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O “NOVO RICO” PARIS SAINT GERMAIN

Conhecido no Brasil por já ter sido empregador de astros brasileiros como Ronaldinho Gaúcho e Raí, o Paris Saint Germain é a sensação do mercado da bola europeu neste período de férias e janela de transferências escancarada para o deleite dos endinheirados do futebol que vão às compras com apetite.

Ibra vai a Paris

Endinheirado, aliás, é o adjetivo mais assertivo para designar o clube parisiense desde os idos de 2011.

Mas, como diria nossos pais, avós e bisavós, dinheiro não cresce em árvore. Vale, portanto, tentar conhecer um pouco da história do PSG, bem como de seus administradores.

Pode não parecer, mas o PSG é um clube jovem.

Resultado da fusão de dois co-irmãos, o Paris FC e o Stade St. Germain, nascia, em 12 de agosto de 1970, o Paris Saint Germain. Concepção que muito se deve à iniciativa de cerca de 20 mil torcedores que desejavam ver a cidade de Paris abrigando um grande clube de futebol.

Em 1974, o PSG chegava a Ligue 1, a principal divisão do futebol francês.

Mas, não se engane, a ascensão era repleta de percalços, especialmente de ordem financeira.

Logo em 1973, o clube enfrentava sua primeira grande crise com as cifras.

Situação que levou o então presidente Henai Patrelle abrir caminho para o designer de moda Daniel Hetcher assumir o comando do clube.

Hetcher foi autêntica figura polêmica em sua passagem pelo mundo da bola.

Por um lado, o designer faz o PSG adquirir status de clube verdadeiramente profissional, adotando, entre outras medidas controversas, o sistema de assinaturas vitalícias para lugares no Estádio Parc des Princes por 10 mil francos franceses. Figuras públicas da época, como o cantor Henri Salvador, levariam para casa quatro lugares de uma só vez.

Só que nem tudo que reluz é ouro, e, em 1978, Hetcher seria banido do futebol pela Federação Francesa de Futebol (FFF) após enfrentar acusação de emissão dobrada de ingressos no Parc des Princes. Estratégia ilegal visando reduzir o déficit do clube.

A reorganização concreta do clube seria conquistada somente no início dos anos 90.

Naquela época, as dívidas beiravam os 50 milhões de francos e o PSG necessitou de investidores para sanear as contas.

Em 1991, o grupo de comunicação Canal + aterrissava pelos lados do elegante bairro francês de Saint Germain para realizar o salvador aporte financeiro equivalente a 40% dos rendimentos do clube provenientes de jogos televisionados. O PSG tornava-se um dos clubes mais ricos da Europa.

Foi nessa época de bonança que os parisienses tiraram o principal astro do vencedor São Paulo FC de Telê Santana, o meia Raí de Oliveira.

Dentro de campo, os investimentos surtiriam efeito, com um total de 9 conquistas, entre títulos da Copa da França, Copa da Liga Francesa, Campeonato Francês e a extinta Recopa europeia. Contudo, faltaria o santo graal para um grande clube europeu, a Liga dos Campeões.

Tudo correu bem com o PSG até 1998, quando ocorre a saída do presidente Michel Denisot. Daí em diante, voltariam a má administração e as dívidas.

O clube quase conheceu o rebaixamento, as copas europeias tornaram-se sonhos distantes.

Até que em 2006, o Canal + vende o PSG para os grupos Colony Capital, Butler Capital Partners e Morgan Stanley. Logo em seguida, o Colony Capital torna-se único proprietário do clube.

Já em 2010, o Colony Capital anuncia estar à procura de novos investidores.

Até que, em 2011, surge na vida do PSG a Qatar Investment Authority (QIA), a grande responsável pela avalanche de compras que tem agitado o mundo dos negócios do futebol na Europa.

Mas que tipo de empresa é a QIA?

No mundo globalizado atual, onde possuir fontes de energia pode significar enorme vantagem competitiva, a QIA surge, por obra do governo catariano, como um fundo soberano de riquezas daquele país que realiza investimentos domésticos e estrangeiros visando controlar excedentes de óleo e gás natural nada incomuns no Oriente Médio.

A QIA tem negócios espalhados pelo mundo. É, por exemplo, o maior exportador de gás liquefeito do planeta.

Nasser Ghanim Al-Khelaifi (presidente do PSG), Zlatan Ibrahimovic e Leonardo Araújo (diretor de futebol do PSG)

Não pense, caro leitor, que o PSG seria a primeira grande tentativa do bilionário grupo catariano de expandir seus tentáculos de investimentos pelo futebol.

Houve diversos rumores envolvendo a QIA e os clubes da Premier League inglesa antes e depois do PSG.

Em 2008, o Everton teria sido alvo do fundo, nada concretizado.

Em 2010, era a vez do Manchester United estar na crista da onda das especulações. Tudo enterrado pelos investidores estadunidenses que declarariam que o clube não estava à venda.

Já em 2012, os boatos recaíram sobre o Aston Villa FC, sem mencionar a proposta recebida pelo Tottenham Hotspur a respeito do naming rights do futuro estádio do clube.

Mas, voltando aos idos de2011, aQIA adquire 70% do controle acionário do PSG. Não satisfeitos, os catarianos adquiriram os 30% restantes neste ano.

Desde então, a presidência do clube passou para as mãos de Nasser Ghanim Al-Khelaifi, designado pelo fundo.

Al-Khelaifi não é nenhum paraquedista do esporte.

Trata-se de empresário catariano de 39 anos, ex-tenista profissional, atual presidente da Federação de Tênis do Qatar e vice-presidente da Federação Asiática de Tênis. De quebra, esteve ligado ao mundo das comunicações, já que foi diretor da Al-Jazeera Sports, braço desportivo do conceituado canal de notícias também catariano.

Al-Khelaifi chamaria o brasileiro Leonardo Araújo, campeão do mundo de futebol pela Seleção Brasileira em 1994, ex-atleta do PSG e não muito bem sucedido na posição de técnico, para ser seu braço direito na missão de tornar o PSG um gigante europeu, algo à altura da grandeza e importância da cidade de Paris.

Desde então, o PSG se converteu em verdadeira máquina de contratações.

Já somam-se ao grupo, que tem como treinador o italiano Carlo Ancelotti (ex- Milan e Chelsea), nomes como Javier Pastore, Ezequiel Lavezzi, Thiago Motta, Diego Lugano, Jeremy Menez, Mohamed Sissoko e Maxwell.

O auge do período de compras chegou nesta semana quando, tendo a Torre Eiffel e a cidade luz como pano de fundo, o PSG e toda sua cúpula presente, anunciam ao mundo a contratação de Thiago Silva (não presente por servir à Seleção Olímpica do Brasil) e Zlatan Ibrahimovic.

Estima-se que, desde 2011, o valor total de contratações do PSG tenha sido de cerca de mais de €250 milhões.

Investimentos à parte, o time falhou em vencer a Ligue 1 na última temporada, contudo a UEFA Champions League está garantida e será o grande objetivo dos parisienses.

A dúvida que paira no ar é se o super time do PSG vingará dentro de campo. Os temores crescem após a perda do mencionado título francês para o Montpellier. Ademais, a história do futebol é pródiga em relatar super times no papel que fracassaram de forma retumbante dentro de campo.

De qualquer forma, está apresentado o mais novo rico do futebol europeu e mundial e Paris volta a ter um grande time à altura da magnífica cidade luz.

IBRA RESOLVE, MAS ALERTA SOBRE LESÕES: “NÃO ESTÁ BOM!”

A vitória do Milan de virada sobre a Roma por 2×1 em San Siro pela Série A italiana pode ter parecido para os mais desavisados que tudo vai bem pelos lados de Millanello. Tudo isso às vésperas dos dois jogos mais importantes para o clube na temporada contra o todo-poderoso Barcelona pelas quartas-de-final da UEFA Champions League.

Ibra resolve e depois mostra insatisfação

Só parece.

A vitória sobre os gialorossi da capital eterna foi conquistada, mas o preço pago foi caro. E pior, poderia ter sido evitado.

Todo o drama ficou por conta da lesão prematura que tirou o zagueiro brasileiro Thiago Silva, peça chave do sistema defensivo de Massimiliano Allegri, da partida ainda no seu início.

Risco que Allegri admitiria mais tarde ter corrido. Pagou para ver e levou a pior.

Os primeiros relatos da contusão de Silva não são animadores: praticamente um mês parado devido a lesão muscular na coxa direita. Ou seja, nada de duelo com Lionel Messi e seu Barcelona.

As leis econômicas básicas sempre ensinaram que quanto maior o risco, maior o retorno. Retorno que vem quando dá certo, caso contrário não seria risco.

Retorno que não veio para Allegri. Risco sem retorno corrido pelo treinador rossonero que agora sofre críticas de todos os lados.

A primeira e mais ressonante delas veio em forma de fogo amigo. Mais precisamente do atacante Zlatan Ibrahimovic, autor de ambos os gols milanistas na partida contra a Roma.

Não que Ibrahimovic esteja boicotando Allegri ou algo do gênero, mas o alerta é válido e pertinente.

Após a partida de ontem no San Siro, Ibra disparou: “algo deve mudar, não é bom que a um mês do final haja tantas lesões, este é o momento de jogar e fazer a diferença.

Alusão clara ao episódio da contusão de Thiago Silva.

E, pelas suas palavras, o artilheiro sueco critica a quantidade de lesões da qual o elenco do Milan está sendo vítima.

Mas as críticas não ficam somente no número de infortúnios. Muitos também criticaram a decisão de Allegri de escalar o brasileiro em partida do campeonato italiano com a hora da verdade da Champions batendo à porta.

Se com Thiago Silva o Milan já teria missão inglória pela frente chamada Barcelona, o que dizer da sua ausência no clássico europeu?

Quanto ao jogo, a Roma saiu na frente com Pablo Osvaldo no final do 1º tempo.

Na 2ª etapa, Ibra resolveu.

Primeiramente em cobrança de penalidade aos 8 minutos.

Mais tarde, o sueco virou com golaço aos 38 minutos.

Competência reconhecida pelo técnico Luis Enrique da Roma que lhe deu todos os créditos causadores da derrota de sua equipe.

Competência que dá autoridade a Zlatan Ibahimovic para falar, sem papas na língua, sobre o que não vai bem no Milan. Talvez porque, mais que em qualquer outro atleta rossonero atual (talvez Mark Van Bommel seja exceção), exista uma vontade descomunal em derrotar este fantástico Barcelona de Josep Guardiola, que abriu mão do sueco em favorecimento da nova safra blaugrana repleta de talentos.

E Ibra não digeriu nada bem o processo.

 

Juventus 2×0 Internazionale

Se o Milan venceu, a Juve não desistiu da perseguição, polarizando a disputa pelo título.

Com gols de Martín Cáceres e Alessandro Del Piero no 2º tempo, os anfitriões de Turim despacharam uma Inter sem rumo que, provavelmente, apenas fará esperar o final da temporada para exonerar seu treinador Claudio Ranieri e recomeçar tudo na próxima temporada.

Agora a Juventus está com 59 pontos contra 63 do líder Milan.

EMPATE À ITALIANA NO CAMP NOU

Alexandre Pato abriu o placar a 24 segundos. Lionel Messi lamenta.

Em partida com amplo domínio de posse de bola do Barcelona, o Milan consegue empate com gols nos extremos do cronômetro.

 Mal havia começado o clássico europeu válido pela fase de grupos da UEFA Champions League e, logo aos 24 segundos de jogo, Alexandre Pato puxa contra-ataque mortal e bate rasteiro para abrir o placar em Barcelona.

 É o sonho de consumo de toda a equipe italiana que se preze. Gol logo no início, armar o clássico ferrolho, jogar defensivamente e viver de contra-ataques.

 Somente o item “viver de contra-ataques” não foi executado dentro do roteiro projetado por Massimiliano Allegri.

 

Andres Iniesta saiu contundido

Já o Barcelona enfrentava situação vivida anteriormente contra outros adversários qualificados. O oponente começa o jogo com ímpeto e, nos 10 primeiros minutos, parece dar pinta de que vai ser osso duro de roer (vide jogos contra Manchester United na final da UCL em maio ou Real Madrid). Isso dura até o momento em que o Barça consegue pôr a bola no chão e organizar a primeira trama ao seu estilo com passes rápidos, precisos, movimentação e ultrapassagens, além da magia de Lionel Messi logicamente.

 E foi logo o que o Barcelona tratou de fazer.

 O Milan bem que tentou armar contra-ataques. Clarence Seedorf mostrava sua habilidade, Alexandre Pato tentou umas duas graças no ataque, mas ficou nisso. Antonio Cassano estava inoperante, aos poucos os italianos deixaram de acertar uma sequência razoável de passes.

 Equipes de nível deixam de jogar com medo do Barça. Era só Barcelona no massacre contra a brava defesa milanista.

 Mas ninguém resiste a isso. O gol era questão de tempo.

 Até que Messi faz das suas pela esquerda. Ignazio Abate tenta fazer a proteção, mas o argentino é mais veloz e efetua o cruzamento. Gianluca Zambrotta falha ao não acompanhar Pedro que empurra para empatar.

 No 2º tempo, a pressão catalã começou no mesmo ritmo.

 Se estava difícil penetrar a área milanista que tal aproveitar algum lance de bola parada próximo da área? O Milan os concedia a rodo ao apelar para faltas naquela região do campo.

 David Villa aproveitou uma delas logo aos 5 minutos. Bateu com maestria e fez 2 a 1.

 Depois da virada o Milan partiria para o ataque? Ledo engano. A postura do time de Allegri era exatamente a mesma. Perder de pouco parecia estar bom para os rubro-negos.

 Pensamento geral naquele momento: porteira aberta para goleada do Barça. Ledo engano novamente.

 Eis que o Barcelona diminui o ritmo. Bem, em se tratando de Barça, diminuir o ritmo é bem relativo. O domínio de posse de bola manteve-se nos estratosféricos 70%, as jogadas continuavam a sair. Mas a volúpia não era a mesma. Motivos? Início de temporada? Time ainda desfalcado? Pode ser.

 Allegri resolve acabar com o isolamento de Pato promovendo a entrada de Urby Emanuelson.

 Fato é que no último lance da partida Seedorf bate escanteio e Thiago Silva cabeceia certeiro no gol. E Sergio Busquets escalado como zagueiro central foi criticado pela torcida, assim como Josep Guardiola.

 O Milan inesperadamente conseguira seu objetivo: empate por 2 a 2 no Camp Nou.

 O Barcelona se esqueceu do jogo à italiana do Milan de Massimiliano Allegri: defender-se de todas as formas e “achar” o resultado. Além de deixar escapar a vitória, os catalães terão que conviver com dois empates em sequência, dois resultados idênticos (empate do final de semana contra a Real Sociedad pelo campeonato espanhol). Algo inusitado para a equipe de Guardiola. Durma com esse barulho!

 

Duelo Alemanha vs. Inglaterra na rodada como em Borussia Dotmund e Arsenal.

Na outra partida do grupo H, o Viktoria Plzen recebeu em Praga a equipe do BATE Borisov da Bielorrússia e empataram em 1 a 1. Água no chopp do Plzen.

 Pelo grupo E, O Genk empatou em casa com o Valência (0x0). Já o Chelsea recebeu o Bayer Leverkusen e venceu por 2 a 0 com gols de David Luiz e Juan Mata.

 Ainda pelos confrontos Alemanha versus Inglaterra, o Borussia Dortmund recebeu o Arsenal pelo grupo F. Robbie Van Persie abriu para os gunners. No 2º tempo, Ivan Perisic, que havia entrado, marcou este golaço de voleio. Confira a seguir.

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 Fechando o grupo F, o Olympique Marseille foi à combalida Grécia e derrotou o Olympiakos por 1 a 0.

 Para encerrar o dia de jogos, no grupo G, o Porto venceu de virada o Shakhtar Donetsk por 2 a 1 no Estádio do Dragão. Para a sorte de Hulk que perdera pênalti, mas contribuiria com a virada marcando um dos gols. O APOEL do Chipre derrotou o Zenit de São Petersburgo por 2 a 1.

 UEFA Champions League é classe e nesta quarta-feira tem mais.