Todos os posts de Márcio Viana

Formado em Jornalismo, com pós-graduação nas áreas de Gestão Estratégica do Conhecimento e da Inovação, Gerência de Sistemas e Serviços de Informação e Gestão de Documentos de Arquivo. Trabalha com Gestão da Informação e de Documentos. Ferrenho defensor da tese de que dá pra citar Beatles em qualquer contexto. Torcedor do Sport Club Corinthians Paulista e frequentador eventual de jogos, especialmente no Pacaembu. Tem alguns instrumentos musicais juntando poeira em casa, e toca mal todos eles. Assina a coluna Futecore e eventualmente as colunas Ferozes Musical Clube e Golden Goal.

Guest post: “Respeitem o Derby”, por Raphael Prado

Às vésperas de mais um dérbi, o Ferozes FC abre espaço para que o convidado Raphael Prado expresse sua opinião sobre este que é para muitos o maior clássico do futebol brasileiro, quiçá mundial. 🙂

“Respeitem o Derby”, por Raphael Prado

Logo após a derrota nos penais pela semi final do Paulistão dei uma passada rápida por uma rede social e o que mais me deixou puto não foram as brincadeiras dos rivais, até porque eles ganharam e tão na deles e com todo direito devem comemorar e brincar sim, afinal é essa a parte gostosa do futebol, aquele que venceu tirar o sarro maior rival.

O que me deixou puto foi a atitude de menosprezar o a importância do jogo, dizer que não vale nada, que é “só” um “paulistinha”. Claro que se analisar a importância por exemplo de exposição na mídia, divulgação das marcas e até mesmo prêmio em dinheiro, o campeonato paulista tem um peso menor em relação a Libertadores, até porque acho os campeonatos estaduais nos formatos atuais bem chatos, jogos inúteis, 4 meses praticamente jogados fora e que no final acaba sendo um termômetro mentiroso, pois nem sempre os finalistas fazem bonito no campeonato nacional.

O que eu tô defendendo é o Derby, o clássico mais importante do ano independente do campeonato, da circunstância ou de qualquer outra coisa. Não importa quem está melhor colocado na tabela de classificação, não importa se o trio de ataque é “Huguinho, Zézinho e Luizinho” ou “Messi, Ronaldo e Tevez”, não tem importância favoritismo ou  o estádio (ou arena) em que será o clássico.

No Derby não se poupa jogadores, não se escolhe o torneio, não se vê momento esportivo, político, financeiro e social. Há de se respeitar o Derby, sua historia, seus torcedores e seu rival.

Mesmo que os outros times grande do estado estejam num melhor momento que que nossos rivais e por conta disso brigam para serem considerados nossos rivais sou obrigado a falar que só existe um clássico possível, só há uma rivalidade possível, o resto jogo contra outros times grandes.

A imagem abaixo retrata toda tensão que o clássico provoca em mim.

A LIÇÃO DE CASA DE TITE

Há quem diga que o Corinthians de 2015 nada mais é de que a continuidade de um trabalho iniciado por Mano Menezes, que culminou no acesso à primeira fase da Copa Libertadores. Eu discordo.

Embora não dê pra culpar Mano totalmente, e nem tirar-lhe o mérito de uma razoável posição no campeonato brasileiro no último ano, sua segunda passagem pelo clube foi desastrosa. Havia sobre si e sobre seus comandados um ar de apatia, de “tanto faz”, de prazo de validade vencido.

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Posto isso, o Tite que retornou ao Timão para sua terceira vez como treinador não é o mesmo que deixou o clube antes da volta de Mano. Com a premissa de estudar, se atualizar (e uma ambição frustrada de chegar à Seleção), Adenor cumpriu o que prometeu. Estudou, conversou com treinadores renomados, visitou instalações, analisou treinamentos e táticas.

O significado e o resultado disso podem ser exemplificados na partida contra o São Paulo, na Arena Corinthians, pela Libertadores. Elias e Jadson, autores dos gols da partida, não são nem de longe os mesmos de 2014. O primeiro finalmente voltou a ser um jogador decisivo e importante dentro do esquema. Sabe-se lá por que, vinha jogando recuado. Agora voltou a ser o jogador que chega de surpresa, escapa da marcação e não desperdiça oportunidades. Jadson, que voltou à titularidade depois da saída de Lodeiro (que convenhamos, não se adaptou e não jogou uma só partida de destaque), parece ter ganho uma injeção de ânimo, e, dividindo o meio de campo com um Renato Augusto enfim livre das sucessivas lesões, vem ajudando a formar um time com bom toque de bola e inteligência. E ainda há Danilo, talvez o melhor reserva em atividade no futebol brasileiro. Curioso pensar que, em tempos em que é praxe o jogador de futebol chiar por estar no banco, nunca vimos Danilo reclamando de absolutamente nada. Isso poderia soar como menosprezo, apatia, não fosse o fato de que o meia é quase sempre certeiro e voluntarioso quando entra em campo.

Se você, caro leitor, pesquisar meus textos aqui neste espaço, frequentemente encontrará a expressão “dar a mão à palmatória”, referindo-se à necessidade de admitir as boas decisões de Tite, que culminaram em alguns títulos. Pois bem: eu, que era relutante quanto à volta do treinador, estendo minhas mãos novamente.

Um último apontamento: no jogo, nem foi necessário colocar Vagner Love em campo, e Guerrero pode até ter feito falta em algumas finalizações, mas o time não sentiu tanto esta ausência. Acho que seus empresários vão precisar caprichar na próxima proposta.

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Neste 19 de fevereiro, nosso ídolo Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira completaria 61 anos. Sempre vai faltar o Doutor.

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BLUR ANUNCIA NOVO ÁLBUM!

Eis que surge a informação de que o Blur lançará novo álbum em 2015, após um hiato de 12 anos sem lançamentos. O sucessor de Think Tank, de 2003, irá se chamar The Magic Whip, e tem previsão de lançamento para 27 de abril.

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Confira abaixo a tracklist do álbum:

01. Lonesome Street
02. New World Towers
03. Go Out
04. Ice Cream Man
05. Thought I Was A Spaceman
06. I Broadcast
07. My Terracotta Heart
08. There Are Too Many Of Us
09. Ghost Ship
10. Pyongyang
11. Ong Ong
12. Mirrorball

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O primeiro single do disco já está disponível para streaming, e você pode ouvir aqui:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Sp1ks7PTzng[/youtube]

 

 

O ‘VOLTA TITE’ SEM ‘VOLTA TITE’

Nunca fui defensor da demissão de um treinador antes da conclusão de um trabalho. Além do fato de gerar uma multa rescisória que onera os cofres do clube, tira a chance de colocar as coisas nos eixos, que é uma possibilidade em muitos casos. Foi assim quando, bancado pelo à época presidente Andres Sanchez, Tite foi mantido no cargo, mesmo após a vergonhosa e emblemática derrota para o Tolima na pré-Libertadores em 2011. Com a manutenção, o treinador foi capaz de trabalhar e lapidar uma equipe que ganhou quase tudo que disputou, tornando-o o treinador mais vitorioso da história do clube.

Não é o caso do Corinthians atual. O substituto e antecessor de Tite, Mano Menezes, vem fazendo uma campanha medíocre, em que o time alterna atuações que dão pro gasto e derrotas para times que não vêm fazendo campanhas exatamente primorosas.

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¯\_(ツ)_/¯

Exceção para o Atlético Mineiro, time que vem bem organizado por Levir Culpi, conforme bem observou João Paulo Tozo em sua postagem ‘Galo Doido’ (clique aqui para ler). Num jogo que parecia fadado a garantir o acesso do Corinthians às semifinais da Copa do Brasil, já que havia uma vantagem garantida no jogo de ida, em sua Arena, o alvinegro paulista caiu no Mineirão. Cometendo todos os erros possíveis, mesmo com a disposição e a luta de um extremamente dedicado Guerrero, que abriu o placar, e saiu de campo aos prantos, vendo os colegas cederem uma inacreditável derrota.

Sem citar individualmente os jogadores, há uma vulnerabilidade técnica impressionante no Corinthians. Isso se demonstra na repetitiva e nauseante forma de atuar sempre que abre o placar: o time recua todo, abdica de ir ao campo de ataque, e mesmo assim não consegue se defender como pensa que consegue.

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Seria mesmo o momento de pedir a volta de Tite?

Em meio às especulações acerca da continuidade de Mano à frente do time (a direção se apressou em avisar que nada muda, mas você acredita na palavra de dirigentes de futebol?), é natural que se recorra ao nome do treinador dos mais recentes sucessos do clube, que não trabalhou em lugar algum depois de sua saída, e sempre tem seu nome especulado por setores da imprensa e até por alguns torcedores, saudosos dos bons momentos de dois anos atrás.

Cabe lembrar, porém, que os últimos meses de trabalho de Tite pelo Corinthians não eram muito diferentes dos atuais e pífios momentos. Ainda que eu acredite e valorize muito seu trabalho, não gostaria que ele fosse pensado como única opção para ‘salvar’ o time. Até porque não há tempo para isso agora, nem acho que alguém possa fazer isso sem contar com uma reformulação do elenco que precisa ser iniciada muito em breve.

Pois bem, voltando ao que disse no primeiro parágrafo, refaço minha opinião a respeito da manutenção de Mano no comando, e não vejo mais como possa motivar esta equipe, muito diferente da unidade que havia anteriormente.

Então, caso a queda seja consumada, a possibilidade é que Sylvinho, ex-lateral esquerdo vencedor, e auxiliar técnico do clube, assuma o comando interinamente e conduza a equipe até o final do ano. Depois seria a hora de escolher um novo treinador. Como no título desta postagem, acho que não é hora de revival, levando em conta o desastre que foi este atual. Deixa Tite continuar estudando o futebol e vamos pensar em novos nomes. Sugestões?

P.S.: Será que o Mano vai dançar?[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=tlqSmgFEATs[/youtube]