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O FATOR NEYMAR

Assistir ao ótimo jogo brasileiro hoje diante da seleção panamenha só me deixou ainda mais convicto de uma coisa: Neymar é fora de série.

Fazendo essa desnecessária ressalva, concluo outro pensamento que trago comigo há algum tempo: O Brasil é bastante favorito ao título da Copa do Mundo por algumas situações: Joga em casa, tem bom time, sem falar do contexto político forte. Nada aqui de teorias conspiratórias, OK?

O mundial conta com outras seleções fortes. Alemanha, Espanha, Holanda, França. A Itália pela camisa de 4 toneladas. Mais abaixo a Argentina, por conta da disparidade entre setor defensivo fraco e um ofensivo memorável, que tem “somente” um Messi vestindo a camisa 10. E ainda menciono Inglaterra, Uruguai e Portugal. A Inglaterra pela geração renovada, com base no vice-campeão inglês Liverpool. O Uruguai pelo mais letal atacante da última temporada, Luis Suarez, ainda que este não chegue em suas melhores condições físicas. E Portugal por conta de CR7, o melhor do mundo, mas que não conta com cia tão gabaritada para acompanha-lo.

A Alemanha tem um conjunto brilhante. A Espanha manteve a base do time campeão em 2010, embora envelhecida. Holanda e França sempre trazem a desconfiança, mas contam também com times coesos da defesa ao ataque. Só que nenhuma dessas seleções tem um talento acima da média como tem o Brasil. E é em Neymar que reside o diferencial, mas também pode aparecer a problemática de Felipão.

Não desmereçam a seleção panamenha. A não ser que você não acompanhe tão de perto o que acontece no cenário da pelota. O Panamá esteve perto de disputar a repescagem da Copa até os 45 minutos do segundo tempo DO último jogo das eliminatórias e deixou a chance de fazer história escapar em um momento de apagão geral, tomando a virada dos estadunidenses e dando a chance para o México ir à repescagem.

Ainda assim a seleção brasileira deveria jogar como a favorita que é, muito embora tenha mostrado grandes dificuldades para armar jogadas no começo. Atuando lateralmente boa parte do jogo e com pouca inspiração no meio. Até que Neymar apareceu, voltou para armar o time, sem deixar de cumprir com a sua função – decidir.

O vasto Arsenal do garoto foi posto a mostra hoje. Gol de falta, rolinho, chapéu, passe de letra para o gol de Huck. Enfim, mostrou ao mundo o que tem a seleção brasileira e que nenhuma outra seleção do mundo tem, exceto Argentina e Portugal – genialidade. Só que a Argentina é deficitária no sistema defensivo e Portugal é praticamente apenas CR7.

É claro que uma má jornada de Neymar ou uma marcação implacável pode reduzir o poder de impacto do time de Felipão. Mas a perspectiva é muito boa.

Nada é certo nessa coisa de futebol. Mas com um time forte lhe dando condições, Neymar terá mais chances de brilhar que seus rivais. No que o Brasil só tem a ganhar.

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