Não vai deixar saudades

Faz menos de um ano que eu comecei a escrever neste espaço. Meu primeiro texto, intitulado “Achilles last stand” – o título de uma música do Led Zeppelin – tentava explicar o inexplicável: a contratação seguida de uma contusão do outrora chamado Imperador.

Do início ao fim, esta foto foi a que melhor representou a passagem de Adriano pelo Corinthians.

Adriano vinha de uma péssima temporada na Roma, onde sequer marcou um gol por uma partida oficial. Encontrou conforto por intermédio de seu amigo Ronaldo, recém-aposentado, e com a ideia de trazer o amigo para ser seu substituto no ataque do Timão. Além de ser da mesma posição, centroavante, havia a esperança por parte do clube e de Ronaldo, de que  fosse possível repetir o sucesso na área de marketing.

Só que Adriano não é Ronaldo. Além da notória falta de carisma, o jogador não tem aquele comportamento capaz de cativar a torcida e trazer lucro aos cofres do clube. Mas o pior mesmo foi a atuação dele em campo. Neste período, com o salário em dia e com toda a estrutura do clube à sua disposição, Adriano marcou apenas dois gols com a camisa alvinegra.

É claro que o erro não foi só dele. Sempre expressei aqui a opinião de que o ex-Imperador deveria entrar em campo nos jogos do Campeonato Paulista (de preferência em todos). Não haveria justificativa para que ele alegasse estar “sem ritmo de jogo”, além do que seria mais fácil perder peso jogando num sábado ou domingo à tarde, sob o sol escaldante. Ademais, no período em que esteve no clube, não foram poucas as vezes em que Adriano fez jus a uma demissão por justa causa. Mas a diretoria sempre teve uma atitude indulgente com o jogador. A gota d´água ocorreu só agora, supostamente porque o jogador se recusou a subir na balança. Desconfio que haja mais alguma coisa não revelada pela recém-empossada diretoria, mas que fique por isso mesmo. Já foi. Adriano entra para a história como o segundo maior equívoco do Corinthians. O primeiro, o torcedor corintiano há de concordar, ainda é Paulo Nunes. Ou seja, o ex-Imperador agora faz parte do seleto rol dos jogadores que não deram certo no Corinthians. Apenas a confirmação do que escrevi aqui: http://www.ferozesfc.com.br/sobre-coisas-que-nao-podem-dar-certo/

No fim das contas, posso dizer que o Corinthians, sabendo da proximidade do meu aniversário, resolveu me presentear se livrando do Adriano. Valeu, Timão!

A festa só seria melhor pelo fato de Ricardo Teixeira ter renunciado à presidência da CBF, mas infelizmente não há o que comemorar: seu substituto, José Maria Marin, mostrou a que veio no episódio da “embolsada” da medalha na final da Copa São Paulo. Emblemático sinal de como as coisas são por lá.

Termino homenageando o também aniversariante de 13/03, Adam Clayton, do U2, aqui executando “I will follow”. Abraços.

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