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JOGANDO HEROÍSMOS NO LIXO

Por João Paulo Tozo

Aurélio Miguel, vereador pelo PR, foi citado pelo promotor Roberto Bodini como sendo um dos receptores do dinheiro desviado na fraude do ISS (Imposto sobre Serviços).

Para entender melhor os trâmites do que isso significa é melhor o caro leitor buscar fontes com uma retórica política mais abalizada. Aqui faço uso deste fato para entrar em outro mérito. O que faz com que personagens marcantes do esporte brasileiro joguem no lixo o nome e os feitos históricos conquistados?

Aurélio Miguel é um dos mais notáveis nomes do nosso esporte. Medalhista de ouro no judô, sendo talvez o maior nome brasileiro na modalidade em todos os tempos. Mas hoje é, mais do que qualquer outra coisa, um servidor público que, como bem deve ser aplicada sua função, precisa trabalhar pelos interesses da população.

Inocência minha afirmar isso em uma seara onde os desvios de conduta (e tantos outros desvios) são tão costumeiros. Mas a ele pesa o seu passado de herói nacional. Será que vale tanto assim destruir uma reputação tão dourada em troca de dinheiro escuso?

Por que raios nossos desportistas inventam de se aventurar no mundo político, seja ele em cargo público ou diretivo no esporte?

Aurélio é só mais um caso em meio a tantos outros onde a história credenciou a confiança por parte do público e/ou do torcedor. Patricia Amorim, ex nadadora de relativo sucesso, aventurou-se na presidência do Flamengo. A esperança de uma gestão profissional permeada tão somente pelo seu nome acabou por lesar ainda mais o já tão combalido Flamengo. O mesmo caso se aplica a Roberto Dinamite no Vasco. O maior ídolo da história cruzmaltina está jogando na vala a instituição que passa por dias terríveis dentro e fora dos gramados.

Se formos buscar exemplos a coluna não termina hoje. Mas a pergunta que fica é: Por qual razão esses personagens se sentem aptos a prestar qualquer tipo de serviço mediante politicagem?

O amigo pode me apontar Romário como sendo um exemplo positivo. Mas Romário é até aqui um oásis dentro desse cenário tão maculado.

Por que o desvio de conduta? Por que virar somente mais um político de história profana ao invés de se manter perpetuado como herói nacional?

Sei lá. Mas me pergunto também: Por que será que isso não me surpreende?

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BRASIL E MÉXICO NA FINAL OLÍMPICA DO FUTEBOL

O México vira sobre o Japão, o Brasil passa com autoridade sobre a Coreia do Sul e ambos farão final olímpica latino-americana no torneio de futebol masculino.

Rôulo comemora gol inaugural brasileiro contra a Coreia do Sul

Pode parecer fácil para o Brasil, afinal os confrontos diretos globais entre os finalistas mostram amplo domínio para os sul-americanos. Mas não se engane, caro leitor. Neste século, o México equilibrou a disputa, a ponto de ter mais vitórias no histórico recente.

 

MÉXICO 3×1 JAPÃO

Wembley, Londres

Apesar do golaço inaugural marcado por Yuki Otsu logo aos 12 minutos de jogo, o México mostrou ter se preparado de fato para a competição olímpica ao buscar a virada com determinação.

Mexicanos vibram com êxito obtido contra os japoneses

O início da recuperação se deu com Marco Fabián aos 31 minutos após cobrança de escanteio. No 2º tempo, a virada chegaria com golaço de Oribe Peralta e Javier Cortés fechando o placar.

Grande resultado da seleção treinada por Luis Fernando Tena.

 

 COREIA DO SUL 0x3 BRASIL

Old Trafford, Manchester

Com autoridade, o Brasil derrotou a Coreia do Sul em Manchester por 3×0 com grandes atuações de Oscar e Leandro Damião.

Apesar do início claudicante dos brasileiros, quando os sul-coreanos tomaram a iniciativa do jogo e criaram algumas boas oportunidades de gol, não houve maiores problemas subsequentes para os favoritos à medalha de ouro.

Em bola roubada na intermediária, Oscar fez grande assistência a Rômulo que chutou rasteiro rente à trave para marcar.

No 2º tempo, Leandro Damião marcaria duas vezes para determinar a consistente vitória brasileira em Old Trafford.

 

BRASIL x MÉXICO

Eis a final olímpica do futebol masculino. Brasil favorito?

Teoricamente, sim. Mas vale lembrar o retrospecto recente deste confronto entre brasileiros e mexicanos no futebol.

Evidentemente, no histórico global (amistosos e jogos oficiais das seleções principais), a vantagem é amplamente brasileira.

Até hoje, foram 29 jogos com 17 vitórias do Brasil, 5 empates e 7 vitórias mexicanas. Algo que mostra boa superioridade técnica de uma seleção sobre a outra.

Entretanto, ao analisar os confrontos recentes entre ambas as seleções, verifica-se maior equilíbrio com pequena vantagem para o México na estatística.

Basta tomar como base os jogos realizados no século atual, ou seja, desde 2001 até 2012. Nesta contabilidade recente são 9 jogos com 4 êxitos mexicanos contra 3 brasileiros, além de 2 empates.

E, de fato, ao puxar pela memória, veem à mente jogos difíceis, truncados e de relativo pouco sucesso para o time da CBF.

O exemplo mais recente é o amistoso realizado neste ano nos Estados Unidos quando os mexicanos impuseram 2×0 sobre o Brasil com autoridade.

Conclusão disso tudo: algo não encaixa no jogo brasileiro contra os mexicanos. Será o fator motivacional que empurra os hermanos do norte contra o Brasil? Haveria um pouco de atitude blasé por parte dos brazucas ao deparar-se com adversário que, pelo fato de não ser a Argentina, o Uruguai ou alguma seleção europeia, não recebe a devida atenção?

Fato é que, apesar do favoritismo brasileiro para a grande final olímpica, atingida após 24 anos de seca, todo cuidado é pouco contra a Seleção Mexicana. Afinal, pelo histórico recente, uma derrota não seria surpreendente.

Para finalizar, que tal recordar o amistoso de 2001, quando, sob dificuldades, Romário, na Seleção comandada por Emerson Leão, foi buscar improvável empate após derrota parcial por 3×1. No final, o amistoso terminaria empatado em 3×3.

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Pela volta do América

América apresenta Romário e anuncia novo fornecedor de material
Pedro Ponzoni
No Rio de Janeiro

Como era de se esperar, Romário foi apresentado pelo América com uma grande festa na sede do clube, localizada na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. O tetracampeão do mundo irá trabalhar fora das quatro linhas no processo de reestruturação do Alvirrubro. Ele funcionará como uma pessoa responsável por captar novos parceiros.

Durante a cerimônia, que contou com a presença de muitos torcedores no Salão Nobre do América, Romário anunciou que o clube terá um novo fornecedor de material esportivo, a partir desta quinta-feira, a Penalty. A empresa firmou compromisso com o Alvirrubro até dezembro deste ano, com possibilidade de renovação por mais um. Além do artilheiro, o presidente, Ulisses Salgado, e o representante da Penalty, Carlos Saraiva, também estiveram presentes no anúncio.

“Nessa luta para reconstruir o América, vamos contar com um grande parceiro. A Penalty, uma das marcas de material esportivo mais importante do Brasil, passa a estampar seu nome na camisa do América”, disse o Baixinho, prometendo em seguida que outro parceiro será anunciado em breve.

“Essa parceria entre o presidente, eu e o Saraiva, que é um grande profissional, não irá parar por aí. Uma outra empresa está 99 por cento certa de fechar conosco. Se trata de uma empresa que ajudou outro clube grande a se reerguer”, afirmou.

O ex-atacante de Flamengo, Fluminense e Vasco, mostrou-se muito emocionado em seu pronunciamento. Ele afirmou que “infelizmente” não teve a oportunidade de defender o clube em campo, mas não poupará esforços para ajudá-lo a se reerguer.

“É uma emoção grande poder ajudar o América nesse momento de reestruturação do clube. O América não pode ser tratado como um clube coitadinho, porém, gostamos de receber o apoio do Fluminense e do Botafogo. Infelizmente não defendi essa camisa dentro de campo, porém, tentará ajudar esse clube a retornar ao local que nunca deveria ter saído”, declarou.

Além de anunciar o novo fornecedor de material esportivo, Romário também apresentou os membros da comissão técnica. O técnico será Clóvis de Oliveira e o preparador físico será Márcio Meira. Ademar Braga será o superintendente do futebol profissional.

O momento mais emocionante para Romário no evento aconteceu quando um membro de uma torcida organizada mostrou duas faixas. Uma homenageava o próprio Baixinho e a outra era para seu Edevair, pai do Baixinho, que faleceu ano passado. Ele não conteve o choro e espera que os futuros jogadores consigam retribuir o apoio das arquibancadas.

“Agradeço a homenagem feita por vocês. Está sendo muito importante essa parceria. Porém, nada vai adiantar caso os jogadores não consigam retribuir nosso esforço. Eu não entro em nenhum desafio para perder e espero que eu consiga ser feliz novamente”, encerrou.

Enquanto isso, nos bastidores…


Deem uma olhada no que anda rolado pela Justiça brasileira…

Zagallo tem pedido negado em ação contra ex-jogador Romário

O ex-técnico da seleção brasileira Mário Jorge Lobo Zagallo não conseguiu aumentar, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), os juros sobre a indenização devida pelo ex-jogador Romário. A decisão, que estabeleceu como marco para a incidência de juros de mora a data da publicação da liquidação de sentença, faz parte do processo de indenização movido por Zagallo e Arthur Antunes Coimbra, o Zico, contra Romário de Souza Faria.

Romário e o Café Onze Bar e Restaurante (Bar Gol) foram condenados a indenizar Zagallo e Zico por terem utilizado suas imagens de forma negativa nas portas dos banheiros de seu bar. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) fixou em R$ 60 mil a indenização devida a título de danos morais. Quanto aos danos materiais, ficou estipulado que corresponderia ao montante equivalente ao triplo do que Zagallo receberia pela utilização de sua imagem.

Posteriormente, em liquidação de sentença, o TJRJ estabeleceu como marco para a incidência de juros de mora a data de publicação da decisão de liquidação de sentença. Além disso, reduziu o valor total indenizatório para R$ 240 mil.

No STJ, a defesa do ex-técnico de futebol defendeu que o termo inicial dos juros de mora para os danos materiais deve correr a partir da citação ou do evento danoso. Sustentou, ainda, ser impossível rediscutir a ação na liquidação ao argumento de que a decisão proferida na fase de conhecimento teria estipulado, como termo inicial dos juros de mora, a data da citação, e não a da liquidação da sentença.

De acordo com o relator, ministro Luís Felipe Salomão, a decisão da fase de conhecimento arbitrou juros de mora a partir da citação tão somente no que diz respeito aos danos morais, deixando para a fase de liquidação a fixação dos danos materiais.

De qualquer modo, destacou o ministro, para avaliar se o valor estava de fato atualizado – circunstância que impediria uma dupla atualização sobre a mesma quantia –, seria necessário revolver o suporte fático-probatório dos autos, o que é vedado pela da Súmula 7 do STJ.

Superior Tribunal de Justiça – O Tribunal da Cidadania

Notícia de 15/04/2009, referente ao processo Ag 1110076

La Mano de Dios – O futuro do América nas mãos do Baixinho

Romário volta ao futebol como dirigente do América

Rodrigo Viga Gaier
Da Reuters
No Rio de Janeiro (BRA)


Romário vai voltar ao mundo do futebol este ano e atacará de dirigente do América, tradicional equipe do Rio de Janeiro.

O ex-atacante campeão mundial com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1994 será coordenador de futebol do América, que está na segunda divisão do Campeonato Estadual do Rio, informou o presidente do clube nesta terça-feira, após acordo fechado durante a madrugada.

A escolha pelo “Ameriquinha”, como a equipe é conhecida no Estado, tem uma explicação passional. O pai de Romário, Edvair, que morreu em 2008, era torcedor do “Diabo”, outro apelido do América, que já foi chamado também de o segundo time de todos os cariocas.

Segundo o presidente do América, o médico Ulisses Salgado, Romário será apresentado até a Páscoa. “É importante a vinda do Romário para nos ajudar no projeto de reerguer o América. Fechamos essa parceria com ele, o Botafogo e a Federação de Futebol do Rio, que vai dar muita alegria ao clube”, disse Salgado, explicando que o Botafogo vai ceder jogadores e a federação disponibilizará estádios para treinos e atividades do time.

O subsecretário da prefeitura do Rio, Ricardo Rotemberg, um dos integrantes do projeto, acrescentou: “Romário vai usar o seu prestígio no mercado para conseguir investidores e jogadores para levantar o América”.

No ano passado, Romário viveu um nova experiência no futebol ao atuar como jogador e trabalhar como treinador do Vasco. Ele não durou muito tempo na função depois de se indispor com o então presidente do clube, Eurico Miranda, que tentou interferir na escalação do time titular montado por Romário, autor de mais de 1.000 gols na carreira.

Curiosamente, o América foi uma das principais vítimas de Romário enquanto o jogador esteve em atividade. Segundo cálculos do próprio Romário, foram 34 gols marcados contra o time do pai desde as categorias amadoras até o profissional.O América Football Club tem 7 títulos cariocas.