De olho no futuro

Quem acompanha a história recente do São Paulo Futebol Clube sabe que a idéia da diretoria é, em médio prazo, ser capaz de ter um plantel de bons jogadores vindos da base, montando um time competitivo, para ganhar campeonatos, sem fazer grandes gastos. Parcerias obscuras com empresas estranhas ao futebol e contratações bombásticas com cifras estratosféricas definitivamente não são a praia do Tricolor.

Tal iniciatica já vem rendendo frutos. Breno e Hernanes são dois exemplos que vemos por aí. O zagueiro foi vendido à Alemanha em 2007 por um valor que pagou todo o CT de Cotia, o “celeiro de craques” tricolor, e Hernanes já despertou a cobiça de clubes como Barcelona e Real Madrid. O próprio Barça fez uma oferta pelo craque, no valor de US$ 14 milhões, prontamente recusada pela diretoria por ser um valor muito abaixo do pedido.

Austeridade fiscal e ponderação nas contratações parecem ser a tônica que rege no Morumbi. Além disso, um forte trabalho de planejamento desde as ligas de base.

Escrevo tudo isso motivado pela escalação do time que enfrentará hoje o Atlético Paranaense pela Copa Sul-Americana. Sérgio Mota, maior destaque na Copa São Paulo de Juniores de 2007, da mesma safra de Breno, hoje será titular. No banco estará outro moleque, Oscar, de 16 anos, que arrebentou na Juniores desse ano. Além desses dois, Aislan, Alex Cazumba e Mazola devem ser titulares. Todos moleques, recém-saídos de Cotia.

A idéia de Muricy é que, já que a Sul-Americana não é vista como algo tão cobiçado pela diretoria, o que vier é lucro. Em campo, os meninos já começam a ser preparados para jogar partidas oficiais mais importantes no futuro. Se o São Paulo passar de fase, a molecada já começa a ganhar milhagem em partidas internacionais.

Do jeito que está, o futuro do São Paulo parece ser promissor. Quem viu esses meninos jogarem garante que naquele mato tem coelho.

Resta esperar para ver.