AINDA HÁ QUEM QUEIRA A CABEÇA DO ADENOR

Salvo o insosso Santos, que alugou posição no meio da tabela e por lá deverá ficar, impávido e colosso até o final deste BR13, o único clube Paulista digno de nota é a Portuguesa. Campanha extraordinária de recuperação com o 3º melhor aproveitamento do 2º turno dentre os 20 times da séria A. O inverso ocorre com o Corinthians, em franca decadência e distante de qualquer tentativa em se cogitar brigar por G4 ou algo que o dignifique em 2013. Pelo contrário, a tônica deverá ser cada vez mais a luta para não entrar em rota de colisão com os times que lutam contra o rebaixamento.

Diante deste cenário, me parecia normal a crença em uma vitória lusitana diante do alvinegro paulistano no clássico do último domingo. O que não justifica a dimensão da derrota.

O que explica a recuperação da Lusa e a derrocada corintiana?

Ouvi um amigo comentar que o elenco da Lusa conta com jogadores cascudos, já habituados a situações de adversidade. Mas é também formado por cascudos o elenco corintiano, não? E mais, são cascudos muito mais gabaritados, com vencimentos além da imaginação de qualquer jogador rubro verde.

Então foi a saída de Paulinho que determinou o momento do time de Tite?

Oras, não me parece certo imaginar que um segundo volante, ainda que acima da média, pudesse ser o fator determinante em fazer de um time ir de campeão de Libertadores para postulante a briga contra o Z4. Não pode ser apenas isso.

Parece-me sim que os cascudos da Lusa entram em cada partida como se fosse a última, a final de uma Libertadores que parece ainda ser fonte de alimentação de uma possível soberba alvinegra.

Uma soberba sustentada por dois atacantes de seleção (brasileira e peruana), ao custo de milhões de euros que não são revertidos em gols (o plural em “gols” foi bondade minha). Mas, mais que isso, pela ausência completa de jogadores tecnicamente acima da média (e compromissados) em que se possa confiar a bola do jogo de qualquer jogo.  Era este homem o “todo campista” (termo cunhado por Mauro Beting) Paulinho, para quem o time sistematicamente trabalhava para brilhar.

Deveria ser Renato Augusto, a quem eu credito técnica ainda mais refinada que a do saudoso camisa 8. Mas este vive no estaleiro. Não sobra absolutamente ninguém. O que evidencia ainda mais os méritos de Tite nos êxitos de 2011 e 2012, quando trabalhou basicamente com este mesmo elenco e fez dele um time campeão, ainda que sem grandes brilhos técnicos.

E ainda há quem queira a cabeça do Adenor…

adenor

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