VERDÃO DO FELIPÃO.

“O Coritiba de 2012 é melhor que o de 2011. O que não o tornaria melhor e nem mesmo favorito contra o Palmeiras de Felipão”

Mais ou menos com essas palavras definiu o cenário da finalíssima da Copa do Brasil, o jornalista Paulo Vinicius Coelho. Antes dos jogos, diga-se, além de voltar a tocar no tema no Linha de Passe da última segunda-feira, pela ESPN Brasil.

Esse resumo do cenário diz mesmo muita coisa sobre como chegou a final e como será o Palmeiras de agora em diante, já tendo o clássico com o São Paulo como argumento.

Esqueça os meandros da permanência de Felipão ao longo de todo esse tempo até conseguir formar o forte grupo alviverde campeão da Copa do Brasil. Fato é que após 2 anos de trabalho árduo ele finalmente o formou a sua imagem e semelhança. E as dificuldades em chegar aos resultados, o sofrimento assíduo nas vitórias e na conquista são tão intrínsecos ao estilo Felipão de ser quanto foram os seus Palmeiras campeões de 1998 e 1999.

Eram aqueles times, de fato, bem superiores a esse. Mas todo o cenário da pelota brazuca era superior ao que temos hoje.

A surpreendente supremacia alviverde no clássico contra o São Paulo joga aos holofotes o fator com o qual essa equipe não contou ao longo desses últimos anos – ser um grupo campeão. A confiança, a cabeça erguida e o moral foram a liga necessária para que o esquema de Felipão aplicado ao valente, mas também bom time palmeirense, dessem a equipe a calma e a certeza de que chegaria ao resultado.

E assim foi, mesmo tendo sofrido o gol na única jogada verdadeiramente perigosa do São Paulo, o Palmeiras continuou atacando, amassando o adversário em eu campo de defesa mesmo quando se viu com somente 10 jogadores. A alteração de Felipão, trocando Mauricio Ramos (lesionado) pelo atacante Maikon Leite foi a demonstração final de que a convicção de que essa equipe pode buscar seus objetivos está inserida no novo contexto alviverde. E de fato buscou.

Ao final do clássico foram 19 finalizações do Palmeiras contra somente 6 do São Paulo. E mesmo a permanência na penúltima colocação do BR12 não parece assustá-los. A certeza de que em algumas rodadas o time estará fora do Z4 é nítida. E uma vez posicionado dentro de uma zona de conforto neste Brasileirão, terá Felipão condição e tranqüilidade para buscar o titulo da Copa Sulamericana, como o próprio deixou nas entrelinhas em sua coletiva após o título. E mesmo sem citar, Felipão certamente se imagina repetindo o cenário daquele 1998, quando campeão da Copa do Brasil, usou a então Copa Mercosul como laboratório para a Libertadores de 1999.

Triunfou em ambos.

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