La Mano de Dios – A crise mundial e a perspectiva dos clubes brasileiros


A crise mundial e a perspectiva dos clubes brasileiros

Não é novidade para ninguém que essa crise econômica que assola o mundo chegou ao futebol. Grande parte dos grandes clubes europeus está nas mãos de investidores, sendo apenas mais uma ramificação dos negócios desses senhores. Alguns ainda demonstram amor pelo time que possuem, como é o caso de Berlusconi no Milan, mas na Inglaterra, atualmente o maior mercado do futebol, nem isso. Roman Abramovich, o sheik de Abu Dabi e muitos outros donos de grandes clubes não são torcedores apaixonados que resolveram investir nos times de seus corações. Essas figuras são homens de negócios e veem o futebol como mais um empreendimento para capitalizar suas já imensas fortunas.

Com a crise que se agrava a cada dia, nem esses megamilionários saíram ilesos. Especula-se que Abramovich perdeu 18 bilhões de euros em uma semana de jogadas erradas na bolsa, por exemplo. Sendo assim, algumas torneiras que antes jorravam dólares começaram a se fechar, e a perspectiva de contratações nessa janela de transferências não é das melhores para os times europeus.

É aí que entra o futebol brasileiro. Há algum tempo, a venda de jogadores para o exterior não é mais um meio, e sim o fim para que clubes do Brasil fechem as contas no azul. Grandes times como Cruzeiro e Internacional não escondem que precisam fazer pelo menos um grande negócio por ano para capitalizar recursos. Porém, com o cenário internacional, esses grandes negócios estão cada vez mais escassos.

O Inter vai começar o ano com Alex, Nilmar e D’Alessandro. O São Paulo vai ter Miranda e Hernanes. Keirrisson não foi para a Europa, e sim para o Palmeiras. Tudo leva a crer que os campeonatos estaduais estarão repletos de grandes jogadores, o que é ótimo para o futebol nacional. Mas aí fica a pergunta: sem a venda desses fora-de-série, de onde os times irão tirar dinheiro?

Da mesma forma que economistas já afirmaram que essa crise deve ser vista como o ponto zero para uma nova organização econômica global, os times brasileiros deveriam vê-la como o momento para se pensar em novas formas de acertar suas contas…

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