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Chazinho de Coca – Apatia palmeirense é "coisa do futebol"?

@MauroCezarESPN “O que fez o Palmeiras hoje merece uma explicação. Não dá para encarar os 1-4 São Caetano como “coisa do futebol”

O Mauro Cezar sintetizou em menos de 144 caracteres a realidade após a vexatória goleada sofrida pelo Palmeiras. Simplesmente não dá para fingir que isso foi um resultado normal. O que é que está anormal eu não sei, ele não deve saber também. Mas alguém precisa saber e esse alguém precisa agir rápido, pra ontem.

Domingo o massacrado Palmeiras recebe o São Paulo no mesmo Palestra Itália. Se repetir o futebol (ou a falta dele) de ontem, toma de 8X1.

Ao longo da transmissão de ontem na Rádio Bandeirantes, Mauro Beting disse que o Palmeiras atuava como se tivesse 11 Armeros. Como se vê, o pobre lateral esquerdo já virou sinônimo de apatia. Só que dessa vez ele não estava lá, então a culpa do início de ano ruim será só dele?

Sou fã do Muricy. Acho que ele tem um perfil que deveria ter dado uma liga incrível com o Palmeiras, mas até agora não deu em nada. Ele desmantelou o time líder do BR09 e agora não mostra variação tática alguma nas partidas.

O time e ruim? O elenco pode até ser, o time não é. Marcos, Figueroa, Danilo, Leo, Edinho, Pierre, Cleiton Xavier, Diego Souza. É um time ruim? A ponto de tomar de 4 do São Caetano? Claro que não é.

Como que pode um time que joga com 2 volantes e 3 zagueiros ser colocado na roda? Não há explicação plausível para tal situação.

Após a partida, Muriça disse que o time não jogou nada e que nem adiantava cobrar o elenco. Mas como assim não adiantava cobrar o elenco? Vai cobrar quem, eu? Você? O Mauro Cezar ou o Mauro Beting? A Culpa é sempre da imprensa, nunca dele? Nunca do time?

O Universo tá vendo o quanto me dói criticar o cara em que eu tanto apostei que fosse vingar no time. Mas não esta dando para segurar a bronca Muriçoquiana. A de alguns jogadores também não.
Boicote ao técnico? Racha entre Cipullo e Muricy? Não sei o que ocorre, mas sei o que pode vir a ocorrer com esse cenário apresentado. Talvez já esteja na hora de pensar em salvar o 2º semestre, onde o time com essa bola que tá jogando, briga para não cair no BR10. Paulistão? Acho que já foi. Copa do Brasil? Ainda há tempo para tentar algo, mas esse algo precisa ser bem drástico.

Esquecendo agora um pouco o cenário de pouco futebol do time, vou resgatar aqui algumas lembranças, umas boas, outras ruins: Estamos em ano de Copa. O torcedor alviverde se lembra como foram os dois últimos anos de Copa para o Palmeiras? 2002 rebaixamento. 2006, salvo de novo rebaixamento na penúltima rodada.

Todavia, prefiro terminar o post com lembranças boas, também de anos de Copa: 1994, Palmeiras bicampeão brasileiro, bicampeão paulista e campeão do rio-sp. 1998, Palmeiras campeão da Copa do Brasil e campeão da Mercosul.

Coragem, alviverdes.
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Despeço-me do entristecido, mas esperançoso torcedor verde e também de todos os outros nobres ferozes que nos acompanham, com um som agradabilíssimo da banda de Zooey Deschannel: She&Him – This Is Not A Test

Cheers,

Chazinho de Coca – Palmeiras de Jorginho joga bem por que joga simples.

Muitos tratam o futebol, o campo de jogo como um enorme laboratório. Muitas vezes é justa a invencionice. O time é fraco, com poucas opções, muitos desfalques. Mas em outras (muitas) vezes o excesso na auto-intitulação de “professor”, dá margem a erros e exageros dos comandantes dos esquadrões da nação.

Jorginho vai na contramão dessa história. Ontem ele deu mais uma demonstração de que o futebol não é tão complicado quanto se prega.

Zagueiro é zagueiro. Volante é volante. Lateral é lateral, Meia é meia. Atacante é atacante. A forma como ele dispõe essas peças em seu jogo é que tem feito a diferença.

Alguém se lembra de um tal de Keirrison? Juro pra vocês que só me lembrei dele agora quando olhava algumas postagens antigas do FFC.

Ontem Ortigoza e nas rodadas anteriores, Obina. Não são gênios, mas acreditam em todas as jogadas e em muitas delas a crença se transforma em realidade, que se transforma em boa jogada, que muitas vezes dá em gol.

Cleiton Xavier tem se visto livre de sua outrora obrigação na marcação. Quando é necessário, ele dá combate, mas a sua função primordial é armar. Ganhou a companhia do jovem Deyvid Sacconi, que é um meia de ligação de ofício e de qualidade, mas que teve poucas chances com Luxa.

Jorginho conta também com a sorte. As voltas de Edmilson, que transita entre o meio campo e a zaga, e Sandro Silva, qualificaram o setor de marcação verde. Pierre agradece aos céus.

Armero tem atacado quase como um ponta esquerda. Lembra André Santos quando apóia, mas é melhor que o corintiano quando precisa ajudar a retaguarda. Falta ainda o lateral direito do mesmo calibre. Mas Wendell tem jogado bem. Sem brilho, mas seguro.

A zaga está bem postada, poucas são as falhas individuais, e isso é fruto de um posicionamento acertado, somado ao combate que a jogada adversária já recebe desde a sua saída de bola. O Flamengo que o diga.

O Palmeiras ganhou quase todas as bolas de meio campo, fosse por baixo ou por cima. O Flamengo num desespero só, atacava atabalhoadamente e trazia quase todo o time para a o campo verde. Isso permitia ao time de Jorginho ser cirúrgico e a armar contra-ataques a todo o momento, sem nem se preocupar em ser apontado impedimento. Os flamenguistas davam essa margem.

Mais do que o Palmeiras de Luxemburgo, o time do Jorginho tem tido suas boas atuações sustentadas não só pela simplicidade do treinador na armação da equipe, mas por contar com um termômetro que ontem teve uma atuação de seleção brasileira – Diego Souza.

É ele quem dá velocidade quando a jogada pede isso. É ele quem segura a bola no ataque quando o adversário pressiona. É ele quem chama a responsabilidade nas jogadas individuais e nos passes que deixam os atacantes em boas condições no ataque. Jogou muito o camisa 7.
Tem jogado muito o Diego.

Ontem ele abusou. Com a liberdade que o esquema de Jorginho lhe proporcionou, o time variava de esquema com uma simples mudança de postura de seu camisa 7. De 3-6-1, para 3-5-2 sem que o time perdesse pegada ou qualidade no ataque.

O 1º tempo terminou 2X0, mas poderia ter sido bem mais. Na 2ª etapa o time cansou, tanto que as alterações de Jorginho foram em cima de solicitações dos jogadores e não de alteração tática ou técnica. A partir disso o Flamengo até se empolgou, marcou seu gol. Mas deve levantar as mãos aos céus por ter perdido só de 2X1.

Futebol é simples. Um bom time não se faz apenas com craques em todos os setores, mas com confiança e com gana de vitória. Nada disso tem faltado ao Palmeiras de Jorginho.

Confira o que rolou no jogaço:

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Rapidinha da Libertadores.

-Há exatos 10 anos os clubes brasileiros não vencem uma Libertadores quando tem pela frente um adversário de fora. O último foi o Palmeiras, em 1999, quando venceu o Deportivo Cali (COL).

Alguém me explica o que ocorre?
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Despeço-me da nobreza ao som da banda de Zooey Deschanel, She & Him com Why Do Let Me Stay Here?

Cheers,

Chazinho de Coca – Internacional 2X0 Palmeiras

O time do Inter é forte, muito forte. Apesar de ainda ser muito cedo para apostar em favoritos e principalmente se tratando do Inter, que há 3 anos entra como favorito e não chega nem em Libertadores.

Ontem o Inter entrou com um time misto contra os titulares do Palmeiras, outro apontado por muitos como um dos favoritos. Em uma rápida análise, se você tem um jogo entre 2 favoritos e um deles entra com metade do que tem de melhor, contra tudo o que tem de melhor o outro time, espera-se que o 2º time domine as ações, ao menos pressione e leve realmente perigo.

Marcos saiu irritadíssimo do jogo e se disse decepcionado com a atuação do Palmeiras. Luxemburgo defendeu o time das críticas do santo goleiro e preferiu exaltar o elenco de Tite.

– Isso é uma grande bobagem. Esta mentalidade precisa mudar no Brasil. O Tite está de parabéns. Também já coloquei um time alternativo em campo e o grupo manteve a qualidade. O Alecsandro (atacante do Inter), por exemplo, seria titular em qualquer clube do Brasil – afirmou. (fonte: LANCEnet)

Não faltou vontade ao time alviverde, faltou organização. Faltou, mais uma vez, participação mais efetiva de Keirrison. Talvez esteja faltando a ele uma esquentadinha no banco de reservas.

E a revelação do BR08? Marquinhos entrou como titular e mais uma vez mostrou que não pode ainda requisitar tal posição. Diego Souza jogou bem abaixo.Maurício Ramos na lateral direita? Não rola.

Pelos lados do Inter, Danny Morais fez um partidaço e um golaço, inaugurando o placar.
Apesar de jogar em casa, o Inter postou-se para atuar no contra-ataque. Taison era o responsável por puxar essas jogadas e não decepcionou. Foi dele a jogada do 1º gol.

O Palmeiras parece ter virado refém das próprias necessidades. No início do ano era um time montado para atacar. Era uma metralhadora. Levava gols, mas marcava muitos outros. Keirrison voava com Williams ao lado. A Libertadores impôs ao time a necessidade de criar um padrão de jogo mais seguro atrás, atuando fechado e buscando iluminações ofensivas. Tem dado certo na competição continental. Não nas caseiras.

O K9 não é o único culpado pela queda de seu futebol. Muitas vezes ele aparece na intermediária buscando a bola que deveria chegar até seus pés já dentro da área adversária.Se Diego Souza não está inspirado, o Palmeiras passa a depender exclusivamente da precisão de Cleiton Xavier. Se nem ele acerta, então é um Deus nos acuda.

Ontem aconteceu tudo isso. O Inter não foi brilhante, mas fez a sua. Ganhou bem, sem problemas e é o líder do Campeonato.

Apostar em favoritos na 2ª rodada é complicado. Mas algumas fichas já podem ser reservadas ao Inter. Já ao Palmeiras…

Bem, estamos só na 2ª rodada.

Acompanhe os lances da partida:

O som que dá aquele balanço gingado ao post fica por conta da banda de Zooey Deschannel, SHE & HIM, com a bacaníssima Why Do You Let Me Stay Here? Veja o videoclipe:

Cheers,