CHAMEM O STEPHEN HAWKING!

O palmeirense que aprendeu a fazer contas tem muito que lamentar. Ter a sapiência para interpretá-los hoje é quase um tapa na própria alma.

Estão nos ingratos números que a classificação aponta e os futuros que a tabela projeta, a infeliz certeza de que o ano de 2012 caminha, de fato, para uma catástrofe ao seu término.

Tendo fim de mundo ou não, o mundo alviverde caminha para ruir.

Em 2011 o time brigou até as últimas rodadas contra o rebaixamento e se safou por ter tido um 1º turno muito bom, quando com 32 pontos ainda sonhava até com Libertadores.

E se o cenário com 32 pontos nos mostra que houve temor com rebaixamento, o que dizer de agora que o time conta com somente 16 pontos na 20ª rodada, tendo ainda 12 derrotas e somente 4 vitórias?

Pior do que os números é o futebol do time. E não adianta diminuir a Portuguesa para achincalhar o alviverde. A Lusa mostrou que não foi a toa a invencibilidade nos 8 jogos da era Geninho. A derrota ante a Ponte Preta não pode de jeito algum diminuir esse feito e o massacre contra o Palmeiras foi prova disso.

E foi massacre sim. No placar, mas sobretudo em campo. O amplo domínio lusitano mostrou o atual estado de fragilidade do time de Felipão, mas também o bom trabalho de Geninho, que resgatou um time destruído após o rebaixamento no Paulistão. Dando mais indícios de que a janela de bom futebol do Palmeiras na Copa do Brasil é que foi atípica.

Hoje o time voltou a jogar o que apresentava no 1º semestre. Até mostra vontade e dedicação, mas falta qualidade. Em um campeonato longo como BR12, um Henrique e um Barcos não fazem verão.

Os números são ingratos, mas o futebol é mais ainda. Desde 1914 não se delineava um caminho tão certo ruma à série B. Nem mesmo em 2002, quando o time ainda chegou vivo à última rodada.

O Palmeiras é um Buraco Negro que destrói apenas a sí próprio. Seu perfil autodestrutivo é algo a ser estudado por Stephen Hawking.

Quando a temporada anunciava mais uma vez um Palmeiras coadjuvante, surgiu o título da Copa do Brasil e então a aura do alviverde imponente recolocou sobre os ombros do clube a expectativa do protagonismo. Planejamentos para um grande time em 2013, bicampeonato da Libertadores e demais argumentos superlativos reapareceram no cotidiano antes combalido.

Parece que os ombros não agüentaram e voltaram a sucumbir. Pior ainda. Parecem ceder degraus adentro na mediocridade outrora demonstrada.

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