Time de Mano decepcionou.

A PASSO LENTO

Pois bem, meus caros,

Depois de algumas mudanças e a incerta sensação de que as coisas poderiam melhorar, a realidade entrou de sola: pouco mudou no Corinthians. Não vou aqui fazer o papel da viúva, clamar pela volta de Adenor, tampouco irei pedir a cabeça de Mano Menezes, recém-chegado para sua segunda jornada à frente do Timão. O trabalho está no início, e agora já se sabe que será árduo.

Primeiramente, há um caso aparentemente sério a ser tratado na parte de preparação física. O mesmo clube que supostamente recuperou Alexandre Pato, hoje em boas condições físicas, embora não tão bem na parte técnica, não conseguiu fazer experientes jogadores, alguns campeões mundiais, acompanharem a correria da nova geração de meninos da Vila, alguns até estreantes no clássico.

Acontece que a apatia contaminou todos os jogadores do Corinthians. Desde o bom goleiro Walter até o ontem apenas esforçado, mas pouco produtivo Paolo Guerrero, passando por Guilherme, que fez um golaço. Infelizmente, para o panorama da partida, um golaço foi muito pouco. Na lateral, no lugar do negociado Edenilson e o ainda impossibilitado de estrear Fagner, atuou Diego Macedo, o qual precisamos descobrir em que posição joga. Talvez seja um fenômeno em alguma posição. Como lateral é um fiasco. A maioria das jogadas do Santos passou pelo seu lado. Mas não quero focar apenas em um jogador. Como eu disse, o time todo pareceu não exatamente desligado, mas sem energia para alcançar os jogadores santistas, não apenas os jovens, mas também os experientes Thiago Ribeiro e Arouca (este, que já esteve em situação de ser visto como moeda de troca, e que eu adoraria ver jogando pelo meu time). Arouca inclusive foi quem abriu o placar, após rebote.

Há quem diga que o revelado e admitido atraso em pagamentos a jogadores seria o responsável pela carga extra que pesou as pernas dos jogadores e fez com que todos ficassem desatentos quanto ao tempo de bola. É uma hipótese. Aceitável? Não sei.

Por fim, não posso encerrar sem algumas palavras sobre Alexandre Pato, a quem até depositei alguma esperança de gols desde que chegou ao Corinthians. Não vai mais dar certo. A estratégia a ser adotada é a de redução de danos. Negociar por valor inferior ao que pagou pode ser a solução. Não vejo modo de recuperar o que foi gasto (veja bem: ‘gasto’, não ‘investido’). Há rumores de um pedido de empréstimo sem custos pela Juventus. Eu emprestaria. Ao menos para livrar os cofres dos salários a serem pagos a alguém que não está interessado em fazer algo de útil por si mesmo e pelo clube que representa.

De resto, além de ficar de olho no velocímetro, recomendo ao Corinthians que observe também o retrovisor e o GPS.

Sigamos.

Time de Mano decepcionou.
Time de Mano decepcionou.

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