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FELIZ 2014!… OPS, NO SÃO PAULO O ANO AINDA NÃO COMEÇOU!

O ano de 2013 foi marcado no São Paulo Futebol Clube como um dos piores anos do Clube no Cenário Nacional. Com um equipe medíocre em 70% dos jogos ou mais, mostrava apatia e completa falta de técnica. O ano acabou e enfim veio a esperança dos torcedores de que o Clube reforçaria seu plantel e conseguiria voltar a mostrar organização dentro e fora dos gramados, pois é, as férias terminaram e o Campeonato Paulista 2014 começou e no Morumbi nada mudou.

Todos nós sabemos que ano de eleição em qualquer segmento de negócio é um ano de mudanças, muito mais do que pessoas, muda-se a visão do rumo à seguir. As eleições no Morumbi ocorrerão em Abril porém é quase certo que o substituto de J. J. dará andamento na gestão do Coronel, já que a situação é franca favorita.

Com o fim do ano e as pífias apresentações e sendo mero coadjuvante nos campeonatos que disputou em 2013 esperava-se que a Diretoria do São Paulo fizesse uma reformulação no elenco para que em ano de Copa do Mundo, o tricolor pudesse ter força e voltar a estar entre os favoritos ao Título.

O ano começou, o Tricolor contratou até o momento somente Luis Ricardo, ex-lateral direito da Portuguesa. O atleta já vestiu o manto tricolor ontem e teve atuação apagada, assim como os outros 10 atletas. O Clube adiantou a contratação por empréstimo de 1 ano e meio do lateral esquerdo da Internazionale de Milão Álvaro Pereira que se apresentou no fim desta tarde e vem pra tomar conta da Ala esquerda que não tem um jogador fixo desde a aposentadoria de Junior.

O treino de hoje também foi marcado pela chegada dos jogadores Ewandro e Boschilhia que se integraram ao elenco profissional após a eliminação do Clube Paulista na Copa São Paulo de Futebol Juniors.

O fato é que a apatia que o São Paulo mostrou em campo traduziu o ano de 2013 e a torcida está preocupada já que o rebaixamento bateu na porta o ano passado e pode manchar a história do Clube em 2014.

Acorda São Paulo! Acorda Diretoria, antes que seja tarde e o time venha a ter o maior vexame da história! Sem material humano, nem mesmo o melhor técnico do mundo dá jeito num Clube onde a desorganização começa na cadeira presidencial com seus churrasquinhos para torcidas organizadas.

O que foi ruim em 2013 pode vir ainda pior em 2014.

Bragantino X São Paulo

VIDA ETERNA AOS JOGADORES QUE HONRAM O MANTO QUE VESTEM!

Uma das maiores apresentações de um goleiro com a camisa São Paulina. O mundo reverência aquele que se tornou para alguns, o maior ídolo da história do São Paulo Futebol Clube. Para muitos, já velho e na hora de se aposentar, Rogério Ceni fez uma partida memorável na última quarta-feira (23) e ajudou o tricolor a se classificar na Copa Sul-Americana. Que o M1TO perdure o tempo que conseguir, já que hoje é o último jogador “que veste a camisa” e faz dela seu próprio objeto de paixão!

 

A paixão da torcida são paulina por seu goleiro vem de longa data, além de ter o diferencial de cobrar faltas e ter mais de 100 gols anotados em sua carreira, o goleiro faz apresentações primorosas e com repercursão internacional em alguns casos. Nesta quarta, o goleiro provou que a idade não parece pesar no seu desempenho dentro de campo e fez ao menos 3 defesas espetaculares, que ajudaram o tricolor a avançar para a próxima fase da competição.

 

Para muitos torcedores, inclusive são paulinos, o goleiro artilheiro já deveria ter pendurado as chuteiras, mas nada mais justo que um atleta como Rogério decidir o momento certo para parar, se é que existe um momento certo. Este ano o goleiro viveu, talvez, a maior dificuldade dentro do clube, sendo eliminado de todas as competições e ainda amargando a incomoda zona de rebaixamento por várias rodadas consecutivas.

 

O técnico Muricy Ramalho chegou e balançou o brio dos jogadores, o time melhorou a postura dentro de campo e conseguiu vitórias importantes para deixar o clube longe do Z4. Rogério Ceni cresceu dentro de campo e a esperança do torcedor são paulino é que o atleta ainda renove seu contrato por mais 1 ano.

 

A partida que o camisa 01 fez ontem, jamais será esquecida, independente se o atleta se aposentar no final deste ano ou no próximo ano, Rogério merece um estátua dentro do clube do Morumbi, por tudo que fez pelo clube e pelo comprometimento. Muitas vezes machucado, Rogério não se opôs e entrou em campo para honrar o manto tricolor.

 

Independente de quem gosta da pessoa Rogério Ceni, seria importantíssimo para o bem do futebol que atletas como Rogério e o ex-goleiro Marcos (Palmeiras) perdurassem por anos e anos, já que são jogadores que jogam porque amam o que fazem e dão a vida em campo para alegrar os amantes do esporte.

 

Acho muito difícil que algum jogador alcance a história que Rogério escreveu com a camisa tricolor e seu torcedor agradece imensamente seus serviços prestados com a camisa tricolor, o respeito e toda vontade em levar a bandeira do clube ao lugar mais alto. Em muitos casos, não é possível ter pleno sucesso mas a vontade e a garra nunca faltaram a você.

 

Ideologia - Rogério M1TO Ceni
Ideologia – Rogério M1TO Ceni

UM VERDADEIRO M1TO

Hoje, o lance Golden Goal poderia muito bem ser a respeito dos belíssimos gols da rodada da Champions, como os marcados por Ibrahimovic, ou mesmo o pênalti perdido de forma bisonha por Alexandre Pato, que desclassificou o Corinthians no duelo diante do Grêmio pelas quartas de final da Copa do Brasil. Porém, entre tantas boas escolhas, resolvi homenagear um cara que é odiado por muitos e amado por outros muitos: Rogério Ceni – o M1to Tricolor. Que no dia do aniversário do Rei, mostrou ser o Rei do Gol.

Há tempos não via uma atuação tão perfeita de um goleiro. Há tempos também não via Rogério Ceni, que vive, quiçá, seu(s) último(s) ano(s) como jogador profissional, pegar tanto como na suada vitória são-paulina sobre o Universidad Católica-CHI por 4 a 3 em jogo válido pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Algumas pessoas, após o cotejo, chegaram a dizer que esta foi a melhor performance do arqueiro em seus mais de 20 anos à frente da meta do clube do Morumbi. De toda forma, se não foi “a melhor”, certamente está entre as 3 maiores.

Agora fica a duvida: seria apenas um lampejo dos tempos de glória ou RC ainda pode atuar em alto nível e adiar sua aposentadoria? Isso só o tempo dirá. A verdade é que não cabe a ninguém o direito de dar pitaco no momento ideal para um monstro deste patamar pendurar as luvas. Rogério significa muito para o futebol. Principalmente para o São Paulo, clube do qual é uma bandeira!

Por enquanto, vamos aproveitar que ele ainda não se juntou ao seleto grupo dos aposentados – que conta com São Marcos, Taffarel, Oliver Kahn entre outros -, e conferir sua memorável e, sobretudo, inesquecível atuação contra a equipe chilena!

Rogério Ceni brilha e classifica o São Paulo à próxima fase da Sul-Americana (Foto: Mario Davila/ Agenciauno)
Rogério Ceni brilha e classifica o São Paulo à próxima fase da Sul-Americana (Foto: Mario Davila/ Agenciauno)

 

ANATOMIA DE UMA SEQUÊNCIA NULA

Houve um tempo em que podíamos bater no peito e dizer ‘O Corinthians tem elenco!’. Mesmo limitado em algumas posições (como continua sendo), dava para dizer que quem entrava no time ao longo do jogo, conseguia manter o nível de quem saía. E assim, fomos campeões de tudo que almejávamos em 2012. E ainda sobrou um pouquinho disso para 2013. Esse ‘restinho’ de ânimo serviu para que muitos torcedores dessem um voto de confiança a um time que ficou estranho depois da conquista do Mundial. Estranheza esta que perdura ainda, em jogos que, se não perdemos, não conseguimos sair do marasmo do zero a zero. E tem sido assim há algum tempo. Foi assim contra os Atléticos, mineiro e paranaense, foi assim contra o São Paulo. Provavelmente será mais vezes ao longo do ano que não termina pra gente ver se dá pra começar do zero. Mas não do zero a zero.

Hoje dá pra dizer que o cenário se inverteu. Ou melhor: de certa forma é o mesmo. Quem entra, mantém o nível de quem saiu. Só que o nível é baixo. E não é desculpa dizer que o nível de todo o campeonato é baixo. É bem verdade que a briga está mais lá na beira do abismo do que no topo da montanha, onde o Cruzeiro parece ainda seguir fora de perigo, embora tenha tido alguns resultados ruins. Mas o Corinthians, pelo passado recente de vitórias, carecia de mais vontade.

Mais vontade, não má vontade, que é o que parece haver. Por parte de alguns jogadores a quem já elogiamos muito. A quem elegemos heróis em alguns momentos históricos. Contra rivais clássicos, em decisões inéditas. Em resultados inéditos. Em campeonatos inéditos. Gente que já fez gols incríveis, impossíveis. E hoje erra o chute na cara do gol. Perde a chance de passar a bola para um companheiro em melhor posição. É tudo muito estranho.

Tite lançou mão de um time mais próximo do tradicional. Edenilson no meio de campo, ao lado de Danilo. E talvez na vertigem das alternâncias entre o meio e a lateral, desta vez Edenilson não foi nada. Nem um nem o outro. Diego Macedo, estreante, lateral de ofício, entrou no lugar de Danilo como meia. Deu bons passes. Foi pivô de um suposto pênalti. Que Rogério Ceni, em momento ruim de uma carreira que caminha para o final, bateu convicto. Mas que Cássio afastou. Cássio, melhor jogador em campo, o que é sintomático em um time que não faz gols. Paulo André, o zagueiro intelectual, também fez partida perfeita. Afastou todo o perigo e ainda tentou fazer o que os atacantes não fizeram. Fez muito, mas a bola, caprichosa, preferiu não estufar a rede. E nisso Rogério Ceni teve sua pequena parcela de herói.

Não há o que se comemorar: nem a frustração de Rogério por ter à frente um Cássio em dia de salvador da pátria, nem a sequência de não-derrotas para o São Paulo no Morumbi. Estamos quase tão mal quanto o rival. Eles um pouco mais na corda bamba, nós um pouco mais organizadamente caminhando rente ao precipício, como dizia uma certa canção.

Vamos seguindo rumo ao fim do ciclo. A luta aqui é para estar acima da linha que nos separa da degola. Houve um tempo quem que se dizia que ‘quem não faz, toma’. O Corinthians mudou esta máxima: não toma, mas também não faz.

A imagem principal do jogo foi esta. Cássio poderia receber o bicho todo do jogo contra o São Paulo.
A imagem principal do jogo foi esta. Cássio poderia receber o bicho todo do jogo contra o São Paulo. Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

 

 

VIVENDO E DESAPRENDENDO

A esmagadora vitória do Barcelona sobre o Santos, bem como a excursão são-paulina por terras europeias, ainda que não totalmente negativa, tiveram o mérito de retrazer à tona a importante discussão a respeito da abissal diferença técnica que se instalou no futebol praticado no Velho Continente e no Brasil, algo que, se ainda não era, deve ter se tornado unânime. E as perguntas que ficam são: Por que ficou e até quando permanecerá assim?

FC Barcelona 8x0 Santos FC
FC Barcelona 8×0 Santos FC

O bombardeio do Bayern no gol do São Paulo, que apenas ficou no 2×0 graças ao ferrolho monstruoso armado por Paulo Autuori e às defesas de Rogério Ceni, bem como o passeio do Barcelona sobre o Santos que resultaram no cataclísmico 8×0 foram estopim na semana última para colocar o ex-país do futebol no seu atual devido lugar: a completa submissão à Europa no clássico estilo relação centro-periferia entre colonizadores e colonizados.

Se as coisas sempre foram assim na vida, ao menos no futebol os sul-americanos tinham a seu favor os aspectos talento e técnica como forma de pequena vingança para o terrível complexo de inferioridade, não à toa existente nos corações e mentes dos americanos meridionais.

Não mais, e várias são as teorias. Alguns motivos são de dedução óbvia.

A última vez que viu-se, em Copas do Mundo, a Seleção Brasileira formada por jogadores majoritariamente atuando em clubes brasileiros foi na já longínqua Copa da Espanha de 1982. Lá, somente Paulo Roberto Falcão atuava em terras europeias (AS Roma) entre os titulares de Telê Santana.

Em seguida, vieram a abertura gradativa do mercado europeu para jogadores extra comunitários, o recrudescimento do panorama econômico brasileiro, sem mencionar a desorganização interna do futebol profissional tupiniquim.

FC Bayern 2x0 São Paulo FC
FC Bayern 2×0 São Paulo FC

O resultado não poderia ter sido outro além do êxodo em massa dos maiores talentos brasileiros rumo ao Velho Continente. Com isso, a Seleção Brasileira começaria a ser esmagadoramente desfalcada de jogadores atuando em terras locais. O Brasil tornara-se apenas exportador de força de trabalho com um modelo bem claro baseado em Seleção Nacional forte à base de grandes nomes de brasileiros brilhando em grandes agremiações europeias e clubes fracos.

Tal quebra de espinha dorsal foi perversa para o futebol interno praticado no Brasil. Evidentemente, as explicações dos problemas de defasagem não ficam por aí. Ora, todos sabem das questões referentes a desorganização, calendário e assim por diante.

Eis que, esporadicamente, surgem oportunidades do País assistir representações nacionais enfrentando os badalados e midiáticos europeus como aquelas da semana que passou. E, para decepção geral, os resultados não são bons ou, quando são, os goleiros das equipes brasileiras são, via de regra, escolhidos como os melhores em campo. Nada de tão auspicioso, apesar da capacidade demonstrada pelos guarda-redes em questão.

O que se vê atualmente são clubes europeus que formam verdadeiras seleções mundiais de futebol sim, mas também equipes com incrível disciplina tática e busca incessante pela perfeição, precisão de passes e velocidade no jogo. Algo anos-luz à frente do cadenciado, lento jogo brasileiro.

Para muitos profissionais da bola, pesa a questão do poder de fogo dos europeus em termos de contratações. Resumidamente: o treinador na Europa pode montar a equipe taticamente a seu critério. A partir do momento que o técnico desenha o plano tático que deseja implantar na equipe, os dirigentes vão atrás de jogadores para suprir àquelas mesmas necessidades táticas. Já no Brasil, o treinador monta a equipe como pode de acordo com os jogadores que possui em mãos para trabalhar.

Já outros bem ressaltam a questão da educação do jogador brasileiro, muitas vezes indisciplinado.

Argumentos que pesam, sem dúvida. Aspectos levantados que muito poucas equipes executam no Brasil. O Corinthians é um dos poucos. O plano tático do técnico Adenor Bacchi Tite é seguido à risca dentro de campo. Já fora dele, quem não se adequa à disciplina criada no futebol do clube é, geralmente, expurgado. Ainda assim, o Timão, apesar do alto nível de competitividade apresentado contra o Chelsea inglês na final do Mundial de Clubes da FIFA de 2012, necessitou do excelente trabalho do goleiro Cássio para garantir a vitória por 1×0 e o título.

Um São Paulo, em crise é verdade, acuado em campo contra o Bayern em Munique, é o que se viu. Houve maior equilíbrio contra o Milan sim, mas o Milan não é mais o mesmo de outrora. Já contra o Benfica, pelo menos o time brasileiro venceu por 2×0, sendo sufocado no 1º tempo e partindo para o ataque na etapa final.

Já o Santos sofreu triste humilhação em Barcelona.

Olhando o futebol europeu atual e comparando-o com o brasileiro, paixões clubísticas nacionais à parte, vê-se enorme involução pelos lados de cá do Atlântico. Os brasileiros desaprenderam? Só crescem quando partem para a Europa?

Eis o desafio maior a partir de agora. Como correr atrás de tal déficit?

Obviamente, o processo de crescimento passa pela melhora e maior profissionalização do gerenciamento dos clubes brasileiros, bem como dos campeonatos disputados por essas terras. A equação campeonatos estaduais versus campeonatos brasileiros deve ser resolvida urgentemente. É mais ou menos assim: o futebol brasileiro é um grande negócio em potencial, porém muito mal explorado.

Categorias de base? Como funciona de fato o setor de descobrimento de talentos no País?

Educação de cunho profissional dos atletas com o intuito de torná-los mais conscientes a respeito do aspecto da obediência tática. Futebol profissional tem se tornado sempre menos coisa de boleiro e mais coisa de atleta. O brasileiro deve se tornar um alemão com isso? Logicamente que não. Contudo, reside aí grande desafio comportamental para a própria sociedade brasileira. Como adquirir maior seriedade no trato das questões profissionais sem deixar de lado a afabilidade brazuca?

Com vontade é possível. Exemplos? Telê Santana era em certo ponto. Apesar dos aspectos extra campo jogarem contra, o saudoso Mestre Telê primava pela obsessão da busca do jogo rápido de passes. Algo que seria obtido com muito treinamento visando o aprimoramento de fundamentos. Assim foi montada a Seleção de 82 ou o São Paulo de 92, para ficar em dois exemplos.

As necessidades do futebol brasileiro são urgentes. Enquanto nada é feito, resta a indagação: até quando deveremos amargar tamanho abismo técnico entre europeus e brasileiros?