Arquivo da tag: São Paulo

QUANDO NEM MESMO A “RIQUEZA” E A SOBERBA TRAZ COMIDA PRA MESA

O time da Fé, como é conhecido pelos seus torcedores está virando o time da piada, pelo menos para seus rivais. O São Paulo que entra ano e saí ano faz contratações emblemáticas e midiáticas não consegue jogar sequer 1 tempo inteiro de forma segura. A eliminação na Copa do Brasil de 2014 foi somente mais uma prova de que o problema no São Paulo é muito maior do que dentro das 4 linhas e nos 11 jogadores que ali estão. Bragantino se sentiu em casa e ganhou do time do Morumbi de 3 X 1 de virada. Juvenal Juvêncio não está mais no São Paulo mas a foto ilustra o que ele e outros tantos estão fazendo com o Tricolor, deixando a arrogância tomar conta de tudo e não enxergando as deficiências de um Clube que já foi Modelo Padrão no Futebol Brasileiro (Alguém ainda acha que está tudo sob controle?).

 

São Paulo tem Rogério Ceni, Rafael Tolói, Álvaro Pereira, Souza, Denílson, Ganso, Kaka, Pato, Osvaldo, Allan Kardec e Luis Fabiano. Citei exatos 11 jogadores que com o nome poderiam ser titulares em grande parte dos times do Brasil. Não vamos nem citar o salário que cada um possui pois ai já seria entrar em outros méritos, como quem o contratou e a forma que foi feito o contrato.

Desde que Juvenal assumiu a Presidência do São Paulo se assoberbou, isso mesmo, a arrogância passou a ser fator predominante e a busca por títulos passou a ser segundo plano. Juvenal entrou, se reelegeu duas vezes, mudou o estatuto, veio Aidar e nada mudou, a escola continua com os mesmos ensinamentos. É preferível olhar o quintal do vizinho e ver que um jogador está insatisfeito com a forma que estão negociando sua permanência e de certa forma aliciá-lo e trazê-lo para o Majestoso Morumbi.

Enquanto pessoas forem maiores que a Instituição São Paulo Futebol Clube, ficaremos parado no tempo. Ainda comemoramos a fase espetacular com títulos Mundiais, Libertadores e Brasileiros, porém a fase é outra, o momento é outro e se não se cuidar além de correr sérios riscos no Campeonato com a bola rolando (como foi o ano passado), também entrará em uma crise financeira  enorme.

Um Clube que tem quase 9 milhões em folha salarial no mês não pode perder da maneira que perdeu ontem para o Bragantino, que teve méritos enormes e poderia ter feito mais gols. O problema vai muito além de uma simples eliminação para um time pequeno, que tem virado rotina no decorrer dos anos no Morumbi e sim pela forma de encarar as coisas, de não ter a humildade de encarar o problema de frente, de entender que as coisas precisam mudar, de que um time não se faz com nomes de grandes jogadores e sim grandes jogadores que ficam renomados.

A mudança tem que vir de dentro do Clube, reformulando vários setores. O que aconteceu com o investimento que foi feito no CT de Cotia? Não é dos garotos nossa esperança pra um futuro melhor? Não parece que isso tem sido feito no São Paulo. Jogadores que mais parecem estar preocupados com o Marketing e aparência. Só se esquecem de exercer sua principal função, jogar futebol!

 

Alguém ainda acha que está tudo sob controle?
Alguém ainda acha que está tudo sob controle?

DUELO DE TRICOLORES – “ACIMA DO PESO” LEVA À MELHOR DIANTE DO “ACIMA DA MÉDIA”

No duelo desta quarta-feira entre Tricolores Carioca e Paulista, o Fluminense passeou no 2º Tempo e massacrou o São Paulo com 4 gols em pouco mais de 30 minutos. O “Acima do Peso” Walter deixou sua marca 2 vezes, enquanto o “Acima da Média”, pelo menos para ele próprio, Paulo Henrique Ganso não conseguiu dar seqüência na excelente partida diante do Flamengo no próprio Maracanã, domingo passado. Depois da goleada de 5 x 2, saiu na página oficial do Clube a imagem de capa dessa matéria com a frase “Não teremos legenda hoje em respeito aos bichinhos…”.

Quem assistiu o jogo na noite desta quarta-feira ficou satisfeito com a partida, os dois times buscando o ataque insistentemente e um meio-campo rápido tornou a partida eletrizante do começo ao fim.

Na primeira etapa o Tricolor Paulista teve um domínio maior do jogo, colocando a bola no chão e saindo pelos lados do campo com a velocidade de Osvaldo, mas nada que tirasse o zero do placar. Em uma jogada infantil, a zaga do Fluminense cometeu pênalti em cima de Antônio Carlos e Rogério Ceni converteu para o fundo da redes do goleiro Felipe (Ex-Santos), da polêmica “Mão de Alface”.

Daí em diante o São Paulo administrou o jogo e até criou algumas outras oportunidades, mas quem marcou foi o Fluminense, após cobrança de escanteio fechada (Fluminense usa muito bem esse artifício), Lukão fez contra e quando todos achavam que o primeiro tempo acabaria assim, após bela jogada de Osvaldo pela ponta esquerda e lindo cabeceio de Alexandre Pato, o time do Morumbi voltou a ficar na frente.

Na volta do intervalo, assistiu-se um jogo completamente diferente, em menos de 2 minutos jogados, o Fluminense pressionou o São Paulo de forma constante, aproximando Conca e Wagner dos atacantes Rafael Sóbis (Carrasco São Paulino desde a Final da Libertadores de 2006, onde marcou 2 gols na final pelo Internacional RS em pleno Morumbi) e Walter e a tática deu certo.

Cristóvão Borges não só ganhou o meio-campo como também deu um nó tático nos jogadores são-paulinos que não conseguiam sair jogando e acabavam entregando a bola para o adversário com chutões.

O que se viu, foi uma aula de ataque contra defesa e dessa vez o ataque do Flu massacrou Rogério Ceni e Cia. O Goleiro São Paulino que havia marcado na partida, rebateu duas bolas para frente e facilitou a vida dos atacantes.

Com a virada do Fluminense e o São Paulo atordoado, o placar chegou a ser pouco, já que se tivéssemos mais 5 minutos, com certeza o time carioca marcaria mais gols. No fim, 5 x 2 foi marcante para o Fluminense pela superação e decepcionante para os são-paulinos pela monotonia e previsibilidade da equipe.

Kardec está chegando ao tricolor, mas se não arrumar do meio-campo pra trás pode chegar Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar que não dá jeito.

Enquanto isso, as diretorias se alfinetam, no Facebook oficial do Fluminense, foi lançado a foto de um Ganso, Pato, Frango e Ratos, analogia aos jogadores, as falhas de Rogério Ceni no jogo e ao Treinador do São Paulo que na sua passagem pelo time carioca disse ter ratos no vestiário, a mensagem deixada foi: “Não teremos legenda hoje em respeito aos bichinhos… ”. Já pelo lado São Paulino, parece que a prepotência e arrogância de seus dirigentes não foi embora junto com Juvenal Juvêncio. Aidar, que já havia brigado publicamente com o Presidente do Palmeiras no caso Kardec, dessa vez deu uma declaração desagradável sobre o interesse do Nápoli em Paulo Henrique Ganso, inclusive citando o nome de uma máfia Italiana.

São Paulo abre o olho! O ano passado já mostrou que quem não tem planejamento passa sufoco no final…

Nem Pato, Nem Ganso, Nem Rogério Ceni, Nem Muricy!
Nem Pato, Nem Ganso, Nem Rogério Ceni, Nem Muricy!

 

DERROTA HOMÉRICA

Em tempos onde a responsabilidade financeira permeia as discussões por um futebol melhor, ter dirigentes que pensam em trabalhar dentro do que seus orçamentos lhes permite é bastante louvável. Mais ainda quando se herda um clube em situação como a que Arnaldo Tirone entregou a Paulo Nobre.

Era nítida a diferença do Palmeiras das épocas de B1 e B2 para essa de Nobre e Brunoro. Mas já cabe aqui uma ponderação a esse respeito: Os atuais tiveram em seu primeiro ano de trabalho a missão de levar o Palmeiras de volta à série A, o que convenhamos, acabaria acontecendo tivesse sentado lá no trono da presidência um cone de trânsito.

Mesmo assim trabalharam muito bem o sócio torcedor, a comunicação com a torcida, conseguiram aproximar mais o torcedor do time. Isso é positivo, sim.

Mas na principal tratativa e a que mais interessa ao torcedor, próximo do clube ou não, naufragam a cada dia – a condução do time.

Perder Alan Kardec, da maneira como está perdendo, expõe e fragiliza a instituição de uma maneira que será difícil recuperar de prontidão, a não ser que haja um trunfo magnífico na manga. O que não me parece ser o caso. Muito embora eu ainda ache bastante estranha a história da camisa 7 ter sido negada à Leandro e Bruno Cesar.

Se todos os trâmites públicos sobre a transação com Kardec forem verdadeiros, perdê-lo por meros 20 mil reais é de um apequenamento que nem Tirone conseguiria fazer. E pior. Já tendo na bagagem a perda de Barcos, que aconteceu de forma muito parecida.

O Palmeiras consegue, em menos de 1 ano, perder dois jogadores que caíram nas graças do torcedor – o que hoje é muito complicado – sendo que ambos foram recuperados para o cenário da pelota pelo próprio Palmeiras.

Barcos era um mero jogador b-side antes de aterrissar nas alamedas alviverdes e anotar seus 27 gols em 2012. Kardec é um dos tantos jogadores que sequer havia conseguido destaque no fragilizado futebol português (como Elias, por exemplo) e que no Brasil (e no Palmeiras) tornou-se referência, com nome cotado inclusive para disputar a Copa de 2014.

O Palmeiras os preparou e os entregou de bandeja para rivais diretos. No caso do camisa 14, pior ainda, pois foi para um grande rival do estado. Um que já tem um histórico recente de lhe dar rasteiras semelhantes.

Fragilizou-se, apequenou-se e a culpa é inteiramente de Nobre e seus asseclas. Kardec, ao que tudo indica, recuou suas pedidas ao máximo para seguir sendo o referencial de ataque do alviverde.

É estranho perder Kardec dessa forma, tendo no elenco jogadores como Felipe Menezes (que veio de contrapeso, justamente no empréstimo de Kardec), Patrick Vieira, Mazinho, Vitorino e tantos outros que sequer são aproveitados – e nem devem ser. Estranha também ter gasto a bala que gastou com Leandro e agora não fechar a conta de seu maior goleador por “meros” 20 mil reais.

Leandro pode vir a se tornar um bom jogador, mas ainda não é. É jovem, pode dar caixa num futuro. Mas em campo perde de goleada para a eficiência de Alan Kardec, que também é jovem e que também poderia dar frutos futuros. Mas, muito mais que isso, já dava frutos dentro de campo hoje mesmo.

Espanta a dificuldade da direção em não cativar em ano de centenário, de estreia do estádio mais moderno da América Latina, por tantos e tantos motivos que somam-se ao fato de ser Palmeiras, o que sozinho já deveria saltar aos olhos de qualquer profissional da pelota.

O estrago está feito. E ainda que chegue Walter ou mesmo algum jogador renomado dentro da minha suspeita referente a camisa 7, o caso Kardec é uma derrota homérica, técnica e institucional.

kardec

UMA DOENÇA CHAMADA DESORGANIZAÇÃO E CONTINUÍSMO BARATO!

Mais uma vez a crise se instaura nos corredores do Morumbi. Por quê? Talvez porque o São Paulo não tenha um padrão tático nos jogos, porque o São Paulo não tem dado muita sorte com seus “garotos” da base, mesmo após investir milhões no CCT de Cotia, ou se não bastasse isso, por ter uma das piores gestões até hoje, deixando a desejar em contratações, campanhas de marketing e sendo eliminado de forma precoce em diversos campeonatos. Ontem foi só mais uma prova de que o Clube do Morumbi deve continuar em uma fase de coadjuvante quando fala-se de títulos.

Você torcedor são paulino que deixa sua família numa noite fria de quarta-feira e só volta na madrugada do dia seguinte para acompanhar seu time de coração pode ter certeza que a falta de vontade dos jogadores que atuaram ontem deixou clara que estes não merecem seu esforço, seu gasto e sua paixão.

Falo isso pelos jogadores que ali representam um clube que tem uma história mundial, que possuí milhões e milhões de torcedores pelo mundo à fora, de um clube que há pouco mais de 5 anos era considerado modelo de gestão e exemplo para os demais em todos os aspectos.

As pessoas que “habitam” o São Paulo Futebol Clube estão conseguindo deteriorar o patrimônio, a história e a marca que tinha um crescimento importante no decorrer da última década. Não dizem que todo time começa com um bom goleiro? Pois é, uma grande organização também começa por um grande presidente. Juvenal Juvêncio teve seu tempo no Morumbi, conquistou títulos, trouxe recurso para o Clube com transações milionárias, que talvez nenhum outro Presidente pudesse fazer, mas como tudo que fazemos tem começo, meio e fim, este fim do Juvenal que perdura por longos e tenebrosos anos tem de acabar.

Que o mês de Abril seja a fechadura de uma nova era no Tricolor Paulista, pois mudar a chave neste momento não basta. É a hora de assumir os erros, respeitar os adversários, admitir que o Clube decaiu de forma assustadora nos últimos anos e colocar o barco que está a deriva, novamente no caminho certo.

Uma classificação ou mesmo um título pode vir ou não por uma série de fatores e isso não pode mudar o curso das coisas, o que precisa mudar imediatamente é a atitude dos jogadores e dirigentes tricolores para que os vexames como o “quase rebaixamento” no ano passado não volte a se repetir neste 2014.

No mais, uma equipe que não tem a competência de ganhar da equipe da Penapolense durante 90 minutos não merece avançar de fase, isso não é menosprezar a equipe do interior que está completando a 2ª participação na Série A do Campeonato Paulista e sim honrar a Camisa que o São Paulo fornece e o salário pago em dia, que se for comparar podemos citar que talvez o salário de um único jogador do São Paulo pague a folha inteira do Clube de Penápolis, é inadmissível a falta de comprometimento e vontade desses atletas que vestem o manto tricolor.

Brasileiro 2011

MANO MENEZES E SUAS DESCULPAS

Após a eliminação no Paulistão, Mano Menezes está pressionado no Corinthians (Foto: Rafael Neddermeyer/Foto Arena)
Após a eliminação no Paulistão, Mano Menezes está pressionado no Corinthians (Foto: Rafael Neddermeyer/Foto Arena)

Arrogância? Alto-suficiência? Orgulho excessivo? Esses e outros adjetivos podem muito bem qualificar a postura do gaúcho Mano Menezes, um dos treinadores mais chatos do atual cenário do futebol brasileiro. Afinal, não há outro por aqui que mais se explica com desculpas do que o comandante do Corinthians.

Ano passado, o técnico causou polêmica ao abandonar o Flamengo com o discurso que os jogadores não compreendiam suas recomendações. Resultado? O Mengão levou a Copa do Brasil sob a batuta do interino Jayme de Almeida.

Na seleção, até que foi bem durante um breve período, mas suas indecisões e, novamente, desculpas para explicar os fracassos na Copa América 2011 e Olímpiadas 2012, não suportaram o óleo quente da fritura da CBF.

No último domingo, mais uma vez o treineiro causou polêmica ao insinuar que o São Paulo teria entregado o jogo ao Ituano, no Morumbi, para diretamente eliminar o Corinthians do Paulistão. Este, reformulado, em fase de transição – de ideias e ideais -, e, agora, em crise.

Fora a atitude deplorável de Mano, Romarinho, por sua vez, resolveu chutar o balde da ética e, também, destrinchou a culpa da eliminação alvinegra ao Tricolor Paulista. Precisou Edu Gaspar, gerente de futebol, ir a público para se desculpar com o rival das infelizes declarações de seus funcionários. Além disso, cobrou postura aos jogadores, dirigentes e, principalmente, comissão técnica para que assumam perante a todos o vexame no Estadual.

Ao certo, a melhor resposta que vi a respeito da entrevista do técnico corintiano foi do ex-gerente de futebol do São Paulo, o Doutor Marco Aurélio Cunha:

“Ainda bem que os Deuses do Futebol nos mandaram o Felipão.”

Esta frase, claramente dita em tons provocativos alimentados pela rivalidade, talvez possa significar um outro aspecto: o declínio na qual encontra-se a carreira de Mano Menezes.

Um especialista competente como poucos em justificar seus erros, porém sempre amparado no ponto de vista alheio.

Na desculpa.