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DANDO A LETRA

Ao que parece, o final de semana foi dos gols de letra no futebol internacional. Pela Premier League, Paulinho levou o time do Tottenham a dividir a liderança com o Arsenal, ao marcar desta forma o gol da vitória por 1 x 0 contra o Cardiff, no País de Gales. Confira abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=q4O4rbxsfWM

 

paulinho_tottenham

 

Pelo campeonato espanhol, contra o Getafe, Cristiano Ronaldo fechou a goleada por 4 x 1 com gol de letra nos acréscimos (ele já havia marcado um de pênalti). Veja:

http://www.youtube.com/watch?v=KOx5fdaDhL4
realmadrid_getafe_reuters

VALEU, PAULINHO!

Ao longo do tempo em que escrevo neste portal (aproximadamente dois anos e meio), inúmeras vezes fui obrigado a dar a mão à palmatória. Como qualquer ser humano, cometi muitos enganos em meus julgamentos, e expressei muito mais aquele lado do torcedor que fala muito mais com a emoção do que com a razão. Apelo a estes clichês inevitáveis para dizer que meu maior engano é com relação ao homenageado deste texto, e todos devem saber o porquê.

paulinho2

Na ocasião da saída de Elias, aquele que tinha papel importante no meio campo corintiano, que já havia sido alçado ao status de craque, de jogador de seleção (um pouco por seus méritos no Corinthians, um pouco pelo seu prestígio com Mano Menezes, à época recém-chegado ao comando do time canarinho), eu tive muitas dúvidas a respeito de quem seria o seu substituto. A escolha natural era por Jucilei, que também não ficou muito tempo no Timão. E também não tinha o mesmo estilo e porte. Era um jogador bem diferente, na verdade. Sobrou então Paulinho (observando agora, como eu poderia usar a expressão ‘sobrou’ sem aspas?).

Vindo do Bragantino, com aquela política de se revelar jovens promessas, Paulinho começou no banco de reservas, e havia – por parte deste que vos escreve – toda a dúvida possível a respeito de seu desempenho. No caso de Elias, meia de origem, a adaptação à função de volante serviu muito bem. Havia aquela liberdade para os chutes de longe, muitas vezes decisivos. Quanto a Paulinho, foi um pouco diferente. Chegou ao Corinthians já como volante, mas já foi se adaptando a uma função bem parecida com a de Elias. No início, não impressionava tanto no que diz respeito aos chutes de fora da área, mas aos poucos foi evoluindo até superar seu antecessor. Afinal de contas, a quantas anda Elias hoje, pulando de clube em clube até chegar no Flamengo, onde ainda não conseguiu emplacar? Hoje, eu diria que seria uma opção como possível substituto de Paulinho, caso estivesse disponível para negociação. No entanto, quem diria, terá que evoluir muito para tal. Ou ao menos se readaptar ao estilo de jogo do Timão.

Substituto natural mesmo – e isso é um ponto muito positivo na atual administração corintiana – é Guilherme, vindo da Portuguesa há um ano, e que vem entrando aos poucos no time. Há também Ibson, sobre quem não se carrega muita expectativa, nem por parte da torcida, nem por parte da imprensa especializada. Podemos nos enganar novamente? Podemos. Mesmo assim, prefiro apostar no jovem volante, mais adaptado à função. Ibson é meia. Que enfrente a concorrência de Danilo (intocável, é verdade), Renato Augusto (que vinha muito bem antes da lesão) e Douglas (cheio de altos e baixos). Edenilson, a outra possibilidade, vem sendo preparado para ser lateral-direito, e sua chance de ser titular está chegando. Há também Jocinei, que entra naquela política de ser uma aposta. Quem vai saber?

A ida para o Tottenham era praticamente inevitável, e o valor pago é bem peculiar no que diz respeito a um volante. Mas faz muita justiça à atual fase de Paulinho, preponderante também na Seleção campeã da Copa das Confederações.

Por hora, o que nos resta é desejar sorte ao cara que honrou (e muito) a camisa cujo número já pertenceu a ninguém menos que o Dr. Sócrates, e torcer para que esta despedida seja apenas um ‘até breve’. Valeu, Paulinho! Foi incrível.

Jogando pelo Corinthians, Paulinho chegou à Seleção Brasileira.
Jogando pelo Corinthians, Paulinho chegou à Seleção Brasileira.

NA INGLATERRA, PAULINHO PRECISARÁ SER A EXCEÇÃO

Ao que tudo indica, Paulinho, volante titular da seleção e até recentemente o grande destaque técnico do Corinthians, está acertado com o inglês Tottenham. Valores altos para um volante, algo na casa dos 40 milhões de reais.

 

Paulinho é hoje o melhor volante do futebol brasileiro. Para mim, dos que atuam no país, não do futebol brasileiro como um todo. Considero Hernanes, da Lazio, um jogador mais completo. Mas isso são outros quinhentos.

 

Paulinho conquistou sua vaga no clube alvinegro após as saídas de Cristian e Elias. Conta nesse meio tempo a passagem de Jucilei. E fez ao lado de Ralf a melhor dupla de volantes do país na atualidade.

 

Paulinho – e também Ralf – beberam da mesma água que vem correndo pelos encanamentos do Parque São Jorge desde a queda do clube para série B em 2007 e redenção instantânea em 2008. Onde todo volante que chega como aposta acaba vingando além do aguardado.

 

Paulinho chegou já dentro dessa perspectiva, o que o ajudou e muito. Mas vingou devido a sua condição técnica privilegiada. Volante de bons recursos, chega bem a frente e tem bom arremate. Mas para mim a sua grande vantagem é a condução de bola. No que o esquema corintiano ajuda demais.

 

No time de Tite, Paulinho é a grande referência técnica, então o time trabalha de modo a permitir que ele flua seu jogo. Atua ao lado de Ralf, um Leão de Chácara que tira de suas costas a obrigação irrestrita de marcação, possibilitando suas investidas ao ataque e que acabam quase sempre pegando as retaguardas adversárias desprevenidas.

 

Na seleção não ocorre bem isso. No time de amarelo a referência técnica é Neymar – nem poderia ser diferente. Ainda que o time não jogue necessariamente para o brilho do craque, o jogo acaba girando em torno do agora camisa 10. Paulinho não conta também com um “Ralf” ao seu lado, então dentre as suas obrigações está também cuidar da marcação, auxiliar a cobertura das investidas de Oscar e mesmo de Dani Alves. Quando sobra espaço, porém, Paulinho aproveita e faz bom uso.

Diante disso tudo, pondero sobre o que aguardar da vida de Paulinho na Terra da Rainha.

Se o seu brilho se deu em um clube que vem revelando bons jogadores de sua função ano após ano, também é bem verdade que todos esses não continuaram suas trajetórias de sucesso ao trocar de clube.

Cristian era considerado um volante de seleção. Saiu para o Fenerbahce e lá nunca brilhou do mesmo modo. Ainda que seja bastante aproveitado, nunca foi titular absoluto do time.

Elias saiu do Corinthians para o Atlético de Madrid, onde foi mal. Acabou contratado pelo Sporting de Portugal em uma das maiores negociações feitas pelo clube português, mas lá o jogador mais uma vez não foi bem. Sua passagem pelo futebol europeu pode sim ser considerado um fracasso. Agora ele tenta voltar aos dias de brilho atuando por empréstimo no Flamengo, onde também não conseguiu ir bem até o presente momento.

Jucilei sempre foi mais produto da expectativa em repetir o feito dos outros dois mencionados que qualquer outra coisa. Foi atuar no Anzhi Makhachkala da Russia, onde caiu no ostracismo.

Paulinho já mostrou ser superior a todos esses, mas da mesma maneira que surgiu dentro de todo esse contexto de sucesso corintiano em revelar bons volantes, terá que conviver e superar o “fantasma” que os assolou após o término de seus vínculos com o clube paulista. Deverá ser ele a exceção dessa história.

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A GRANDE REAÇÃO DO UNITED E OS DUELOS LONDRES VS. MANCHESTER NA TEMPORADA

Não resta dúvida que no futebol atual, mais precisamente nas principais ligas nacionais, existem campeonatos, muitos até carregados de disputas e emoção, e existe a Premier League inglesa.

Chelsea e Manchester United, o clássico da recuperação do United

Se você é um daqueles que ainda associa ao futebol inglês aquele repertório de chutões, “chuveirinhos” na área e zagueiros trombadores, então você está mais que antiquado em suas ideias futebolísticas meu caro.

Claro, os ingredientes de outrora estão lá. Que o diga, por exemplo, Peter Crouch, atacante desengonçado, que no alto de seus mais de2 metrossempre se converte em esperança última de gols via jogo aéreo.

Mas essas e outras características tornaram-se para lá de coadjuvantes na Inglaterra.

Trata-se hoje de um jogo dinâmico, tático e que imprime velocidade e precisão impressionantes no toque de bola. Resumindo: não dá para respirar e muito menos para deixar a sala de TV para aquela eliminação de “água no joelho” básica e veloz.

Mais uma vez, todo o cardápio da Premier League esteve presente no clássico da rodada disputado entre Chelsea e Manchester United.

Quando Jonny Evans, Juan Mata e David Luiz fizeram 3×0 para os londrinos em casa em 50 minutos de jogo, a sensação geral era de placar definido.

Até que vieram duas penalidades convertidas por Wayne Rooney e o castigo final para os anfitriões com o gol de cabeça de Javier “Chicharito” Hernandez, sem marcação na área.

Os 3×3 de Stamford Bridge, após vitória nas mãos do Chelsea, evidenciam quadro paradoxal entre os grandes ingleses na temporada.

Considerando na análise a dupla de Manchester, City e United, contra as três principais equipes de Londres, Tottenham, Chelsea e Arsenal, verifica-se domínio total de Manchester sobre Londres.

Em compensação, internacionalmente, os londrinos Chelsea e Arsenal mantêm-se vivos na UEFA Champions League, enquanto City e United, no hall da fama dos favoritos, foram humilhantemente eliminados por adversários do Velho Continente. Algo muito frustrante para quem investe tanto.

Na Premier League, em duelos envolvendo as cinco equipes citadas, considerando o confronto entre cidades, foram 7 vitórias de Manchester, 1 empate e 1 vitória de Londres.

Dentro da salada de números, é impossível esquecer os históricos 8×2 do United sobre o Arsenal.

Além da Premier League, Londres e Manchester se enfrentaram na Carling Cup, a Copa da Liga Inglesa, com vitória do City sobre o Arsenal por 1×0.

Além de grande jogo de futebol, a recuperação do United contra o Chelsea também foi emblemática sobre o que se passa na temporada inglesa atual.

Dos males o menor para o United. Ainda assim, não evitou que o City se desgarrasse na liderança novamente, graças aos 3×0 impostos sobre o Fulham em casa.

Agora o City lidera com 57 pontos e o United fica nos 55 em 2º lugar.

O Tottenham isolou-se no 3º posto com 50 pontos. Até poderia chegar um pouco no United, mas seu jogo era contra o Liverpool fora de casa. O empate final sem gols não acabou ruim.

O Chelsea é o 4º com 43 pontos. Provavelmente terá que brigar por essa posição contra seus perseguidores para se garantir na UCL próxima. Não será fácil tirar 7 pontos contra o Tottenham, principalmente após perder chance de ouro no confronto direto.

O Arsenal fez massacrantes 7×1 em um Blackburn com 10 jogadores em campo em boa parte do jogo. Somou 40 pontos, mas não tomou o 5º lugar do Newcastle, que fez 2×1 no Aston Villa.

De qualquer forma, valeu pelos três gols de Robin Van Persie e o gol final de Thierry Henry.

A Premier League continua a todo vapor no próximo final de semana.

 

VELOZES:

  • Ainda pelos lados da Inglaterra, o técnico italiano da seleção local, Fabio Capello, pediu demissão. Tudo causado pelo fato de Capello ter defendido a manutenção de John Terry como capitão do time, indo de encontro à decisão da FA de demovê-lo do posto por suspeitas de racismo. O que será do English team à beira da Eurocopa?
  • Na Alemanha, as emoções continuam na Bundesliga. O Borussia Dortmund é líder isolado após ter vencido o Nuremberg por 2×0 em clima gelado e o Bayern ter empatado com o Hamburg por 1×1.
  • Agora são 43 pontos para o Dortmund e 41 para o Bayern.
  • Outros dois que estão na briga são Schalke 04 e Borussia Mönchengladbach com 41 e 40 pontos, respectivamente.
  • Na Série A italiana, o Milan recebeu o Napoli e não saiu do 0x0. Além de Robinho ter perdido novo gol incrível, o prejuízo milanista também ficou por conta da agressão de Zlatan Ibrahimovic em Salvatore Aronica. O sueco foi expulso e ganhou gancho de três jogos. É o Milan sem seu principal jogador.
  • Com o empate os rubro-negros foram a 44 pontos, permanecendo em 2º lugar, já que a líder Juventus também empatou por 0x0 contra o Siena. A Juve soma agora 45 pontos.
  • Pior ficou para o Udinese que perdeu por 3×2 para a Fiorentina e se afastou um pouco dos líderes.
  • E a Lazio também não aproveitou. Levou 3×2 do Genoa em Gênova.
  • E no clássico da rodada, a Roma fez surpreendentes 4×0 na Internazionale. Bom para o técnico espanhol Luis Enrique.
  • E ruim para a Inter, que parece ter perdido o encanto da sua fase de recuperação.
  • Na Espanha, definitivamente não é o ano do Barça contra os pequenos locais. A vitória veio contra o Real Sociedad, por 2×1, mas sem espetáculo.
  • O Real Madrid permanece líder com 55 pontos após fazer 1×0 no Getafe fora de casa. O Barça tem 48.

 

Na primavera de 1997, os Rolling Stones foram a Los Angeles para gravar em quatro meses o material que originaria o álbum “Bridges to Babylon”.

Lançado no mesmo ano, o álbum teria o mérito de trazer consigo o mega hit “Anybody seen my baby”, sucesso que há muito os Stones não emplacavam (talvez o último havia sido “Start me up” do álbum “Tattoo you” de 1981).

“Bridges to Babylon” trazia também outros sucessos como “Saint of me” e “Out of control”.

Este último funcionou bem ao vivo na bem sucedida turnê da banda e é com ela que a coluna encerra: “Out of control” ao vivo em St. Louis.

http://www.youtube.com/watch?v=3egNz_Q2fYM