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BARÇA “TRAVADO” VENCE NOS ACRÉSCIMOS

Um Barcelona jogando aquém das capacidades, além de um Celtic determinado e resiliente na defesa e nos contra golpes levaram os catalães a obterem vitória com ares de dramaticidade no Camp Nou perante 77 mil pessoas presentes na expectativa de ver Lionel Messi atingir seu gol de número 300 na carreira entre Barcelona e Seleção Argentina.

 

 

Jordí Alba empurra para o gol nos acréscimos

GRUPO G

 

Barcelona 2×1 Celtic

Barcelona, Espanha

Sim, a vitória veio, mas somente nos acréscimos e não, Lionel Messi, em atuação apagada, não marcou na noite desta terça-feira em Barcelona.

Os escoceses surpreenderiam com gol concedido a Georgios Samaras aos 17 minutos de jogo.

Tito Vilanova tinha preocupações defensivas depois de ver sua equipe levar quatro gols contra o Deportivo La Coruña no último sábado e ainda longe de poder contar com sua dupla titular defensiva formada por Carles Puyol e Gerard Piqué.

Mas, fato é que este Barça de Vilanova joga mais fixo que o time de Josep Guardiola. Paradoxalmente, vencendo muitas vezes in extremis, mantém campanha de aproveitamento total tanto na Liga quanto na UEFA Champions League.

Na partida válida pela 3ª rodada da fase de grupos da UCL, além de todas as dificuldades e deficiências do Barça, o Celtic apresentou disciplina tática na defesa e nos momentos de contra-ataque. Faltou sim, maior qualidade dos jogadores do time escocês.

Jordí Alba exultante com gol in extremis

O apagado Lionel Messi foi o termômetro da equipe em campo. Muita expectativa sobre o argentino em vê-lo marcar seu 300º gol na carreira (268 gols pelo Barcelona e 31 pela Argentina).

No entanto, se o argentino não está em seu dia, outros craques da equipe devem assumir a responsabilidade. Foi o que tratou de fazer Andrés Iniesta aos marcar antes do final do 1º tempo.

A 2ª etapa apresentaria momentos incomuns de erros de passe nas tentativas de colocar em ação o famoso tiqui-taca, corriqueiro tanto no Barça quanto na Seleção Espanhola. Algo que gerou certa insatisfação no público presente.

No outro lado, o Celtic demonstrava total atenção e disciplina tática nos desarmes de jogadas dos anfitriões.

Quando todos esperavam o empate, Adriano efetua cruzamento cirúrgico para Jordí Alba empurrar para o gol com a sola da chuteira aos 94 minutos de jogo.

Vitória do Barcelona sim, mas sem festa para Lionel Messi desta vez.

 

Spartak Moscou 2×1 Benfica

Moscou, Rússia

Time russo se recupera das derrotas para Barcelona e Celtic e volta à disputa por vaga nas oitavas de final.

Os russos abriram o placar com o brasileiro Rafael Carioca logo aos 2 minutos de jogo. Lima empatou para os portugueses, mas Jardel Vieira fez gol contra e a derrota do Benfica complicou a vida dos portugueses no grupo.

Classificação:

 

 

Casa

Fora

Total

 

 

Clubes

J

V

X

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V

X

D

V

X

D

GM

GS

DG

Pts

1  FC Barcelona 3 2 0 0 1 0 0 3 0 0 7 3 4 9
2  Celtic FC 3 0 1 0 1 0 1 1 1 1 4 4 0 4
3  FC Spartak Moskva 3 1 0 1 0 0 1 1 0 2 6 7 -1 3
4  SL Benfica 3 0 0 1 0 1 1 0 1 2 1 4 -3 1

 

 

GRUPO E:

 

Shakhtar Donetsk 2×1 Chelsea

Donetsk, Ucrânia

Em partida de gols brasileiros, o Shkhtar Donetsk obtém importante vitória sobre os atuais campeões do Chelsea e assume a liderança isolada do grupo.

Shakhtar 2×1 Chelsea

O ex-vascaíno Alex Teixeira abriu o placar logo aos 2 minutos de jogo e Fernandinho ampliou no início do 2º tempo. O Chelsea marcaria seu gol com Oscar somente a poucos minutos do final.

Agora são onze meses de invencibilidade do time mais brasileiro da UCL em casa.

Já pelos lados do Chelsea, o jogo marcou a volta de John Terry após punição da FA aplicada ao jogador. Frank Lampard também retornou à equipe no lugar de Éden Hazard.

 

Nordsjaelland 1×1 Juventus

Copenhague, Dinamarca

Os dinamarqueses do Nordsjaelland saíram na frente dos campeões italianos com belo gol de falta de Mikkel Beckmann aos 4 minutos do 2º tempo.

Andrea Pirlo e companhia tiveram dificuldades em Copenhague

A Juventus conseguiria o empate somente aos 35 minutos e se seguraram por um fio na competição continental com três empates.

Classificação:

 

 

Casa

Fora

Total

 

 

Clubes

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V

X

D

V

X

D

GM

GS

DG

Pts

1  FC Shakhtar Donetsk 3 2 0 0 0 1 0 2 1 0 5 2 3 7
2  Chelsea FC 3 0 1 0 1 0 1 1 1 1 7 4 3 4
3  Juventus 3 0 1 0 0 2 0 0 3 0 4 4 0 3
4  FC Nordsjælland 3 0 1 1 0 0 1 0 1 2 1 7 -6 1

 

 

GRUPO F:

 

BATE Borisov 0x3 Valencia

Minsk, Bielorrússia

Hat trick de Roberto Soldado conduz Valencia a importante vitória em Minsk, apesar de vida difícil para os espanhóis na 1ª etapa.

Roberto Soldado faz “hat trick” em Minsk

O Valencia necessitava de recuperação e partiu para o ataque, perdendo duas oportunidades de gol. Os locais dominaram o restante dos primeiros 45 minutos.

O gol de pênalti de Soldado no final da etapa abriu caminho para a confirmação da vitória espanhola no 2º tempo.

 

 

Lille OSC 0x1 FC Bayern

Villeneuve D’Ascq, França

Os bávaros tiveram o domínio da partida, contudo sem imprimir pressão sobre os anfitriões e conseguiram a vitória mínima na França.

Thomas Müller e Franck Ribery

Thomas Müller marcou de pênalti aos 19 minutos de jogo, mas forçariam o jogo somente na etapa final.

As vitórias de Bayern e Valencia embolaram o grupo, deixando para trás o Lille. Serão três equipes na luta por duas vagas.

Classificação:

 

 

Casa

Fora

Total

 

 

Clubes

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V

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D

V

X

D

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GS

DG

Pts

1  FC BATE Borisov 3 1 0 1 1 0 0 2 0 1 6 5 1 6
1  FC Bayern München 3 1 0 0 1 0 1 2 0 1 4 4 0 6
1  Valencia CF 3 1 0 0 1 0 1 2 0 1 6 2 4 6
4  LOSC Lille 3 0 0 2 0 0 1 0 0 3 1 6 -5 0

 

 

GRUPO H:

Manchester United 3×2 Braga

Manchester, Inglaterra

Javier “Chicharito” Hernández ressurge no time titular do United e comanda grande virada sobre o Braga ao marcar duas vezes em Old Trafford.

Chicharito ressurge em dia de virada do Manchester United

Também marcou duas vezes o brasileiro Alan Osório pelo Braga no 1º tempo, mas os portugueses não foram competentes em segurar o placar favorável.

Jonny Evans também marcou para os anfitriões.

Mais uma vez o time de Alex Ferguson deixa a desejar na Champions ao correr sérios riscos na partida. Mas, a exemplo do Barcelona, mantém campanha de 100% de aproveitamento na competição europeia.

 

Galatasaray 1×1 Cluj

Istambul, Turquia

O auto gol do camaronês Dany Noukeu aos 18 minutos de jogo colocou pressão sobre os donos da casa contra os romenos do Cluj. O gol de empate sairia somente aos 31 minutos do 2º tempo com Burak Yilmaz.

Empate ruim para o Galatasaray que amarga a lanterna do grupo e terá que lutar para alcançar o vice-líder, o próprio Cluj.

Classificação:

 

 

Casa

Fora

Total

 

 

Clubes

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D

V

X

D

V

X

D

GM

GS

DG

Pts

1  Manchester United FC 3 2 0 0 1 0 0 3 0 0 6 3 3 9
2  CFR 1907 Cluj 3 0 0 1 1 1 0 1 1 1 4 3 1 4
3  SC Braga 3 0 0 1 1 0 1 1 0 2 4 5 -1 3
4  Galatasaray AŞ 3 0 1 1 0 0 1 0 1 2 1 4 -3 1

O PÊNALTI DA DISCÓRDIA

Com mais futebol, volume de jogo, posse de bola e lance controvertido de penalidade máxima que talvez tenha alterado os rumos da partida, o Barcelona derrotou o Milan por 3×1 no Estádio Camp Nou nesta terça-feira e deu gigante passo para chegar a mais uma final de UEFA Champions League.

 

O lance capital do jogo. Pênalti?

Sim, final, pois em relação à semifinal vindoura, além de ser a quinta consecutiva do clube catalão, o adversário não parece assustar tanto assim como o Milan. Será?

Partida que contava com a volta de Cesc Fábregas no time titular escalado por Josep Guardiola em vez de Seydou Keita, como no jogo de ida em Milão. Mudança que significava mais ofensividade por parte dos anfitriões.

A partida começaria com o mesmo roteiro de San Siro: o Barça com maior posse de bola e o Milan atentamente observando a troca de passes catalã em verdadeiro exercício de paciência e concentração.

A primeira perfuração no ferrolho italiano ocorreria antes dos 10 minutos de jogo em jogada de Daniel Alves, passe de primeira de Fábregas que havia chamado a atenção de toda linha de zaga milanista que largou Lionel Messi e conclusão para fora do melhor do mundo.

Aos 10 minutos, o primeiro pênalti: bola roubada por Messi em falha de Philip Mexes. O argentino avançou, tocou, a bola foi interceptada por Luca Antonini, que ao ver Messi retornando de posição fora de jogo, correu desesperadamente até o argentino para corrigir o erro, mas cometeu penalidade. A dúvida ficou em suposto impedimento de Messi, mas como houve passe de Antonini, intencional ou não, o árbitro não pode ser criticado pela marcação.

Messi bateu no canto de Christian Abbiati e fez o primeiro.

Em seguida, o Milan fez o que deveria ter feito ao não desistir de sua proposta de jogo de marcar os anfitriões a todo custo.

O prêmio pela concentração milanista viria aos 32 minutos em boa jogada de Robinho que tocou para Zlatan Ibrahimovic que fez o pivô para Antonio Nocerino penetrar pela direita e bater na saída de Victor Valdéz.

Empate milanista que classificaria os visitantes. Era a pressão sobre os donos da casa que Massimiliano Allegri queria.

De fato, a partida encaminhar-se-ia para o intervalo com o 1×1, resultado que traria ingredientes de dramaticidade para a 2ª etapa, até que o árbitro holandês Bjorn Kuipers assinalou falta dentro da área de Alessandro Nesta em Sergio Busquets quando o italiano agarrava a camisa do espanhol. Tudo isso com Carles Puyol também empurrando Nesta quase que simultaneamente.

Marcação que causou surpresa até mesmo para os blaugranas, sem mencionar a revolta dos italianos.

Lance que fez com que Messi anotasse os 2×1 em Camp Nou. Lá estava o Barça novamente em vantagem, lá estava o Milan novamente tendo que buscar forças para recomeçar.

A disputa se encerrou aos 8 minutos do 2º tempo com lançamento perfeito de Messi para Andrés Iniesta concluir.

A questão referente ao segundo pênalti estava relacionada mais com o fato de a trajetória da partida ter sido alterada.

Uma virada de tempo em 1×1 daria mais competição e emoção à segunda etapa.

Significaria que o Milan teria vencido? Talvez, mas ainda assim com maior possibilidade para o “não” como resposta. Algo óbvio de se deduzir considerando a qualidade de ambas as equipes.

O que já foi exaustivamente dito e escrito deve ser repetido com o intuito de enfatizar caso haja qualquer sombra de dúvida: o Barcelona é o melhor time do mundo que possui em seus quadros o melhor jogador do mundo.

O Milan de Allegri, sabedor da dura realidade, adotou o velho e bom jogo italiano baseado no catenaccio, ou seja, o ferrolho, a mais pura retranca. Está no sangue do italiano, defender-se no futebol é uma arte. Só que isso não era suficiente. Era necessária maior qualidade na saída de bola milanista, algo que faltou. Somente Kevin Prince Boateng partia para cima quando detinha a posse de bola.

Contudo, funcionou em Milão. Poderia ter funcionado em Barcelona também, mas aí houve o pênalti marcado por Kuipers, dando outro desfecho para o jogo que teria sido muito melhor no 2º tempo em verdadeiro duelo de escolas de futebol. Quem teria vencido? Não dá para saber, apesar do favoritismo e superioridade do Barça.

Foi algo que disse Allegri na coletiva pós-jogo: “um pênalti nós os presenteamos, o árbitro os presenteou com outro.

No outro lado, festa em Barcelona pela quinta semifinal em sequência do time da cidade. Nada mal mesmo!

E a porteira está aberta para o Barça nas semifinais que agora enfrentará o Chelsea que derrotou o Benfica por 2×1 em Stamford Bridge nesta quarta-feira em boa atuação dos portugueses.

A questão é: o que este Chelsea de Roberto Di Matteo poderá fazer contra o todo-poderoso Barcelona? Não muito possivelmente.

Do outro lado da chave, o confronto Real Madrid x Bayern foi confirmado com nova vitória dos bávaros por 2×0 sobre o Olympique Marseille em Munique.

Já os comandados de José Mourinho se divertiram contra o APOEL e fizeram 5×2 no Estádio Santiago Bernabéu.

Tudo se encaminha para uma final entre Barcelona versus Bayern ou Real Madrid, mostrando o maior equilíbrio na chave bávaro-merengue.

 

 

MOU: “ACABAMOS COM A ELIMINATÓRIA”

Real Madrid nas semifinais e Chelsea quase lá. Eis o balanço da rodada de abertura das quartas de final da UEFA Champions League hoje em Nicósia e Lisboa.

Karim Benzema

Os 3×0 do Madrid em Nicósia contra o APOEL tardaram a ser construídos. Os espanhóis não saíam do ferrolho dos cipriotas. Tudo isso até os 29 minutos do 2º tempo, quando Karim Benzema abriu o placar.

Estava aberta a porteira e o Madrid tratou de aproveitar.

Kaká, que viera do banco, ampliou aos 37 minutos e Benzema teve tempo de fechar o placar no final.

Resultado amplo na 1ª perna das quartas de final fora de casa que fizeram com que José  Mourinho abandonasse o protocolo padrão da pregação de respeito ao adversário até o fim no sentido de que tudo pode acontecer. Sem hipocrisia, Mourinho declarou: “tivemos que jogar bem para ganhar. Estivemos bem atrás ao evitar contragolpes, utilizamos bem a posse de bola e quando marcamos logo acabamos com a eliminatória”.

Mourinho ainda ressaltou as qualidades do APOEL ao lembrar as dificuldades do Madrid em marcar e o que os cipriotas haviam feito sem o poderio econômico de outras equipes.

Fato é que o Real Madrid está nas semifinais da UCL, a menos que alguém acredite que o APOEL possa fazer um 3×0 no Santiago Bernabéu e derrotar os donos da casa nas penalidades.

Fernando Torres jogou bem desta vez

Em Lisboa, Benfica e Chelsea fizeram duelo equilibrado onde prevaleceu a experiência dos jogadores do Chelsea para derrotar os anfitriões por 1×0 com gol de Salomon Kalou aos 30 minutos do 2º tempo.

A chave da vitória dos londrinos foi a boa atuação de jogadores até então contestados na temporada como o zagueiro David Luiz e o atacante Fernando Torres.

O Chelsea suportou pressão lusitana até o momento do gol, que foi suficiente para arrefecer o ímpeto do Benfica. Traduzindo: partida sob controle do Chelsea no final.

Se não se pode dizer que o Chelsea está classificado para as semifinais, pelo menos tudo está bem encaminhado para o jogo da volta em Stamford Bridge para um time cujo elenco é formado por um núcleo de jogadores que dão as cartas no clube e jogam apenas quando querem.