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ERA DIA DO CHELSEA

Em dia que tudo deu certo, além de repetir espírito guerreiro anteriormente apresentado contra o Barcelona, o novo rico inglês Chelsea FC conquistou sua primeira Champions League contra o FC Bayern em plena Munique, após empate por 1×1 e decisão em penalidades (4×3), em dia de redenção para seu proprietário bilionário, o russo Roman Abramovich.

Chelsea levanta a taça pela 1ª vezE como certas coisas são impossíveis de serem explicadas à luz da ciência no futebol!

O Chelsea chega à conquista de sua tão desejada UCL em temporada das mais fracas do clube na sua liga nacional, a English Premier League, desde a chegada do capital russo de Abramovich em 2003.

De fato, a temporada foi conturbada. No início, Abramovich contratara o badalado treinador português André Villas Boas, revelação continental na temporada anterior. Era a aposta em alguém que poderia se tornar o novo José Mourinho do futebol europeu.

 

Allianz Arena

Mas, a exemplo do que ocorrera em 2009 com o brasileiro campeão do mundo, Luiz Felipe Scolari, Villas Boas não caiu nas graças do núcleo duro do elenco, isto é, os jogadores líderes e mais influentes do Chelsea.

O resultado foi o mesmo de três anos atrás. A equipe londrina fazendo o “mínimo ético” dentro de campo, inclusive complicando-se contra equipes contra as quais jamais teria qualquer problema em passar por cima em condições normais de temperatura e pressão. Comportamento digno de ressalvas.

Bayern comemora gol aos 83 minutos de jogo. Cara de título, mas não rolou.

A gota d’água para a sobrevivência de Villas Boas no ambiente “infernal” do clube (como o próprio Scolari chamaria o clima organizacional do clube) viria nas partidas contra o Napoli, já pela fase eliminatória da UCL.

Enfrentando a torcida apaixonada da Itália meridional, o Chelsea levara sonoro 3×1 no Estádio San Paolo. A Champions estava por um fio. De quebra, os azuis estavam longe da disputa pelo título ou mesmo da zona de classificação para a próxima edição do torneio europeu na Premier League.

Drogba empata com cabeceio fulminante

Aí, no intervalo das pernas da eliminatória contra o Napoli, Abramovich mais uma vez interveio, e mais uma vez a favor do famoso núcleo duro de medalhões do time. Era o fim da linha para André Villas Boas.

Qual era a solução emergencial para o momento delicado do time na temporada? O simples. Efetivar, ao menos interinamente, o auxiliar ítalo-suíço Roberto Di Matteo, cujo segredo do sucesso seria não ir de encontro às vontades das estrelas do elenco que, até então, não justificavam a fama dentro de campo.

Eis que veio a partida da volta contra o Napoli em Stamford Bridge. No final, vitória por 4×1 do Chelsea e 4×3 no agregado. Parecia outro time dentro de campo, já sob a batuta de Di Matteo.

O ápice da temporada, já com a Premier League ida para o espaço havia tempos, viria contra o todo-poderoso Barcelona de Josep Guardiola e o gênio Lionel Messi.

Arjen Robben tem penalidade defendida por Petr Cech

Como dissera Frank Lampard, o Chelsea tinha “negócio inacabado” contra o Barcelona, referindo-se a derrotas anteriores que os Azuis haviam sofrido para os catalães mediante arbitragens repletas de dúvidas.

Jogando com muita raça e contando com sorte e incompetência do adversário superior, além de perfeito catenaccio à italiana de Di Matteo, o Chelsea superaria a máquina catalã.

Os Azuis prontos para as penalidades

O sonho da final em Munique estava realizado. Os obstáculos continuavam a ser enormes. Dessa vez, o nome dele era Bayern de Munique, menos pelo time, clamorosamente superado na Bundesliga e na Copa da Alemanha pelo Borussia Dortmund, mais pelo fato de ter chegado à decisão que seria em sua casa, a imponente Allianz Arena.

 

O JOGO

Ambas as equipes entraram desfalcadas para a grande final devido às suspensões por acúmulo de cartões amarelos. Regulamento contestado por muitos, porém acertado como forma de coibir o jogo violento nas semifinais.

Bastian Schweinsteiger lutou muito, mas foi punido com perda de pênalti no final

A maior surpresa na escalação ficou por conta do Chelsea. Roberto Di Matteo vinha com Ryan Bertrand, com apenas 22 anos, na lateral esquerda.

O Bayern dominaria as ações no 1º tempo.

De fato, os alemães desperdiçariam inúmeras oportunidades de gol durante os 90 minutos, não definindo o jogo no tempo regulamentar e abrindo brechas para a ação fatal do perigosíssimo Chelsea.

Drogba converte penalidade final

No final do 1º tempo, Mario Gomez seria virtualmente cornetado nas redes sociais em todo o mundo por perder grande oportunidade.

O Chelsea acordaria para a vida somente aos 34 minutos do 1º tempo com chances perdidas por Juan Mata e Salomon Kalou, que forçaria boa defesa de Manuel Neuer.

Era o típico jogo perigoso para o time da casa. O Bayern jogava mais, possuía maior volume de jogo, mas não liquidava a fatura. Do outro lado, o Chelsea, que sobrevivera a verdadeiras guerras contra oponentes mais fortes na competição, era o típico adversário “difícil de matar”, aquele time que ao imaginar que está morto, ressurge das cinzas como fênix.

Aos 83 minutos de jogo, veio o gol que pareceria ser o do título do Bayern, após cabeceio no chão de Thomas Muller, a bola passaria por Petr Cech, tocaria o travessão e entraria.

A partir daí, como imaginar que o abalado e cansado Chelsea encontraria forças para reagir a poucos minutos do final?

Mas, como foi dito, o Chelsea é aquele adversário “difícil de matar”, o famoso “time encardido”, no jargão do futebol brasileiro.

Aos 88 minutos, escanteio para os ingleses cobrado por Juan Mata e concluído com cabeceio fulminante de Didier Drogba.

Era o empate do tempo extra de 30 minutos.

De mais relevante na prorrogação, a penalidade cometida sobre Franck Ribery e a chance de ouro da consagração de Arjen Robben e do Bayern. Mas, já tudo transparecia para não ser dia do Bayern e Petr Cech faria a defesa.

 

A final da UCL parou a reunião do G8 em Camp David, Estados Unidos

Nas penalidades, tudo começaria bem para o Bayern com a primeira série da sequência de cinco penalidades sendo desperdiçada pelo Chelsea.

Mas, a punição para os bávaros foi impiedosa. Ivica Olic teve sua cobrança defendida por Cech e, como ápice do castigo, Bastian Schweinsteiger, após grande atuação durante os 120 minutos, chutou na trave.

Na cobrança derradeira, Didier Drogba consagrar-se-ia com o quarto e decisivo gol da decisão.

Chelsea FC grande campeão, pela primeira vez, da UEFA Champions League, na temporada 2011-2012.

Grande campeão proveniente da Inglaterra, novo rico com dinheiro russo do bilionário Roman Abramovich. Claro, até aí outros clubes importantes do país também recebem enormes aportes financeiros de outras regiões do globo como Estados Unidos, países árabes, etc.

Mas, ainda resta longo caminho para os Azuis atingirem patamar de importância e tradição na história do futebol inglês que já possuem clubes como o Liverpool (com 5 Champions League) ou mesmo o Manchester United.

De qualquer forma, sempre há um começo para tudo. Ainda assim, Roman Abramovich deveria lidar com a questão das lideranças do elenco de seu time, caso contrário, muito treinadores terão problemas ao trabalhar no clube. Mas, por ora é momento de festejar em azul.

SOBRE COMO SUPERAR O MAIS FORTE

E foi o que ocorreu nesta última semana, culminando com o empate heroico do Chelsea com o Barcelona no Estádio Camp Nou por 2×2 (3×2 para o Chelsea no agregado) nesta terça-feira: o gigante batido, e não somente uma vez, e não somente pelos londrinos, mas também pelo arquirrival Real Madrid.

Cena do filme Rocky IV: como vencer o mais forte?

Tentar explicar pode passar por algo como recorrer ao lugar comum de dizer que somente o futebol proporciona tal possibilidade. Evidente, não deixa de ser a mais pura verdade, afinal que outro esporte coletivo expõe a derrota de uma equipe mais forte? O basquete, o vôlei, o futebol americano? Muito mais improvável.

O que dizer então das bolas na trave e da penalidade máxima desperdiçada? Fato é que boa pontaria também faz parte dos fundamentos do futebol e, se não for bem executado, é dar sopa para o azar na certa.

Se na quarta-feira da semana passada, o Chelsea contou com toda a sorte do mundo para fazer o placar de 1×0 em Londres, o mesmo já não pode ser dito sobre a partida do último sábado contra o Real Madrid válida pela Liga espanhola quando os merengues se impuseram sobre os blaugranas por 2×1 também no Camp Nou.

Ali, o Madrid fez partida digna de um gigante contra os melhores do mundo, ainda que a posse de bola tivesse se mantido com os catalães na maior parte do tempo como de praxe. Os anfitriões conseguiram o gol inaugural com Sami Khedira logo aos 17 minutos de jogo, mantiveram o Barça em desvantagem até 70º minuto com Alexis Sanchez empatando. Contudo, três minutos depois, voltaram a desempatar em grande jogada entre Cristiano Ronaldo e Mesut Özil com gol do português.

E não foi somente o placar. O time de José Mourinho forçou os campeões do mundo a jogarem fora de suas características habituais: lançamentos em profundidade sem eficácia, tentativas de jogadas de linha de fundo não mais produtivas e jogo aéreo. Algo que, talvez aí resida alguma limitação deste time do Barcelona, os comandados de Josep Guardiola não gostam e não sabem fazer.

No final, vitória justa do Madrid.

E eis que o Barcelona chegava para a segunda perna da semifinal contra o Chelsea, equipe que possui um grupo de atletas cujo núcleo líder detém super poderes e goza da admiração do chefe e proprietário do clube, o bilionário russo Roman Abramovich.

Inesperada festa do Chelsea no Camp Nou

Tamanha força nas mãos de certos jogadores que, a exemplo do que haviam feito com Luiz Felipe Scolari em 2009, fizeram com que não hesitassem em boicotar o treinador português André Villas Boas. Algo que ficou escancarado nas oitavas-de-final da UCL quando os azuis perderam para o Napoli por 3×1 com Villas Boas no banco e, já sem o português persona non grata do citado grupo, como que num passe de mágica, jogaram muito em Londres para virar o placar agregado ao fazer 4×1 em Stamford Bridge.

Este Chelsea era sabedor, já no jogo de Londres, de que jogar no mano a mano com o Barcelona era suicídio, afinal, trancados na defesa, já deram sorte nesta mesma primeira partida.

A solução era repetir a dose e rezar.

Só que no banco dos azuis havia um italiano, Roberto Di Matteo, portanto alguém que, somente pela origem, poderia significar prenúncio de um velho e bom catenaccio.

E lá estava ele, o esquema tático do ferrolho, culturalmente tão admirado pelos italianos para tentar o quase impossível: frear o ímpeto do Barça.

Só que desta feita era um Barça levemente ferido que ia a campo para defender seu título europeu. Duas derrotas consecutivas na temporada, principalmente a última contra o bom Real Madrid de José Mourinho em Barcelona.

E lá foram eles para o jogo.

No Barcelona, a novidade era a ausência de Daniel Alves e a presença de Gerard Piqué ao lado de Carles Puyol com o auxílio de Javier Mascherano e Sergio Busquets como volantes.

Estratégia de Guardiola que se foi quando Piqué lesionou-se e foi substituído pelo brasileiro.

Perdas também no Chelsea com a distensão de Gary Cahill e a promoção de José Bosingwa.

O Barça forçava o jogo a seu estilo e o Chelsea se defendia como podia até os 34 minutos, quando houve a primeira falha defensiva de marcação e Isaac Cuenca teve tempo de cruzar para Busquets marcar.

Mais 3 minutos de jogo e outro sério revés para os ingleses. John Terry é flagrado golpeando Alexis Sanchez nas costas com o joelho e é expulso justamente.

Não bastassem os problemas, o possível golpe de misericórdia viria cinco minutos mais tarde quando Andrés Iniesta ampliou o placar.

A partir daí, a sensação geral era de que a fatura estava concluída, e seria com goleada do Barça.

Ledo engano.

Aos 45 minutos, Ramires recebe pela direita e encobre com maestria o goleiro Victor Valdez. 2×1 antes do final do 1º tempo que classificava o time inglês, apesar de todos os obstáculos.

O que se viu no 2º tempo foi um Chelsea extremamente defensivo e um Barcelona tentando penetrar de todas as formas a seu estilo que, naquele momento, mostrava-se insuficiente.

Aos 4 minutos, penalidade clara de Didier Drogba em Cesc Fábregas. Lionel Messi bateu e acertou a trave. Até os grandes craques têm seu dia de vilão.

 Petr Cech fazia seus milagres, rebatia bolas trabalhadas do Barça na conclusão final, tocava milagrosamente na bola evitando as redes e fazendo-a tocar na trave.

Mas não era dia do Barcelona que pressionara muito, ainda que não apresentasse o mesmo futebol vistoso na 2ª etapa.

E o gol de empate do Chelsea veio com o espanhol Fernando Torres, que entrara no decorrer do jogo. O criticadíssmo Torres recebeu lançamento, avançou livre, driblou Valdez e encerrou a disputa pela vaga.

Os 2×2 finais, sob todas as circunstâncias que o cercaram, pareciam roteiro clichê de Hollywood, como aqueles em que o mais fraco, desacreditado, sofre de todas as formas contra o gigante mais poderoso e, portanto, favoritíssimo, mas com superação vence no final para delírio geral.

Analogias hollywoodianas à parte, mudanças podem ocorrer na equipe catalã. Não se sabe o que será do técnico Josep Guardiola, que não tem contrato para a próxima temporada por ora. Ao mesmo tempo começam a surgir especulações na imprensa italiana de que Silvio Berlusconi estaria disposto a tê-lo na direção técnica do Milan, tendo como outra opção Fabio Capello para o cargo.

ESPANHÓIS A PERIGO?

Terminada a primeira perna das semifinais da UEFA Champions League e com ela levantam-se dúvidas, possivelmente com dose de exagero, a respeito do favoritismo da dupla espanhola para a grande final de Munique em maio próximo.

De qualquer forma, a empolgação dos rivais não é para menos, afinal as vitórias de Bayern Munique por 2×1 sobre o Real Madrid na Alemanha e de Chelsea por 1×0 sobre os campeões do Barcelona na Inglaterra jogam sobre as costas dos gigantes espanhóis a responsabilidade de vitórias em terras ibéricas.

 

Didier Drogba, o nome do jogo comemora o gol único

LA BESTIA NEGRA

Sim, ela deu as caras novamente, “la bestia negra”.

Mas afinal, por que e para quem tal alcunha tão incisiva?

Sim, caro leitor, trata-se do Bayern de Munique, e o apelido pegou em espanhol mesmo!

Tudo isso devido a tabu existente entre os bávaros e os merengues do Real Madrid.

Que tabu? Nada menos que dez jogos entre estes dois gigantes realizados em Munique com nove vitórias dos anfitriões alemães e um empate. Ou seja, o Real Madrid nunca venceu o Bayern em Munique lá pelas bandas germânicas.

O jogo desta terça-feira válido pela UCL foi o décimo da referida lista e mais uma vez o Bayern mostrou superioridade sobre o Madrid, colocando o time de José Mourinho em situação, senão delicada, preocupante para a volta no Santiago Bernabéu.

Bayern, la bestia negra, quer estragar a festa do Real Madrid

O Madrid até que começou melhor graças a erro de Bastian Schweinsteiger que cedeu a posse de bola para Angel Di Maria que tocou para Karim Benzema bater e forçar Manuel Neuer a fazer grande defesa, colocando a bola para escanteio.

Mas em seguida os anfitriões começaram a controlar as ações e o gol inaugural não tardaria com Franck Ribery após falha de Sergio Ramos que teria noite desastrosa na Alemanha.

O Madrid conseguiria o empate somente na 2ª etapa aos 7 minutos em boa troca de passes merengue rondando a entrada da área bávara até que Cristiano Ronaldo cruzou para Mesut Özil concluir.

A partir daí, o Madrid adotaria postura mais conservadora. Estratégia arriscada que provocaria pressão dos anfitriões até o último minuto.

E foi exatamente aos 44 minutos que veio o gol da vitória do Bayern em belíssima jogada de Philipp Lahm pela direita, deixando outra fraca figura da defesa madridista para trás, o português Fábio Coentrão, e cruzando para Mario Gomez fazer seu 12º gol na Champions atual.

Vitória bávara que trouxe à tona a mística do tabu sobre os madridistas em Munique, obrigando-os a vencer por 1×0 em casa na próxima quarta-feira.

Estadia blanca cujos prejuízos não ficaram somente no placar adverso, já que a delegação do clube teve três pares de chuteiras, duas de Cristiano Ronaldo e uma de Mesut Özil furtadas na Allianz Arena, além de uma camiseta também do artilheiro português. Evento que se tornou caso de polícia em Munique.

 

DROGBA PERFEITO

Em noite de gala do atacante Didier Drogba e má pontaria dos jogadores do Barcelona, o Chelsea conseguiu destronar parcialmente o supercampeão Barcelona no Estádio Stamford Bridge de Londres.

A proposta de jogo do Chelsea não diferiria muito daquela apresentada pelo Milan nas quartas de final para enfrentar os blaugranas: time fechado, congestionamento total na intermediária e na entrada de sua área e busca do contra-ataque, ou seja, o mais puro catenaccio italiano, afinal o técnico da equipe é Roberto Di Matteo.

Os primeiros exemplos de má pontaria dos catalães viriam logo no 1º tempo com Alexis Sanchez ao tentar encobrir Peter Cech e colocar no travessão.

O bombardeio barcelonista teria sequência com cabeceio de Lionel Messi entre outras jogadas, além de lance polêmico de possível penalidade de Gary Cahill em Andrés Iniesta.

Até que surgiria a sonhada chance do contra-ataque mortal para os anfitriões. Messi tentaria jogada individual sem sucesso, Ramires controlou, partiu pela esquerda e encontrou Drogba penetrando na área servindo o atacante em cruzamento rasteiro. Gol de Drogba e vantagem parcial dos azuis no intervalo.

 Os catalães produziriam 70% de posse de bola no 2º tempo, tamanhas eram as possibilidades de empate do Barça.

Xavi e Messi tentaram de falta. Alexis Sanchez perderia outro gol incrível na cara do gol.

No Chelsea, grandes atuações de Cahill e John Terry, ligados nas velozes trocas de passes do adversário na entrada da área.

No final, duas novas chances claríssimas para os campeões do mundo: Messi bate falta na cabeça de Carles Puyol que obriga Peter Cech a efetuar sensacional defesa. Em seguida, Pedro Rodriguez tem rebote para chutar cruzado e rasteiro na trave de Cech com direito a rebote para Sergio Busquets desperdiçar ao chutar alto para fora.

No final, 1×0 para o Chelsea. Vitória de raça dos azuis de Londres. Algo que fez lembrar declaração de Frank Lampard a respeito do time catalão: “temos um negócio inacabado com o Barcelona”. Frase que remete aos confrontos entre ambos pelas semifinais da UCL 2008/2009 quando, após empate em 0x0 no Camp Nou, o Barça classificou-se ao empatar por 1×1 em Londres em partida marcada por penalidades a favor dos ingleses não anotadas pela arbitragem.

Terá chegado a hora do troco? Muito difícil. O Chelsea terá que realizar nova partida defensiva perfeita, desta vez como visitante contra uma equipe que possui volume de jogo absurdamente alto. Fica difícil imaginar um Barcelona sem marcar gols em casa.

Fato que traz à tona a questão do risco da Europa ficar sem uma final espanhola em Munique.

Bom, se na chave Barcelona-Chelsea, o favoritismo permanece com os campeões, no outro lado da tebela a missão do Real Madrid é matematicamente mais fácil (vitória por 1×0 o classifica em 90 minutos), mas historicamente mais difícil, já que não à toa, o Bayern é a asa negra do Madrid, ou como ficou consagrado em toda a Europa, la bestia negra.

Correm muitos riscos os espanhóis na perna decisiva das semifinais?