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UMA FINAL DE REDENÇÃO

Especulações à parte, a real é que o Santos vai para o jogo decisivo da Copa do Brasil com a vantagem de qualquer empate. Ao Palmeiras cabe vencer pelo placar mínimo e, mais uma vez, decidir nas penalidades, onde Fernando Prass costuma ter 5 metros de largura diante dos rivais, mas que já sucumbiu diante do mesmo Santos em penalidades no Campeonato Paulista, ou vencer com diferença a partir de dois gols para comemorar o tricampeonato de forma menos penosa.

Se na Vila Belmiro o Peixe anda imbatível, fora de casa o Santos não repete nem de perto o mesmo rendimento. No BR15 foi apenas um êxito fora de seus domínios. O grande momento técnico do time de Dorival Jr também já passou, por outro lado, o momento técnico do Palmeiras não é bom há muito tempo. Ainda assim, nos confrontos entre Palmeiras e Santos ao longo de 2015, cada um venceu seus jogos em seus domínios pelo placar mínimo, o que se for repetido na próxima quarta levará a decisão para os pênaltis.

Tudo continua tremendamente aberto, ainda que o Santos pudesse ter saído com uma das mãos na Taça quando Nilson perdeu o gol mais feito do ano aos 50 minutos do 2º tempo. Quando Gabigol desperdiçou penalidade sofrida por Ricardo Oliveira e o mesmo Gabigol perdeu gol feito diante de Fernando Prass. Entretanto, o mesmo Gabigol deu a vantagem considerável que o Peixe leva para a finalíssima, anotando um golaço aos 35 do 2º tempo, redimindo-se dos erros anteriores.

Redenção passa a ser a palavra de ordem no Palmeiras. Um time do qual se esperava melhor nível técnico e tático a essa altura do ano, mas que promove ao seu torcedor um ano muito menos dramático que a temporada anterior e que, aos trancos e barrancos, pode beliscar um título gigantesco e abrilhantar um ano de, como já disse, “redenção”. Como para o Santos, que saiu de postulante ao rebaixamento no início da temporada a campeão Paulista e pode fechar o ano como campeão da Copa do Brasil. Tudo isso é superação, tudo é redenção.

Poderia o Alviverde ter saído com um placar bem mais favorável na primeira partida da final, já que Jackson perdeu gol feito nos primeiros minutos de jogo, o que fatalmente mudaria o layout tático da peleja. Poderia também, desde que o árbitro tivesse seguido o mesmo critério de quando marcou a penalidade santista, ter a chance de abrir o placar em penalidade não dada em Barrios. E no caso de penalidade assinalada, David Braz teria sido expulso e o Peixe seguiria o resto do embate com um jogador a menos e com o revés no placar, desde que o pênalti conferido.

O ano de ambos, os jogos entre ambos e os detalhes supracitados mostram algo que enalteci ontem em minhas redes (anti) sociais: Só perde uma final quem chegou a ela. Não existe sorte, existe competência. Não existe apenas gol perdido, existe defesa feita. Existem papéis sendo desempenhados, alguns com mais ou menos eficácia.

Quarta que vem é no Allianz Parque, com 40 mil palmeirenses pressionando do lado de dentro e outros milhares do lado de fora. Milhões de alviverdes e alvinegros pelo país e pelo mundo afora.

Tudo está aberto, todas as possibilidades seguem válidas. Invalidando o discurso do demérito ou da derrota da véspera.

palmeiras X santos