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HEY CITY!

Foi com este trocadilho do sucesso beatlemaníaco de Hey Jude que os fãs, de modo emocional, comemoraram a grande e nova vitória do Manchester City sobre o arquirrival Manchester United por 1×0 em partida válida pela 36ª rodada da English Premier League.

Liam Gallagher e Diego Maradona após vitória do City

Vitória que teve significado prático que vai muito além da rivalidade, pois devolveu a liderança aos Citizens, deixando para trás o próprio United na classificação, quando a conquista do título já era dada como perdida para muitos.

Cabeceio e gol de Vincent Kompany

Vitória emocional, pois ratificou a condição de melhor liga nacional do mundo para a Inglaterra. De fato, em nenhum outro lugar do mundo da bola atual há um campeonato nacional com jogos tão intensos, sejam as partidas boas ou nem tanto do ponto de vista técnico.

Vitória dos Citizens que teve ingredientes que deram gosto ainda mais especial à partida. A começar pelo público de mais de 47 mil pessoas que lotou de azul os lugares do Etihad Stadium e que teve os reforços de peso do astro do rock Liam Gallagher – ex-frontman do Oasis, banda hegemônica do rock britânico desde os anos 90 até seu recente final, e atual vocalista do Beady Eye – e do supercraque argentino Diego Maradona, ao lado da filha e namorada de Sergio Kun Aguero. Dupla idolatrada e polêmica para torcer pelos anfitriões.

Vitória que teve discussão rude entre os treinadores Alex Ferguson e Roberto Mancini. Tudo devido a falta que Nigel de Jong cometeu em Danny Walbeck e enfureceu Ferguson, fazendo com que Mancini tomasse as dores do City.

Alex Ferguson e Roberto Mancini batem boca na lateral

Vitória que teve gol único em belo cabeceio do zagueiro capitão belga Vincent Kompany que aproveitou escanteio cobrado por David Silva no final do 1º tempo.

E, finalmente, vitória celebrada com festa digna da intensidade que o jogo teve. Em coro, os mais de 47 mil fãs entoaram Hey City, utilizando-se do sucesso dos Beatles. Impressionantes os rostos de joia e satisfação de Liam Gallagher e Diego Maradona. Gallagher, como bom filho do rock, ainda protagonizaria outra cena divertida ao invadir a sala de imprensa do clube e sentar-se no lugar reservado a Roberto Mancini e os jogadores.

Toda essa emoção em meio ao anúncio do novo técnico da Seleção Inglesa para a Eurocopa: Roy Hodgson, do West Bromwich. Algo que está longe de ser unanimidade no país.

Intensidade, essa foi a palavra de ordem na semana inglesa de futebol. E ainda não acabou, afinal City e United estão ambos com 83 pontos na classificação a duas rodadas do final da temporada.

FA CUP: FATOS SOBRE A VITÓRIA DO UNITED NO DERBY DE MANCHESTER

O que um clássico local de crescente rivalidade não faz com uma fase eliminatória apenas intermediária de uma copa nacional?

Pois é, foi o que ocorreu com a FA Cup, a Copa da Inglaterra, quando Manchester City e Manchester United se encontraram neste domingo no Etihad Stadium do City.

Wayne Rooney: o melhor em campo no derby de Manchester

E as atenções não foram chamadas a esmo. Em partida eletrizante, o Manchester United venceu por 3×2 e eliminou o rival City da competição.

A atmosfera era de amarga memória para os “Red Devils”, afinal, no último encontro dos rivais, o City havia aplicado histórica goleada por 6×1 em partida válida pela Premier League. Não bastasse o desastre contra o rival, a equipe de Alex Ferguson estava sob fogo cruzado de críticas e desconfianças após duas derrotas clamorosas contra Blackburn em casa (3×2) e Newcastle como visitante (3×0). Tudo isso colocava em xeque a capacidade de Ferguson de continuar a produzir resultados no United após anos de comando técnico, além de ter gerado rumores sobre possível saída de Rooney do clube.

De quebra, o rival havia voltado a abrir três pontos de vantagem na classificação do campeonato.

Tudo depunha contra o Manchester United.

Prova disso era a recolocação do aposentado Paul Scholes no elenco promovida por Alex Ferguson.

De fato, a partida começaria com o City colocando pressão no United.

As mudanças de expectativa tiveram início aos 10 minutos de jogo com o contra ataque que Rooney converteu de cabeça.

 

A EXPULSÃO DE KOMPANY

O gol teve efeito multiplicador negativo para o City quando Vincent Kompany recebeu cartão vermelho por dividida com Nani.

Instalou-se aí a polêmica do jogo.

O zagueiro belga deu carrinho com as duas pernas no português para recuperar a bola.

A decisão do árbitro Chris Foy pelo vermelho aparenta ter sido influenciada pelo fato de Kompany ter “voado” na bola para efetuar o carrinho com as solas da chuteira em vertical. Contudo, a impressão que ficou é de que o cartão vermelho foi demais para o zagueiro do City.

 

INFLUÊNCIA NO RESULTADO?

A segunda e óbvia discussão sobre o jogo é consequência do questionamento anterior.

Afinal, o City ter jogado a maior parte do tempo com 10 influenciou o resultado final?

Excetuando as redundâncias tais como “jogar com 10 sempre prejudica”, fato é que o City, ao perder Kompany, levou algum tempo para recolocar-se na partida.

Micah Richards tornou-se zagueiro central, James Milner deixou o apoio ao meio de campo para se converter praticamente em lateral direito. Com isso, o Manchester United sentiu-se livre para armar seu jogo.

De qualquer maneira, apesar de ter tido a vida facilitada, não são desprezíveis os méritos do United graças à ótima apresentação nos 45 minutos iniciais.

 

OS 3×0 DO 1º TEMPO

Os gols do United foram resultado do bom futebol apresentado e da letargia do City em se adaptar às circunstâncias na 1ª etapa.

Em bela trama dos “Red Devils”, Danny Welbeck fez o segundo após chute de voleio aos 30 minutos de jogo.

10 minutos mais tarde o terceiro gol do United com Rooney aproveitando rebote de penalidade batida por ele mesmo.

Por algum momento durante o final do 1º tempo os torcedores do United tiveram esperança que os 6×1 da Premier League poderiam ser devolvidos mais cedo que o esperado.

 

A REAÇÃO DO CITY

Doce ilusão dos fãs “Red Devils”.

Talvez por algum momento se esqueceram do último mês, no máximo razoável, da equipe, sem mencionar os desastres na Champions League, além dos já comentados fiascos recentes contra Blackburn e Newcastle.

Verdade é que Roberto Mancini arriscou, e com resultado relativo.

David Silva e Adam Johnson deram lugar a Pablo Zabaleta e Stefan Savic. Mancini armava praticamente um 5-2-2.

Aleksandar Kolarov diminuiu de falta logo aos 3 minutos.

Ferguson promoveria o retorno de Scholes que perderia bola que geraria a jogada do City para o gol de Sergio Kun Aguero.

As esperanças agora mudavam de lado e os “Citizens” sonhavam com uma reviravolta histórica dos azuis.

Assim como os “Red Devils” esqueceram-se que a maré não estava para peixe nos últimos tempos para o United, os “Citizens” também olvidaram que tudo favorecia o controle do United perante as circunstâncias.

E foi o que a equipe de Ferguson fez na segunda metade da etapa final.

Controle e posse de bola que garantiram os 3×2 e a classificação do Manchester United

 

A VOLTA DE PAUL SCHOLES

Ele estava aposentado havia quase um ano. Como ele mesmo havia dito ao parar, suas pernas já eram.

Mas lá estava ele novamente. Paul Scholes em campo no 2º tempo.

Fisicamente até que bem, errou no lance que gerou o segundo gol do City, mas como não teve influência no resultado final, não comprometeu sua boa atuação.

O que ocorre é que, apesar de toda a satisfação em rever Scholes em ação, seu chamado pareceu uma tentativa desesperada de Ferguson em achar algum norte para a equipe após os maus resultados da temporada.

Estariam as coisas tão feias assim internamente no United?

 

Bom, noves fora, assim prossegue a FA Cup, com o United perseguindo o título e o novo rico City de Roberto Mancini eliminado de mais um torneio na temporada. É bom que o italiano vença a Premier League, se quiser ter sobrevida em terras inglesas.

Para relaxar, nada melhor que encerrar com o velho e bom rock’n’roll.

Em 1995, o Kiss organizava seu MTV Unplugged como forma de dar o pontapé inicial da reunião dos membros originais da banda.

Mas antes da entrada dos dissidentes Peter Criss e Ace Frehley no palco, a banda atacou de “Sure know something “, faixa original do álbum Dynasty de 1979, curiosamente o último com a formação original até então.

Confira “Sure know something”.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Y4kTtGbNa-8[/youtube]

ZEBRAS DE ANO NOVO

Após parada quase obrigatória para recarregar as baterias da máquina humana, eis que a coluna ressurge, com fôlego renovado, para o novo ano recém iniciado.

Manchester United sucumbindo em Newcastle

Falando em parada, muita reflexão passa pela cabeça como um rio de fluxo infinito, porém de águas calmas. Seguramente, a serenidade da correnteza do rio imaginário é por conta da atmosfera de tranquilidade que reina nesses tempos.

E justamente aí está o melhor deste momento de virada de ano. As pessoas baixam a guarda por uns dias, o ritmo diminui. É inevitável que a mente humana trabalhe muito a imaginação, o que poderia ser melhor na vida, como modificá-la, ou talvez apenas a possibilidade de parar um pouco e reparar em coisas triviais que passam despercebidas na correria do cotidiano.

Até o velho e bom futebol dá o seu respiro em quase todo o mundo.

Sim, quase.

É claro que leitor sabe que o “quase” é empregado por conta da Inglaterra e sua Premier League que, a exemplo do final de semana do Natal, não só repetiu a dose, mas duplicou-a, trazendo as rodadas 19 e 20 para deleite geral nesta primeira semana de 2012.

O balanço deste final de 1º turno e início de returno foi o total fiasco do Manchester United de Alex Ferguson.

Jogando em Old Trafford no último dia do ano, os Red Devils conseguiram a proeza de perder para o lanterna Blackburn por 3×2. Os anfitriões saíram perdendo por 2×0. Dimitar Berbatov fez dois gols e pôs a equipe de volta ao jogo, mas, aos 35 minutos do 2º tempo, Grant Hanley marcou o terceiro dos visitantes e selou o destino da partida.

Não satisfeitos com o fiasco, Wayne Rooney e companhia foram a Newcastle para apanhar por 3×0 dos “Magpies”. O ex-bicho papão do campeonato voltou a mostrar suas garras.

Resultado da brincadeira: a igualdade em pontos em relação ao rival Manchester City, conquistada com suor, foi para o espaço em dois tempos.

O City de Roberto Mancini bem que tentou provocar emoções ao estilo “deixa que eu deixo” ao perder para o Sunderland por 1×0 em gol irregular de Dong-Won Ji na ressaca do dia 1º de janeiro, mas recuperou-se bem no meio de semana ao fazer 3×0 contra o Liverpool em casa.

Agora são 48 pontos para o City e 45 para o United, líder e vice-líder respectivamente.

Quem se estabelece sempre mais como terceira força inglesa é o Tottenham do treinador Harry Redknapp.

De ponto em ponto o time faz a temporada e o Hotspur foi a Swansea e marcou seu ponto precioso ao empatar por 1×1 com os locais.

Em seguida, os londrinos receberam o West Bromwich e fizeram 1×0, levando 4 pontos das rodadas de virada de ano. Quando a fase é boa, até declarações polêmicas são aceitas, como a última de Redknapp que afirmou nunca ter ouvido falar de Paulo Henrique Ganso, ao responder sobre especulações sobre a vinda do santista ao clube. Não importa, a equipe está em consolidada em 3º lugar com 42 pontos. Ferguson e seu Manchester United que se cuidem.

Voltando à sessão pândegas e galhofas, o Chelsea aplicou uma bem sem graça perante sua torcida e levou 3×1 do Aston Villa. Depois do stress que deve ter feito cair água no espumante do grupo de André Villas Boas, os azuis fizeram 2×1 sobre o Wolverhampton. Não foi o caos, mas poderia ter sido bem melhor. A equipe está na 4ª posição com 37 pontos e vê o Tottenham se distanciar.

O Arsenal não quer ficar atrás do co-irmão de Londres e, após vencer o Queens’ Park Rangers por 1×0, por obra de Robin Van Persie, levou 2×1 do Fulham. Pudera, Van Persie não marcou e sua equipe levou a virada com gols no final.

A apatia permanece pelos lados de Liverpool. Sem clichês, mas algum álbum do Beatles, especialmente um daqueles do início da carreira do quarteto, poderia funcionar com fator motivador à equipe local.

É bem verdade que Kenny Dalglish e sua turma encerraram bem o ano de 2011 com boa vitória por 3×1 contra o bom Newcastle, em disputa direta por vaga, mas voltaram à triste realidade ao encarar os líderes do City e levar aqueles sonoros 3×0 já comentados aqui.

Toda a correria na realização das duas últimas rodadas justifica-se em parte pelas partidas da FA Cup neste final de semana. O destaque fica para o derby de Manchester deste domingo.

Os fãs de futebol internacional podem sossegar. Aos poucos os campeonatos serão retomados. Já teremos rodada da Liga espanhola e da Serie A italiana. Quanto a Bundesliga, jogo por terras alemãs somente no dia 21. O frio é pesado e o recesso faz-se necessário por ora.

Capa de "Aftermath" dos Rolling Stones de 1966

O final de ano permite vasculhar os baús pessoais de cultura. Mais precisamente na música, poucos possuem discografia tão vasta como os Rolling Stones. Pois é o que vem a seguir para encerrar a coluna. Os Stones lançaram o álbum “Aftermath” em 1966. Um marco da banda, pois era o primeiro álbum dos caras exclusivamente com canções assinadas pela dupla Mick Jagger e Keith Richards.

Uma das mais importantes era “Under my thumb”, além de “Paint it black” e o vídeo mostra os então novos “hitmakers” da Inglaterra mandando ambas, além de “I am waiting”.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=aykA1YCHSbk[/youtube]

CITY, CHELSEA E ARSENAL FALHAM. UNITED E TOTTENHAM AGRADECEM

Em tempo de festas de final de ano, onde o recesso é a palavra de ordem, eis que surge a principal liga de futebol do mundo, a Premier League inglesa, para saciar o vício dos adoradores do velho e bom esporte bretão.

É exatamente o que rolou nos dias 26 e 27 últimos nas terras da Rainha, a realização da 18ª rodada do campeonato inglês.

E não faltaram surpresas.

A começar pelo líder Manchester City que visitou o West Bromwich. Sob a ressaca da comilança de Natal, os líderes não saíram do 0x0. Ao final, lamentos do técnico Roberto Mancini que viu sua equipe não marcar pela primeira vez no campeonato.

Só que o prejuízo maior seria sentido ao final dos 90 minutos de jogo do arquirrival Manchester United. O maior perseguidor do City fez impiedosos 5×0 no Wigan Athletic e, com a combinação de ambos os resultados, igualou-se em pontos (45 cada) ao líder, mantendo-se em segundo lugar pelos critérios de desempate.

Dimitar Berbatov marcou três vezes. Ji-Sung Park e Antonio Valencia completaram o placar.

Não foi somente o Manchester City que não obteve o resultado esperado. O Chelsea, quarto colocado, recebeu o Fulham em Stamford Bridge e só empatou por 1×1. Didier Drogba teve boa apresentação, mas seu companheiro Raul Meirelles não acompanhou o ritmo e destoou na equipe azul.

No Fulham, o goleiro David Stockdale garantiu o bom resultado quando foi acionado.

Com o empate, o Chelsea ficou nos 34 pontos, a longínquos 11 pontos da dupla de Manchester.

Empate inesperado em casa do Chelsea e jogo do Arsenal na sequência, também em Londres e contra o modestíssimo Wolverhampton, 17º colocado na classificação. A atmosfera de otimismo era clara no Emirates Stadium com atenções voltadas para o artilheiro da equipe, Robin Van Persie.

E, de fato, tudo começou muito bem para os Gunners com gol inaugural de Gervinho logo aos 8 minutos de jogo. Seria um passeio, certo?

Errado. Os comandados de Arsene Wenger empacaram, Steven Fletcher marcou o gol de empate antes do final do 1º tempo, Van Persie, jogando pela direita, não produziu grande coisa e o placar ficou nisso. Decepção anterior em Stamford Bridge, decepção na mesma proporção no Emirates Stadium. Empate de 1×1 que evitou que o Arsenal ultrapassasse o rival londrino. Os Gunners permanecem em 5º lugar com 33 pontos.

Sempre correndo por fora, o Liverpool recebeu o Blackburn e também ficou no 1×1, continuando em 6º na tabela.

O ex-bicho papão da temporada, Newcastle, foi ao Reebok Stadium de Bolton e fez 2×0 nos donos da casa e colou novamente no Liverpool com 30 pontos na 7ª colocação.

Resultados já definidos na rodada e eis que no apagar das luzes o Tottenham Hotspur vai a campo contra o Norwich fora de casa.

Confirmando a boa fase, Gareth Bale faz os dois gols da equipe do técnico Harry Redknapp.

A vitória por 2×0 isolou os Hotspurs na 3ª colocação com 38 pontos. Se a distância dos líderes é de 7 pontos e difícil de ser tirada, os 4 pontos sobre os londrinos do Chelsea também não deve ser desprezados neste final de 1º turno.

Deus salve a Rainha pela Premier League não parar nesta época do ano.

Falando em fim de ano, a coluna encerra com a clássica New Year’s Day no histórico concerto do U2 no Red Rocks de Denver, precedida da bela October. O ano era 1983, tempos em que o U2 apenas engatinhava na conquista da América.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=s_9QIt-uacI[/youtube]

POR QUE SEMPRE EU?

Mario Balotelli: Why always me?

Ao fazer o gol inaugural do placar histórico de 6×1 conquistado pelo Manchester City contra o Manchester United no derby da cidade, o italiano Mario Balotelli ergueu seu uniforme para mostrar os dizeres “Why always me?” estampados na camiseta por baixo.

 Por que sempre você, caro Mario Balotelli?

 Balotelli sempre teve seu nome envolvido em polêmica.

 Nascido em Palermo, Sicília, este italiano de ascendência ganesa logo ganhou destaque e foi parar na Internazionale.

 E foi na Inter que os desentendimentos de Super Mario começaram a aparecer de forma diretamente proporcional ao seu futebol. Mais exatamente, o imbróglio com o técnico José Mourinho quando o português o acusou de falta de empenho nos treinamentos, já que não era muito aproveitado como titular.

 Só que a torcida o amava.

 Nas semifinais da UEFA Champions League em 2010 contra o Barcelona, outra travessura. Super Mario jogaria a camisa do clube no gramado após vitória por 3×1 em casa.

 

Balotelli e seu carinho pela camisa rubro-negra do Milan quando jogava pela Internazionale. Pode?

No histórico do siciliano ainda consta a aparição pública com a camiseta do arquirrival Milan em forma de protesto e provocação pela sua má utilização na equipe.

 Ainda em 2010, Roberto Mancini o recruta para o novo endinheirado do pedaço: o Manchester City.

 E lá está ele. Super Mario aprontou das suas novamente em fim de semana dos mais agitados.

 Após ter colocado fogo em sua casa graças a festival pirotécnico à base de fogos de artifício, o craque, ainda insatisfeito, pôs fogo no clássico de Manchester, no melhor dos sentidos.

 A história era aquela, o novo rico City havia crescido e aparecido, sem dúvida, mas faltava camisa na hora de encarar o rival United.

 Pior para a torcida que tinha que encarar a gozação “red devil”, a retórica de Alex Ferguson nas coletivas e o descrédito geral da crônica esportiva.

 Pior para Mancini que tinha que aguentar as crescentes desconfianças. Afinal, muita grana para armar um time competitivo e, na hora de mostrar que virou gente grande, aquela velha história do amadurecimento, os azuis negavam fogo.

 Super Mario foi o grande protagonista da redenção.

 O gol, com chute colocado no canto esquerdo de David de Gea, abriu o placar em Old Trafford.

 O United tinha problemas defensivos e, de quebra, Ferguson optou por formação inicial sem Javier “Chicharito” Hernandez ao lado de Wayne Rooney. Só que Danny Welbeck ao lado de “Shrek” com a aproximação do meio de campo através de Ashley Young ou Anderson não surtia efeito.

 Final de 1º tempo com 1×0 e silêncio na maior parte do Old Trafford.

 O “incendiário” Balotelli conseguiria nova proeza logo nos primeiros movimentos da etapa final. Sofreu falta frontal à entrada da área provocando a expulsão de Jonny Evans.

 A próxima cartada siciliana viria aos 15 minutos. Cruzamento de James Milner após grande jogada de David Silva e Balotelli faria o segundo gol.

 O terceiro gol viria com os pés de Sergio Kun Aguero.

 Assim, o United estava plenamente dominado em seus domínios. Restaria apenas o gol de honra, pelo menos.

 O City, com ótimas atuações de David Silva e James Milner, tocava a bola com segurança.

 Darren Fletcher diminuiria aos 36 minutos fazendo belo gol e dando alguma esperança à torcida local.

 Quando tudo parecia definido no placar, nova onda de gols surgiria no final. Edin Dzeko duas vezes e David Silva transformaria o clássico em goleada histórica para o City.

 Momento Ideal para a utilização do velho chavão: “lavar a alma”. Foi exatamente a conquista do City no derby.

 Mas a vitória trouxe ainda bônus importantes. Liderança isolada, cinco pontos de vantagem para o City contra o rival (25 pontos contra 20) e a consagração de novo ídolo, Mario Balotelli, que está fazendo os fãs esquecerem outro ídolo problemático, Carlos Tevez.

 Por que sempre você, Mario Balotelli?

 E não foi só de derby de Manchester que viveu a Premier League.

 Em Londres, o Chelsea visitou o modesto Queens Park Rangers e se deu mal.

 Expulsões de José Bosingwa e Didier Drogba e derrota por 1×0. O Chelsea permanece em 3º com 19 pontos.

 Quem subiu na tabela foi o Newcastle. Tudo graças à vitória conquistada frente ao Wigan por 1×0 no seu St. James’ Park. São 19 pontos para o time e cola total no Chelsea.

 

Robin Van Persie. Dois gols contra o Stoke City.

A rodada também foi boa para o Arsenal na sua luta pela reconstrução. O Emirates Stadium recebeu 60 mil pessoas para ver os “gunners” fazerem 3×1 no Stoke City com dois gols de Robin Van Persie, além de grande atuação de Aaron Ramsey e Gervinho. Agora o time de Arsene Wenger tem 13 pontos e ocupa o 7º lugar.

 Na próxima rodada será a vez de Londres celebrar seu derby. O Chelsea recebe o Arsenal.

 E já que o City é de Manchester e a cidade é fértil em revelar ao mundo grandes bandas de rock, nada como terminar como o hit inaugural do Oasis dos irmãos Noel e Liam Gallagher, ilustres torcedores do time. Lá vai a sugestiva “Supersonic” do álbum “Definitely maybe” de 1994, saudando os supersônicos Manchester City e Mario Balotelli.

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