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MUSIC MOB: SEJA UM MOBBER!

MUSIC MOB: SEJA UM MOBBER!

Olá. Como este é meu primeiro post aqui vou fazer uma pequena apresentação. Meu nome é Marina, tenho 31 anos, formada em Design Gráfico na Belas Artes. Moro no centro de São Paulo desde que nasci, a não ser no período entre 2000 e 2005 quando morei, trabalhei e estudei em Londres. Adoro música, indie rock e rock alternativo principalmente. Odeio axé, funk, sertanejo e suas vertentes. Desde já agradeço pela oportunidade de trazer algumas notícias musicais.

Essa semana minha amiga falou de uma possível vinda da banda Nada Surf para São Paulo. Depois de perguntar a vários amigos que contestaram e duvidaram fui atrás dessa informação no google e descobri uma coisa que achei muito legal!!! E eu acredito que vai fazer muita gente feliz, facilitando a realização de projetos musicais nunca antes sonhados… 

A Music Mob é uma produtora de projetos de música: Shows, turnês, CDs e todo tipo de projeto  dentro do universo musical. O site estreou no dia 09 de novembro de 2011 e a cada semana, novos projetos criados serão disponibilizados. Os projetos são criados em conjunto com os artistas e os fás, visando o interesse das duas partes, através do sistema crowd-funding, ou financiamento coletivo. 

Como funciona: pessoas com um interesse em comum colaboram para uma ideia acontecer, com pequenas quantias cada. Se a cota mínima de financiadores for atingido, o projeto será realizado pela Music Mob. Essa quantia que financiamos nos garante o ingresso para o show. Você escolhe qual tipo de cota quer adquirir, das variadas opções: ingresso + camiseta, ingresso + DVD do show, etc. Ao adquirir sua cota você se torna um Mobber. Caso o projeto que você apostou não consiga chegar ao valor necessário para ser realizado, no final do período de captação você receberá seu dinheiro de volta sem nenhuma dedução. Ou poderá optar por transferir seu investimento para outro projeto do site.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=6v83HaeweOA[/youtube]

Colaborando com nossos favoritos ajudamos a realizar um projeto novo. O legal é que nós poderemos escolher qual banda queremos financiar para vir tocar aqui. Nós estamos fazendo acontecer! Não é o máximo?

Eu comprei minha cota para o projeto do Nada Surf. Graças ao MusicMob, se o projeto for viabilizado, a banda virá a São Paulo também, dando continuação à turnê de lançamento do novo álbum The Stars Are Indifferent to Astronomy. Todos que comprarem cotas também poderão participar e aparecer no novo videoclipe da banda, que será gravado durante os shows no Brasil, além de receber produtos exclusivos do trio novaiorquino, desenvolvidos especialmente para a MusicMob. As cotas também são válidas para outros estados, e já há datas disponíveis para shows em Porto Alegre (30/04) e Goiânia (03/05). O show em São Paulo será no dia 25 de abril de 2012 no Clash Club.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=DcYGJQVHbJs[/youtube]

Para saber mais sobre a MusicMob acesse o site http://www.musicmob.com.br/Chegou-a-MusicMob!-Novidades-14.html

Sobre a turnê do Nada Surf acesse http://www.musicmob.com.br/Nada-Surf—-Turne-Novo-Album-detalhes-58.html

 

 

 

 

 

Canções Prelúdios

A rua Canções Prelúdios, somente pelo nome, se estivesse fincada no Jardins, no Baixo Augusta ou até  mesmo na Vila Madalena, talvez chamasse mais a atenção das pessoas.

Mas o endereço fica bem distante desses centros movimentados de São Paulo, mais precisamente no bairro do Itaim Paulista, zona leste, e aproximadas uma hora e quarenta minutos de distancia, que foi o tempo que eu levei para chegar no numero 549, onde eu tocaria pela primeira vez numa festa que se chama Dopamine 80 mg.

Os organizadores do evento quinzenal, que esta prestes a completar um ano, Dimitry Uziel, Bathory Uziel e Robson Gomes, que também é guitarrista e vocalista do The Concept, conseguiram fazer de um lugar simples e sem luxo algum, em noites de magicas de sábados.

Isso porque o que prevalece lá  é a essência da boa musica e de pessoas que são amigas e estão ali para se divertirem e tocarem frenéticamente suas air guitars, sejam elas para as velhas ou novas obras musicais.

O resultado dessa química é surpreendente pois pode-se constatar que essa é uma festa onde se toca as melhores canções por hora dançada.

E o publico interage bastante, seja na hora de pedir musicas (muitas novidades entre elas), ou mesmo, não deixando a poeira baixar, como foi na hora em que o equipamento de som falhou e eles continuaram pulando e cantando em coro, transformando o local num grande karaokê indie.

O detalhe foi que as caixas abriram o bico justamente na musica Any Way That Want Me, do Spiritualized, uma das mais calmas da noite.

Outro fato importante a destacar foi a grande quantidade de pessoas jovens que não perdem seu precioso tempo criticando e falando mau do que não gostam e procuram saber e conhecer mais daquilo que gostam, sendo curiosas e perguntando nomes de bandas e das musicas que estavam sendo tocadas, como há  muito tempo eu não via durante minhas discotecagens.

Com muito rock a preços justos a Dopamine é uma ótima opção não só para o pessoal da zona leste. É  diversão garantida para pessoas de bom gosto musical de todas as regiões de Sao Paulo.

Dopamine @ Aniversario de 1 ano
Dia 18 de Junho de 2011
LineUp: Dimitry e Rob Son
+ Exposição de Artes by Phá Bemol & Lua Palasadany

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=YleJPoKBqrw[/youtube]

Intervalo Musical – Mulheres Que “Batem Um Bolão”

Apita o árbitro. Entra em campo a seleção feminina da música !

Você já parou para pensar na quantidade de músicas que homens fizeram para mulheres?
Quantas músicas você ouviu que homenageiam um homem? (neste momento só lembro de Fabio Jr. cantando “Pai”)
Não, não sou feminista, só quero mostrar o quanto a mulher com suas qualidades e/ou defeitos, é importante para a música. Mas interessante mesmo, é quando a mulher aplica as suas qualidades compondo, cantando, tocando e dançando.

Um belo exemplo para começar é a poderosa diva Billie Holiday. Era negra, pobre, filha de pais adolescentes, vítima de abuso na infância, passou por todos os sofrimentos possíveis, e mesmo assim se consagrou como uma das melhores cantoras de jazz de todos os tempos. Dona de uma voz única, levemente rouca, tinha sensualidade à flor da voz, expressava tanta emoção que comovia qualquer pessoa apreciadora de música, com suas canções repletas de ‘swing’ e cumplicidade.

No futebol também temos uma mulher guerreira, assim como Billie Holiday foi e que, só depois de muita luta teve o merecido reconhecimento, Marta Vieira da Silva, nossa “Pelé de saia”, a Rainha Marta, a atacante da seleção brasileira.

Quando se fala de mulher musicalmente poderosa no Brasil, a primeira que lembro é Elis Regina. A primeira vez que assisti Elis interpretando “Atrás da Porta” confesso que fiquei perplexa. Aquele piano suave e a voz dela cantando “Quando olhaste bem nos olhos meus. E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei. Eu te estranhei, me debrucei. Sobre o teu corpo e duvidei. E me arrastei, e te arranhei… “ me deu a sensação que ela estava realmente sofrendo. Elis era uma estrela com luz própria, sem dúvidas. Lembrei do Botafogo, a estrela solitária.

Como seria Mutantes sem Rita Lee? Não consigo imaginar. O mesmo seria imaginar o Corinthians sem o Sócrates no período de 1978 a 1984.

Para não ficar aqui escrevendo 1000 linhas sobre mulheres talentosas, e não tornar o assunto cansativo, vou lembrar de algumas mulheres que desempenham muito bem seu papel na música mundial, independente de data ou estilo, e que adoro !

Em 1976 surge ela, linda e loira, Debora Harry, com sua banda Blondie, para deleite dos marmanjos e a alegria de todos.

Uma música do Blondie, para ouvir enquanto você continua lendo:

Tracy Tracy da banda The Primitives, mais uma loira belíssima, trouxe inspiração ao grupo melhorando as melodias das canções.

The Pretenders, banda do Reino Unido liderada pela norte-americana Chrissie Hynde, cantora, compositora, guitarrista e notável ativista defensora dos direitos dos animais. Mulher rara, que obteve o respeito e admiração de músicos, críticos e fãs. (Quando crescer quero ser igual à Hynde).

A embaixadora cultural da Islândia, Björk, cantora, compositora, atriz e mãe, reconhecida pelo seu experimentalismo musical e excentricidade. Em 1977, com 13 anos, começa sua carreira solo, passa pelas bandas Spit and Snot, Exodus, Jam-80, Tappi Tikarras, KUKL, The Elgar Sisters e The Sugarcubes (pensei que não acabaria a lista de bandas), até que em 1992 volta a carreira solo. Mulher que sempre ‘respirou’ música.

Cantoras do universo pop tem muitas. Madonna a mais famosa. A inesquecível Cindy Lauper. Mas Kate Pierson, uma das vocalistas e fundadora do B-52’s tem a mais bela voz pop que conheço, além de tocar teclado, guitarra e baixo.

Susan Janet Ballion, conhecida como Siouxsie, vocalista da Siouxsie And The Banshees, outra mulher que demonstra todo o seu poder em um palco.

Beth Gibbons cantando no Portshead, acho incrível.

My Bloody Valentine, uma das bandas mais influentes da cena independente britânica, em boa parte responsável pela popularidade do estilo musical shoegaze e, uma das minhas bandas preferidas, tem no elenco Bilinda Butcher cantando e tocando guitarra, e Debbie Googe tocando baixo, ambas fantásticas.

Els Pynoo, a “fashionista” que brilha soberana e hipnotiza à frente do Vive La Fetê.

Já vibrei muito na pista ouvindo músicas do Superchunk, banda onde Laura Ballance toca baixo com louvor.

Impossível não lembrar das duas Kim, a Deal e a Gordon, a primeira outrora do Pixies e depois Breeders, e a segunda do Sonic Youth, duas referências quando o assunto é mulher e rock.

Cat Power, americana. PJ Harvey, inglesa. Sia, australiana (só poderia ser mulher para gravar uma música chamada “Death by Chocolate”). Isabel Monteiro, brasileira (que foi fazer sucesso na Inglaterra cantando no Drugstore). Enfim, não importa a nacionalidade, quando tem talento faz sucesso, e ponto final.

Bikini Kill, Veruca Salt, L7 e The Donnas, bandas 100% “riot girls”. Yo La Tengo, Velocity Girl, Yeah Yeah Yeahs e Bettie Serveert, bandas onde mulheres foram importantíssimas para o sucesso do grupo.

Não importa cor, nacionalidade, religião, estado civil, time do coração, estilo musical… nada impede quando uma mulher decide que vai fazer sucesso !

Tenho certeza que você lembra de alguma mulher que quando entra em campo bate um bolão, e não citei aqui. Fique à vontade.

DJ, toca esta por gentileza:

Ósculos e Amplexos