SULAMERICANA É O OBJETIVO

Texto: João Paulo Tozo

Enquanto o Palmeiras sonha com o retorno do meia Alex para a temporada 2011, na atual temporada o time praticamente despediu-se das chances de brigar pela vaga na próxima Libertadores através do Brasileirão.

Sejamos francos. Mesmo que vencesse ontem e chegasse aos 50 pontos, a classificação dentro do G3 já era bem pouco provável. Mesmo que matematicamente ainda possa acontecer. O G4 é hipotético e é exatamente pela possibilidade dele próprio colocar essa 4ª vaga no bolso através da Sulamericana, onde, por outro lado, tem todas as chances e é apontado como favorito (ou um deles). Então Felipão já deu o recado: Vai poupar jogadores contra o Guarani já na próxima rodada.

Que assim seja!

Na partida de ontem pelo Brasileirão, um 1º tempo muito bom. Incrível como Palmeiras e Atlético PR sempre encaixam bons jogos, sobretudo na Arena.

Mas as deficiências de elenco de ambos já eram flagrantes.

Sem Kleber e Valdívia, Felipão mandou Lincoln na armação e apostou na dupla Luan e Tadeu – muito pouco para um time como o Palmeiras. Mas na base da empolgação e nas boas tramas pelo meio o time chegava.

Mas perigo mesmo quem levou foi o Furacão. Só que aí a grande fase de Deola foi mais uma vez notória. O goleiraço, que começa a pavimentar a sua possível longa trajetória como titular alviverde, só foi vencido quando Nieto acertou um canudo, no ângulo e dentro da pequena área, já nos minutos finais da partida. Antes os donos da casa haviam tentado todo tipo de disparo, mas sem sucesso contra o ótimo sucessor de São Marcos.

Antes, ainda na 1ª etapa, o juiz Wallace Nascimento e os auxiliares Dibert Pedrosa e Fabiano Silva tiveram tempo suficiente para voltar a dar razão as reclamação do planeta bola em relação ao péssimo e lamentável momento da arbitragem nacional. 1º com gol de Tadeu mal anulado e depois com um de Paulo Baier, também muitíssimo mal anulado.

Afastá-los como fizeram com o arbitro de Cruzeiro e São Paulo vai adiantar? Vai nada!

No lugar entra outro com as mesmas deficiências. A mudança tem que acontecer lá em cima, em quem manda e forma esses árbitros. Mas lá ninguém é suspenso.

Voltando ao jogo e já ao 2º tempo. A impressão foi de que só os donos da casa acreditavam na possibilidade de ainda brigar por algo na competição. De fato, para eles, só sobrou a remota esperança via BR10.

Mas o Verdão voltou apático. Lincoln mostrou sua recorrente omissão, enquanto Luan e Tadeu tropeçavam nas próprias pernas. Sem faltas cometidas próximas da área atleticana para um possível petardo certeiro de Assunção, o time de Felipão sucumbiu a pressão quase que por osmose do Atlético e não fosse pela fase fantástica de Deola e pela dura marcação da natureza em cima, principalmente de Iván González, e o placar poderia ter sido mais elástico pelo que foi a 2ª etapa.

Com Valdívia e Kleber em campo o Palmeiras é outro. É aquele que encaixou uma sequencia de 9 jogos de invencibilidade. Agora pode contar com o retorno de Everthon, que bem ou mal é muito superior a Luan, por exemplo.

Que Felipão deixe de lado o entrevero com a imprensa e foque todas as ações do time na Sulamericana. Discussãozinha com imprensa é coisa de Dunga e do time da CBF. E nós sabemos bem no que isso deu. Felipão sabe também. Mestre que é, saberá dar ao time a característica brigadora que uma competição mata-mata como a Sulamericana necessita ter.

Que venha a Sulamericana e a vaga à Libertadores através dela.

Vou me despedindo do feroz que me acompanha ao som do Muse – Undisclosed Desire

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