SELEÇÃO DA CBF PRECISA DE UM BALOTELLI

Mario Balotelli, como vocês já devem estar cansados de ler eu dizer por aqui: “é o maior ser humano vivo de nossos tempos” ou “um exemplo de ser humano”.

Sou fã declarado do cara, mas claro que há muito folclore em tudo isso. Muito por conta de suas origens, sua história de vida antes, mas sobretudo, do que ele faz com ela após sua entrada no mundo da pelota.

Bom de bola, boa praça, boa gente e com uma dose elevada de “porralouquice”. “Balota” ferve o sangue de uma seleção italiana que busca renovação tanto em idade, quanto em estilo de jogo. Sua recente expulsão e sua reação socando tudo ao descer para os vestiários mostra mais do que um jovem de temperamento explosivo, um cara com gana por vencer.

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Do time amarelo da CBF, a única referência que se aproxima disso está no banco e não joga: Luis Felipe Scolari. Não joga e também não é mais o mesmo de outros tempos. Dos que vão à campo, nenhum chega perto disso.

Do goleiro ao centroavante, a seleção da CBF é um amontoado de bons mocinhos. Tecnicamente até superior ao selecionado italiano, mas de uma passividade digna das plateias comedoras de coxinhas que andam acompanhando seus jogos.

Não tem cabeça de bagre no time de Felipão, mas exceto Neymar, todos os outros são bons e tão somente bons jogadores. Se o camisa 11 (agora10) não brilhar, como não vem brilhando, sobra pouco ou quase nada a se fazer, além de tocar a bola, buscar uma resolução tática que esse time ainda não tem.

E em situações como essa ou naquelas em que uma virada imediata de postura é necessária, um “porra louca” feito Balotelli faz toda a diferença. Muitas vezes mais até do que o primoroso técnico. Alguém que corra atrás de qualquer bola inalcançável, se mate em divida com adversário, corra além de suas condições, chore e sue sangue. Não de uma galera preocupada com os conselhos de seu media training.

Recordando em um passado não tão distante, basta ver que todas as seleções brasileiras das últimas Copas tiveram ao menos um “pavio curto” ou alguma liderança muito forte e de grande ascendência no grupo.

Essa seleção da CBF é um retrato fiel dos novos tempos que tentam emplacar por aqui. Um bom mocismo pra gringo ver e para brasileiros acostumados a um futebol visceral simplesmente esquecer.

 

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