“Aqui estou mais um dia…”

Adriano é um jogador caro. Há muito tempo. Mas aqui não me refiro ao fato de ter um alto salário. Pelo menos não só isso. Outro ingrediente nesta receita é o trabalho que ele dá para os profissionais do clube, que têm de se empenhar em dobro para tentar deixa-lo em condições de jogo. E como têm fracassado estes profissionais…

Adriano fez três gols. No treino.

Mas o Corinthians sabia deste preço. E resolveu pagar pra ver. E viu. Viu o mesmo Adriano que passou em branco pela Roma. O mesmo que sempre colecionou problemas por onde passou. Que sempre foi adorador da noite e de suas baladas (o que não seria nada de mau, desde que cumprisse suas obrigações no clube).

Agora, o Corinthians resolveu tentar enquadrar o antigamente chamado Imperador. Sob um suposto regime de monitoramento, o clube quer acompanhar todos os passos do jogador, mantendo-o sob suas rédeas, controlando sua alimentação e seus exercícios.

Mas o fato é que o jogador não quer. Pode até adotar discurso de esforçado, de quem vai lutar para recuperar seu futebol, mas é balela. Na real, já existe o “namoro” entre Adriano e seu antigo clube, a presidente Patrícia Amorim já disse que vai estudar com carinho a possibilidade de ter o jogador de volta, e parte da torcida sonha com o retorno do “Império do Amor”, completado pelo recém-repatriado Wagner Love e reforçado pela presença de Ronaldinho Gaúcho (que se empenhará ao máximo assim que se confirmar o depósito dos salários atrasados em sua conta). Todos os três adeptos de uma boa balada. Os donos de casas noturnas cariocas esfregam as mãos. Mesmo assim, o Timão ainda sonha em inserí-lo na lista de atletas que disputarão a Libertadores 2012.

No último coletivo, dizem que Adriano empolgou, marcando três gols. Não me animo. É muito complicado saber o que pode sair disso. Continuo achando que o melhor seria a rescisão amigável. Bom para Adriano, melhor para o Corinthians.

Corinthians que – com ou sem Adriano – parece sem vontade no Campeonato Paulista. Após abrir o placar contra o Mogi Mirim, jogou um futebol sem o menor brilho, cedendo o empate no final do jogo, numa falha do goleiro Julio César, que por mais que tenha muitos bons momentos a serem lembrados em sua carreira, também erra muito em momentos importantes.

Erros que não podem acontecer no clássico contra o São Paulo, domingo no Pacaembu, porque há um tabu a ser mantido. Clássico que pode marcar a reestreia do meia Douglas, que já se apresentou e está à disposição de Tite. Deve entrar no decorrer do jogo, provavelmente.

Douglas voltou a vestir o manto alvinegro. A camisa 10 ele diz que deixa para Adriano.

Pra vocês, The Black Keys, com “Lonely boy”. Abraços.

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