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Café com Leite: Engenheiros do Avaí

Texto: Beto Almeida/Foto: Cristiano Andrujar(Lancenet)

Pois é, a secadeira foi geral e a zica rolou solta pro lado do Timão que foi à Florianópolis enfrentar o Avaí por não sei qual rodada do Brasileirão.

O time catarinense, comandado pelo simpático técnico Antonio Lopes, começou o jogo de forma arrasadora, fazendo um gol logo aos 10 minutos. Eita! Geralmente é o Corinthians que começa melhor as partidas, mas qual o quê, o escrete alvinegro estava perdido em campo, precisou do técnico Adilson Batista ir pra beira do campo acertar o posicionamento dos jogadores de meio.

Aí sim, depois da bronca o time passou a jogar melhor e conseguiu o empate com um gol dele, o astro da camisa número dez, Bruno César. Taí, o cara joga muito, daqui a pouco vai colocar o Ganso no banco de reservas da seleção brasileira, anota aí.

Pausa pro intervalo comercial da Sessão da Tarde.

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Os times voltam pro segundo e quem estava armando altas confusões em campo era o juiz que estava todo atrapalhado na marcação. Mas, tudo bem, juiz erra mesmo, não é desculpa pra derrota, isso é coisa de cholorados.

Bom, voltando ao jogo jogado, corrido e burilado, o Avaí volta melhor em campo, ora pois. E o time do delegado faturou dois gols no nosso caixa, aproveitando vacilos da nossa defesa. Que estava uma porcaria, diga-se de passagem.

Aí o Todo-Poderoso acordou e foi pra cima. Aos 30 minutos nosso camisa 10, sempre ele, faz mais um gol, diminuindo a vantagem do Avaí para um gol e dando esperanças pra torcida que conseguiria arrancar o empate.

Qual o quê, apesar da vontade o jogo acabou com a vitória do Avaí mesmo.

Agora é esperar semana que vem e ficar de olho no Fluminense que abriu quatro pontos na liderança do campeonato. O importante é não deixar o tricolor carioca desgarrar muito, pra isso o Corinthians tem de ganhar o próximo jogo contra o São Paulo, fiel freguês.

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Chazinho de Coca – A justa vitória do Avaí sobre o Palmeiras de Felipão.

Contra o Avaí Felipão fez a sua estréia no banco de reservas do Palmeiras. Mas sua filosofia de jogo vem sendo aplicada desde o jogo contra o Santos, onde das tribunas deu as coordenadas para Murtosa comandar o time em campo. Contra o Peixe o time foi bem, o ataque funcionou. Contra o Avaí, não.

Não funcionou o ataque, porque o time teve a mesma postura, criou oportunidades que não foram concluídas.

A vitória do Avaí por 4X2 foi justa, do tamanho que foi. Não que tenha sido muito mais time. Mas foi muito mais fatal quando necessitou.

Logo aos 10 minutos Marcos Assunção cobrou falta venenosa, que Renan espalmou para o meio da área, onde Gabriel Silva finalizou. O Verdão abria o placar e era melhor em campo. Marcos Assunção é um jogador símbolo desse início de trabalho de Felipão. Ganhou definitivamente a vaga de titular e tem atuado como 2º volante, que de fato é a sua posição. Só que Felipão tem lhe dado liberdade para chegar a frente, até porque Assunção finaliza muito bem de fora da área. Uma deficiência há tempos inserida no jogo Verde, que tinha a solução dentro do próprio elenco mas não vinha conseguindo usá-la corretamente.

Aos 19 minutos Kleber entrou na área pela esquerda, driblou dois marcadores e caiu. Reclamou pênalti, que Gaciba não deu.

No que eu enxergo de futebol, coisa de contato e aquela coisa toda, não foi pênalti. Como não foram pênaltis os que Gaciba deu para Palmeiras e Avaí no decorrer do jogo. Mas se ele marcou os outros, o de Kleber também deveria te sido sinalizado. Faltou coerência ao juizão.

Na sequência o nome do jogo mostrou seu cartão de visitas. Caio encheu um canudo de fora da área, perfeitamente defensável, mas que Deola aceitou. 1ª falha do goleiro do Palmeiras. 1º êxito de Caio no jogo.

Equilíbrio no placar, restabelecido também em campo. O jogo ficou bom.

O Palmeiras foi novamente a frente pelo seu lado forte que é o direito.Vitor enfiou bela bola para Ewerthon, que dominou e rolou para Lincoln, que poderia ter finalizado, mas viu Kleber entrando livre, sem marcação e sem goleiro para evitar o gol certo. O meia deu o gol para o Gladiador, que finalizou, mas não contava com a intervenção sensacional, quase divina,  de Patrick que surgiu como um foguete e tirou a bola em cima da linha.

O toma lá da cá continuou e o Avaí respondeu na mesma moeda. Rápido contra-ataque, triangulação perfeita, passe de Robinho para Roberto só desviar para o gol.

O equilíbrio acabou aí. O Avaí acendeu no jogo e o Verdão começou a se perder. Até que Pará fez falta forte em Márcio Araujo e foi expulso.

Com 3 volantes no time contra uma equipe com jogador a menos, Felipão sacou Marcio Araujo e mandou o centroavante Tadeu ao jogo. Poderia ter colocado Tinga no lugar de Pierre, que já tinha amarelo e não vinha bem no jogo. Araujo era o mais ofensivo dos 3 volantes naquele momento. Tinga poderia auxiliar o sobrecarregado Lincoln na armação.

Bem, fato é que Tadeu não entrou legal. Mas ainda assim o Verdão empatou. Kleber sofreu o pênalti e o próprio converteu. Marcou seu 1º gol no retorno ao time, mas seu 3º no campeonato, contabilizando aí os 2 que já havia marcado pelo Cruzeiro. Acabou também com a “má sorte” do time em cobranças de penalidades.

Ainda houve chances com o próprio Tadeu e depois com Assunção, em belo chute que Renan defendeu no canto.

Mas quem começava a ganhar o jogo era o Avaí de Caio. Ainda que com jogador a menos.  Na medida em que o Palmeiras buscava a virada a todo custo e perdia gols, ainda abria espaços para as escapadas de Caio e Roberto.

Mesmo que com menor volúpia ofensiva, o time catarinense foi mais eficaz na hora de decidir.

Foi assim quando Roberto entrou driblando e sofreu pênalti de Leo. Caio bateu, Deola acertou o canto – ufa! – mas por azar a bola voltou limpa para Caio mandar pro gol. Leo ainda foi expulso ao receber 2º amarelo.

Deola voltou a ser protagonista no 4º, mas negativamente. Em rápido contra-ataque Roberto foi lançado livre de marcação, mas dois palmeirenses o acompanhavam de perto, podendo eventualmente interceptar a jogada. Mas Deola saiu atabalhoadamente do gol e foi até a intermediária para cortar o lance, foi driblado facilmente por Roberto, que depois só rolou para o gol vazio.

São outros tempos no Palmeiras. Uma derrota dessas com qualquer outro treinador e hoje os muros do Palestra amanheceriam pixados, haveria manifestação no CT e aquela coisa toda.

Mas de fato, apesar da derrota o time mostra sim uma postura diferente. Alguns jogadores começam a marcar a era Felipão, como Marcos Assunção, Vitor e Edinho. Parece haver confiança de que o trabalho será bem feito e trará resultados.  Ainda que não sejam a um curto prazo. Ainda que sejam necessários os reforços que irão sim chegar. Ainda que a derrota para o Avaí tenha sido merecida.

E o Avaí mostra que não é azarão ao chegar a 2ª vitória consecutiva, contra dois times paulistas. São Paulo, no Morumbi e Palmeiras, em casa. Mais um bom trabalho do eterno Antônio Lopes.

Despeço-me da ferocidade que nos acompanha com o saborosissimo som da Kate Nash – I Just Love You More:

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Cheers,

Post It – São Paulo, o Jason brasileiro – Galo depenado – O exemplo do Avaí – Ahhhh, Diego Souza.

-Flamengo 3X1 Atlético Mineiro. Mengão chegou a 7º colocado com 23 pontos e o Galo caiu para o 2º lugar, com 28 pontos. É o Galo dando uma mãozinha para ao teorizadores da “Cavalice Paraguaia”?

-O São Paulo venceu o Grêmio por 2X1. O Sampa vem em franca recuperação no campeonato. Está na 11ª colocação com 21 pontos. Dagoberto vem jogando bem e Borges….bem, “Chupa Borges”, como diria alguns amigos ferozes. Ricardo Gomes parece está ganhando créditos junto a torcida. E o São Paulo é como diz o Milton Neves – é o Jason do futebol brasileiro – quando todos acham que está mortinho, reaparece do nada e mata todo mundo.

-O Grêmio continua sendo o time que não vence fora de casa. Estacionou nos 21 pontos e viu o seu algoz, São Paulo, enconstar na tabela. Tem 21 pontos e está na 10ª colocação.

-Mas se o papo é recuperação, ninguém supera o Avaí. O time do ótimo Silas deixou de ser o time que não ganhava de ninguém, saiu da zona da degola e engatou uma sequência de 5 vitórias consecutivas. Ontem o time do Guga goleou o fortíssimo Vitória por impiedosos 4X0. O Avai saiu da 20ª colocação e agora já se encontra na 8ª posição, com 22 pontos.

-A diretoria do Avaí segurou Silas mesmo nos momentos onde tudo e todos indicavam sua queda. Hoje eles colhem os frutos e dão mais argumentos ainda para os que defendem que o sucesso de um time se passa, também, pela manutenção de um trabalho. Troca de técnicos não está com nada.

-Com a derrota do Galo, o Palmeiras é o líder isolado do BR09. São 9 vitórias em 15 jogos e um total de 31 pontos.

-E o Diego Souza? Ahhhh, o Diego Souza. Joga “nada”, viu? Contra o Fluminense marcou o gol da vitória e da liderança, além de fazer isso:

Cheers,

Após 30 anos, o Avaí está de volta à elite do futebol.

E o Avaí, subiu. Após 30 longos anos, o time comandado pelo ex-são paulino Sílas decretou seu retorno à elite do nosso futebol ao bater o Brasiliense por 1X0.

O Brasiliense já não aspirava mais nada na série B, contudo endureceu a partida. O nervosismo tomou conta da equipe catarinese. O gol do acesso, o gol que libertou o grito entalado há quase 30 anos, só saiu faltando 10 minutos para io final da partida – Evandro, aos 36 do 2º tempo.
A passagem a seguir foi retirada do Lance.net.
“Para mim, é o maior momento da história do Avaí, a maior conquista, um momento de alegria e felicidade imensurável”. A frase é do torcedor mais ilustre do Avaí, extasiado por ver seu clube de volta à Primeira Divisão após 30 anos. Com 32, Gustavo Kuerten nem se lembra de ter visto seu clube de coração na elite do futebol brasileiro. Agora ele saberá o sabor dessa conquista.

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Resta agora saber quais serão os times que irão trocar de lugar com Corithians, Avaí e quem mais vier.(O Santo André está muito próximo de subir).