelhecido e cauteloso do mundo vai ser complicado aguenta ate o fim

TERRA BRASILIS

Campeonato Brasileiro

Vasco 1×0 Cruzeiro
o lider do campeonato brasilero vence a raposa em jogo muito truncado e se consolida na primera posiçao

Portuguesa 1×1 Sao Paulo
recem eliminado da copa do brasil o sao paulo de leao se torno uma presa qualquer na selva empatara com muito esforço

Atletico Mineiro 2×0 Nautico
a disputa entre ronaldinho e jo sobre quem vai pega a melhor puta sera mais acirrada que o jogo

Corinthians 1×1 Palmeiras
com o corinthians pensando no boca e palmeiras de olho no coxa nao vai sobra espaço na cabeça pra esse jogo

Figueirense 3×1 Bahia
pelada braba e falcao em perigo

Gremio 2×0 Flamengo
a estreia de ze roberto apazigua a bronca da torcida tricolor e soma qualidade a equipe nao que pra vence o flamengo precise de muita coisa

Santos 2×0 Coritiba
desesperado atras dos pontos perdidos o santos vence em jogo inspirado de ganso que acordou da hibernaçao

Botafogo 1×1 Ponte Preta
ja dizia o ditado nunca confie no botafogo depois de vira pra cima do inter tropeça na ponte

Sport 1×1 Inter
muita disputa pouco futebol e um esquadrao de ex atletas em campo em mais uma partida triste da historia brasilera

Atletico-GO 1×3 Fluminense
fase iluminada de deco combinada com a podridao do adversario garantem uma vitoria facil ao nense

Da redação

 

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Magno da Adidas é a eloquencia universal do jornalismo esportivo que extrapola a crítica transcedental da simples interpretação.

SEGURA ESSA LANTERNA AÍ!

Tudo errado no Corinthians em uma semana em que o item mais necessário é a tranquilidade. O ambiente político no clube não é dos melhores, e pra ajudar, o vice-presidente Luis Paulo Rosenberg resolveu falar (mais) bobagens por aí. Quem acompanha estas mal escritas linhas sabe da campanha que lancei por aqui, reivindicando um esparadrapo na boca do citado dirigente. O caro leitor pode observar que Rosenberg disse algo que pode até não ser tão inverídico, ao apontar que o Timão tem um elenco medíocre. Pode ser, mas não é papel de um dirigente falar isso por aí.

Uma reflexão: se o time titular do Corinthians é mediano (o significado literal de “medíocre”, embora o termo seja empregado de forma muito menos nobre por aí), o que é então o time que enfrentou o Grêmio pelo Brasileirão neste domingo?

Uma das minhas principais dúvidas é se a política de redução de custos promovida pelo atual presidente Mário Gobbi tem algo a ver com possíveis abusos cometidos pela diretoria anterior. Rumores dão conta inclusive de que o atual presidente já não se dá bem com seu antecessor e padrinho político Andrés Sanchez, que andaria flertando com a oposição. Fato é que Gobbi tem se assustado com os valores para contratação de nomes de peso, e a vinda de reforços até o momento se restringiu a promessas como Adilson e Romarinho, além do lateral direito Guliherme, da Ponte Preta, que só chegará após se recuperar do procedimento cirúrgico a que foi submetido.

Douglas não comprometeu, mas também não brilhou. Foto: UOL

Essa mesma política de custos parece dar o tom na conturbada renovação de contrato de Liedson. O Levezinho, em má fase, até pelos problemas físicos que enfrenta, ainda não sabe se continuará no Corinthians.  O que a diretoria ainda não percebeu é a importância de Liedson dentro do elenco. É querido pelos demais jogadores e pela torcida, e mesmo que seja pra não jogar mais, merecia maior respeito por parte do clube. Que se renove ao menos até o final do ano com o jogador. Impressionante ver que hoje, o centroavante não vem sendo escalado nem para o banco, enquanto temos que ver Elton cometer erro atrás de erro a cada chance que tem de sair jogando, ou de entrar no decorrer da partida.

No jogo contra a Grêmio, Tite optou por escalar somente um titular, o lateral esquerdo Fábio Santos. É de se estranhar um pouco, já que o confronto contra o Santos pela Libertadores é na quarta-feira. Portanto, não vejo necessidade tão forte de se poupar titulares por tanto tempo. Mas foi a decisão do treinador, que resolveu inventar Ramon no meio de campo. Ora, se o lateral já não faz partidas marcantes jogando em sua posição, por que improvisá-lo em uma em que o risco de bater cabeça com Fábio Santos era claro?

Foi também mais uma chance para Douglas mostrar a que veio. Não mostrou. Embora não tenha comprometido, o antigo maestro não teve atuação destacada. Fez o arroz com feijão, mas foi um arroz com feijão indigesto, dado o resultado de 2 a 0 para os gaúchos comandados por Vanderlei Luxemburgo.

O primeiro gol saiu de um chute de fora da área de Marco Antonio, que Danilo Fernandes, o goleiro da vez no Timão-reserva, aceitou prontamente, numa mal sucedida tentativa de espalmar a bola. Minutos depois, André Lima apareceu pra fechar a conta. Tudo isso no primeiro tempo. O que se viu depois disso foi um Corinthians fraco, apático, sem vontade. No segundo tempo, melhorou um pouco, mas a pontaria não ajudou. E não ajudou também o rival, já que Kléber conseguiu a façanha de perder um chute sem goleiro. Sorte dos corintianos.

Romarinho entrou no lugar de Douglas, mas não se destacou.

Com o resultado, o Corinthians assume a lanterna do campeonato, mas concentra todas as suas atenções para o jogo contra o Santos. Será que Neymar, voltando da Seleção com a frustração de perder o jogo para a Argentina do não menos do que gênio Lionel Messi, irá descontar tudo em seu marcador, o nosso Alessandro? Esperamos que não. Nos resta torcer.

Sobre heróis e vilões

José Paulo Bezerra Maciel Junior, 23 anos. Diego de Souza Andrade, 26. Cássio Ramos, 24. Alessandro Mori Nunes, 33.

Os cidadãos acima foram os personagens principais de uma história de cerca de 180 minutos, iniciada num mar de lama do dia 16 e terminada com a redenção do time paulista contra o carioca, avançando para uma semifinal  inédita há 12 anos.

O primeiro citado, conhecido como Paulinho, é hoje o principal nome do time do Corinthians. À boca pequena, especula-se que tem proposta para deixar o clube, rumo ao futebol italiano. Por enquanto, só especulação. Mas não é de se estranhar, já que o volante anda muito mais decisivo do que o ataque do clube alvinegro, carente de um centroavante, já que Liedson não vive bom momento, e está relegado ao banco de reservas. Bem marcado o tempo todo pelo Vasco, Paulinho esteve nos dois jogos mais dedicado à marcação, sem conseguir subir ao ataque ou finalizar. Isso até os 42 minutos do segundo tempo, quando, numa cobrança de falta de Alex, houve o cruzamento para a cabeçada do volante (a bem da verdade, Paulinho também teve a chance de fazer o seu gol antes, aos 31´, mas o goleiro Fernando Prass defendeu muito bem). Paulinho virou o grande nome da classificação.

Paulinho fez o gol da vitória.

 

 

 

No outro capítulo da história, três protagonistas: Alessandro, Diego Souza e Cássio. O primeiro já não vinha bem antes de se machucar e ficar afastado do time, perdendo a vaga para o improvisado Edenílson, que – puro azar – fraturou o pé e ficou de fora da decisão. E Alessandro voltou. Voltou e poderia figurar como vilão desta história, porque vacilou e deixou uma bola limpa para Diego Souza tentar o gol que classificaria o Vasco. Mas tinha um Cássio no meio do caminho, no meio do caminho tinha um Cássio (me desculpe, Carlos Drummond de Andrade!). 

Guinei, Coelho, Roger Guerreiro e Moacir mandam um fraterno abraço a Alessandro.

Não se pode dizer que o goleiro Cássio era a calma em pessoa. Pelo contrário: em alguns momentos, pareceu bastante nervoso, rebatendo bolas que deveria agarrar. Mas teve seu momento de herói, defendendo a bola que poderia definir o jogo para a equipe de São Januário (porque veja bem, depois de um gol do Vasco, seria difícil reverter). E o lance capital caiu na conta de Diego Souza. O que não é justo com o meia, diga-se. Porque se falhou, Diego não foi o único. O atacante Alecsandro, por exemplo, não parecia estar no jogo. E Rômulo errou todos os passes, além de ter cabeceado para fora após um bom cruzamento de Fagner.

Apelidado de Frankenstein, Cássio foi o pior pesadelo para Diego Souza.

E o Corinthians avançou. Na raça e no talento individual. E a vida segue.

Da lama ao caos

Se no primeiro jogo contra o Vasco o time titular do Corinthians teve como empecilho a lama do gramado de São Januário, com o time reserva, no Pacaembu, contra os também reservas do Fluminense, o problema foi mesmo de deficiência técnica. Os destaques negativos foram Gilsinho e Douglas, que parece não conseguir entrar em forma. O que acontece com o outrora chamado de “maestro”? Desafinou?

Émerson fazendo um tratamento de pele na lama de São Januário.

 

Como destaque positivo, o jovem zagueiro Marquinhos fez mais uma boa atuação. Mas isso não impediu que o goleiro Cássio, único titular presente no jogo, tomasse seu primeiro gol vestindo a camisa do Corinthians. Uma prova de que – mesmo tendo montado duas frentes de trabalho para as competições das quais participa – não tem um grande elenco. Falta mão de obra especializada em algumas posições. Num campeonato de pontos corridos, isso pesa.