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FA CUP: FATOS SOBRE A VITÓRIA DO UNITED NO DERBY DE MANCHESTER

O que um clássico local de crescente rivalidade não faz com uma fase eliminatória apenas intermediária de uma copa nacional?

Pois é, foi o que ocorreu com a FA Cup, a Copa da Inglaterra, quando Manchester City e Manchester United se encontraram neste domingo no Etihad Stadium do City.

Wayne Rooney: o melhor em campo no derby de Manchester

E as atenções não foram chamadas a esmo. Em partida eletrizante, o Manchester United venceu por 3×2 e eliminou o rival City da competição.

A atmosfera era de amarga memória para os “Red Devils”, afinal, no último encontro dos rivais, o City havia aplicado histórica goleada por 6×1 em partida válida pela Premier League. Não bastasse o desastre contra o rival, a equipe de Alex Ferguson estava sob fogo cruzado de críticas e desconfianças após duas derrotas clamorosas contra Blackburn em casa (3×2) e Newcastle como visitante (3×0). Tudo isso colocava em xeque a capacidade de Ferguson de continuar a produzir resultados no United após anos de comando técnico, além de ter gerado rumores sobre possível saída de Rooney do clube.

De quebra, o rival havia voltado a abrir três pontos de vantagem na classificação do campeonato.

Tudo depunha contra o Manchester United.

Prova disso era a recolocação do aposentado Paul Scholes no elenco promovida por Alex Ferguson.

De fato, a partida começaria com o City colocando pressão no United.

As mudanças de expectativa tiveram início aos 10 minutos de jogo com o contra ataque que Rooney converteu de cabeça.

 

A EXPULSÃO DE KOMPANY

O gol teve efeito multiplicador negativo para o City quando Vincent Kompany recebeu cartão vermelho por dividida com Nani.

Instalou-se aí a polêmica do jogo.

O zagueiro belga deu carrinho com as duas pernas no português para recuperar a bola.

A decisão do árbitro Chris Foy pelo vermelho aparenta ter sido influenciada pelo fato de Kompany ter “voado” na bola para efetuar o carrinho com as solas da chuteira em vertical. Contudo, a impressão que ficou é de que o cartão vermelho foi demais para o zagueiro do City.

 

INFLUÊNCIA NO RESULTADO?

A segunda e óbvia discussão sobre o jogo é consequência do questionamento anterior.

Afinal, o City ter jogado a maior parte do tempo com 10 influenciou o resultado final?

Excetuando as redundâncias tais como “jogar com 10 sempre prejudica”, fato é que o City, ao perder Kompany, levou algum tempo para recolocar-se na partida.

Micah Richards tornou-se zagueiro central, James Milner deixou o apoio ao meio de campo para se converter praticamente em lateral direito. Com isso, o Manchester United sentiu-se livre para armar seu jogo.

De qualquer maneira, apesar de ter tido a vida facilitada, não são desprezíveis os méritos do United graças à ótima apresentação nos 45 minutos iniciais.

 

OS 3×0 DO 1º TEMPO

Os gols do United foram resultado do bom futebol apresentado e da letargia do City em se adaptar às circunstâncias na 1ª etapa.

Em bela trama dos “Red Devils”, Danny Welbeck fez o segundo após chute de voleio aos 30 minutos de jogo.

10 minutos mais tarde o terceiro gol do United com Rooney aproveitando rebote de penalidade batida por ele mesmo.

Por algum momento durante o final do 1º tempo os torcedores do United tiveram esperança que os 6×1 da Premier League poderiam ser devolvidos mais cedo que o esperado.

 

A REAÇÃO DO CITY

Doce ilusão dos fãs “Red Devils”.

Talvez por algum momento se esqueceram do último mês, no máximo razoável, da equipe, sem mencionar os desastres na Champions League, além dos já comentados fiascos recentes contra Blackburn e Newcastle.

Verdade é que Roberto Mancini arriscou, e com resultado relativo.

David Silva e Adam Johnson deram lugar a Pablo Zabaleta e Stefan Savic. Mancini armava praticamente um 5-2-2.

Aleksandar Kolarov diminuiu de falta logo aos 3 minutos.

Ferguson promoveria o retorno de Scholes que perderia bola que geraria a jogada do City para o gol de Sergio Kun Aguero.

As esperanças agora mudavam de lado e os “Citizens” sonhavam com uma reviravolta histórica dos azuis.

Assim como os “Red Devils” esqueceram-se que a maré não estava para peixe nos últimos tempos para o United, os “Citizens” também olvidaram que tudo favorecia o controle do United perante as circunstâncias.

E foi o que a equipe de Ferguson fez na segunda metade da etapa final.

Controle e posse de bola que garantiram os 3×2 e a classificação do Manchester United

 

A VOLTA DE PAUL SCHOLES

Ele estava aposentado havia quase um ano. Como ele mesmo havia dito ao parar, suas pernas já eram.

Mas lá estava ele novamente. Paul Scholes em campo no 2º tempo.

Fisicamente até que bem, errou no lance que gerou o segundo gol do City, mas como não teve influência no resultado final, não comprometeu sua boa atuação.

O que ocorre é que, apesar de toda a satisfação em rever Scholes em ação, seu chamado pareceu uma tentativa desesperada de Ferguson em achar algum norte para a equipe após os maus resultados da temporada.

Estariam as coisas tão feias assim internamente no United?

 

Bom, noves fora, assim prossegue a FA Cup, com o United perseguindo o título e o novo rico City de Roberto Mancini eliminado de mais um torneio na temporada. É bom que o italiano vença a Premier League, se quiser ter sobrevida em terras inglesas.

Para relaxar, nada melhor que encerrar com o velho e bom rock’n’roll.

Em 1995, o Kiss organizava seu MTV Unplugged como forma de dar o pontapé inicial da reunião dos membros originais da banda.

Mas antes da entrada dos dissidentes Peter Criss e Ace Frehley no palco, a banda atacou de “Sure know something “, faixa original do álbum Dynasty de 1979, curiosamente o último com a formação original até então.

Confira “Sure know something”.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Y4kTtGbNa-8[/youtube]

ZEBRAS DE ANO NOVO

Após parada quase obrigatória para recarregar as baterias da máquina humana, eis que a coluna ressurge, com fôlego renovado, para o novo ano recém iniciado.

Manchester United sucumbindo em Newcastle

Falando em parada, muita reflexão passa pela cabeça como um rio de fluxo infinito, porém de águas calmas. Seguramente, a serenidade da correnteza do rio imaginário é por conta da atmosfera de tranquilidade que reina nesses tempos.

E justamente aí está o melhor deste momento de virada de ano. As pessoas baixam a guarda por uns dias, o ritmo diminui. É inevitável que a mente humana trabalhe muito a imaginação, o que poderia ser melhor na vida, como modificá-la, ou talvez apenas a possibilidade de parar um pouco e reparar em coisas triviais que passam despercebidas na correria do cotidiano.

Até o velho e bom futebol dá o seu respiro em quase todo o mundo.

Sim, quase.

É claro que leitor sabe que o “quase” é empregado por conta da Inglaterra e sua Premier League que, a exemplo do final de semana do Natal, não só repetiu a dose, mas duplicou-a, trazendo as rodadas 19 e 20 para deleite geral nesta primeira semana de 2012.

O balanço deste final de 1º turno e início de returno foi o total fiasco do Manchester United de Alex Ferguson.

Jogando em Old Trafford no último dia do ano, os Red Devils conseguiram a proeza de perder para o lanterna Blackburn por 3×2. Os anfitriões saíram perdendo por 2×0. Dimitar Berbatov fez dois gols e pôs a equipe de volta ao jogo, mas, aos 35 minutos do 2º tempo, Grant Hanley marcou o terceiro dos visitantes e selou o destino da partida.

Não satisfeitos com o fiasco, Wayne Rooney e companhia foram a Newcastle para apanhar por 3×0 dos “Magpies”. O ex-bicho papão do campeonato voltou a mostrar suas garras.

Resultado da brincadeira: a igualdade em pontos em relação ao rival Manchester City, conquistada com suor, foi para o espaço em dois tempos.

O City de Roberto Mancini bem que tentou provocar emoções ao estilo “deixa que eu deixo” ao perder para o Sunderland por 1×0 em gol irregular de Dong-Won Ji na ressaca do dia 1º de janeiro, mas recuperou-se bem no meio de semana ao fazer 3×0 contra o Liverpool em casa.

Agora são 48 pontos para o City e 45 para o United, líder e vice-líder respectivamente.

Quem se estabelece sempre mais como terceira força inglesa é o Tottenham do treinador Harry Redknapp.

De ponto em ponto o time faz a temporada e o Hotspur foi a Swansea e marcou seu ponto precioso ao empatar por 1×1 com os locais.

Em seguida, os londrinos receberam o West Bromwich e fizeram 1×0, levando 4 pontos das rodadas de virada de ano. Quando a fase é boa, até declarações polêmicas são aceitas, como a última de Redknapp que afirmou nunca ter ouvido falar de Paulo Henrique Ganso, ao responder sobre especulações sobre a vinda do santista ao clube. Não importa, a equipe está em consolidada em 3º lugar com 42 pontos. Ferguson e seu Manchester United que se cuidem.

Voltando à sessão pândegas e galhofas, o Chelsea aplicou uma bem sem graça perante sua torcida e levou 3×1 do Aston Villa. Depois do stress que deve ter feito cair água no espumante do grupo de André Villas Boas, os azuis fizeram 2×1 sobre o Wolverhampton. Não foi o caos, mas poderia ter sido bem melhor. A equipe está na 4ª posição com 37 pontos e vê o Tottenham se distanciar.

O Arsenal não quer ficar atrás do co-irmão de Londres e, após vencer o Queens’ Park Rangers por 1×0, por obra de Robin Van Persie, levou 2×1 do Fulham. Pudera, Van Persie não marcou e sua equipe levou a virada com gols no final.

A apatia permanece pelos lados de Liverpool. Sem clichês, mas algum álbum do Beatles, especialmente um daqueles do início da carreira do quarteto, poderia funcionar com fator motivador à equipe local.

É bem verdade que Kenny Dalglish e sua turma encerraram bem o ano de 2011 com boa vitória por 3×1 contra o bom Newcastle, em disputa direta por vaga, mas voltaram à triste realidade ao encarar os líderes do City e levar aqueles sonoros 3×0 já comentados aqui.

Toda a correria na realização das duas últimas rodadas justifica-se em parte pelas partidas da FA Cup neste final de semana. O destaque fica para o derby de Manchester deste domingo.

Os fãs de futebol internacional podem sossegar. Aos poucos os campeonatos serão retomados. Já teremos rodada da Liga espanhola e da Serie A italiana. Quanto a Bundesliga, jogo por terras alemãs somente no dia 21. O frio é pesado e o recesso faz-se necessário por ora.

Capa de "Aftermath" dos Rolling Stones de 1966

O final de ano permite vasculhar os baús pessoais de cultura. Mais precisamente na música, poucos possuem discografia tão vasta como os Rolling Stones. Pois é o que vem a seguir para encerrar a coluna. Os Stones lançaram o álbum “Aftermath” em 1966. Um marco da banda, pois era o primeiro álbum dos caras exclusivamente com canções assinadas pela dupla Mick Jagger e Keith Richards.

Uma das mais importantes era “Under my thumb”, além de “Paint it black” e o vídeo mostra os então novos “hitmakers” da Inglaterra mandando ambas, além de “I am waiting”.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=aykA1YCHSbk[/youtube]

NEWCASTLE: A SURPRESA DA TEMPORADA NA PREMIER LEAGUE

NUFC-Everton. Ryan Taylor na marcação de Louis Saha.

A vitória sobre a equipe do Everton por 2×1 em casa garantiu a grandiosa terceira colocação parcial do Newcastle na Premier League inglesa.

 Grandiosa, pois trata-se de clube que se viu rebaixado para a Football League Championship, a segundona inglesa, na temporada 2008-2009. Algo raro na história do Newcastle United Football Club.

 Fundado em 1892, o NUFC sempre esteve na divisão principal inglesa (exceto por duas temporadas). Mas, passou por mudanças e turbulências nos últimos anos.

 A começar pelo novo proprietário, o empresário Mike Ashley, que adquiriu o clube em 2007.

 As mudanças não passaram despercebidas no campo técnico. Em 2009, viria o rebaixamento.

 O sofrimento duraria pouco. Já em 2010, o NUFC alcançaria o retorno à elite local.

 Na temporada passada, sob comando do técnico Alan Pardew, o time alcançaria o 12º lugar. Modesto, mas sem riscos de novo rebaixamento.

 Agora, sob o comando do mesmo Pardew, o NUFC atinge o melhor início de temporada do clube na história. São 7 vitórias, 4 empates e invencibilidade ainda mantida. De quebra, o 3º lugar com 25 pontos, na cola do Manchester United com 26.

 Neste final de semana, novo momento de festa para os mais de 50 mil fãs no St. James’ Park de Newcastle  proporcionado pelos “Magpies”, um dos apelidos da equipe.

 A vitória foi construída logo no 1º tempo com os gols de John Heitinga contra e Ryan Taylor. Jack Rodwell descontaria para o Everton.

 Quem passou em branco foi o artilheiro do time anfitrião: Demba Ba. O franco-senegalês tem 8 gols na temporada.

 Mas não foi somente de Newcastle que a rodada da Premier viveu.

 O líder Manchester City suou, mas venceu fora de casa o Queens’ Park Rangers por 3×2.

 Edin Dzeko (destaque da partida), David Silva e Yayá Touré justificaram a condição de astros do time e fizeram os gols.

 No QPR, destaque para o esforço de Heidar Helguson que marcou um, além do gol inicial de Jay Bothroyd.

 

Man U precisou de gol contra para ganhar

Em Old Trafford, ambiente de festa no Manchester United para celebrar os 25 anos de direção técnica de Alex Ferguson.

 Os “Red Devils” venceram, é verdade, mas sofreram e tiveram que contar a ajuda de Wes Brown para fazer contra. No final, 1×0 para o Man U.

 Alex Chapman Ferguson, britânico escocês, de Glasgow, ganhou nada menos que 12 Premier Leagues, 5 FA Cups, 4 League Cups, duas UEFA Champion Leagues, além de um título Intercontinental e outro Mundial de Clubes da FIFA. É por isso que o cara manda e desmanda pelos lados de Old Trafford.

 O Chelsea foi a Blackburn e sofreu para vencer os locais por 1×0 com gol de Frank Lampard no 2º tempo.

 A vitória serviu para pôr fim na má fase. Contudo, o jogo da equipe de André Villas Boas continua aquém do esperado na Premier. Os azuis continuam em 4º lugar com 22 pontos.

 Outra surpresa positiva é o Tottenham Hotspur. Venceu o Fulham por 3×1 fora de casa e mantém-se na cola do Chelsea com os mesmos 22 pontos.

 A decepção da rodada ficou novamente a cargo do Liverpool. Nada além do 0x0 contra o Swansea City. É terceiro empate consecutivo em Anfield e problemas à vista para o técnico Kenny Dalglish. São apenas 19 pontos para os “Reds”.

 Já o Arsenal continua na ascendente após aquele começo desastroso já comentado.

 

Robin Van Persie mais uma vez para ajudar o Arsenal

Vitória maiúscula por 3×0 sobre o West Bromwich em casa com nova boa atuação de Robin Van Persie e Thomas Vermaelen. A equipe de Arsene Wenger continua em 7º lugar com 19 pontos. No entanto, são 9 vitórias em 11 jogos para os “Gunners”. Nada mal para quem levou aquele 8×2 do Manchester United lá atrás.

 Se o destaque ficou para Newcastle, que tal curtir som clássico genuíno da terra?

 Pois bem, o Dire Straits, banda de Mark Knofler, tem suas origens na própria.

 Se a banda tornou-se sucesso mundial absoluto em meados dos anos 80 com o álbum “Brothers in arms”, as origens estão na segunda metade da década de 70, especialmente com a canção “Sultans of swing”. Início que chamou a atenção de muita gente como o legendário Bob Dylan.

 Em1988, abanda se reuniu em Wembley para o mega concerto “Free Mandela”. Os caras encerraram a noite e, de quebra, contaram com o reforço de Eric Clapton na guitarra. Vale registrar o momento.

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POR QUE SEMPRE EU?

Mario Balotelli: Why always me?

Ao fazer o gol inaugural do placar histórico de 6×1 conquistado pelo Manchester City contra o Manchester United no derby da cidade, o italiano Mario Balotelli ergueu seu uniforme para mostrar os dizeres “Why always me?” estampados na camiseta por baixo.

 Por que sempre você, caro Mario Balotelli?

 Balotelli sempre teve seu nome envolvido em polêmica.

 Nascido em Palermo, Sicília, este italiano de ascendência ganesa logo ganhou destaque e foi parar na Internazionale.

 E foi na Inter que os desentendimentos de Super Mario começaram a aparecer de forma diretamente proporcional ao seu futebol. Mais exatamente, o imbróglio com o técnico José Mourinho quando o português o acusou de falta de empenho nos treinamentos, já que não era muito aproveitado como titular.

 Só que a torcida o amava.

 Nas semifinais da UEFA Champions League em 2010 contra o Barcelona, outra travessura. Super Mario jogaria a camisa do clube no gramado após vitória por 3×1 em casa.

 

Balotelli e seu carinho pela camisa rubro-negra do Milan quando jogava pela Internazionale. Pode?

No histórico do siciliano ainda consta a aparição pública com a camiseta do arquirrival Milan em forma de protesto e provocação pela sua má utilização na equipe.

 Ainda em 2010, Roberto Mancini o recruta para o novo endinheirado do pedaço: o Manchester City.

 E lá está ele. Super Mario aprontou das suas novamente em fim de semana dos mais agitados.

 Após ter colocado fogo em sua casa graças a festival pirotécnico à base de fogos de artifício, o craque, ainda insatisfeito, pôs fogo no clássico de Manchester, no melhor dos sentidos.

 A história era aquela, o novo rico City havia crescido e aparecido, sem dúvida, mas faltava camisa na hora de encarar o rival United.

 Pior para a torcida que tinha que encarar a gozação “red devil”, a retórica de Alex Ferguson nas coletivas e o descrédito geral da crônica esportiva.

 Pior para Mancini que tinha que aguentar as crescentes desconfianças. Afinal, muita grana para armar um time competitivo e, na hora de mostrar que virou gente grande, aquela velha história do amadurecimento, os azuis negavam fogo.

 Super Mario foi o grande protagonista da redenção.

 O gol, com chute colocado no canto esquerdo de David de Gea, abriu o placar em Old Trafford.

 O United tinha problemas defensivos e, de quebra, Ferguson optou por formação inicial sem Javier “Chicharito” Hernandez ao lado de Wayne Rooney. Só que Danny Welbeck ao lado de “Shrek” com a aproximação do meio de campo através de Ashley Young ou Anderson não surtia efeito.

 Final de 1º tempo com 1×0 e silêncio na maior parte do Old Trafford.

 O “incendiário” Balotelli conseguiria nova proeza logo nos primeiros movimentos da etapa final. Sofreu falta frontal à entrada da área provocando a expulsão de Jonny Evans.

 A próxima cartada siciliana viria aos 15 minutos. Cruzamento de James Milner após grande jogada de David Silva e Balotelli faria o segundo gol.

 O terceiro gol viria com os pés de Sergio Kun Aguero.

 Assim, o United estava plenamente dominado em seus domínios. Restaria apenas o gol de honra, pelo menos.

 O City, com ótimas atuações de David Silva e James Milner, tocava a bola com segurança.

 Darren Fletcher diminuiria aos 36 minutos fazendo belo gol e dando alguma esperança à torcida local.

 Quando tudo parecia definido no placar, nova onda de gols surgiria no final. Edin Dzeko duas vezes e David Silva transformaria o clássico em goleada histórica para o City.

 Momento Ideal para a utilização do velho chavão: “lavar a alma”. Foi exatamente a conquista do City no derby.

 Mas a vitória trouxe ainda bônus importantes. Liderança isolada, cinco pontos de vantagem para o City contra o rival (25 pontos contra 20) e a consagração de novo ídolo, Mario Balotelli, que está fazendo os fãs esquecerem outro ídolo problemático, Carlos Tevez.

 Por que sempre você, Mario Balotelli?

 E não foi só de derby de Manchester que viveu a Premier League.

 Em Londres, o Chelsea visitou o modesto Queens Park Rangers e se deu mal.

 Expulsões de José Bosingwa e Didier Drogba e derrota por 1×0. O Chelsea permanece em 3º com 19 pontos.

 Quem subiu na tabela foi o Newcastle. Tudo graças à vitória conquistada frente ao Wigan por 1×0 no seu St. James’ Park. São 19 pontos para o time e cola total no Chelsea.

 

Robin Van Persie. Dois gols contra o Stoke City.

A rodada também foi boa para o Arsenal na sua luta pela reconstrução. O Emirates Stadium recebeu 60 mil pessoas para ver os “gunners” fazerem 3×1 no Stoke City com dois gols de Robin Van Persie, além de grande atuação de Aaron Ramsey e Gervinho. Agora o time de Arsene Wenger tem 13 pontos e ocupa o 7º lugar.

 Na próxima rodada será a vez de Londres celebrar seu derby. O Chelsea recebe o Arsenal.

 E já que o City é de Manchester e a cidade é fértil em revelar ao mundo grandes bandas de rock, nada como terminar como o hit inaugural do Oasis dos irmãos Noel e Liam Gallagher, ilustres torcedores do time. Lá vai a sugestiva “Supersonic” do álbum “Definitely maybe” de 1994, saudando os supersônicos Manchester City e Mario Balotelli.

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VITÓRIA E LIDERANÇA PARA O CITY

Mario Balotelli para marcar de bicicleta

Com grande atuação de Mario Balotelli, o Manchester City derrotou o Aston Villa por 4×1 no Etihad Stadium de Manchester em partida válida pela Premier League.

 O resultado alçou o City à liderança do campeonato inglês com 22 pontos após 8 rodadas de disputa.

 O show de Balotelli teve início aos 28 minutos de partida quando Adam Johnson bateu escanteio, Micah Richards tocou e o italiano, de costas para o gol, improvisou uma bicicleta para fazer.

 O técnico Roberto Mancini promoveu quatro mudanças na equipe para o confronto contra o Aston Villa em relação à partida anterior contra o Blackburn. Além de Micah Richards, Gael Clichy, Nigel de Jong e Gareth Barry substituíram Pablo Zabaleta, Aleksader Kolarov, David Silva e Sergio Kun Aguero (com lesão na virilha).

 Nem mesmo a série de modificações tirou o ritmo da equipe na liga nacional.

 Prova disso foi o 2º tempo com a definição do placar através de mais três gols dos anfitriões. Adam Johnson, Vincent Kompany e James Milner marcaram para o City. Stephen Warnock descontou para o Villa.

 Resultado importante no aspecto moral para os azuis que encaram compromisso decisivo em semana de UEFA Champions League. O empate fora do roteiro contra o Napoli em casa e a posterior derrota para o Bayern em Munique transformaram o confronto contra o também desesperado Villarreal em compromisso de vida ou morte.

 A equipe de Roberto Mancini beneficiou-se do empate por 1×1 do arquirrival e concorrente ao título, o Manchester United, contra o Liverpool fora de casa.

 Foi o confronto das equipes com o maior número de títulos nacionais da Inglaterra. São 19 conquistas para o United contra 18 do Liverpool.

 

Steven Gerrard voltou e marcou para o Liverpool no clássico

A atmosfera de rivalidade aumenta quando recorda-se que o Liverpool não vence a Premier League desde a temporada 1989-1990. Justamente após o início do jejum, o United, sob comando de Alex Ferguson, largou para uma série de vitórias nacionais e europeias, tomando a hegemonia do futebol local.

 E o Liverpool voltou a falhar contra o United. Wayne Rooney, revelado pelo rival local do Liverpool, o Everton, amargou o banco. Já Steven Gerrard, voltando à equipe da casa, marcou aos 23 minutos do 2º tempo.

 Só que a equipe cedeu empate a menos de 10 minutos do final. Javier “Chicharito” Hernandez empatou para os “red devils”.

 Bom empate fora de casa para o United, mas que custou a perda da liderança para o rival local. Peculiaridades dos campeonatos de pontos corridos. Ora a rodada favorece um, ora o outro.

 Outro gigante com pretensões de título é o londrino Chelsea que recebeu justamente o Everton em Stamford Bridge. Vitória por 3×1, 19 pontos na tabela e a perseguição aos adversários de Manchester continua. André Villas Boas trilha firme os passos do compatriota José Mourinho na Inglaterra.

 Já o Arsenal, em reconstrução após avalanches, tsunamis, furacões e terremotos, venceu o Sunderland no Emirates Satdium por 2×1 e soma 10 pontos no 10º lugar da classificação.

 Além do City, mais três equipes inglesas voltam-se para a Champions League no meio de semana.

 Também enfrentando dificuldades inesperadas, o Manchester United vai a Romênia encarar o lanterna do grupo C, os campeões locais do Otelul Galati. A equipe de Alex Ferguson amarga o terceiro lugar no grupo com apenas 2 pontos e vê Basel e Benfica na liderança com 4.

 Mais tranquilo na liderança do grupo E, o Chelsea recebe o lanterna Genk em casa.

 E, isolado na vice-liderança do grupo F com 4 pontos, o Arsenal tem compromisso difícil na França contra o Olympique Marseille, líder do grupo com 6 pontos.

 Agora é aguardar para ver o que os ingleses, com a liga nacional mais poderosa do mundo no momento, farão pela Europa afora na semana que se inicia.

 Já que o assunto foi Inglaterra, nada melhor que encerrar com o Kasabian e sua “Fire”, ao vivo em Glastonbury em 2009.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=0wwP_IKvVkQ[/youtube]