MÉRITOS DO BOCA E ARBITRAGEM PÍFIA ELIMINAM CORINTHIANS DA LIBERTADORES

Antes de falar de futebol, que é o mais importante, é preciso dizer: o Corinthians foi extremamente prejudicado pela péssima arbitragem do fraco e ultrapassado Carlos Amarilla. Ponto.

O malaco Boca Juniors, que não tem nada a ver com isso, foi armado de forma impecável (NOS DOIS JOGOS!) pelo campeoníssimo Carlos Bianchi, que veio ao Pacaembu com uma só proposta: catimbar e, sobretudo, não deixar os “donos da casa” jogarem. Conseguiu.

Disse durante a partida, nos canais do FFC, no facebook, que se existe uma coisa que times argentinos sabem fazer com maestria é catimbar. E mais uma vez isso se repetiu.

Nervoso (não sei porquê), o Corinthians não foi a equipe aplicada taticamente que nos acostumamos a ver nesta recente era vitoriosa regida sob a batuta do ótimo Tite. Pelo contrário.

Confundindo velocidade com afobação, o Timão errou passes que não são de costume, além de cair na provocação barata e previsível do adversário.

Riquelme, em uma lance que achei de pura sorte – mas a sorte é companheira imprescindível de quem é provido de talento, assim como tem acompanhado o próprio Corinthians – acertou um balaço no canto de Cássio. Golaço! 1 a 0 Boca. Pacaembu em silêncio? Não.

Outro ponto crucial do belo embate de ontem foi a torcida do Corinthians. Assim como as torcidas de Palmeiras e São Paulo entre outras, a Fiel deu um verdadeiro show nas lotadas arquibancadas do Paulo Machado de Carvalho. Um espetáculo digno de uma agremiação do tamanho do alvinegro: gigante!

Apoio não faltou. Pois enquanto Riquelme comemorava o gol que mais tarde seria o da classificação Xeneize, o ‘Bando de Loucos’ empurrava o ‘bando’ perdido que estava em campo a plenos pulmões.

O primeiro tempo acabou. Muitos estavam surpresos com o placar. Afinal, o mesmo entusiasmo e clima de oba-oba criado em cima do Palmeiras contra o Tijuana, guardadas as devidas proporções, fora criado em cima do Corinthians. Em contrapartida, poucos se lembravam que do outro lado era o Boca – por mais limitado, um dos maiores campeões da Libertadores – e não a novata e fraca equipe mexicana. Tradição conta muito em competições assim.

A segunda e decisiva etapa chegou e com ela Paulinho – um dos melhores jogadores em atividade do País – marcou o gol da esperança. Do “agora vai!”. Não foi.

Durante os 10 minutos iniciais da etapa final o Corinthians foi só pressão. Pato poderia ter mudado a história, mas se atrapalhou de forma bisonha na melhor chance corintiana na partida.

O Boca, por sua vez, fechou a casinha e segurou-se do jeito que deu. Do jeito argentino.

Ao juiz, infelizmente um dos principais protagonistas da partida, nota zero. Dois pênaltis não marcados, dois gols mal anulados. Corinthians eliminado. O rival Palmeiras, na quarta, do mesmo jeito. Gol mal anulado que poderia mudar o jogo.

Fato é que as arbitragens nesta e em outras Libertadores foram simplesmente desastrosas. E o pior: nos “acostumamos’ com elas.

Não seria a hora de mudar drasticamente? Ontem, após o jogo, uma velha discussão voltou à tona: a tecnologia no futebol. Acho que além deste artifício que, sem sombra de duvidas ajudaria muito, o principal objetivo é profissionalizar a arbitragem.

Inúmeras vezes prega-se a profissionalização dos clubes, porém o maior problema é o amadorismo da profissão do juiz, que mostra-se cada vez mais latente e, principalmente, incompetente. Até quando, nós, amantes do futebol, ficaremos discutindo erros grotescos de quem está ali somente para aquilo? É uma reflexão que vale a discussão. Que exige uma posição.

Ao Corinthians, vida que segue. A campanha, que tinha tudo para terminar com o Bi, ficou para, quem sabe, o ano que vem. Os comandados de Adenor agora têm o Paulistão, domingo. A Libertadores…esta, fica para depois. Nesta temporada, há também o Brasileirão, a Recopa contra o São Paulo e a Copa do Brasil. O trabalho continua.

Ao Boca, que teve seus méritos na conquista da vaga, o troco do ano passado foi dado. A classificação fora de casa confirma que Riquelme + Carlos Bianchi no time é sinônimo de sucesso.

4 thoughts on “MÉRITOS DO BOCA E ARBITRAGEM PÍFIA ELIMINAM CORINTHIANS DA LIBERTADORES”

  1. É triste ver seu time prejudicado por erros do juiz, é natural errar, mais grosseiramente, grotescamente, não da para aceitar. Ou coloca a tecnologia, ou profissionaliza.

    Não podem mais ocorrer erros desse nível!

  2. Talento, sorte, vento, bola, adiantado ou desprevenido…O boca levou, mas nao por meritos, corinthians foi ASSALTADO

    + tecnologia
    + Profissionalização

    Felipe, sensacional o texto.
    Abraço.

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