Reeditando todo o conhecimento, inteligência e criatividade do belga Rik Copens e do holandês Johan Cruyff, Lionel Messi fez novamente história no Estádio Camp Nou de Barcelona em partida contra o Celta Vigo válida pela 24ª rodada da Liga Espanhola 2015-2016 ao surpreender em cobrança de pênalti alternativa.
O placar já anotava 3×1 para o Barcelona, Messi tentou belo drible na ponta direita, mas foi derrubado. Pênalti marcado pela arbitragem.
Na cobrança, Leo Messi surpreendeu ao tocar para Luiz Suárez concluir.
Jogada executada por Johan Cruyff no passado jogando pelo Ajax em 1982 e, anteriormente, por Rik Copens pela Seleção Belga ainda nos anos 50.
E, no final, o Barcelona aplicou 6×1 no Celta.
Confira a seguir os gols de pênalti de Lionel Messi, Johan Cruyff e Rik Copens.
Na partida tecnicamente mais esperada na abertura da 3ª rodada da fase de grupos da UEFA Champions League, o Arsenal, líder da English Premier League, recebeu os vice-campeões continentais do Borussia Dortmund e se deram conta de que confrontos de tal porte não permitem erros. No aniversário de Arsene Wenger, presente de grego para o treinador francês Gunner que viu a vitória alemã por 1×2. Já o Napoli venceu na França e embolou o Grupo F. No clássico mais tradicional, o Milan lutou para conseguir manter empate em 1×1 com o Barcelona. Chelsea e Atlético Madrid vencem fora de casa e o Porto reencontra Hulk.
GRUPO E
Steua Bucareste 1×1 FC Basel
Bucareste, Romênia
Os suíços do Basel estavam prestes a sair da Romênia com 3 pontos na conta após gol inaugural do chileno Marcelo Díaz no início da etapa final. Aí o técnico do Steua, Laurentiu Aurelian Reghecampf, lançou Florian Filip e Leandro Ângelo Martins “Tatu”.
Nos minutos finais, Leandro Tatu, que havia sido vaiado ao entrar em campo, aproveitou cruzamento, estufou as redes suíças e mandou o Estádio Arena Nationala se calar.
Noite de Tatu que salvou os anfitriões de derrota.
Schalke 04 0x3 Chelsea FC
Gelsenkirchen, Alemanha
Noite de Leandro Tatu em Bucareste, noite de Fernando Torres em Gelsenkirchen.
O espanhol concedeu aos Azuis de Londres boa margem de vantagem ao marcar duas vezes na Veltins Arena. No final, Eden Hazard concluiu a fatura.
Contudo, apesar dos 0x3, o time de José Mourinho não foi largamente dominante na Alemanha. Basta recordar, antes de tudo, a boa campanha do Schalke 04 até o confronto contra o Chelsea com duas vitórias e nenhum gol sofrido. As ausências de Klaas-Jan Huntelaar e Jefferson Farfan foram sentidas e o técnico Jens Keller teve dificuldade em manter a efetividade da equipe.
Já Mourinho fez cinco modificações em relação à última partida contra o Cardiff City pela EPL. O destaque ficou com o posicionamento de Cezar Azpilicuelta atuando recuado pela esquerda.
A vitória fora de casa deu a liderança do grupo aos ingleses.
No início do jogo, o Arsenal teve dificuldades em organizar-se ao deparar-se com forte e típica forte marcação em saída de bola por parte do Borussia Dortmund.
Assim, o gol inaugural dos alemães era questão de tempo e, em nova marcação pressão em saída de bola, Marco Reus roubou bola de Aaron Ramsey, tocou para Robert Lewandowski que serviu o armênio Hendrikh Mkhitaryan que concluiu a gol. Vibração de Jürgen Klopp nas cadeiras do Emirates Stadium, suspenso e impossibilitado de dirigir a equipe no banco.
A partir de então, o Arsenal conseguiu o equilíbrio das ações, mas a partida nunca foi fácil para nenhuma das partes.
O empate viria aos 41 minutos de jogo com o atacante Olivier Giroud que aproveitou cruzamento de Bacary Sagna e indecisão entre o goleiro Roman Weidenfeller e Neven Subotic.
Na 2ª etapa, o Arsenal teve ligeiro domínio durante a maior parte do tempo. Santi Cazorla acertou o travessão após bela jogada pela direita.
Mas, não era dia dos anfitriões e em contra ataque fatal, Kevin Grosskreutz assisitiu Robert Lewandowski para fuzilar a gol.
Vitória do Dortmund que relembra a todos o equilíbrio do grupo.
Olympique Marseille 1×2 SSC Napoli
Marselha, França
Com gols do espanhol José Maria Callejón e do colombiano Duván Zapata, o Napoli obteve contundente vitória na França contra o Olympique Marseille, que marcaria o gol de honra no final com André Ayew, embolando completamente o Grupo F ao colocar os três favoritos, que brigam por duas vagas, igualmente com 6 pontos.
A partida que apresentava aquela velha situação no futebol, o antigo ídolo de um clube que volta a atuar nos mesmos domínios de outrora, mas defendendo a nova agremiação que o contratou.
Eis a situação do atacante brasileiro Givanildo Vieira de Souza, mais conhecido por Hulk.
E Hulk teve grande atuação. Dos seus pés partiu o cruzamento para o gol único de Aleksandr Kerzhakov.
Os portistas, apesar de verem o ex-ídolo do lado oposto, não esqueceram de reverenciá-lo. A decepção ficou, sim, por conta dos próprios anfitriões que tinham a obrigação de vencer em casa.
FK Austria Wien 0x3 Club Atlético de Madrid
Viena, Áustria
Afinal, até onde chegará Diego Costa?
Desta vez, após gol inaugural de Raúl García logo aos 8 minutos de jogo, Costa marcaria duas vezes e levaria o Atlético Madrid à liderança com folga no grupo.
Atuação que coloca lenha na fogueira a respeito do futuro do brasileiro no futebol de seleções. Basta recordar a discordância de Luiz Felipe Scolari a respeito da possibilidade de vê-lo jogar na Roja.
Era de fundamental importância para os escoceses do Celtic vencer a partida teoricamente mais fácil do grupo contra o jovem time holandês do Ajax.
Com quase 60 mil pessoas no Celtic Park, os alviverdes lograram o êxito com gols de James Forrest de pênalti e Beram Kayal.
No Ajax, o gol de honra de Lasse Schöne veio somente nos acréscimos, lembrando sempre a expulsão Viktor Fischer.
O Celtic sobrevive e sonha com uma das vagas.
AC Milan 1×1 FC Barcelona
Milão, Itália
No clássico mais repleto de tradição da rodada, o inconstante Milan recebeu o Barcelona no Estádio San Siro de Milão.
O Milan teve início eletrizante com Massimiliano Allegri escalando Ricardo Kaká aberto à esquerda e Robinho no lugar de Mario Balotelli.
Em jogada rápida de Kaká, Robinho abriu o placar logo aos 8 minutos de jogo.
Entretanto, não deve haver dúvida da superioridade técnica do Barcelona em relação ao Milan. O empate era questão de tempo. Entre outras dificuldades milanistas, estavam as sérias dificuldades na saída de bola.
E foi numa delas que o Barça puxou contra ataque desde a intermediária para conclusão de Lionel Messi.
No 2º tempo, o Milan limitou-se a se defender e evitar derrota em casa. Ainda assim, Robinho atrapalhou-se em conclusão após cruzamento ao furar a bola. Eis um sério problema do ex-santista em sua passagem pelo clube rossonero: a quantidade de gols fáceis desperdiçados.
No Barcelona, Messi, sem apresentar tudo o que sabe, foi o melhor mesmo assim. Já Neymar foi a grande decepção, tendo uma grande chance de gol em belo chute cruzado rasteiro que passou próximo à trave.
Já pelo lado do Milan, fica a esperança de melhora com o bom futebol de Kaká, sem ter sido brilhante. Na 2ª etapa, curiosamente, apoiou de modo ostensivo a defesa ao marcar as descidas do lateral direito Daniel Alves. Outra boa atuação ficou por conta de Riccardo Montolivo.
O Barça caminha tranquilo para conquistar o primeiro lugar definitivo no grupo.
Sensações em suas ligas nacionais, Arsenal e Atlético Madrid vencem seus jogos na abertura da 2ª rodada da fase de grupos da UEFA Champions League e mostram que são fortes também na Europa.
GRUPO E
Steua Bucareste 0x4 Chelsea
Bucareste, Romênia
José Mourinho obtém sua primeira vitória continental após retorno ao Chelsea.
Ramires marcou duas vezes e Andre Schürrle saiu de campo como o melhor da partida.
Com o resultado, o Chelsea recupera-se do péssimo início na UCL quando perdera para o Basel em casa .
Basel 0x1 Schalke 04
Basileia, Suíça
O Basel estava empolgado com o começo promissor sobre o Chelsea na rodada anterior e foi a campo com o moral elevado, mas foi surpreendido pelo Schalke 04.
É bem verdade que os suíços perderam diversas oportunidades, especialmente com Marco Stretter.
A vitória dos visitantes se deu graças às grandes atuações de Julian Draxler (autor do gol aos 9 minutos do 2º tempo) à frente e Benedikt Höwedes na defesa, além do reforçado meio-campo reforçado pelo ex-milanista Kevin Prince Boateng.
O polonês Robert Lewandowski conduz o Dortmund a tranquila vitória sobre o Marseille no Signal Iduna Park ao marcar duas vezes perante sua torcida.
No final, o atacante ainda leva cartão vermelho. Jornada marcante de Lewandowski.
Destaques para as atuações de Marco Reus, Kevin Grosskreutz e Pierre Emerick Aubameyang.
Arsenal 2×0 Napoli
Londres, Inglaterra
Na partida mais aguardada do dia, os ótimos Arsenal e Napoli se enfrentaram para 60 mil fãs em Londres.
Se Aaron Ramsey, que teve bela atuação novamente, havia sido protagonista no último final de semana, desta vez as honras do espetáculo ficaram por conta de Mesut Özil, verdadeiro maestro Gunner e autor de belíssimo gol logo aos 8 minutos de jogo. Tudo isso sem mencionar participação fundamental no segundo gol anotado por Olivier Giroud.
Grande presente para o aniversário de 17 anos de comando técnico de Arsene Wenger no Arsenal.
Já a boa equipe do Napoli mostrou ter sentido o peso de jogar em Londres, além da ausência de Gonzalo Higuaín. Algo que o treinador Rafael Benítez tratou de minimizar ao afirmar que os primeiros 20 minutos da equipe campagnola foram para esquecer.
Em jogo apagado, apenas Hulk conseguiu ameaçar o gol de Heinz Lindner, mas sem êxito.
Empate que compromete as pretensões russas de classificação.
Porto 1×2 Atlético Madrid
Porto, Portugal
O Atleti de Diego Simeone mostra força também na Europa ao vencer o Porto como visitante e de virada.
O forte sistema defensivo da equipe madrilenha veio para ficar e o Porto teve sérias dificuldades para superá-lo, exceto pelo gol de Javi Martinez aos 16 minutos.
O 2º tempo mostrou um Atlético mais determinado e o empate chegou aos 58 minutos com gol do uruguaio Diego Godín.
No final, o Atlético ainda demonstrou o quanto tem trabalhado ao marcar após jogada ensaiada nascida de cobrança de falta. Lance que enganou a defesa portista e teve conclusão bem sucedida de Arda Turán.
Grande vitória dos espanhóis.
No Porto, o técnico Paulo Fonseca declarou ter achado o resultado injusto.
Dois gols tardios determinaram o empate em Amsterdã entre Ajax e Milan.
O Ajax começou dominando a partida. Daley Blind e Kolbeinn Sigthórsson perderam suas chances.
O Milan tinha dificuldades em manter a posse de bola e Viktor Fischer e Niklas Moisander também testaram Christian Abbiati.
Os italianos criaram suas chances somente no desenrolar na 2ª etapa com Riccardo Montolivo e Mario Balotelli, apagado na partida até então.
O gol do Ajax sairia aos 90 minutos com Stefano Denswil e, assim, tudo parecia definido a favor dos anfitriões.
Mas Mario Balotelli empatou o jogo aos 94 minutos em cobrança de penalidade.
Enquanto Frank De Boer tem uma equipe muito jovem em mãos dentro de um contexto de mercado onde a Holanda não consegue mais reter seus craques no país, o Milan possui grupo limitado para maiores pretensões.
Celtic 0x1 Barcelona
Glasgow, Escócia
Polêmica no Celtic Park de Glasgow que teve estopim em lance de expulsão do meia Scott Brown após falta em Neymar Jr.
Sem Lionel Messi, Gerardo Martino lançou Cesc Fábregas ao lado de Andres Iniesta, Xavi Hernández, Pedro Rodríguez e o próprio Neymar Jr.
O ex-santista recebeu muitas faltas ao chamar o drible e, em uma delas, Brown foi expulso ao, supostamente, agredir o adversário enquanto estava caído. A partir da expulsão, a torcida local passou a marcar o brasileiro através de vaias.
O gol da vitória saiu dos pés do próprio Neymar Jr. que lançou Alex Sanchez. O chileno efetuou cruzamento para Fábregas concluir de cabeça.
O Barcelona, mesmo sem Messi, é líder isolado do grupo.
Finalizado o período legal de transferências europeu e muitas foram as novidades de última hora na movimentação dos clubes para formação dos respectivos elencos visando as disputas já iniciadas da temporada 2013-2014, além das contratações já efetuadas previamente ao longo do período estival de férias no Velho Continente.
O mercado fechava as portas no último dia 3, segunda-feira (tardiamente, diga-se de passagem). Especulações voavam por todas as partes e, desde as compras milionárias, passando pelo grupo de jogadores insatisfeitos nos seus empregos, até os sem nenhum lugar ao sol onde estavam, enfim, todos se movimentavam às pressas para resolver a vida.
Iniciando com o esbanjador Real Madrid, que havia elegido o mais novo sonho de consumo: o galês Gareth Bale do Tottenham Hotspur. Digno de telenovela estilo dramalhão, a aquisição recorde do mercado da bola foi resolvida somente no apagar das luzes da janela de transferências e Bale transforma-se na grande esperança madridista de se tornar companheiro histórico de ataque do português Cristiano Ronaldo.
Já a vida de Ricardo Kaká, antigo objeto de desejo de Florentino Pérez que o tirou do Milan, nunca foi fácil como merengue.Para piorar as coisas, além de amargar a reserva durante quase todo o tempo em que esteve por Madri, não viu luz no fim do túnel sequer ao lado de Carlo Ancelotti (treinador do brasileiro no Milan campeão europeu de 2007). Para levar a vaca para o brejo em definitivo, Kaká viu nomes como o também ex-são-paulino e desacreditado Casemiro ganharem prestígio com o técnico italiano. Resumo da ópera: chega de esperar 2015, ano do término do vínculo contratual, a solução para Kaká foi forçar a situação e fazer o caminho de volta para o Milan. Resta agora saber como jogará no esquema tático de Massimiliano Allegri com Stephan El-Shaarawy e Mario Balotelli à frente.
Kaká era reserva de jogadores como o alemão Mesut Özil no Real Madrid, portanto a saída do brasileiro era lógica. Até certo ponto surpreendente foi a partida do próprio Özil, no último momento, e criticada por muitos em Madri e na Alemanha como o técnico da Seleção Joachim Löw o fez. Melhor para o Arsenal de Arsène Wenger, que possui justíssima fama de econômico no mercado da bola, e, finalmente, concretizou negociação de peso. Özil poderá ter papel preponderante em equipe que começou a temporada desacreditada, mas que recuperou-se a tempo e traz grandes esperanças aos torcedores Gunners.
Falando de times ingleses, esperava-se que o “lanterna” no quesito contratações seria o próprio Arsenal, mas parece que o troféu da categoria ficou por conta do poderoso Manchester United que, ao apagar das luzes, conseguiu apenas trazer o único bom reforço do belga Marouane Fellaini junto ao Everton.
O Everton ficou sem Fellaini e teve que se contentar com outro belga nos seus quadros para a temporada atual. Trata-se de Romelu Lukaku, ex-jogador do Chelsea, que pode ter decretado sua saída por empréstimo após perda de penalidade contra o Bayern na Supercopa da Europa.
Sim, o Chelsea, que trouxe de volta seu técnico ídolo, José Mourinho, e foi buscar o brasileiro Willian Borges da Silva, ex-Corinthians, que se destacara no Shakhtar Donetsk ucraniano com passagem pelo Anzhi russo.
Outro que saiu por falta de espaço como titular foi o alemão Mario Gómez que mudou-se em busca de ares renascentistas na Toscana ao assinar com a Fiorentina, um dos italianos que buscam exatamente um renascimento do futebol no país ao lado do Napoli, que supriu a saída do técnico Walter Mazzarri para a Internazionale com o espanhol Rafa Benítez e no ataque o franco-argentino Gonzalo Higuaín, outro debandado do Real Madrid.
Uns chegam e outros partem da Itália. Foi o caso de Kevin Prince Boateng que deixou o Milan e fechou com o Schalke 04 de Gelsenkirchen. Grande perda para os milanistas, ainda que Boateng tenha tido uma última temporada apagada.
E o Atlético Madrid, bem treinado pelo argentino Diego Simeone, foi buscar revelação holandesa do Ajax. Toby Alderweireld de 24 anos esteve a um passo do Liverpool, mas o clube inglês chegou atrasado na negociação bem sucedida dos espanhóis.
Agora é esperar e conferir quem acertou e quem errou nos reforços de elencos.