PATO GARANTIU!

Em primeiro lugar, vamos falar do lance que não merece polêmica alguma, portanto desfaçamo-nos dela: foi pênalti. Fato é que geralmente o juiz deixa passar uma dessas. Hoje não deixou, e deu no que deu. Falaremos mais sobre isso logo adiante.

O Corinthians ganhou o jogo, mas não foi melhor em campo na maior parte dos noventa minutos. Tite optou por uma formação um pouco diferente do que vinha praticando anteriormente, quando ainda podia contar com Renato Augusto, em grande fase, mas que, lesionado e impedido de jogar por um longo período, hoje deu lugar a Romarinho, num esquema que deixou Danilo um pouco mais sozinho no meio de campo e Paulinho um pouco mais recuado na marcação. Eu preferia que Jorge Henrique fosse o titular, porque protege um pouco mais o meio de campo e tem mais raça. Romarinho é boa opção para o segundo tempo.

Boa opção mesmo foi a entrada de Pato no lugar de Guerrero, embora quem merecesse sair fosse o já citado Romarinho (que acabou cedendo o lugar a Edenilson no final) ou Sheik, também pouco produtivo (deu lugar a Jorge Henrique).

Bem mesmo começou o São Paulo, que abriu o placar com Jadson já no início, o que parecia ser o esboço de uma partida em que o Corinthians estava irreconhecível, parecendo cansado, desanimado. Sheik e Romarinho erraram muito. Muito bate e rebate no meio de campo. Objetividade nenhuma, e o Tricolor dominava. Exceção e menção honrosa para o zagueiro Gil, que vem surpreendendo sempre.

Tudo mudou no final do primeiro tempo, quando Danilo recebeu lançamento e chutou no ângulo, deixando Rogério sem chance de defender e mudando o ânimo alvinegro para o segundo tempo.

Antes do fatídico pênalti, outra falha de Ceni: Pato ajeitou de cabeça para Paulinho, o goleiro tricolor furou, mas se recuperou a tempo e evitou o gol.

Pato marcou o gol de pênalti e pediu silêncio à torcida rival.
Pato marcou o gol de pênalti e pediu silêncio à torcida rival.

Mas entre os ilustres naturais de Pato Branco em campo, levou a melhor o jovem atacante corintiano. Toloi e Edson Silva não se entenderam no lance, o primeiro recuou grotescamente a bola para o goleiro e Pato faria o gol, não fosse interrompido por Ceni, que alegou ter levado uma solada do atacante. Difícil de definir, mas ainda assim o mais lógico foi o que foi marcado: pênalti. Caberia um cartão vermelho, pelo fato do goleiro ser o último homem na marcação. Não teve. Teve o pênalti cobrado pelo próprio Pato, um sinal para a torcida adversária se calar e fim. Ney Franco tentou acertar as coisas colocando Wallysson e Douglas em campo, mas era tarde.

Em tempo: o recado de Pato era para torcedores que supostamente chamavam os corintianos de “assassinos”, pela tragédia em Oruro. A se confirmar isso, o “cale-se” foi mais do que justo.

Nesta semana, o São Paulo, em situação delicada na Libertadores, enfrentará o Strongest, na altitude de La Paz. O Corinthians, mais tranquilo, enfrenta o Millonarios em Bogotá.

E assim seguimos. Não foi um jogo brilhante. Mas foi uma vitória, e garantiu o lugar no G4.

Acho que o gol de Danilo merece ser visto, né? Merece:

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