XAVI, O NOTÁVEL

Na quinta-feira, dia 22, Xavi Hernandez anunciou sua saída do Barcelona após 17 anos defendendo o clube catalão. 17 anos como profissional, já que o meia é cria da base aonde chegou ao clube em 1991, aos 11 anos de idade.

Quem via aquele jogador frágil – baixo, lento – pela primeira vez, lá pelos anos de 1998/1999, atuando ao lado de jogadores como Rivaldo, Luis Figo, talvez não enxergasse grande futuro para o jovem.

No Brasil estávamos acostumados a volantes como Dunga, Rincón, Vampeta, César Sampaio, referência técnicas em seus times, mas que também eram muito fortes na “pegada”, na marcação. Xavi não. Com seu estilo clássico, se posicionava bem, não dava botinadas, e fazia a bola correr como merece.

Além disso, o tempo mostrou e foi um grande companheiro – não de Xavi – mas para nós torcedores, que pudemos presenciar uma revolução no futebol mundial com o Barcelona de Guardiola, Messi, Iniesta, Dani Alves, Puyol, Piquet, entre outros, que jogavam ao ritmo de Xavi Hernandez, a referência do tiki-taka.

Também da base e ex-jogador do clube, Pep Guardiola praticamente passou o bastão para Xavi quando se despediu do clube em 2001 para atuar pelo Brescia, já em final de carreira. O reencontro entre os dois, em 2008, já com Guardiola como treinador, eram cria e criador sob um mesmo ideal barcelonista de atuar.

No campo, dois maestros

Xavi foi um dos grandes de seu tempo. Fosse brasileiro, ou treinado por um dos “grandes” treinadores brasileiros, a baixa estatura e pouca força física provavelmente não lhe trariam uma carreira tão esplêndida.

Deixa o Barcelona para atuar no futebol do Catar, onde será um dos embaixadores no país que promoverá a Copa do Mundo de 2022, mas já prometeu que, após a aposentadoria, e ao lado do sempre companheiro Puyol, voltará ao clube de coração para mais uma revolução. Agora é aguardar.

Ai de mim futebol brasileiro!

 

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