EM MEIO COPA E SUAS HISTÓRIAS ENFADONHAS, O BR11, O TRIO D EFERRO E UMA EXACERBADA ALVIVERDE.

O Brasileirão 2011 teve início em meio a todo o turbilhão de polêmicas em torno dos pseudo- estádios de nossa infelizmente certa Copa em 2014. Muita cortina de fumaça, muitas datas jogadas aos ventos, muitos atrasos, muitas mentiras, muitas e enormes cifras. Há também as acusações de pagamento de propina por parte de Ricardinho Teixeira e de Havelange, envolvendo também a cúpula da Fifa e toda aquela centelha de pessoas “idôneas” que comandam o planeta bola.

O pobre BR11 parece ficar de escanteio em meio a tudo isso. Mas ele também tem suas polêmicas. A janela de transferência internacional e o pedido de alguns clubes para que seja feita alteração dessa data, tendo em vista a possibilidade de já utilizar jogadores contratados, mas que só poderiam estrear em agosto. Não deveria, mas parece que a solicitação será acatada. Claro que para todos. Mas obviamente para beneficiar uns e outros.

Mas não quero falar de polêmicas e confusões de bastidores. Quero falar sobre minhas expectativas dentro de campo. Sobre situações que sei, serão vividas e sentidas até o final do ano.

Não vou falar sobre condição técnica de times, sobre quem é favorito ao título ou a queda. Vou falar sobre o que eu quero que aconteça. É como se fosse o meu pedido de natal, ainda em maio.

Quero revitalização do futebol paulista. Quero as rivalidades tinindo ao máximo de suas freqüências. Quero todo mundo forte como hoje está forte o Santos.

Palmeiras, Corinthians e São Paulo começaram bem, com vitórias importantes. Mas estão bem o suficiente para terminar como começaram?

Acho que caminharão bem. Como se sabe, os elencos mudam demais ao longo do campeonato.

O São Paulo é cantado por muitos como sendo um elenco numeroso, o que em torneios de pontos corridos pode ser determinante. Numeroso sim, mas de qualidade?

Já se sabe que sem Lucas a acefalia toma conta. Rivaldo quer jogar, mas Carpa não quer deixar, e mesmo que deixe, terá o veterano condições de qualificar o time da maneira necessária?

Alex Silva foi dispensado. Miranda sai ao final de julho. A zaga titular vai para o espaço ainda no 1º turno. Reza a lenda que Lugano pode voltar.

No Corinthians, apesar da boa vitória contra o horroroso Grêmio, o time atual é fraco, não tem nenhuma grande referência técnica. Mas terá. Alex já fechou. Sheik, desde que inteiro, é ótimo jogador. Cristian fica no chove e não molha, mas se voltar pode formar um meio campo de respeito. É outro time que em breve será completamente diferente – e para melhor. O elenco ainda assim é reduzido. Mas prefiro um time qualificado a um elenco meramente numeroso.

E o Palmeiras que é a maior das incógnitas. O fervor dos bastidores que sempre abalam o time de um modo que não se vê em nenhum outro clube, continua fervilhando as cabeças de todos por lá. Quando não é a Arena Palestra e os pseudo palmeirenses que tentam melar tudo o que é em benefício ao clube, são os personagens que deveriam acalmar as coisas em campo que entram em rota de colisão. Noitadas, lesões, twitteres, entrevistas dadas em off sem o devido pedido para que assim permanecesse.

Sem Valdívia, a salvação da lavoura é com Kleber. Foi assim na estréia, mas sabemos que não dá e nem pode ser sempre assim. Também sabedores disso, Felipão e direção correm atrás para dar mais força ao time. Com a sáida de Danilo, Thiago Heleno pode ganhar a companhia de Henrique. Uma troca na qual o time saira ganhado evidentemente. Se Valdívia não se decide se quer ser determinante ou só mais um na história alviverde, os argentinos Martinuccio e Fabbro devem chegar cheios de vontade em ser o que o Mago não tem com seguido ser. Além desses, Maikon Leite já contratado no início do ano chega ao final de julho.

Com a consistência tática que Felipão já deu ao time, se qualificá-lo da maneira devida e como se apresenta, pode ser sim um Palmeiras diferente – para melhor.

E precisa ser. Não apenas pelo torcedor da arquibancada, do radinho, do sofá, que merecem ver o time voltar a ter o brilho verde que sua história lhe compete ter. Mas também pelo torcedor do gramado, que ao final do ano irá se juntar aos outros citados.

Já escrevi aqui há algum tempo. O fim da carreira do goleiro Marcos será com certeza um dos momentos mais tristes de minha vida de torcedor. Meu maior ídolo dos gramados, o único santo para o qual eu rezo direcionando a palavra, a personificação do torcedor palmeirense revestido de atleta. Tudo o que prezo e dignifico em um cidadão alviverde eu encontro em São Marcos.

Marcão não merece levar 6. Merece erguer taça. Merece terminar a carreira com taça. Merece terminar em alta. No alto, como sempre esteve. O melhor goleiro que vi jogar. Seja no BR11 ou na Sulamericana. O fim de ano do Palmeiras precisa ter título. Por Ele (clube) , por Ele (Marcos) e por nós.

Despeço-me dos ferozes ao som dos Beatles – Revolution

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Cheers,

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