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BARÇA SAI NA FRENTE NA SUPERCOPA ESPANHOLA

 Sim, o Barcelona largou na frente contra o arquirrival Real Madrid no confronto de ida e volta do campeão da Copa do Rei contra o campeão da Liga no Estádio Camp Nou de Barcelona. Mas, o erro final do goleiro Victor Valdez resultou no segundo gol dos visitantes, transformando os confortáveis 3×1 provisórios em 3×2 finais, deixando a disputa em aberto para a partida de Madri.

Victor Valdez falha e Ángel di María não perdoa

O 1º tempo começou de forma trivial nas partidas do Barça. Muito ímpeto do adversário tentando mostrar serviço contra o time a ser batido. Tudo isso dura até o momento em que o Barcelona consegue colocar a bola no chão e iniciar seus trabalhos de amplo domínio de possa de bola.

Tito Vilanova repetiria a formação tática (3-4-3) da partida contra o Real Sociedad, tendo como única alteração inicial a escalação de Alexis Sánchez no lugar de Cristian Tello.

No Madrid, José Mourinho vinha com escalação defensiva que incluía o contestado Fábio Coentrão atrás, um meio de campo povoado por Callejón, Mesut Özil, Sami Khedira e Xabi Alonso, deixando Cristiano Ronaldo isolado à frente.

E Mourinho conseguiria seu objetivo na 1ª etapa ao tornar a partida monótona e truncada após alguns minutos de jogo, apesar da tradicional maior posse de bola dos locais.

Xabi Alonso levaria amarelo por falta em Sergio Busquets, Fábio Coentrão desarmaria Alexis Sanchez na área levando o público a reclamar penalidade e Alberloa também levaria amarelo por carga também sobre Busquets. Definitivamente, o jogo tornara-se demasiado físico àquela altura.

 

Fábio Coentrão exercendo marcação cerrada sobre Lionel Messi. Jogo mais físico que técnico no 1º tempo.

As maiores emoções estavam reservadas para o 2º tempo.

Logo aos 9 minutos, escanteio para o Real Madrid onde Cristiano Ronaldo surpreenderia a defesa blaugrana ao vir detrás e cabecear no primeiro pau e marcar.

Alegria merengue que duraria um minuto. Na saída de bola, Javier Mascherano lança Pedro Rodríguez à direita com perfeição que deixa Coentrão para trás na corrida e bate cruzado sem chances para Iker Casillas.

Aos 68 minutos de jogo, Sergio Busquets derruba Andrés Iniesta na área. Lionel Messi bate para desempatar.

Andrés Iniesta se converteria no verdadeiro maestro do jogo ao executar belíssima jogada e lançar Xavi para ampliar.

Os 3×1 davam larga margem de conforto para os catalães na melhor de dois jogos, mas em recuo de bola, o goleiro Victor Valdez perderia posse de bola para Angel di María, promovido ao jogo por Mourinho, para diminuir.

Grande vitória do Barcelona, a primeira de Tito Vilanova nos superclásicos, mas que recebeu ducha de água fria com o segundo gol inesperado do Real Madrid que conseguiu levar a decisão para o Santiago Bernabéu na próxima semana.

SOBRE COMO SUPERAR O MAIS FORTE

E foi o que ocorreu nesta última semana, culminando com o empate heroico do Chelsea com o Barcelona no Estádio Camp Nou por 2×2 (3×2 para o Chelsea no agregado) nesta terça-feira: o gigante batido, e não somente uma vez, e não somente pelos londrinos, mas também pelo arquirrival Real Madrid.

Cena do filme Rocky IV: como vencer o mais forte?

Tentar explicar pode passar por algo como recorrer ao lugar comum de dizer que somente o futebol proporciona tal possibilidade. Evidente, não deixa de ser a mais pura verdade, afinal que outro esporte coletivo expõe a derrota de uma equipe mais forte? O basquete, o vôlei, o futebol americano? Muito mais improvável.

O que dizer então das bolas na trave e da penalidade máxima desperdiçada? Fato é que boa pontaria também faz parte dos fundamentos do futebol e, se não for bem executado, é dar sopa para o azar na certa.

Se na quarta-feira da semana passada, o Chelsea contou com toda a sorte do mundo para fazer o placar de 1×0 em Londres, o mesmo já não pode ser dito sobre a partida do último sábado contra o Real Madrid válida pela Liga espanhola quando os merengues se impuseram sobre os blaugranas por 2×1 também no Camp Nou.

Ali, o Madrid fez partida digna de um gigante contra os melhores do mundo, ainda que a posse de bola tivesse se mantido com os catalães na maior parte do tempo como de praxe. Os anfitriões conseguiram o gol inaugural com Sami Khedira logo aos 17 minutos de jogo, mantiveram o Barça em desvantagem até 70º minuto com Alexis Sanchez empatando. Contudo, três minutos depois, voltaram a desempatar em grande jogada entre Cristiano Ronaldo e Mesut Özil com gol do português.

E não foi somente o placar. O time de José Mourinho forçou os campeões do mundo a jogarem fora de suas características habituais: lançamentos em profundidade sem eficácia, tentativas de jogadas de linha de fundo não mais produtivas e jogo aéreo. Algo que, talvez aí resida alguma limitação deste time do Barcelona, os comandados de Josep Guardiola não gostam e não sabem fazer.

No final, vitória justa do Madrid.

E eis que o Barcelona chegava para a segunda perna da semifinal contra o Chelsea, equipe que possui um grupo de atletas cujo núcleo líder detém super poderes e goza da admiração do chefe e proprietário do clube, o bilionário russo Roman Abramovich.

Inesperada festa do Chelsea no Camp Nou

Tamanha força nas mãos de certos jogadores que, a exemplo do que haviam feito com Luiz Felipe Scolari em 2009, fizeram com que não hesitassem em boicotar o treinador português André Villas Boas. Algo que ficou escancarado nas oitavas-de-final da UCL quando os azuis perderam para o Napoli por 3×1 com Villas Boas no banco e, já sem o português persona non grata do citado grupo, como que num passe de mágica, jogaram muito em Londres para virar o placar agregado ao fazer 4×1 em Stamford Bridge.

Este Chelsea era sabedor, já no jogo de Londres, de que jogar no mano a mano com o Barcelona era suicídio, afinal, trancados na defesa, já deram sorte nesta mesma primeira partida.

A solução era repetir a dose e rezar.

Só que no banco dos azuis havia um italiano, Roberto Di Matteo, portanto alguém que, somente pela origem, poderia significar prenúncio de um velho e bom catenaccio.

E lá estava ele, o esquema tático do ferrolho, culturalmente tão admirado pelos italianos para tentar o quase impossível: frear o ímpeto do Barça.

Só que desta feita era um Barça levemente ferido que ia a campo para defender seu título europeu. Duas derrotas consecutivas na temporada, principalmente a última contra o bom Real Madrid de José Mourinho em Barcelona.

E lá foram eles para o jogo.

No Barcelona, a novidade era a ausência de Daniel Alves e a presença de Gerard Piqué ao lado de Carles Puyol com o auxílio de Javier Mascherano e Sergio Busquets como volantes.

Estratégia de Guardiola que se foi quando Piqué lesionou-se e foi substituído pelo brasileiro.

Perdas também no Chelsea com a distensão de Gary Cahill e a promoção de José Bosingwa.

O Barça forçava o jogo a seu estilo e o Chelsea se defendia como podia até os 34 minutos, quando houve a primeira falha defensiva de marcação e Isaac Cuenca teve tempo de cruzar para Busquets marcar.

Mais 3 minutos de jogo e outro sério revés para os ingleses. John Terry é flagrado golpeando Alexis Sanchez nas costas com o joelho e é expulso justamente.

Não bastassem os problemas, o possível golpe de misericórdia viria cinco minutos mais tarde quando Andrés Iniesta ampliou o placar.

A partir daí, a sensação geral era de que a fatura estava concluída, e seria com goleada do Barça.

Ledo engano.

Aos 45 minutos, Ramires recebe pela direita e encobre com maestria o goleiro Victor Valdez. 2×1 antes do final do 1º tempo que classificava o time inglês, apesar de todos os obstáculos.

O que se viu no 2º tempo foi um Chelsea extremamente defensivo e um Barcelona tentando penetrar de todas as formas a seu estilo que, naquele momento, mostrava-se insuficiente.

Aos 4 minutos, penalidade clara de Didier Drogba em Cesc Fábregas. Lionel Messi bateu e acertou a trave. Até os grandes craques têm seu dia de vilão.

 Petr Cech fazia seus milagres, rebatia bolas trabalhadas do Barça na conclusão final, tocava milagrosamente na bola evitando as redes e fazendo-a tocar na trave.

Mas não era dia do Barcelona que pressionara muito, ainda que não apresentasse o mesmo futebol vistoso na 2ª etapa.

E o gol de empate do Chelsea veio com o espanhol Fernando Torres, que entrara no decorrer do jogo. O criticadíssmo Torres recebeu lançamento, avançou livre, driblou Valdez e encerrou a disputa pela vaga.

Os 2×2 finais, sob todas as circunstâncias que o cercaram, pareciam roteiro clichê de Hollywood, como aqueles em que o mais fraco, desacreditado, sofre de todas as formas contra o gigante mais poderoso e, portanto, favoritíssimo, mas com superação vence no final para delírio geral.

Analogias hollywoodianas à parte, mudanças podem ocorrer na equipe catalã. Não se sabe o que será do técnico Josep Guardiola, que não tem contrato para a próxima temporada por ora. Ao mesmo tempo começam a surgir especulações na imprensa italiana de que Silvio Berlusconi estaria disposto a tê-lo na direção técnica do Milan, tendo como outra opção Fabio Capello para o cargo.

O PÊNALTI DA DISCÓRDIA

Com mais futebol, volume de jogo, posse de bola e lance controvertido de penalidade máxima que talvez tenha alterado os rumos da partida, o Barcelona derrotou o Milan por 3×1 no Estádio Camp Nou nesta terça-feira e deu gigante passo para chegar a mais uma final de UEFA Champions League.

 

O lance capital do jogo. Pênalti?

Sim, final, pois em relação à semifinal vindoura, além de ser a quinta consecutiva do clube catalão, o adversário não parece assustar tanto assim como o Milan. Será?

Partida que contava com a volta de Cesc Fábregas no time titular escalado por Josep Guardiola em vez de Seydou Keita, como no jogo de ida em Milão. Mudança que significava mais ofensividade por parte dos anfitriões.

A partida começaria com o mesmo roteiro de San Siro: o Barça com maior posse de bola e o Milan atentamente observando a troca de passes catalã em verdadeiro exercício de paciência e concentração.

A primeira perfuração no ferrolho italiano ocorreria antes dos 10 minutos de jogo em jogada de Daniel Alves, passe de primeira de Fábregas que havia chamado a atenção de toda linha de zaga milanista que largou Lionel Messi e conclusão para fora do melhor do mundo.

Aos 10 minutos, o primeiro pênalti: bola roubada por Messi em falha de Philip Mexes. O argentino avançou, tocou, a bola foi interceptada por Luca Antonini, que ao ver Messi retornando de posição fora de jogo, correu desesperadamente até o argentino para corrigir o erro, mas cometeu penalidade. A dúvida ficou em suposto impedimento de Messi, mas como houve passe de Antonini, intencional ou não, o árbitro não pode ser criticado pela marcação.

Messi bateu no canto de Christian Abbiati e fez o primeiro.

Em seguida, o Milan fez o que deveria ter feito ao não desistir de sua proposta de jogo de marcar os anfitriões a todo custo.

O prêmio pela concentração milanista viria aos 32 minutos em boa jogada de Robinho que tocou para Zlatan Ibrahimovic que fez o pivô para Antonio Nocerino penetrar pela direita e bater na saída de Victor Valdéz.

Empate milanista que classificaria os visitantes. Era a pressão sobre os donos da casa que Massimiliano Allegri queria.

De fato, a partida encaminhar-se-ia para o intervalo com o 1×1, resultado que traria ingredientes de dramaticidade para a 2ª etapa, até que o árbitro holandês Bjorn Kuipers assinalou falta dentro da área de Alessandro Nesta em Sergio Busquets quando o italiano agarrava a camisa do espanhol. Tudo isso com Carles Puyol também empurrando Nesta quase que simultaneamente.

Marcação que causou surpresa até mesmo para os blaugranas, sem mencionar a revolta dos italianos.

Lance que fez com que Messi anotasse os 2×1 em Camp Nou. Lá estava o Barça novamente em vantagem, lá estava o Milan novamente tendo que buscar forças para recomeçar.

A disputa se encerrou aos 8 minutos do 2º tempo com lançamento perfeito de Messi para Andrés Iniesta concluir.

A questão referente ao segundo pênalti estava relacionada mais com o fato de a trajetória da partida ter sido alterada.

Uma virada de tempo em 1×1 daria mais competição e emoção à segunda etapa.

Significaria que o Milan teria vencido? Talvez, mas ainda assim com maior possibilidade para o “não” como resposta. Algo óbvio de se deduzir considerando a qualidade de ambas as equipes.

O que já foi exaustivamente dito e escrito deve ser repetido com o intuito de enfatizar caso haja qualquer sombra de dúvida: o Barcelona é o melhor time do mundo que possui em seus quadros o melhor jogador do mundo.

O Milan de Allegri, sabedor da dura realidade, adotou o velho e bom jogo italiano baseado no catenaccio, ou seja, o ferrolho, a mais pura retranca. Está no sangue do italiano, defender-se no futebol é uma arte. Só que isso não era suficiente. Era necessária maior qualidade na saída de bola milanista, algo que faltou. Somente Kevin Prince Boateng partia para cima quando detinha a posse de bola.

Contudo, funcionou em Milão. Poderia ter funcionado em Barcelona também, mas aí houve o pênalti marcado por Kuipers, dando outro desfecho para o jogo que teria sido muito melhor no 2º tempo em verdadeiro duelo de escolas de futebol. Quem teria vencido? Não dá para saber, apesar do favoritismo e superioridade do Barça.

Foi algo que disse Allegri na coletiva pós-jogo: “um pênalti nós os presenteamos, o árbitro os presenteou com outro.

No outro lado, festa em Barcelona pela quinta semifinal em sequência do time da cidade. Nada mal mesmo!

E a porteira está aberta para o Barça nas semifinais que agora enfrentará o Chelsea que derrotou o Benfica por 2×1 em Stamford Bridge nesta quarta-feira em boa atuação dos portugueses.

A questão é: o que este Chelsea de Roberto Di Matteo poderá fazer contra o todo-poderoso Barcelona? Não muito possivelmente.

Do outro lado da chave, o confronto Real Madrid x Bayern foi confirmado com nova vitória dos bávaros por 2×0 sobre o Olympique Marseille em Munique.

Já os comandados de José Mourinho se divertiram contra o APOEL e fizeram 5×2 no Estádio Santiago Bernabéu.

Tudo se encaminha para uma final entre Barcelona versus Bayern ou Real Madrid, mostrando o maior equilíbrio na chave bávaro-merengue.

 

 

OS “ALTOS E BAIXOS” DO BARÇA NA LIGA

David Villa lutando com Alejandro Arribas na vitória do Barça sobre o Rayo Vallecano

Causou espécie a 14ª rodada do campeonato espanhol no último final de semana. Mais especificamente, a derrota do Barcelona para o modesto Getafe por 1×0 fora de casa. Tudo isso após grande vitória do time catalão sobre o Milan, também como visitante, pela UEFA Champions League.

Claro, para o super time do Barcelona de Josep Guardiola, o nível geral de expectativa tornou-se elevadíssimo. E não é para menos. Afinal, os títulos, o futebol total de videogame e a presença do extraordinário Lionel Messi têm encantado o mundo da bola.

Mas aí, eis que um belo dia surge a derrota. E derrota para um pequeno. E após grande vitória sobre um gigante.

Bem, vamos aos fatos para tentar justificar o acontecimento.

Messi contra Diego Castro em Getafe

É óbvio que derrota, ainda que pelo placar mínimo, significa que a apresentação de determinada equipe não tenha sido das melhores. De fato, o volume de jogo do Barça não está na lista dos dez mais inspiradores do time.

Ainda assim, Messi e companhia tiveram suas oportunidades para sair de Getafe com vitória.

Guardiola jogou no 4-3-3, com o retorno de Gerard Piqué e Daniel Alves na zaga ao lado de Maxwell e Eric Abidal. No meio, Thiago Alcântara tentaria repetir a boa atuação contra o Milan, tendo Sérgio Busquets e Xavi por perto. E no ataque, Messi tinha a companhia de David Villa e Alexis Sánchez.

E foram umas duas oportunidades perdidas pelo craque argentino no 1º tempo: cobrança de falta para fora e chute com a intervenção salvadora do goleiro anfitrião Miguel Moyá.

Na etapa final, Messi mais vez. Agora com a conversão a gol efetuada e posição de impedimento duvidosa confirmada pela arbitragem.

O gol dos locais veio aos 22 minutos, com cabeceio de Juan Varela após escanteio.

No final, nova peripécia de Messi, que acertou a trave do gol do Getafe.

Só que ficou nisso, vitória do time da casa.

O que não deu certo no futebol do Barça?

Bom, excetuando bolas na trave, intervenções providenciais do goleiro adversário e possíveis erros de arbitragem, houve um perigoso resquício de “Messidependência” em Getafe.

Thiago Alcântara não esteve à altura de Andrés Iniesta como ocorrera em Milão, Alexis Sánchez também não correspondeu às expectativas, fora que os zagueiros catalães nunca foram excepcionais. É notório que o grande trunfo defensivo do time de Guardiola é a altíssima porcentagem de posse de bola em média por jogo. Sem bola nos pés do adversário para jogar, sem ataque para fazer jogador de retaguarda suar. Simples assim.

Evidentemente, recorrendo ao chavão “mais difícil que chegar ao topo é manter-se por lá”, não dá para exigir aquele nível de motivação que se observa em confrontos contra Milan ou Real Madrid.

Mas se a pernada até Getafe não foi das mais agradáveis, eis que três dias depois o Barcelona teria a chance de apagar a má impressão. E no seu Camp Nou, contra o também humilde Rayo Vallecano, em partida adiantada pela 17ª rodada.

Sim caro leitor, o “intocável” calendário europeu foi ligeiramente modificado, não pela primeira vez obviamente, para que os campeões europeus possam viajar ao Japão e tentar confirmar, de forma oficial, a alcunha de melhor time do mundo no mundial de clubes da FIFA.

E, já no jogo desta última terça-feira, Guardiola variou o esquema tático da equipe. Aliás, o treinador tem adotado o 3-4-3 em algumas oportunidades.

O que a volta de uma peça-chave não pode permitir ao seu técnico? Pois é, lá estava no meio Andrés Iniesta formando o cérebro do time com Xavi, tendo Javier Mascherano e Seydou Keita na marcação, além de Villa, Sánchez novamente e Messi para azucrinar o adversário.

Sem esforço, o Barça fez 4×0 no Rayo Vallecano, desta vez com grande atuação do chileno que marcou dois gols. Villa e Messi concluíram o placar.

Com a vitória, o Barcelona, com um jogo a mais, aproximou-se do líder Real Madrid na classificação com 31 pontos.

CR e seu novo visual contra os marcadores do Atletico Madrid

Real Madrid que teve seu rival local pela frente no derby da cidade.

E bem que o primo pobre tentou engrossar para os anfitriões no Estádio Santiago Bernabéu.

Adrián abriu o placar para o Atlético Madrid aos 15 minutos de jogo.

Tudo ilusão que se diluiu nos gols de Cristiano Ronaldo (que marcaria duas vezes), Ángel di Maria e Gonzalo Higuaín. Vitória do Real por 4×1 no fim das contas e liderança com 34 pontos.

Agora é a dúvida que fica: o futebol dos campeões da Champions caiu em comparação à última temporada?

Uma coisa é certa, manter os níveis de motivação e concentração em qualquer atividade humana nunca foi fácil. Pode haver uma pitada desse ingrediente na atual conjuntura. Pode não haver absolutamente nada.

De qualquer maneira, há uma sensação geral de que a diferença técnica entre Barcelona e Real Madrid tenha diminuído em comparação à temporada passada.

Não há dúvida que José Mourinho, ainda que pesem todas as críticas à sua personalidade, tem obtido progressos com a equipe.

Fato é que o campeonato nacional de dois times, a Liga Espanhola, terá a prova ou a negação do sentimento que paira no ar no próximo dia 10 em Madri, quando realizar-se-á mais um superclássico entre Real Madrid e Barcelona. Partida que atrairá a atenção do mundo do futebol sem dúvida.

Quem não deixa dúvida no ar é o incansável Iggy Pop.

Em 2009, o americano lançou o álbum “Préliminaires”, uma tentativa do velho roqueiro de escapar no barulho sem sentido de guitarras que o rodeava.

Em “Préliminaires”, Iggy flertou com jazz de Louis Armstrong, bossa nova de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e música francesa de Yves Montand e Edith Piaf, mas não abandonou o velho e bom rock’n’roll de qualidade.

E é na vertente que o consagrou que a coluna se encerra. Confira “Nice to be dead”.

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BARCELONA MATADOR: CAMPEÃO DA SUPERCOPA DA UEFA

 

Cesc Fábregas entrou para fazer o gol do título. Festa Barça.

Se o Real Madrid havia começado sua participação na Liga 2011-2012 com avassaladores 6 a 0 sobre o Real Zaragoza fora de casa, o FC Barcelona não deixou por menos e estreou no Camp Nou com um sonoro 5 a 0 sobre o Villarreal.

 Vale lembrar que não se trata de um Zé Ninguém. É o Villarreal, classificado para a UEFA Champions League.

 Tudo isso com um detalhe, Pep Guardiola, sem Gerard Piqué e Carles Puyol, tratou de levar a campo um Barça com três zagueiros: Javier Mascherano, Sergio Busquets e Eric Abidal.

 Thiago Alcântara fez um, Cesc Fábregas marcou em seguida, Alexis Sanchez, estreando, ampliou e Lionel Messi fez outros dois.

 Se Guardiola acenou com mudanças no consagrado esquema de jogo do Barcelona, não menos surpreendente foram algumas das características da partida da última sexta-feira que deu aos catalães o segundo título em menos de um mês de temporada, a Supercopa da UEFA, contra o FC Porto, por 2 a 0 em Mônaco (antes o Barcelona havia conquistado a Supercopa da Espanha contra o Real Madrid e duas partidas: empate por 2 a 2 e vitória por 3 a 2).

 Jogando no Estádio Louis II de Mônaco, o Barcelona, campeão da Champions League, tentava mais um caneco para a coleção de troféus do clube contra os portugueses, campeões da UEFA Europa League, no tradicional evento anual entre os dois campeões continentais.

 A exemplo de diversos jogos anteriores do Barcelona, os oponentes iniciaram os primeiros 10 minutos com ímpeto, mantendo a posse de bola e tomando a iniciativa do jogo.

 Mas não se engane, a festa dura até o primeiro momento em que o Barça consegue colocar a bola no chão e trocar passes precisos à base de perfeita movimentação, apesar do gramado decepcionante do principado magnata.

 Daí em diante foi o de sempre em certos aspectos. Posse de bola estratosférica rondando os 70% e bombardeio catalão sobre o goleiro brasileiro Hélton.

 Pois é, mas para quem acompanha as partidas, pelo menos as mais agudas, do Barcelona de Guardiola notou fatos pouco corriqueiros.

 O oponente. Enquanto adversários de peso ou nem tanto começam a comer o pão quem nem o diabo quer amassar quando Messi e companhia começam a tocar a bola com maestria, o Porto fez muito com seus modestos mas preciosos 30% de posse de bola. A equipe até que criou, atacou, pelo menos tentou com bravura. Hulk incomodava a defesa com sua vontade e excelente condição atlética e muscular. É aquela história, o cara é um tanque e dava trabalho.

 

Davi Villa e Cesc Fábregas com a taça.

O ataque do Barça. Como foi dito, os passes são precisos. O jogo é sincronizado. Parece tudo exaustivamente ensaiado, inclusive com o adversário, ao estilo Harlem Globtrotters, que não vê a cor da bola. Conclusão: quase não há situações de jogo como impedimentos. Estranhamente, não foi o que se viu em Mônaco. O ataque foi pego diversas vezes em posição fora de jogo. Início de temporada? Falta de entrosamento? Gramado ruim? Utilização eficiente da “linha burra” por parte do Porto? Foram os questionamentos dos que notaram a anomalia.

 O Porto, ao estilo “milagre da multiplicação dos pães”, fazia muito com pouco. Tudo ia razoavelmente bem. Até o fim do 1º tempo.

 Cercado, o colombiano Freddy Guarín pensou rápido e tentou recuar para o goleiro Hélton. Pensou rápido e mal. Lionel Messi voltava na boa da banheira após último ataque do Barça imediatamente antes. Recebeu presente dos deuses e concluiu sem stress. Barça 1 a 0.

 Há dias que o sujeito para e pensa que não deveria ter saído da cama naquele dia. Deve ser o que Guarín pensou no final da última sexta-feira.

 

Don Lionel Messi em Mônaco.

Na 2ª etapa a porta estava aberta. O Barcelona tratou de pôr pressão. A “blitz” catalã forçou Rolando a tomar o segundo amarelo.

 Se já estava fácil, clareou ainda mais. Fábregas, que havia entrado no 2º tempo, marcou golaço após assistência perfeita de Messi. Jogada de craques.

 Guarín, para encerrar a jornada cinzenta, também foi expulso no final. Já não importava mais.

 FC Barcelona campeão da Supercopa da UEFA.

 Se o assunto é o futebol quase perfeito do Barcelona. Nada melhor que apreciar o quarto gol da equipe contra o Villarreal. Passes perfeitos e rápidos e gol de Messi.

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