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LARGADA PARA A SÉRIE A NO “CALCIO” E O NOVO ESTÁDIO DA JUVENTUS

O Juventus Stadium: novo estádio da Juve e da cidade de Turim

Começou hoje aquele que já foi o principal campeonato nacional do mundo: a Série A italiana.

 E começou carregado de simbolismos.

 A Itália tem visto sua liga perder prestígio internacional e seus clubes perderem competitividade nas competições europeias.

 Sim, há dois anos a Internazionale de José Mourinho ganhava a UEFA Champions League, derrotando o todo-poderoso Barcelona de Lionel Messi nas semifinais e o Bayern de Munique na grande final. O Milan copeiro andou faturando sua Champions também nos tempos de Carlo Ancelotti e Kaká no auge da carreira.

 Só que os números não mentem e a estatística oficial da UEFA está aí para comprovar. A Itália foi flagrantemente superada em desempenho pela Alemanha, assim como já havia sido ultrapassada por Inglaterra e Espanha.

 Resultado da brincadeira: a atual temporada que se inicia é a última que marcará a presença de quatro representantes italianos na mais nobre competição continental, a própria Champions League. A partir do próximo ano, os alemães terão a honra de levar mais uma agremiação ao torneio.

 Se há um clube que pode melhor representar a queda italiana no mundo da bola é exatamente a Juventus.

 Em 2006, estourava o escândalo “Calciopoli” que se referia a investigações policiais que descobriram manipulação de resultados no futebol da bota. Para resumir, a Juventus, campeã nacional naquele ano, teve como punição final a queda para a série B.

 Desde então, a “Vecchia Signora” Juve nunca mais se encontrou. O caminho dos títulos e do sucesso foi perdido. Paralelamente, o futebol italiano entraria em decadência frente aos principais concorrentes europeus. Tudo culmina agora com a queda no ranking da UEFA e perda de vaga na Champions.

 Mas, como na vida tudo tem seu recomeço, a nova temporada que se inicia traz esperanças renovadas para a Juventus e todo o futebol do país.

 Talvez o renascimento simbólico de tudo seja o novo estádio da própria Juve, recém inaugurado na cidade de Turim.

 

Festa de inauguração do novo estádio

O Juventus Stadium é um projeto arquitetônico avançado ao melhor estilo alemão de eficiência e qualidade. São 41 mil lugares, 4 mil vagas para estacionamento, além de ampla área para lojas, além da ênfase ecologicamente correta.

 O preço do brinquedo? Pois é, aí é que está. O custo da obra foi de cerca de €105 milhões (uns R$ 240 milhões). Que tal? O caro leitor pode comparar com os custos das obras dos estádios brasileiros para a Copa do Mundo. Participação pública no projeto? Somente na cessão do terreno, já que o Juve Stadium foi erguido no mesmo local onde estava o falecido estádio municipal “Delle Alpi”. Aquele mesmo utilizado na Copa de 1990. O investimento foi todo bancado pela família Agnelli.

 Que a Juve reencontre seu caminho.

 E como nem tempo e nem a bola param, o pontapé inicial do campeonato italiano se deu nesta sexta-feira em Milão.

 Com algumas novidades, AC Milan e SS Lazio abriram a peleja com empate por 2 a 2.

 O Milan teve em Antonio Cassano o principal nome na partida. Já na Lazio, as estreias do francês Djibril Cissé e do polaco-germânico Miroslav Klose foram os destaques.

 

Cissé comemora seu 1º gol na Itália

A Lazio começou a todo o vapor e os debutantes disseram a que vieram. Klose marcou logo aos 12 minutos de jogo e Cissé ampliou aos 21.

 Foram mais de 20 minutos de total domínio da Lazio.

 Os milanistas se lembraram que havia um jogo para ser jogado somente aos 29 minutos quando Zlatan Ibrahimovic empurrou para a rede após cruzamento.

 Daí em diante o Milan passou a dominar o jogo. O empate veio logo com Cassano. Dois gols do Milan em dois erros do defensor Luciano Zauri, recém chegado da Sampdoria e companheiro de zaga de André Dias.

 

Milan e Lazio abrindo a Série A

Hernanes ainda perderia grande oportunidade de fazer o terceiro para a Lazio.

 Na 2ª etapa o jogo ficou mais cadenciado. De relevante, uma grande chance perdida por Alexandre Pato que entrara havia pouco.

 Não foi o pior dos cenários para a Lazio, mas ficará na memória o lamento de deixar escapar a vitória após o time ter aberto dois gols de vantagem contra os atuais campeões nacionais.

 Ruim foi para o Milan. A equipe de Silvio Berlusconi, ainda que tenha mostrado poder de reação, desperdiçou dois pontos em casa. Sem mencionar o próximo compromisso do time, nada mais que o supercampeão FC Barcelona no Camp Nou pela Champions. Fica o questionamento do torcedor: se não ganhou em casa da Lazio, o que poderá fazer contra o melhor time do mundo como visitante?

ALEMANHA E ITÁLIA: OS MELHORES NO DIA DE AMISTOSOS DE SELEÇÕES

Itália e Espanha perfilados para os hinos nacionais

É aquela velha história, semana reservada para a tal data FIFA é sinal de jogos entre seleções nacionais. O que também significaria que os clubes deveriam recolher suas armas nesse meio tempo. Deveria ser assim sempre, mas a coisa fica restrita somente ao mundo civilizado. Quando vão entender aqui pelo nosso lado do planeta que data FIFA é “somente” para seleções?

 Enfim, falando de seleções nacionais em campo, as principais partidas envolveram alguns campeões do mundo em ação. Outros times do primeiro escalão deveriam ter jogado também, mas fatores extra campo impediram a exibição. Direto ao ponto: o jogo entre Inglaterra e Holanda foi cancelado devido aos distúrbios urbanos em massa que têm assolado a terra da rainha.

 Nas partidas que rolaram, os destaques ficaram para Itália x Espanha, Alemanha x Brasil e França x Chile. Então vamos a eles.

 Itália 2×1 Espanha

 No confronto latino-europeu de Bari, a equipe do técnico Cesare Prandelli buscava afirmação no complicado cargo de técnico da Azzurra em amistoso contra os campeões do mundo em casa.

Fernando Torres em disputa de bola

E a Itália começou avassaladora no 1º tempo. Dominando a partida, Riccardo Montolivo abriu o placar após receber de Domenico Criscito e encobrir Iker Casillas logo aos 11 minutos.

 A Espanha empataria aos 37 minutos graças a pênalti cobrado por Xabi Alonso após lance duvidoso na área italiana.

 Vicente Del Bosque conseguiu arrumar parcialmente a Espanha na 2ª etapa. Muito por causa da entrada de Thiago Alcântara que tem se destacado nas seleções espanholas de base.

 Com os espanhóis melhores, Prandelli coloca em campo Mario Balotelli, ajudando a equilibrar as ações.

 A Espanha ainda perderia mais duas oportunidades e sofreria o castigo em chute de Alberto Aquilani, também posto em campo no 2º tempo, que foi desviado em Raúl Albiol tirando as chances de defesa de Victor Váldez.

 

Italianos comemoram gol da vitória

Vitória italiana que valeu pela exibição do 1º tempo. Importante para Prandelli que contou com boas atuações dos “bad boys” italianos Antonio Cassano e Mario Balotelli.

 Para os espanhóis, somente prejuízo. É mais um revés dos campeões do mundo no pós copa contra mais um adversário de peso após derrotas para Argentina e Portugal. E não fica por aí, Gerard Piqué, Andoni Iraola saíram contundidos e Fernando Torres, que havia saído por sentir problemas auditivos, teve diagnosticado um pequeno choque cerebral. Mais um amistoso para a Espanha esquecer.

 

 

 

Alemanha 3×2 Time da CBF

 Mais uma vez Stuttgart foi palco de amistoso entre Alemanha e o time da CBF. A diferença é que em outros carnavais, como no amistoso de 1981 vencido pelos brasileiros por 2 a 1, tínhamos em campo o Brasil, a Seleção Brasileira ao invés do tal time da CBF.

Mario Götze: novo ídolo alemão

 

 E o time do técnico “adepto da dieta metabólica a custo zero” Joachim Low  impôs seu ritmo sobre os brasileiros aliando juventude e entrosamento.

 Com jogo coletivo superior, os alemães iniciaram perdendo oportunidades e exigindo defesas de Júlio César.

 Mano Menezes optou por jogar com mais cautela defensiva e depositar esperanças nos contra-ataques que funcionaram algumas vezes, mas insuficiente para golpear os donos da casa.

Neymar Jr. Mesmo doente fez o seu

No 2º tempo, os brasileiros tiveram mais combatividade no início e conseguiram por algum tempo o almejado equilíbrio. Puxando os contra-ataques, Alexandre Pato quase abriu o placar. Doce ilusão brasileira. Tudo iria por água abaixo com o pênalti de Lúcio sobre Mario Götze e o gol de Bastian Schweinsteiger.

 Daí em diante os brasileiros se perderam em campo e a Alemanha manteve o restante do jogo sob controle. Götze ampliaria 6 minutos após o primeiro gol. Robinho diminuiria em pênalti duvidoso, mas os alemães trataram que acabar com qualquer empolgação adversária com o terceiro gol de Andre Schürrle após falha do xará André Santos e roubada de bola de Schweinsteiger.

 No apagar das luzes, Neymar, enfermo, faria o segundo gol do Brasil em chute forte colocado.

 Grande atuação de conjunto da Alemanha com jovens valores individuais exibindo talento. Destaque para Mario Götze do Borussia Dortmund que fez a torcida não sentir a não convocação de Mesut Özil do Real Madrid.

 Pelo lado brasileiro, problemas para Mano Menezes que começa a ter o trabalho questionado devido aos resultados adversos contra as seleções mais fortes. A seu favor está justamente o fato de enfrentar as grandes seleções, ao contrário de outros tempos quando o time da CBF jogava contra equipes inexpressivas. A queda de produção de Paulo Henrique Ganso influi. Esperava-se mais do jogador do Santos FC. André Santos parece ter encerrado seu ciclo de prestação de serviços para a CBF e, seguramente a partir de agora, aquele velho clamor popular, nem sempre sábio, começará a urrar pelo nome de Ronaldinho Gaúcho.

 Amistoso de hoje à parte, nada melhor que rever os 2 a 1 da “Seleção Brasileira” (naqueles tempos sim, Seleção Brasileira!) contra a Alemanha Ocidental na mesma Stuttgart em 1981.

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 França 1×1 Chile

Os fãs de Montpellier lotaram o Stade de La Mosson para prestigiar o time de Laurent Blanc contra o Chile que buscava esquecer a eliminação na Copa América na Argentina.

Valdivia entre três franceses

 

 A França teve todas as chances de definir a partida, mas graças a combinação de falta de sorte, incompetência e erros de arbitragem, cedeu o empate aos chilenos.

 Loïc Remy abriu o placar aos 20 minutos ao cabecear com perfeição bola cruzada por Karim Benzema. 1 a 0 França.

 Poderia ter sido 2 a 0 se o auxiliar não tivesse anulado gol de Kevin Gameiro após interpretar participação de Remy em posição fora de jogo.

 Claudio Borghi armou o Chile com preocupações defensivas. Claudio Bravo parou investidas de Benzema. Na frente, o grande nome era o jogador do Palmeiras, Jorge Valdivia, que armava as jogadas.

 O empate veio aos 31 minutos do 2º tempo com Nicolás Córdova após receber passe de Alexis Sanchez.

 Bom teste para o técnico Laurent Blanc e sua França que, apesar de não ter sabido vencer, enfrentou um Chile que figura apenas entre as forças médias das seleções, mas que, bem postado, forçou os anfitriões a jogarem contra razoável retranca, tendo que lidar com o perigoso Valdivia à frente.

Outros amistosos

 Entre emocionantes amistosos como Azerbaijão x Macedônia ou China x Jamaica, vale ressaltar alguns duelos de relevância para hegemonias regionais ou então goleadas sonoras aplicadas mundo afora.

 Começando pela goleada, Portugal fez 5 a 0 em Luxemburgo no Algarve com gol de Cristiano Ronaldo e dois deles de Hugo Almeida.

 Em Genebra, Costa do Marfim e Israel fizeram jogo disputado com vitória dos africanos por 4 a 3.

 Na Ásia, o time do Japão, talvez inspirado pela conquista da Copa do Mundo pelo time feminino, fez 3 a 0 no grande rival local, a Coreia do Sul em partida disputada em Sapporo.

 Ainda na sessão “3 a 0: o placar clássico”, a Noruega recebeu a República Tcheca e classicamente venceu. Um pouco de alento ao país nórdico abalado por tragédias recentemente.

 E, na carona da sessão “rivalidade e hegemonia local”, Estados Unidos e México reeditaram a final da Copa Ouro da CONCACAF na Filadélfia. A estreia do alemão Jürgen Klinsmann como técnico estadunidense foi marcada pelo empate de 1 a 1 entre os rivais da América do Norte. Confira os gols com especial atenção à narração altamente emocional do locutor.

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