TERMINA LOGO 2013

Estranho em um ninho onde nenhum outro adversário consegue cantar de galo, o Palmeiras se vê obrigado a terminar uma etapa em sua história onde seu término já está definido desde sempre.

OK, galo e ninho não são exatamente referências complementares. Mas Palmeiras e série B definitivamente não se pertencem. As sobras técnicas, orçamentarias e estruturais com as quais o time alviverde se sobressai ante adversários anos luz inferiores, parecem não servir mais de conforto para o torcedor, que já não aguenta mais os jogos as terças e sábados, as vitórias conquistadas sem grandes esforços, a impiedosa presença em um nível onde o desnível é flagrante.

É cada vez mais evidente a angustia dos torcedores para se livrar o quanto antes deste martírio. A desonrosa missão está definida com honras, com sobras e com a obrigação cumprida.

Se em sua história esse segundo rebaixamento não agregou nenhuma glória a se ostentar futuramente, a não ser a desnecessária comprovação de que sua existência não lhe confere martírio semelhante, deve obrigatoriamente ter servido aos dirigentes como lição de vida e de moral, a obrigação condizente ao posto. Que reside, sobretudo no discurso de Paulo Nobre, quando em sua posse disse que sua missão é fazer com que o torcedor alviverde não tenha mais a sensação de que seu time entra em campeonatos para brigar contra rebaixamentos, a retórica que deve virar mantra de todo e qualquer cidadão que ostentar por períodos a digna função de conduzir este gigante em caminhos que lhe dignifiquem.

E que 2013 termine o mais depressa possível.

Hulk_Palmeiras1

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