Foi a série mais interessante da fase preliminar da UEFA Champions League. Com duas vitórias (1 a 0 e 2 a 1), o Arsenal FC superou a Udinese e é mais um grande continental a se garantir na fase de grupos do evento.
Jogando em Udine, Itália, a Udinese, que já havia dificultado a vida dos “Gunners” em Londres, deixou o técnico Arsene Wenger com o coração na mão na 1ª etapa da partida desta quarta-feira.
O técnico Francesco Guidolin colocou o time italiano com duas linhas de quatro jogadores, confiando no sempre lutador Antonio di Natale no ataque e Giampero Pinzi na ligação meio e frente. O apoio de Pablo Armero também teria papel importante.
De fato, Di Natale sempre foi perigoso na 1ª parte da partida.
O Arsenal, sempre bom lembrar, sem Cesc Fábregas e Samir Nazri em seus quadros (negociados com FC Barcelona e Manchester City, respectivamente), tinha suas esperançasem Robin VanPersiee Theo Walcott (autor do gol único de Londres), além dos apoios do habilidoso marfinense Gervinho.
Só que os anfitriões eram melhores. Contudo, o tempo passava e os locais mostravam incompetência nas finalizações.
Até os 39 minutos, quando Di Natale de cabeça abriu o placar. Tudo igual no agregado.
O gol italiano colocou medo e dúvida a respeito das possibilidades dos “Gunners” de segurar o ímpeto da boa equipe italiana.
Para o 2º tempo, Wenger promoveu a substituição de Emmanuel Frimpong por Tomas Rosicky.
A presença de Rosicky e a nova postura dos ingleses em campo mudaram o panorama da partida. O Arsenal passou a tocar a bola com mais calma e desenvoltura. A Udinese, ainda anestesiada com o bom 1º tempo, só assistia.
O empate era inevitável. Em jogada de Gervinho, Van Persie concluiu logo aos 10 minutos.
Foi o suficiente para a desestabilização da Udinese que teria que marcar mais dois gols para se classificar. O pouco de sangue frio restante nos italianos foi-se de vez com o pênalti desperdiçado por Di Natale e boa defesa de Wojciech Szczesny após toque de mão desnecessário de Thomas Vermaelen.
Com a classificação nas mãos, o Arsenal ampliou com Walcott em contra-ataque.
Vitória e classificação para o Arsenal. Missão cumprida por ora. Outra coisa será o que os “Gunners” poderão fazer na UCL com o atual elenco, enfraquecido com as saídas de Fábregas e Nazri e sem contratações. Parece que a aposta será a classificação suada na fase de grupos para buscar reforços na próxima janela de contrataçõesem janeiro. Estratégiaarriscada.
Para a Udinese, quarta força italiana do momento, ficam as grandes defesas do goleiro Samir Handanoviç e a habilidade e garra de Antonio di Natale. De ruim, além da eliminação, fica a incompetência para se classificar, mesmo tendo dominado boa parte dos 180 minutos de jogo. Faltou camisa à equipe de Udine. Por essas e por outras que a Itália está perdendo sua quarta vaga na UCL para a Alemanha.
O Lyon, força hegemônica do futebol francês nos últimos anos, precisou ir longe – mais precisamente até Kazan, Rússia – para se classificar.
Na verdade, a missão não era das mais impossíveis após vitória em casa por3 a 1.
De qualquer forma, o ímpeto de dono da casa fez o Rubin Kazan tentar reverter o placar agregado. Se em Lyon o jogo já havia sido aberto, em Kazan, com a necessidade dos anfitriões de buscarem o prejuízo, as coisas não foram menos emocionantes.
Só que o gol do Rubin saiu somente aos 32 minutos do 2º tempo com Bibras Natcho. Suficiente para incendiar a partida. Mais um gol e os russos estariam classificados.
O jogo ficou dramaticamente ainda mais aberto. Mas era dia francês e, após cobrança de escanteio, Bakari Kone dividiu no ar com o goleiro Sergei Ryzhikov e levou a melhor. 1 a 1. O goleirão poderia ter feito melhor. Lyon classificado.
No Estádio da Luz de Lisboa, o Benfica recebeu o FC Twente holandês em busca de empates por 0 a 0 ou 1 a 1 após os 2 a 2 da Holanda.
Perante 48 mil expectadores, o Benfica não quis facilitar para os visitantes. Ainda mais depois de empate sem gols no 1º tempo.
O belga Axel Witsel tratou de abrir o placar logo no primeiro minuto da 2ª etapa. Luisão ampliou de cabeça e Witsel novamente fechou o caixão neerlandês. Será mais uma chance para o Benfica que busca retornar aos velhos tempos de gigante europeu. Será longo o caminho, afinal é notória a hegemonia do FC Porto no futebol lusitano nos últimos anos.
Na Áustria, o Sturm Graz jogava confiante. Não era para menos. A equipe conquistara bom empate por 1 a 1 contra o BATE Borisov na Bielorrússia. Mas, as coisas nem sempre ocorrem como se espera. Os gols de Aleksandr Volodko e Marco Simic frustraram a torcida austríaca em Graz. 2 a 0 e classificação para o BATE.
A classificação mais tranqüila ficou por conta do FC Viktoria Plzen da República Tcheca. A equipe entrou em campo em Praga já com vitória conquistada em Copenhague, Dinamarca, frente ao FC Kobenhavn (se o leitor preferir a versão portuguesa em detrimento ao nome original: FC Copenhague) por 3 a 1.
Houve pequeno calor para os tchecos quando Christian Bolaños fez para os dinamarqueses aos 32 minutos de jogo. Tudo bem, o 0 a 1 valia para o Plzen. Mas Marek Bakos deixou a galera local feliz com o empate aos 23 do 2º tempo. Houve tempo ainda para o bônus de Michal Duris nos acréscimos. No final 2 a 1 Plzen.
Já no tapetão, o Fenerbahçe foi excluído da atual edição da UCL. A decisão da UEFA foi consequência das investigações de manipulação de resultado no futebol turco. Quem se deu bem foi o Trabzonspor, também da Turquia, que ocupou a vaga em aberto.
Agora é só esperar pelo sorteio de definição dos grupos da UCL. Anote: será quinta-feira (25/8) em Mônaco.