O CORINTHIANS PÔS A MÃO NA TAÇA, MAS O PALMEIRAS PODE TIRÁ-LA NA ÚLTIMA RODADA.

O que estarão preparando os Deuses da bola para essas duas últimas rodadas do BR11?

Em 2009 quatro times chegaram a última rodada com chances de conquistar a taça. Em 2010 foram três. Número que volta a se repetir agora há duas rodadas do fim.

Corinthians, Vasco e Fluminense mantém vivas as esperanças, mas os dois últimos podem simplesmente se anular na próxima rodada, quando se enfrentam e onde apenas a vitória interessa.

A rodada desse final de semana foi intensa e colocou uma série de possibilidades baseadas nos interesses dos postulantes ao título e também de seus próximos adversários.

A vitória no sábado por 2X0 diante do Avaí fez o Vasco dormir na liderança, mandou o time catarinense para série B e colocou o Corinthians em alerta máximo contra um Galo de boa campanha no returno e já quase descompromissado com o campeonato.

Um empate era o suficiente para que o Atlético pudesse, enfim, ficar tranqüilo contra o rebaixamento e a proposta de jogo do técnico Cuca deixou isso muito evidente. O ferrolho armado com o volante Pierre atuando quase como um terceiro zagueiro não encontrava resistência por parte de um ofensivo, porém inofensivo Corinthians. Danilo era uma pálida presença em campo e Liedson, Sheik e William mal viam a cor da bola.

O jogo que não era bom, começou a ficar terrível para os donos da casa quando já na 2ª etapa o Galo abriu o placar, com Leo Silva.

O mau futebol corintiano atraiu o defensivo Atlético, que quase amplia o placar e o drama corintiano.
E então Tite enxergou o óbvio. Sacou o inoperante Danilo e colocou o agudo Alex, que mudou a cara do time de imediato.

Sacou William e mandou a campo Adriano. Em uma alteração contestada por todos pela “obviedade” do seis por meia dúzia. Mas não eram bem assim…

O empate saiu da cabeça do nanico Liedson, que aproveitou bom cruzamento de Alessandro e, no meio da alta zaga atleticana, trouxe alívio ao então novamente líder Corinthians.

Já eram 43 da 2ª etapa, quando Neto Berola perdeu bola besta no campo de ataque e Sheik conduziu a jogada em grande arrancada, Adriano abriu pela esquerda e recebeu bom passe e ainda que com pouco ângulo, algumas opções para passe dentro dá área, trocentos quilos a mais e nítida falta de ritmo, fez o que se espera de um centroavante: bateu a gol. Marcou o gol.

Um gol com cara de título. Um Corinthians que parece ter sido escolhido pelos Deuses da bola para levar a 5ª taça de brasileiro.

Um Corinthians que vê até mesmo o temor pela óbvia dificuldade em enfrentar o Figueirense na próxima rodada ser diminuída após acachapante derrota de 0X4 do Figueira contra um Fluminense ainda postulante ao título.

Com que cabeça chegará o Figueirense, que ainda depende apenas de si para conseguir a vaga à Libertadores, mas que para tanto terá que vencer um duelo que pode dar o título ao Corinthians?

Um Corinthians que tinha tudo para dormir muito mais tranqüilo, pelo menos até o término de um jogo que acontecia longe dali, mais precisamente na Bahia, quando o seu eterno maior rival enterrou de vez qualquer chance de rebaixamento ao vencer os donos da casa por 0X2 e convencendo de que a má fase de fato parece ter ficado para trás.

Com gols de Ricardo Bueno e Marcos Assunção e destacada atuação de Valdívia, o Palmeiras ao invés de chutar as bolas para o mato, tratou de mandar para lá qualquer chance de rebaixamento e agora se tornou o principal e mais tranqüilo fiel da balança pelo título e também para as últimas vagas para a Libertadores.

A 2ª vitória no returno veio depois de 10 rodadas sem conquistar os 3 pontos, mas de boas atuações nas últimas duas diante de Grêmio e Vasco da Gama.

O Palmeiras descompromissado, mas em paz com o seu jogo e por enquanto com a torcida e certamente com uma gorda compensação financeira, encara nas duas últimas rodadas os rivais São Paulo e Corinthians. Do primeiro pode tirar qualquer chance de classificação para a Libertadores.

E se o Corinthians não chegar a última rodada como campeão, terá de vencer ou pelo menos empatar contra o maior rival e maior asa negra entre os grandes com os quais duela.

Se a classificação aponta um distanciamento técnico entre os maiores rivais do país, a história que ambos constroem juntos e mesmo a ausência de um futebol mais convincente do Corinthians pode tornar um clássico de interesse de mão única em um dos maiores embates da história entre os dois gigantes.

Se para o Palmeiras não há mais pelo que brigar, para o palmeirense há pelo menos o que evitar: O título do maior rival e mandar as favas qualquer chacota alvinegra referente a entrega de faixas.

Tem tudo para serem épicas as duas últimas rodadas do BR11.

Despeço-me do feroz leitor com um petardo do Alice in Chains – Junkhead:

Cheers,

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