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BECKHAM – O CARA DAS BOLAS PARADAS

Antes de tornar-se um astro pop fora dos gramados, David Beckham conquistou, primeiramente, os fãs de futebol.

Formado nas categorias de base do Manchester United, Beckham virou ídolo do clube ao final da década de 90. Foram 11 anos de casa e 14 taças em seu vasto e vencedor currículo. Por outros times, ao todo, foram 19 conquistas.

Pelo PSG, seu último clube, além do título francês, foram 13 jogos. Já nos EUA, astro do LA Galaxy, 121 vezes o marido de Victória entrou em campo. Em solos rossoneros, foram 33 aparições com a vestimenta rubro-negra do Milan. Em 2003, ao lado de Zidane, Ronaldo, Figo e Cia., Beckham integrou o lendário esquadrão galático do Real Madrid. Com a camisa dos Merengues, Dave disputou 159 partidas.

No sempre badalado English Team, foram 115 partidas e 17 gols, além de participações nos Mundiais de 1998, 2002 e 2006 e Eurocopas de 2000 e 2004. De fato, o jogador de 38 anos, que hoje colocou um ponto final em sua carreira, deixará saudades.

Por outro lado, o inglês sempre dividiu opiniões quando o assunto era seu futebol. Voluntarioso, mas nunca habilidoso, Beckham sempre teve bons passes e precisão em lançamentos. Porém, o que tornou o jogador conhecido e lhe rendeu status de “craque”, foram as cobranças de falta mortais. Dono de um potente chute com o pé direito, o camisa 23 se tornou especialista na jogada.

O estádio de Moustoir, de Lorient, será o palco da despedida de David Beckham, em 26 de maio.

Confira abaixo alguns petardos de bola parada do eterno camisa 23 do futebol mundial:

QUER PAGAR QUANTO?

Segundo Paulo Vinicius Coelho, o São Paulo sacramentou a venda de Lucas ao PSG, por 43 milhões de unidades de euros. Um achado, um arroubo, um rompante. Um negócio das Arábias, literalmente.

Bom de bola, hábil, jogador de explosão e boa condução da pelota. Lucas é um ótimo jogador, mas não é craque como Neymar. Bem longe disso. Alterna muitos altos e baixos. Nunca altíssimos, mas também nunca baixíssimos. Sequer é titular da seleção olímpica.

Então o fechamento dessa venda é um golaço histórico e sem precedentes do São Paulo.

PVC apurou que desse montante, 30% cabem ao jogador. Muita grana, meus caros. Com 19 anos de idade ele está feito pelo resto da vida.  E sua vida de atleta ainda é bem longa.

Lucas tinha propostas da Inter de Milão e do United. Clubes mais importantes e que dão a quem veste suas camisolas maior status do que a quem veste, por exemplo, a do PSG. Logo concluímos que o que pesou foi grana. Longe, bem longe do discursinho pasteurizado do sonho de se atuar nos grandes mercados. E grandes mercados eu entendo como Inglaterra, Itália e Espanha.

Dito isto, me aproveito do tema supracitado e levanto um questionamento aos caros: Onde está o erro de gestão de carreira de Paulo Henrique Ganso?

Há menos de 1 ano era impensável que qualquer outro jogador do país pudesse valer mais do que o camisa 10 do Santos, exceto Neymar, claro. Só que mesmo quando ainda atuava sistematicamente e emblematicamente pelo Peixe, Ganso nunca teve o mercado tão aberto assim como esteve agora para Lucas.

E analisem comigo. Há 1 ano Ganso era unanimidade como o 10 da seleção. Hoje já perdeu essa condição, inclusive na Olímpica para Oscar.

Oscar que já acertou, também por valores milionários, sua vida com o Chelsea.

Em menos de 1 ano Ganso perdeu espaço na seleção para Oscar, mercado para Lucas e Oscar e perde cada dia mais moral no Santos e junto ao torcedor santista. Seu mercado hoje é restrito ao futebol brasileiro.

Que suas contusões pesem contra, ele já esteve em pé de igualdade com Neymar, que é melhor do que os 3 juntos.

É um dos maiores cases de insucesso e de má gestão de carreira dos últimos tempos. Na mesma medida em que Lucas e Oscar são cases de sucesso retumbante, sobretudo comercial.

O que pensam sobre isso os nobres?

O “NOVO RICO” PARIS SAINT GERMAIN

Conhecido no Brasil por já ter sido empregador de astros brasileiros como Ronaldinho Gaúcho e Raí, o Paris Saint Germain é a sensação do mercado da bola europeu neste período de férias e janela de transferências escancarada para o deleite dos endinheirados do futebol que vão às compras com apetite.

Ibra vai a Paris

Endinheirado, aliás, é o adjetivo mais assertivo para designar o clube parisiense desde os idos de 2011.

Mas, como diria nossos pais, avós e bisavós, dinheiro não cresce em árvore. Vale, portanto, tentar conhecer um pouco da história do PSG, bem como de seus administradores.

Pode não parecer, mas o PSG é um clube jovem.

Resultado da fusão de dois co-irmãos, o Paris FC e o Stade St. Germain, nascia, em 12 de agosto de 1970, o Paris Saint Germain. Concepção que muito se deve à iniciativa de cerca de 20 mil torcedores que desejavam ver a cidade de Paris abrigando um grande clube de futebol.

Em 1974, o PSG chegava a Ligue 1, a principal divisão do futebol francês.

Mas, não se engane, a ascensão era repleta de percalços, especialmente de ordem financeira.

Logo em 1973, o clube enfrentava sua primeira grande crise com as cifras.

Situação que levou o então presidente Henai Patrelle abrir caminho para o designer de moda Daniel Hetcher assumir o comando do clube.

Hetcher foi autêntica figura polêmica em sua passagem pelo mundo da bola.

Por um lado, o designer faz o PSG adquirir status de clube verdadeiramente profissional, adotando, entre outras medidas controversas, o sistema de assinaturas vitalícias para lugares no Estádio Parc des Princes por 10 mil francos franceses. Figuras públicas da época, como o cantor Henri Salvador, levariam para casa quatro lugares de uma só vez.

Só que nem tudo que reluz é ouro, e, em 1978, Hetcher seria banido do futebol pela Federação Francesa de Futebol (FFF) após enfrentar acusação de emissão dobrada de ingressos no Parc des Princes. Estratégia ilegal visando reduzir o déficit do clube.

A reorganização concreta do clube seria conquistada somente no início dos anos 90.

Naquela época, as dívidas beiravam os 50 milhões de francos e o PSG necessitou de investidores para sanear as contas.

Em 1991, o grupo de comunicação Canal + aterrissava pelos lados do elegante bairro francês de Saint Germain para realizar o salvador aporte financeiro equivalente a 40% dos rendimentos do clube provenientes de jogos televisionados. O PSG tornava-se um dos clubes mais ricos da Europa.

Foi nessa época de bonança que os parisienses tiraram o principal astro do vencedor São Paulo FC de Telê Santana, o meia Raí de Oliveira.

Dentro de campo, os investimentos surtiriam efeito, com um total de 9 conquistas, entre títulos da Copa da França, Copa da Liga Francesa, Campeonato Francês e a extinta Recopa europeia. Contudo, faltaria o santo graal para um grande clube europeu, a Liga dos Campeões.

Tudo correu bem com o PSG até 1998, quando ocorre a saída do presidente Michel Denisot. Daí em diante, voltariam a má administração e as dívidas.

O clube quase conheceu o rebaixamento, as copas europeias tornaram-se sonhos distantes.

Até que em 2006, o Canal + vende o PSG para os grupos Colony Capital, Butler Capital Partners e Morgan Stanley. Logo em seguida, o Colony Capital torna-se único proprietário do clube.

Já em 2010, o Colony Capital anuncia estar à procura de novos investidores.

Até que, em 2011, surge na vida do PSG a Qatar Investment Authority (QIA), a grande responsável pela avalanche de compras que tem agitado o mundo dos negócios do futebol na Europa.

Mas que tipo de empresa é a QIA?

No mundo globalizado atual, onde possuir fontes de energia pode significar enorme vantagem competitiva, a QIA surge, por obra do governo catariano, como um fundo soberano de riquezas daquele país que realiza investimentos domésticos e estrangeiros visando controlar excedentes de óleo e gás natural nada incomuns no Oriente Médio.

A QIA tem negócios espalhados pelo mundo. É, por exemplo, o maior exportador de gás liquefeito do planeta.

Nasser Ghanim Al-Khelaifi (presidente do PSG), Zlatan Ibrahimovic e Leonardo Araújo (diretor de futebol do PSG)

Não pense, caro leitor, que o PSG seria a primeira grande tentativa do bilionário grupo catariano de expandir seus tentáculos de investimentos pelo futebol.

Houve diversos rumores envolvendo a QIA e os clubes da Premier League inglesa antes e depois do PSG.

Em 2008, o Everton teria sido alvo do fundo, nada concretizado.

Em 2010, era a vez do Manchester United estar na crista da onda das especulações. Tudo enterrado pelos investidores estadunidenses que declarariam que o clube não estava à venda.

Já em 2012, os boatos recaíram sobre o Aston Villa FC, sem mencionar a proposta recebida pelo Tottenham Hotspur a respeito do naming rights do futuro estádio do clube.

Mas, voltando aos idos de2011, aQIA adquire 70% do controle acionário do PSG. Não satisfeitos, os catarianos adquiriram os 30% restantes neste ano.

Desde então, a presidência do clube passou para as mãos de Nasser Ghanim Al-Khelaifi, designado pelo fundo.

Al-Khelaifi não é nenhum paraquedista do esporte.

Trata-se de empresário catariano de 39 anos, ex-tenista profissional, atual presidente da Federação de Tênis do Qatar e vice-presidente da Federação Asiática de Tênis. De quebra, esteve ligado ao mundo das comunicações, já que foi diretor da Al-Jazeera Sports, braço desportivo do conceituado canal de notícias também catariano.

Al-Khelaifi chamaria o brasileiro Leonardo Araújo, campeão do mundo de futebol pela Seleção Brasileira em 1994, ex-atleta do PSG e não muito bem sucedido na posição de técnico, para ser seu braço direito na missão de tornar o PSG um gigante europeu, algo à altura da grandeza e importância da cidade de Paris.

Desde então, o PSG se converteu em verdadeira máquina de contratações.

Já somam-se ao grupo, que tem como treinador o italiano Carlo Ancelotti (ex- Milan e Chelsea), nomes como Javier Pastore, Ezequiel Lavezzi, Thiago Motta, Diego Lugano, Jeremy Menez, Mohamed Sissoko e Maxwell.

O auge do período de compras chegou nesta semana quando, tendo a Torre Eiffel e a cidade luz como pano de fundo, o PSG e toda sua cúpula presente, anunciam ao mundo a contratação de Thiago Silva (não presente por servir à Seleção Olímpica do Brasil) e Zlatan Ibrahimovic.

Estima-se que, desde 2011, o valor total de contratações do PSG tenha sido de cerca de mais de €250 milhões.

Investimentos à parte, o time falhou em vencer a Ligue 1 na última temporada, contudo a UEFA Champions League está garantida e será o grande objetivo dos parisienses.

A dúvida que paira no ar é se o super time do PSG vingará dentro de campo. Os temores crescem após a perda do mencionado título francês para o Montpellier. Ademais, a história do futebol é pródiga em relatar super times no papel que fracassaram de forma retumbante dentro de campo.

De qualquer forma, está apresentado o mais novo rico do futebol europeu e mundial e Paris volta a ter um grande time à altura da magnífica cidade luz.

O OCASO DA TRADIÇÃO

Torcedor do Deportivo desolado com rebaixamento no Estádio Riazor em La Coruña.

É velho clichê no mundo do futebol afirmar que só tradição e camisa não ganham jogo ou campeonato. Há que se ter bons times, disciplina tática, craques no elenco e assim por diante. Mas parece que este final de temporada na Europa tem reservado alguns resultados até pouco tempo inusitados em matéria de classificação e rebaixamento nas ligas nacionais. Que o digam equipes conhecidas como os outrora papa-títulos Juventus e Liverpool ou ainda o ex-emergente Deportivo La Coruña.

Cristiano Ronaldo e seus 41 gols

A Liga Espanhola teve sua rodada final marcada pelo rebaixamento do Deportivo La Coruña que, ao perder em casa para o Valência por 2 a 0, firmou-se no 18º lugar do campeonato e, assim, fará companhia para os “poderosos” Hércules e Almería na série B da próxima temporada. E pensar que o clube galego fora apelidado pela imprensa espanhola como o “Superdepor” nos anos 90, firmando-se como a terceira força do futebol do país. Sucesso construído através de investimentos em jogadores campeões do mundo como Bebeto, Rivaldo e Mauro Silva e que chegou a ousar ao derrotar o gigante Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu em final de Copa do Rei. De resto, no apagar das luzes espanhol, o trivial. O Barcelona, com equipe reserva, vencendo por 3 a 1 o Málaga fora de casa e encerrando sua campanha com incríveis 96 pontos e 14 vitórias como visitante, recorde na história da Liga. O Real Madrid goleando o Almería por 8 a 1 em casa e em ritmo de férias com Cristiano Ronaldo encerrando a temporada com 41 gols no campeonato. Destaque final para o abismo técnico entre a dupla Barça-Madrid de um lado e o resto de outro, evidenciado pela classificação final da Liga. Além do Barcelona, o vice-líder Real Madrid encerra a temporada com 92 pontos e o terceiro colocado Valência com 21 pontos a menos. Completando a armada espanhola para a próxima Champions está o Villareal, quarto colocado na tabela de classificação.

Juventus fora da Europa

A maior vencedora da Série A italiana, a Juventus (27 títulos contra 18 de Internazionale e Milan), estará fora das competições continentais na temporada 2011-2012. A equipe de Turim apenas empatou contra o Napoli por 2 a 2 em casa e terminou o campeonato italiano somente no sétimo lugar, fracassando na tentativa de conseguir a última vaga para a Europa League. Sem Champions League e sem o prêmio de consolação, a própria Europa League, a Juve enfrenta uma das maiores decepções de sua história recente, só comparável ao rebaixamento para a Série B em 2006 devido a denúncias de manipulação de resultados contra seus dirigentes na época. Outra equipe tradicional, a Sampdoria, sofreu forte revés histórico ao perder para a Roma por 3 a 1 e ser rebaixada para a Série B. Agremiação da cidade portuária de Gênova, a Samp é uma ex-campeã italiana que chegou a fazer final de Champions League contra o Barcelona em 1992 e hoje, com a queda para a segundona, se torna um reflexo da decadência do futebol italiano em comparação aos anos 80 e 90. De resto, a Udinese conseguiu a última vaga para a Champions ao lado de Milan, Internazionale e Napoli. A ex-equipe de Zico venceu o duelo pela vaga contra a Lazio ao empatar sem gols com o campeão Milan.

Joe Cole na derrota do Liverpool

O Liverpool também está fora das competições europeias. A equipe, jogando como visitante, perdeu para o Aston Villa na última rodada (1 a 0) da Premier League e viu suas esperanças continentais desaparecerem. Os “Reds” detêm 5 títulos da Liga dos Campeões, além de 18 conquistas do campeonato inglês e agora terão que se contentar com o ambiente doméstico na próxima temporada. Foi uma primeira temporada difícil para o técnico Kenny Dalglish.  Outro que decepcionou, mas que se salvou do prejuízo maior foi o Arsenal. Os “Gunners”, que chegaram a endurecer a série eliminatória contra o Barcelona na Champions League, conseguiram apenas o quarto lugar na classificação final e terão que disputar a pré-Champions logo no início da temporada. Já o vice-campeonato do Chelsea não foi suficiente para manter o emprego do técnico italiano Carlo Ancelotti. Pesou na decisão de Roman Abramovich (bilionário russo dono do clube) a eliminação nas quartas-de-final na Champions League para o rival Manchester United. O holandês Guus Hiddink está cotado para substituí-lo.

Jogadores do Lilles em festa

Repeteco da final da Copa da França na última rodada do campeonato francês. Lilles e Paris St. Germain voltaram ao Estádio St. Denis, em Paris, para definir o título nacional para a equipe visitante. Após vitória por 1 a 0 na Copa, o Lilles levou a melhor novamente e, com um empate por 2 a 2, faturou também o título da Ligue 1. Ano de ouro para o clube e a expectativa fica para o que o multicampeão francês poderá fazer contra as equipes mais fortes da Europa a partir do 2º semestre.

Mais uma copa nacional definida. Desta vez na Alemanha com a final entre Schalke 04 e Duisburg, da segunda divisão, em Berlim. Vitória fácil para o Schalke por 5 a 0 com destaque para o atacante holandês Klaas Jan-Huntelaar (ex-Milan) com 2 gols. O futebol alemão comemora a conquista da quarta vaga para a Champions League a partir da próxima temporada por ter superado a Itália no ranking de clubes da UEFA.

Saindo do circuito badalado do futebol europeu, eis que a Irlanda acaba de produzir algo mais fantástico que U2 e cerveja Guinness juntos. O campeonato é a Leinster Senior Cup e o jogo é entre Saint Patrick e Athlone Town. O autor da obra prima é Sean Stewart, que entra definitivamente para o Hall da Fama dos gols absurdamente perdidos e que causaria inveja a qualquer atacante ruim de finalização. Para sorte do atirador de elite, seu time, o Saint Patrick, já vencia por 3 a 0. Confira o lance, afinal, para que simplificar se é tão bom fazer o mais difícil?

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Religiões, doutrinas e filosofias estão aí para guiar o homem perante as dificuldades e explicar o sentido da vida. Algumas afirmam que o ser humano está aqui com o intuito de evoluir e corrigir erros do passado, provavelmente de outras vidas. Crenças à parte, não há como saber, mas supondo ser verdade, não há a menor dúvida que goleiros têm muitas dívidas a quitar, alguns ainda mais. Seguramente, Juan Pablo Carrizo do River Plate, vem se tornando um ícone no fardo que a profissão carrega. Já citado pela coluna, Carrizo insiste em trocar o futebol pelo voleibol. Se antes foi uma manchete, agora houve uma tentativa de bloqueio que decretou o empate do San Lorenzo (1 a 1) pelo Torneio Clausura. Veja a segunda mancada em sequência do nosso herói.

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