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DANDO A LETRA

Ao que parece, o final de semana foi dos gols de letra no futebol internacional. Pela Premier League, Paulinho levou o time do Tottenham a dividir a liderança com o Arsenal, ao marcar desta forma o gol da vitória por 1 x 0 contra o Cardiff, no País de Gales. Confira abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=q4O4rbxsfWM

 

paulinho_tottenham

 

Pelo campeonato espanhol, contra o Getafe, Cristiano Ronaldo fechou a goleada por 4 x 1 com gol de letra nos acréscimos (ele já havia marcado um de pênalti). Veja:

http://www.youtube.com/watch?v=KOx5fdaDhL4
realmadrid_getafe_reuters

A FRATURA EXPOSTA DA ALMA.

A FRATURA EXPOSTA DA ALMA

Certa vez li ou ouvi alguém dizer que “cusparada na cara é a fratura exposta da alma”. Justa análise. Mais justa seria se incluído fosse o preconceito.

Poucas ações humanas descaracterizam tanto o homem e o jogam na vala do lixo quanto usar características físicas, morais, sexuais ou de estirpe para diminuir o seu igual. Sim, igual.

Humano que somos, todos erramos. Humanos que somos, infelizmente nem todos se arrependem depois de algum erro. Arrependimento que é, na esteira contrária ao preconceito, uma das atitudes mais louváveis e dignas do homem.

E humanos que somos, buscamos sempre eleger o vilão e o herói de nossa mundana vivência. As antíteses explicam todas as nossas escolhas. Precisamos ter algo ou alguém pelo qual torcer, pelo qual dedicar nossa visão positiva.

O arrependimento é um ato tão digno que pode transformar o vilão em herói. Pode conceder o perdão ao imperdoável.

Vilão que ignora o estender de mão da vítima, não apenas perde a chance de virar o jogo a seu favor, mas faz com que deixe de ser um mero vilão e passe a ser escória. Passe a ser um abscesso, uma parte da massa falida da humanidade.

Lógico que há tempo para Suarez se arrepender de sua dupla fratura exposta na alma humana. Mas ele perdeu a chance de ser digno quando os olhos do mundo esperavam isso dele. Nesse jogo jogado no campo da convivência, sua participação é de série B.

Evra por sua parte depositou em seu ato de estender a mão àquele que lhe ofendeu, a esperança de que nem tudo está perdido nesse grande zoológico humano.

 

A GRANDE REAÇÃO DO UNITED E OS DUELOS LONDRES VS. MANCHESTER NA TEMPORADA

Não resta dúvida que no futebol atual, mais precisamente nas principais ligas nacionais, existem campeonatos, muitos até carregados de disputas e emoção, e existe a Premier League inglesa.

Chelsea e Manchester United, o clássico da recuperação do United

Se você é um daqueles que ainda associa ao futebol inglês aquele repertório de chutões, “chuveirinhos” na área e zagueiros trombadores, então você está mais que antiquado em suas ideias futebolísticas meu caro.

Claro, os ingredientes de outrora estão lá. Que o diga, por exemplo, Peter Crouch, atacante desengonçado, que no alto de seus mais de2 metrossempre se converte em esperança última de gols via jogo aéreo.

Mas essas e outras características tornaram-se para lá de coadjuvantes na Inglaterra.

Trata-se hoje de um jogo dinâmico, tático e que imprime velocidade e precisão impressionantes no toque de bola. Resumindo: não dá para respirar e muito menos para deixar a sala de TV para aquela eliminação de “água no joelho” básica e veloz.

Mais uma vez, todo o cardápio da Premier League esteve presente no clássico da rodada disputado entre Chelsea e Manchester United.

Quando Jonny Evans, Juan Mata e David Luiz fizeram 3×0 para os londrinos em casa em 50 minutos de jogo, a sensação geral era de placar definido.

Até que vieram duas penalidades convertidas por Wayne Rooney e o castigo final para os anfitriões com o gol de cabeça de Javier “Chicharito” Hernandez, sem marcação na área.

Os 3×3 de Stamford Bridge, após vitória nas mãos do Chelsea, evidenciam quadro paradoxal entre os grandes ingleses na temporada.

Considerando na análise a dupla de Manchester, City e United, contra as três principais equipes de Londres, Tottenham, Chelsea e Arsenal, verifica-se domínio total de Manchester sobre Londres.

Em compensação, internacionalmente, os londrinos Chelsea e Arsenal mantêm-se vivos na UEFA Champions League, enquanto City e United, no hall da fama dos favoritos, foram humilhantemente eliminados por adversários do Velho Continente. Algo muito frustrante para quem investe tanto.

Na Premier League, em duelos envolvendo as cinco equipes citadas, considerando o confronto entre cidades, foram 7 vitórias de Manchester, 1 empate e 1 vitória de Londres.

Dentro da salada de números, é impossível esquecer os históricos 8×2 do United sobre o Arsenal.

Além da Premier League, Londres e Manchester se enfrentaram na Carling Cup, a Copa da Liga Inglesa, com vitória do City sobre o Arsenal por 1×0.

Além de grande jogo de futebol, a recuperação do United contra o Chelsea também foi emblemática sobre o que se passa na temporada inglesa atual.

Dos males o menor para o United. Ainda assim, não evitou que o City se desgarrasse na liderança novamente, graças aos 3×0 impostos sobre o Fulham em casa.

Agora o City lidera com 57 pontos e o United fica nos 55 em 2º lugar.

O Tottenham isolou-se no 3º posto com 50 pontos. Até poderia chegar um pouco no United, mas seu jogo era contra o Liverpool fora de casa. O empate final sem gols não acabou ruim.

O Chelsea é o 4º com 43 pontos. Provavelmente terá que brigar por essa posição contra seus perseguidores para se garantir na UCL próxima. Não será fácil tirar 7 pontos contra o Tottenham, principalmente após perder chance de ouro no confronto direto.

O Arsenal fez massacrantes 7×1 em um Blackburn com 10 jogadores em campo em boa parte do jogo. Somou 40 pontos, mas não tomou o 5º lugar do Newcastle, que fez 2×1 no Aston Villa.

De qualquer forma, valeu pelos três gols de Robin Van Persie e o gol final de Thierry Henry.

A Premier League continua a todo vapor no próximo final de semana.

 

VELOZES:

  • Ainda pelos lados da Inglaterra, o técnico italiano da seleção local, Fabio Capello, pediu demissão. Tudo causado pelo fato de Capello ter defendido a manutenção de John Terry como capitão do time, indo de encontro à decisão da FA de demovê-lo do posto por suspeitas de racismo. O que será do English team à beira da Eurocopa?
  • Na Alemanha, as emoções continuam na Bundesliga. O Borussia Dortmund é líder isolado após ter vencido o Nuremberg por 2×0 em clima gelado e o Bayern ter empatado com o Hamburg por 1×1.
  • Agora são 43 pontos para o Dortmund e 41 para o Bayern.
  • Outros dois que estão na briga são Schalke 04 e Borussia Mönchengladbach com 41 e 40 pontos, respectivamente.
  • Na Série A italiana, o Milan recebeu o Napoli e não saiu do 0x0. Além de Robinho ter perdido novo gol incrível, o prejuízo milanista também ficou por conta da agressão de Zlatan Ibrahimovic em Salvatore Aronica. O sueco foi expulso e ganhou gancho de três jogos. É o Milan sem seu principal jogador.
  • Com o empate os rubro-negros foram a 44 pontos, permanecendo em 2º lugar, já que a líder Juventus também empatou por 0x0 contra o Siena. A Juve soma agora 45 pontos.
  • Pior ficou para o Udinese que perdeu por 3×2 para a Fiorentina e se afastou um pouco dos líderes.
  • E a Lazio também não aproveitou. Levou 3×2 do Genoa em Gênova.
  • E no clássico da rodada, a Roma fez surpreendentes 4×0 na Internazionale. Bom para o técnico espanhol Luis Enrique.
  • E ruim para a Inter, que parece ter perdido o encanto da sua fase de recuperação.
  • Na Espanha, definitivamente não é o ano do Barça contra os pequenos locais. A vitória veio contra o Real Sociedad, por 2×1, mas sem espetáculo.
  • O Real Madrid permanece líder com 55 pontos após fazer 1×0 no Getafe fora de casa. O Barça tem 48.

 

Na primavera de 1997, os Rolling Stones foram a Los Angeles para gravar em quatro meses o material que originaria o álbum “Bridges to Babylon”.

Lançado no mesmo ano, o álbum teria o mérito de trazer consigo o mega hit “Anybody seen my baby”, sucesso que há muito os Stones não emplacavam (talvez o último havia sido “Start me up” do álbum “Tattoo you” de 1981).

“Bridges to Babylon” trazia também outros sucessos como “Saint of me” e “Out of control”.

Este último funcionou bem ao vivo na bem sucedida turnê da banda e é com ela que a coluna encerra: “Out of control” ao vivo em St. Louis.

http://www.youtube.com/watch?v=3egNz_Q2fYM

E AGORA WENGER?

Algo que parecia inacreditável para o futebol inglês – sempre preciso, profissional e planejado – aconteceu neste domingo no Emirates Stadium de Londres, mais especificamente durante o 2º tempo da partida que marcou a vitória do Manchester United por 2×1 sobre os anfitriões do Arsenal, quando o técnico “gunner” Arsene Wenger decidiu substituir o atacante Alex-Oxlade-Chamberlain por Andrey Arshavin e os fãs responderam com vaias à decisão do confuso treinador.

Arsene Wenger

Foi a terceira derrota consecutiva do Arsenal na Premier League. A situação de Wenger ao final da partida era tão embaraçosa em Londres que o francês contou com a solidariedade de Alex Ferguson, seguramente ciente do momento ruim do colega.

O jogo teve seu equilíbrio até os 30 minutos quando o Manchester United começou a ter domínio das ações.

O goleiro Wojciech Szczesny fez grande defesa em tentativa de Nani, mas foi Antonio Valencia que abriu o placar antes do intervalo.

Valencia abre o placar em Londres para o United

A 2ª etapa teve amplo predomínio do Arsenal durante os 15 minutos iniciais, Robin Van Persie perderia gol incrível após escorregão de Chris Smalling no meio de campo que provocaria contra-ataque mortal dos anfitriões, mas uma sequência equivocada de passes que causaram perigosas jogadas ofensivas do United reequilibrou as ações. Per Mertesacker tiraria bola quase em cima da linha em conclusão de Danny Welbeck.

Curiosamente, quando os visitantes voltaram a dominar a partida, Robin Van Persie recebe bola e acerta chute cruzado de difícil conclusão empatando o placar após contra-ataque veloz.

Aí veio a decisão polêmica de Wenger. A substituição de Chamberlain por Arshavin parecia mais uma loucura do francês. Outros viram inabilidade ou simplesmente falta de criatividade ou de ideias. Fato é que as vaias da torcida tiveram freqüência ampliada após alguns erros defensivos do russo.

Tudo piorou com o gol de Danny Welbeck após tabela entre Valencia e Ji-Sung Park aos 36 minutos.

Gol que selou o resultado do jogo.

Arsene Wenger, mais do que nunca, é contestado no comando do Arsenal. E a pergunta fatal é a seguinte: teria chegado a hora de substituí-lo ao final da temporada?

Ruim para o Arsenal que está sempre mais distante da zona de classificação da Champions e, principalmente, dos líderes na 5ª colocação com 36 pontos.

Excelente para o United que não permitiu o maior afastamento do rival e líder Manchester City que havia vencido, pouco antes, o Tottenham por 3×2 com gol em cima da hora de Mario Balotelli de pênalti, aos 95 minutos de jogo mais precisamente, em partida com excelente 2º tempo quando os cinco gols foram anotados.

Agora o City está com 54 pontos na liderança e o United sobe para 51 no 2º lugar.

Reverências também ao Tottenham. Os Hotspurs dificultaram a vida dos líderes em Manchester com excelente atuação de Gareth Bale, o melhor em campo, e permanecem em 3º lugar com os mesmos 46 pontos.

O Chelsea perdeu oportunidade de se aproximar da 3ª colocação ao abrir a 22ª rodada com mero empate contra o Norwich City por 0x0. Agora são 41 pontos para os 4º colocados.

Ainda a destacar, a expressiva vitória do modesto Fulham por 5×2 sobre a ex-surpresa da temporada, o Newcastle. Foram três gols do estadunidense Clint Dempsey. O Newcastle permanece na cola do Arsenal com 36 pontos. O Fulham conseguiu subir para o 12º lugar com 26. Já o Liverpool voltou a decepcionar ao sair para enfrentar o Bolton e perder por 3×1. Temporada para os fãs do Liverpool esquecerem por ora.

Na semana, a Inglaterra realiza rodada eliminatória da Carling Cup, a Copa da Liga Inglesa.

CITY, CHELSEA E ARSENAL FALHAM. UNITED E TOTTENHAM AGRADECEM

Em tempo de festas de final de ano, onde o recesso é a palavra de ordem, eis que surge a principal liga de futebol do mundo, a Premier League inglesa, para saciar o vício dos adoradores do velho e bom esporte bretão.

É exatamente o que rolou nos dias 26 e 27 últimos nas terras da Rainha, a realização da 18ª rodada do campeonato inglês.

E não faltaram surpresas.

A começar pelo líder Manchester City que visitou o West Bromwich. Sob a ressaca da comilança de Natal, os líderes não saíram do 0x0. Ao final, lamentos do técnico Roberto Mancini que viu sua equipe não marcar pela primeira vez no campeonato.

Só que o prejuízo maior seria sentido ao final dos 90 minutos de jogo do arquirrival Manchester United. O maior perseguidor do City fez impiedosos 5×0 no Wigan Athletic e, com a combinação de ambos os resultados, igualou-se em pontos (45 cada) ao líder, mantendo-se em segundo lugar pelos critérios de desempate.

Dimitar Berbatov marcou três vezes. Ji-Sung Park e Antonio Valencia completaram o placar.

Não foi somente o Manchester City que não obteve o resultado esperado. O Chelsea, quarto colocado, recebeu o Fulham em Stamford Bridge e só empatou por 1×1. Didier Drogba teve boa apresentação, mas seu companheiro Raul Meirelles não acompanhou o ritmo e destoou na equipe azul.

No Fulham, o goleiro David Stockdale garantiu o bom resultado quando foi acionado.

Com o empate, o Chelsea ficou nos 34 pontos, a longínquos 11 pontos da dupla de Manchester.

Empate inesperado em casa do Chelsea e jogo do Arsenal na sequência, também em Londres e contra o modestíssimo Wolverhampton, 17º colocado na classificação. A atmosfera de otimismo era clara no Emirates Stadium com atenções voltadas para o artilheiro da equipe, Robin Van Persie.

E, de fato, tudo começou muito bem para os Gunners com gol inaugural de Gervinho logo aos 8 minutos de jogo. Seria um passeio, certo?

Errado. Os comandados de Arsene Wenger empacaram, Steven Fletcher marcou o gol de empate antes do final do 1º tempo, Van Persie, jogando pela direita, não produziu grande coisa e o placar ficou nisso. Decepção anterior em Stamford Bridge, decepção na mesma proporção no Emirates Stadium. Empate de 1×1 que evitou que o Arsenal ultrapassasse o rival londrino. Os Gunners permanecem em 5º lugar com 33 pontos.

Sempre correndo por fora, o Liverpool recebeu o Blackburn e também ficou no 1×1, continuando em 6º na tabela.

O ex-bicho papão da temporada, Newcastle, foi ao Reebok Stadium de Bolton e fez 2×0 nos donos da casa e colou novamente no Liverpool com 30 pontos na 7ª colocação.

Resultados já definidos na rodada e eis que no apagar das luzes o Tottenham Hotspur vai a campo contra o Norwich fora de casa.

Confirmando a boa fase, Gareth Bale faz os dois gols da equipe do técnico Harry Redknapp.

A vitória por 2×0 isolou os Hotspurs na 3ª colocação com 38 pontos. Se a distância dos líderes é de 7 pontos e difícil de ser tirada, os 4 pontos sobre os londrinos do Chelsea também não deve ser desprezados neste final de 1º turno.

Deus salve a Rainha pela Premier League não parar nesta época do ano.

Falando em fim de ano, a coluna encerra com a clássica New Year’s Day no histórico concerto do U2 no Red Rocks de Denver, precedida da bela October. O ano era 1983, tempos em que o U2 apenas engatinhava na conquista da América.

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