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“ROCKIN’ THE CHRISTMAS”

A equipe do Ferozes Futebol Clube deseja a todos um Feliz Natal e, sempre com o espírito do portal a todo vapor, fazemos questão de celebrar a grande data com um pouco do melhor que cancioneiro do mundo do Rock já produziu sobre a referida festividade.

 

Mick "Santa Claus" Jagger
Mick “Santa Claus” Jagger

1) HAPPY XMAS (WAR IS OVER)

John & Yoko The Plastic Ono Band with The Harlem Community Choir

Em 1971, John Lennon escreveu,Yoko Ono produziu e o Coral da Comunidade do Harlem participou de Happy Xmas, originalmente como uma canção protesto contra a Guerra do Vietnã no auge do ativismo pacifista do casal. Logo, a canção tornou-se hino sazonal natalício.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=XPm3CWvDmvc[/youtube]

 

2) THE LITTLE DRUMMER BOY/PEACE ON EARTH

Bing Crosby & David Bowie

Dois ícones de universos diversos encontrar-se-iam em 1977 para a gravação do especial de Natal para a TV Bing Crosby Marrie Old Christmas.

Bing Crosby, cantor e ator, ídolo dos anos dourados de Hollywood e David Bowie, figura ícone do mundo rock-pop-indie-alternativo fizeram dueto para The little drummer boy (escrita por Katherine Kennicott Davis em 1941 e popularizada apenas na década seguinte) com inserções de Peace on Earth.

O especial de TV ganharia ares nostálgicos com o falecimento de Crosby pouco tempo após a gravação.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=DiXjbI3kRus[/youtube]

 

3) DO YOU KNOW IT’S CHRISTMAS?

Band Aid

Antes da empreitada estadunidense USA for Africa, o outro lado do Atlântico, por iniciativa de Bob Geldof (The boomtown rats) e de Midge Ure (Ultravox), mobilizou-se com propósito idêntico: o combate à fome na Etiópia, tendo o período de Natal como época de gravação e lançamento.

Do you know it’s Christmas contou com verdadeiro batalhão de estrelas do rock pop britânico e irlandês. Entre eles, David Bowie surge pela segunda vez na nossa lista. Sem dúvida, o eterno Camaleão possui inclinações sentimentais para as festas de fim de ano. Além de Geldof e Bowie, o Band Aid contou ainda com a presença de Bono Vox, Adam Clayton, Sting, Phil Collins, Simon Le Bon, George Michael, Boy George, entre outros.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=eYDEh-mhijc[/youtube]

 

4) CHRISTMAS (BABY PLEASE COME HOME)

U2

O U2 não poderia ficar de fora e os irlandeses participam da lista com a regravação da clássica sazonal Christmas (Baby please come home) de 1963 escrita por Ellie Greenwich, Jeff Barry e Phil Spector.

O remake entrou na compilação A very special Christmas de 1987, ano em que o U2 atingiu o topo na América e no mundo com o álbum The Joshua tree.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=mmZBC92pgrE[/youtube]

 

5) MISTRESS FOR CHRISTMAS

AC/DC

Natal, época de presentes, desejar o melhor para os semelhantes, certo? Pode ser, mas o único desejo que Brian Johnson, Angus Young e companhia é ter uma gata ao lado para passar o referido feriado. Nada mal!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=utj7MgslLOs[/youtube]

 

6) BACK DOOR SANTA

Clarence Carter

Em 1968, Clarence Carter lançou o álbum Soul Christmas. Entre as faixas escolhidas está Back door Santa, escrita por Carter e Marcus Daniel.

Trata-se de outra canção natalina sem o tal espírito de Natal na sua letra. Diversão garantida!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=yfVg1MnUQkI[/youtube]

 

7) THE BEACH BOYS

Little Saint Nick

Sim, os californianos dos Beach Boys deixaram as pranchas, o sol e o mar de lado em 1964 para compor Christmas Album com a contribuição de Brian Wilson em cinco canções. Confira uma delas, Little Saint Nick.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=aSynDh_K0EE&list=PL06DFFD43E128A7D2&index=1[/youtube]

 

 

REVISITANDO SANTOS x PEÑAROL NA LIBERTADORES

A hora está chegando. Final da Taça Libertadores da América batendo à porta. Só que desta vez com ingredientes especiais que atendem pelas alcunhas de Santos Futebol Clube e Cub Atlético Peñarol. O que muitos ignoram é que a final da Libertadores de 2011 traz a reedição de duas disputas parelhas entre estes dois monumentos do futebol sul-americano. Disputa que está empatada no torneio continental. Um final feliz para cada lado e muita luta entre ambos.

Equilíbrio nos confrontos diretos gerais. 5 vitórias para o Santos, 4 vitórias para o Peñarol e 3 empates. Foram 24 gols santistas e 19 da equipe uruguaia. Na Libertadores, foram 6 confrontos com 3 vitórias cada. Os encontros ocorreram nas edições de 1962 e 1965. Sim, equilíbrio é a palavra. Uma vitória para cada lado em jogos de ida e volta que forçaram a realização de jogos extras. Pois é, era assim naqueles tempos. Nada de prorrogações, decisões por pênaltis e adjacências. Igualdade total no duelo significava jogar novamente até a solução da controvérsia. Fórmula de disputa que teria vida longa (foram também em 3 partidas que o Flamengo foi campeão contra o Cobreloa em 1981). O inchaço dos calendários e das competições não permitiriam mais tal luxo. Isso posto, nada melhor que recordar os confrontos entre Santos e Peñarol nas edições da Libertadores de 1962 e 1965.

1962 – O primeiro título do Santos

Capa de Pot Luck

Em 1962, Brasília já era a capital federal, o Chile era sede da Copa do Mundo e o planeta já conhecia seus “reis”. Enquanto que no Brasil, Pelé, já consagrado na Seleção Brasileira, reinava absoluto nos gramados, os Estados Unidos da América do presidente John Kennedy idolatrava um novo estilo musical. Filho do blues, o rock’n’roll dominava as paradas de sucesso do país. O grupo de New Jersey “The Four Seasons” ganhava as paradas da Billboard com seu hit “Big girls don’t cry”. Mas tanto quanto cá, os americanos já tinham entronizado um ícone: Elvis Presley. Nos idos de 62, Elvis já se tornara ídolo não só na música, mas também no cinema. E, atacando em duas frentes, dois álbuns do rei do rock bombavam nas paradas. “Pot Luck” trazia o hit “Kiss me quick”. Já na dobradinha música-cinema, o álbum trilha sonora “Girls! Girls! Girls!” para o filme de mesmo título alavancava ainda mais o nome do astro nas duas mídias. Elvis sabia das coisas. É só dar uma olhada abaixo para entender.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=UoJLoNkSYqo&feature=fvsr[/youtube] 

Girls girls girls

Eis o cenário cultural para a Libertadores. Um torneio bem diferente do atual. Apenas 10 equipes lutando pelo caneco, sendo a primeira fase disputada por 9 times divididos em 3 grupos de 3. Cada campeão de grupo avançaria para as semifinais e  juntar-se-iam a Peñarol, campeão de 1961.

 O Santos, vencedor incontestável de seu grupo, eliminaria o Universidad Católica chileno (1 a 1 e vitória por 1 a 0). O Peñarol, entrando pela via rápida graças às prerrogativas de campeão, encararia o rival local Nacional. Em três jogos (derrota por 2 a 1, vitória por 3 a 1 e empate por 1 a 1), os atuais campeões passariam à final.

Final definida e o primeiro jogo no estádio Centenário de Montevidéu. Vitória santista por 2 a 1 de virada. Sem Pelé, Coutinho encarregou-se de fazer as honras com dois gols.

Galera na Vila para Santos x Peñarol em 1962

O jogo de volta na Vila Belmiro seria marcado por uma garrafa arremessada a campo, por 90 minutos jogados, apenas 51 valendo e volta olímpica santista por nada. Alegando falta de segurança e pressão da torcida santista, o árbitro chileno Carlos Robles não considerou os 39 minutos restantes. Pepe faria o gol de empate no período. Ninguém do Santos sabia da decisão peculiar da arbitragem e os jogadores trataram de comemorar. Tudo em vão. Placar final oficial: 3 a 2 para o Peñarol.

Para a terceira partida, o Estádio Monumental de Nuñez do River Plate foi o palco escolhido para o tira-teima. É incrível, mas muitos no Brasil não acreditavam mais no Santos. Vários eram os motivos: jogo em Buenos Aires, local próximo a Montevidéu, possível animosidade da torcida local (os dirigentes santistas queriam jogar em Lima), enfim, aquelas coisas extra-campo. Pois é, esqueceram que Pelé estaria de volta após recuperar-se de contusão. Aí já era, fatura liquidada. O maior do mundo estava lá, de volta para detonar. E não somente Pelé. O maior ataque do mundo estava em ação em terras portenhas. A escalação era de impor respeito, temor e tudo mais: Gilmar, Lima, Mauro e Dalmo, Zito e Calvet, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. 4-2-4 puro. Logo aos 10 minutos Coutinho (com o toque final de Caetano anotando contra) abriu os serviços. Pelé acabou com o 2º tempo, marcando aos 3 e aos 44 minutos. Santos 3 a 0 e campeão da Libertadores. Confira alguns momentos.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=0OT_DgpWV58[/youtube] 

1965 – A revanche “carbonera”

Passariam três anos até que o Peñarol tivesse a chance de devolver a derrota de 62. O tão esperado momento chegaria para os uruguaios nas semifinais da Libertadores de 1965. Quase tudo como em 1962. Seriam necessárias três partidas para a definição do adversário do Independiente, que eliminaria o Boca Juniors na outra chave.

Três anos também foi tempo suficiente para várias mudanças. Brasília já estava nas mãos dos militares. Castelo Branco presidente. A história diz que Castelo era bem intencionado, que pretendia devolver o País aos civis. Enfim, oficialmente, o golpe militar já tinha rolado e fato é que seus sucessores recrudesceram a situação. Nos Estados Unidos, Martin Luther King marchava por direitos civis.

O rock’n’roll deixara a adolescência descompromissada de 1962 para se tornar “mainstream”, não apenas divertido mas crítico, música engajada a serviço de um mundo melhor, mais justo e livre. Revolução em ambos os lados do Atlântico.

Capa de Highway 61 revisited

Na América, Bob Dylan lançava discos que o colocavam anos-luz à frente de seus congêneres. Só em 65 foram dois clássicos: “Bringing it all back home” e “Highway 61 revisited”. Daí surgiram canções como “Like a rolling stone” e “Subterranean homesick blues”. Sob influência de Dylan, bandas como The Byrds tornaram-se sucessos comerciais no país ao lançar, ainda em 65, o álbum “Mr. Tambourine” (regravação de autoria de Bob Dylan). A California dava as caras com os Beach Boys dentro da vertente soft. Confira Dylan em ação em vídeo inovador para a época.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=d_ujAXxNxU0[/youtube]

Rubber soul, 1965.

No Reino Unido, os Beatles e os Rolling Stones já estavam nas cabeças das paradas de sucesso. O quarteto de Liverpool vinha com “Rubber soul”, atacando com os hits “Drive my car” e “Nowhere man”. Genialidade de sempre da dupla dinâmica Lennon-McCartney e capa psicodélica para o LP. Sem falar no The Who, que trazia toda ira adolescente ao lançar “My Generation. The Beatles e The Who a seguir.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=0cj6zHzTumE&feature=related[/youtube]

 [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=7xZOrWK6d4g[/youtube]

 Estádio do Pacaembu, São Paulo. No primeiro jogo, placar típico da época: 5 a 4 para o Santos. Com apenas 7 minutos, o Peixe havia marcado 3 gols. Os 3 a 0 parciais deram falsa impressão de goleada e jogo fácil. Ledo engano. Bobeada santista e reação carbonera. No final, placar apertado. Veja algumas imagens de pouca qualidade da partida.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=0Lyh_wyZMdI[/youtube]

 Para a partida de volta, em Montevidéu, muita polêmica. O Santos vencia a partida por 2 a 1 até os 34 minutos do 2º tempo, mas permitiu a virada. O empate carbonero nasceria de pênalti duvidoso. Pelé ainda sofreria pênalti não confirmado e marcaria gol de empate segundos após o árbitro argentino Luis Ventre assinalar fim de jogo. Tudo ao melhor estilo Libertadores. Arbitragens e deslealdades à parte, não havia sido uma grande exibição do Santos e tudo acabou com vitória do Peñarol por 3 a 2. Alguma poucas imagens deste jogo abaixo.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=PkQ4UEHfnfU[/youtube] 

Peñarol versão mid-sixties

E mais uma vez as atenções da América do Sul voltavam-se para o Monumental de Nuñez em Buenos Aires. Como em 62, a terceira e definitiva partida. Em mais um jogo equilibrado, o Peñarol abriria o placar somente no 2º tempo, aos 14 minutos, com Joya. Aos 30 minutos, Pelé empataria. Mas o Santos teria problemas naquela 2ª etapa de jogo. O craque Zito, jogando de volante, sentiu contusão e jogou no sacrifício. Dorval deixou o ataque para cobrir a defesa. Substituições não existiam na regra. No final dos 90 minutos, 1 a 1 e prorrogação. Aos 7 minutos da 2ª parte do tempo extra, o artilheiro carbonero Pepe Sasía marcaria o gol da classificação. Pouco depois, na final, o Peñarol cairia frente ao Independiente.

 Duas decisões, duas séries eliminatórias, uma vitória para cada lado. Duelo parelho entre Peñarol e Santos. O desempate da saga? Na próxima quarta-feira, em São Paulo, no Pacaembu.